Empresário Estácio e o filho são abatidos à bala na frente da sua loja em Teixeira de Freitas
O empresário Estácio Silva Gomes, popularmente conhecido por “Estácio da Agro Pantanal”, 53 anos, e o seu filho, o acadêmico em Direito João Paulo Gomes Silva, 26 anos, foram abatidos a tiros no início da noite desta terça-feira (18/11), na frente do prédio da loja da família (Agro Pantanal), situada em plena Avenida Presidente Getúlio Vargas, ao lado do banco do Brasil.
O atirador teria efetuado vários tiros contra Estácio e o filho, abordo da garupa de uma moto vermelha, que teria um segundo elemento pilotando a motocicleta que também serviu de fuga dos criminosos. Comenta-se que o atirador nem chegou a aproximar das vítimas, do outro lado da pista fez os disparos certeiros.
Do local onde partiram os disparos que mataram pai e filho com 6 tiros pelas costas cada um, a Polícia Militar identificou 4 cápsulas de bala calibre 380 que foi certificado também pela Polícia Cientifica. O crime ocorreu por volta das 18h10min, e os corpos só foram levantados do local pelos peritos da Polícia Técnica de Teixeira de Freitas sob o comando do Dr. Manoel Garrido após conclusão dos serviços de criminalística legal às 21h10min.
O tenente-coronel Castro, comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar de Teixeira de Freitas, que mora a 50 metros do local, disse que ouviu os disparos. “Havia acabado de chegar em casa e ouvir os disparos, imediatamente fui ao local e logo acionei as nossas rádios patrulhas. Foi uma tragédia, esperamos agora que tenhamos uma investigação séria para que se possa esclarecer este bárbaro e duplo homicídio”, ressaltou o coronel Castro.
O empresário Estácio foi o principal articulador da Polícia Civil em desvendar o crime do ex-deputado estadual Mauricio Cotrim Guimarães, 59 anos, morto a tiros enquanto caminhava na Praça Dois de Julho, em Itamaraju, no dia 14 de setembro de 2007, por ocasião que o delegado especial do caso era Dr. André Luiz Serra.
No decorrer das investigações, o caso mudou de rumo e novas versões tomaram conta do caso e novos acusados foram apontados, inclusive com a nomeação de um novo delegado especial. Estácio, no entanto, nunca concordou com os rumos das investigações e passou a fazer denúncias à Procuradoria Geral de Justiça e a Corregedoria da Polícia Civil da Bahia apontando nomes e possibilidades com o crime.
Mas tudo deva ter mudado em direção ao empresário Estácio, a partir do último dia 28 de outubro, quando recebeu no escritório da sua empresa em Teixeira de Freitas, a presença de dois corregedores da Polícia Civil da Bahia que lhe ouviram em oitiva. Entretanto, não se sabe qual foi o teor do depoimento de Estácio e a quem ele atingiu diretamente com suas declarações.
Por Athylla Borborema
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