Autor Tópico: UFSM sempre indo atrás da UFRGS  (Lida 12093 vezes)

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Offline Felius

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #50 Online: 08 de Agosto de 2007, 23:11:06 »
Olha, me diga o seguinte adriano. Antes das cotas existirem, tinha algum campo na prova do negro que dizia que ele era negro, para o professor corrigir a prova de forma racista? Ou era por que proporcionalmente ha mais negros pobres do que brancos pobres que haviam mais brancos nas faculdades? Nao concordaria em dizer que o real problema e a falta de recursos que essas pessoas tem para estudar? Entao nao faria mais sentido fazer as cotas serem por renda familiar, ao invez de por cor da pele?

Olha, eu pessoalmente ate posso aceitar a ideia de cotas com quesito de renda familiar e/ou para alunos de colegios publicos, num quesito paliativo enquanto se melhora o ensino basico. Embora prefira a ideia que uma faculdade colocou de curso pre-vestibular comunitario na propria faculdade. Agora, aceitar como quesito pra decidir quem ganha a cota como a cor da pele da pessoa, acho um absurdo.
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Offline Adriano

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #51 Online: 08 de Agosto de 2007, 23:34:47 »
Olha, me diga o seguinte adriano. Antes das cotas existirem, tinha algum campo na prova do negro que dizia que ele era negro, para o professor corrigir a prova de forma racista? Ou era por que proporcionalmente ha mais negros pobres do que brancos pobres que haviam mais brancos nas faculdades?
Sim, sempre mais brancos nas faculdades fazem persistir a desigualdade entre as raças (sentido sociológico, cor). Essa é a raíz dos males e com mais negros na universidade com a implementação das cotas teremos um pouquinho mais de negros na elite intelectual do país.

Nao concordaria em dizer que o real problema e a falta de recursos que essas pessoas tem para estudar? Entao nao faria mais sentido fazer as cotas serem por renda familiar, ao invez de por cor da pele?
Não concordo, pois entre as classes mais pobres a proporção de negros é maior. Confundir negro com pobreza não acho adequado. O negro que ira concorrer através das cotas é mais o da classe média. E combater o racismo não impede de combater a pobreza.

Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Felius

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #52 Online: 09 de Agosto de 2007, 00:03:01 »
Olha, me diga o seguinte adriano. Antes das cotas existirem, tinha algum campo na prova do negro que dizia que ele era negro, para o professor corrigir a prova de forma racista? Ou era por que proporcionalmente ha mais negros pobres do que brancos pobres que haviam mais brancos nas faculdades?
Sim, sempre mais brancos nas faculdades fazem persistir a desigualdade entre as raças (sentido sociológico, cor). Essa é a raíz dos males e com mais negros na universidade com a implementação das cotas teremos um pouquinho mais de negros na elite intelectual do país.

Nao concordaria em dizer que o real problema e a falta de recursos que essas pessoas tem para estudar? Entao nao faria mais sentido fazer as cotas serem por renda familiar, ao invez de por cor da pele?
Não concordo, pois entre as classes mais pobres a proporção de negros é maior. Confundir negro com pobreza não acho adequado. O negro que ira concorrer através das cotas é mais o da classe média. E combater o racismo não impede de combater a pobreza.
O negro da classe media, e o mesmo que pode ja passar sem a cota muitas vezes. Aqueles que realmente precisariam da mesma seriam aqueles que nao conseguem estudar. Ate por que a bancada de correcao nao tinha uma fotinho dos alunos pra decidir se o mesmo e preto, branco, mulato, japones, azul, verde, laranja, cinza, ou qualquer outra cor. Se o negro nao passava, o problema nao estava na faculdade que era racista, e sim na base educional do individuo.
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Lua

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #53 Online: 09 de Agosto de 2007, 00:05:31 »

Olha, eu pessoalmente ate posso aceitar a ideia de cotas com quesito de renda familiar e/ou para alunos de colegios publicos, num quesito paliativo enquanto se melhora o ensino basico. Embora prefira a ideia que uma faculdade colocou de curso pre-vestibular comunitario na propria faculdade. Agora, aceitar como quesito pra decidir quem ganha a cota como a cor da pele da pessoa, acho um absurdo.

