Eu penso que sempre tive esse potencial para ser feliz, o problema é que no meu caso a minha antiga religião, o espiritismo, me forçava a lutar contra a minha natureza. O orgulho era um pecado, por isso eu sempre tentava me humilhar o mas possível, para alcançar a virtude da humildade. O problema é que eu destruía a minha auto-estima, eu não queria mais ser eu mesmo, eu queria ser outra pessoa, um "espírito evoluído".
Em alguns casos, principalmente entre os "irmãos evangélicos", vemos muitas cobranças, mas não penso que no Espiritismo exista insistência pra pessoa lutar contra sua própria natureza a esse ponto. Tem Espíritas que seguem (ou tentam seguir) tudo ao pé da letra, querendo se melhorar cada vez mais, assim como católicos, evangélicos, e outros... mas isso depende da pessoa. Dizer que o Espiritismo incita a pessoa a lutar contra a natureza pra mim é o mesmo que dizer que um cargo político incita o cidadão a ser uma pessoa de bem, se ele for um corrupto vai continuar sendo, e talvez ainda mais, pois vai estar camuflado na roupagem de "nobre deputado" ou algo assim.
Particularmente, sinto que a D.E. me dá uma forcinha pra que eu procure ser uma pessoa melhor, porém não fico o tempo todo me cobrando acertar, creio que a evolução espiritual, se ela existe, é algo gradual. Querer melhorar demais sem me sentir realmente preparado pra isso seria pior, pois eu estaria sendo falso comigo mesmo e com os "espíritos evoluidos" nos quais creio existirem.
Me desculpe, mas parece que no seu caso VOCÊ é que se cobrava demais, e isso pode acontecer dentro de sua religião (mesmo como ateísta), dentro de seu serviço, em seu lar, e por aí vai.
Bem, é uma opinião, espero que esteja mais feliz sendo ateu. "A cada um segundo suas obras", e não "segundo sua religião".
Abraços.