Mas alfaces e cigarros são diferentes no tipo de perigo de cada um. O risco, no primeiro caso, não está relacionado com comer alface, e sim com comer só alface. Um imposto sobre alfaces não seria justo como são os de cigarro, porque estariamos cobrando também de quem come, junto com aquela picanha maravilhosa, folhas de alface - e esses estariam fora do perigo, pagando por uma falta de responsabilidade que não é deles.
Não consigo imaginar como cobrar impostos de quem pode ficar anêmico por comer só alface. Mas, de qualquer forma, taxar as alfaces não seria uma solução.
Isso tudo sem dizer que seria muito complicado quantificar os riscos de cada produto e transformar isso em impostos. Mas tudo isso são temas marginais e estamos fugindo, ao menos um pouco, do tópico.