Concordo com vc, Felius. Acho que o critério deveria ser a renda familiar e não a cor da pele. O fato de muitos negros não ingressarem na universidade não é 'nitidamente' um problema racial, é mais uma questão de falta de condições para isso. A grande parte dos negros do pais é pobre e depende das escolas públicas para conseguir ter alguma formação. E como a escola pública é de péssima qualidade, o ingresso nas faculdades mediante vestibular torna-se uma realidade distante. Se vc não tem o conhecimento necessário nem dinheiro para obtê-lo num cursinho, acaba sendo segregado mesmo.

Offline Adriano

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #54 Online: 09 de Agosto de 2007, 00:14:44 »
Olha, me diga o seguinte adriano. Antes das cotas existirem, tinha algum campo na prova do negro que dizia que ele era negro, para o professor corrigir a prova de forma racista? Ou era por que proporcionalmente ha mais negros pobres do que brancos pobres que haviam mais brancos nas faculdades?
Sim, sempre mais brancos nas faculdades fazem persistir a desigualdade entre as raças (sentido sociológico, cor). Essa é a raíz dos males e com mais negros na universidade com a implementação das cotas teremos um pouquinho mais de negros na elite intelectual do país.

Nao concordaria em dizer que o real problema e a falta de recursos que essas pessoas tem para estudar? Entao nao faria mais sentido fazer as cotas serem por renda familiar, ao invez de por cor da pele?
Não concordo, pois entre as classes mais pobres a proporção de negros é maior. Confundir negro com pobreza não acho adequado. O negro que ira concorrer através das cotas é mais o da classe média. E combater o racismo não impede de combater a pobreza.
O negro da classe media, e o mesmo que pode ja passar sem a cota muitas vezes.
Pode mas mesmo assim não consegue, tem poucos negros nas universidades públicas. Qual seria a explicação?

Aqueles que realmente precisariam da mesma seriam aqueles que nao conseguem estudar. Ate por que a bancada de correcao nao tinha uma fotinho dos alunos pra decidir se o mesmo e preto, branco, mulato, japones, azul, verde, laranja, cinza, ou qualquer outra cor. Se o negro nao passava, o problema nao estava na faculdade que era racista, e sim na base educional do individuo.
Como eu disse, a questão racial não impede medidas para a desigualdade econômica, pelo contrário, ao meu ver colabora, como a possibilidade de discutir a universidade pública e seu ingresso como estamos fazendo agora. Penso que as cotas devem estimular um debate maior sobre o ingresso as universidades.
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Offline Herf

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #55 Online: 09 de Agosto de 2007, 13:02:51 »
Não compreendo esta aceitação das cotas de classe por aqueles que rejeitam as cotas de raça. De certa forma são a mesma coisa. Está sendo concedido a um candidato um privilégio pela sua condição, não mais de raça, mas agora de classe.

Parto do princípio de que a universidade deve ser antes de tudo um centro de excelência em estudo e pesquisa, e, em conseqüência, um lugar onde os melhores devem entrar. Se o processo vestibular falha em filtrar os melhores, então mudanças devem ser feitas na prova seletiva.

Rejeito tanto cotas de raça como cotas de classe. Não vejo motivos para rejeitar uma e aceitar outra.

Lua

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #56 Online: 09 de Agosto de 2007, 13:46:36 »
Não concordo com o sistema de cotas, mas tento enxerga-lo da melhor maneira possível. E reafirmo o que eu disse antes: não adianta querer oferecer vagas na universidade se não se melhora o sistema educacional do país de forma a garantir a igualdade de condições na disputa pelas vagas.

Offline Adriano

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #57 Online: 09 de Agosto de 2007, 14:18:49 »
Não compreendo esta aceitação das cotas de classe por aqueles que rejeitam as cotas de raça. De certa forma são a mesma coisa. Está sendo concedido a um candidato um privilégio pela sua condição, não mais de raça, mas agora de classe.

Parto do princípio de que a universidade deve ser antes de tudo um centro de excelência em estudo e pesquisa, e, em conseqüência, um lugar onde os melhores devem entrar. Se o processo vestibular falha em filtrar os melhores, então mudanças devem ser feitas na prova seletiva.

Rejeito tanto cotas de raça como cotas de classe. Não vejo motivos para rejeitar uma e aceitar outra.

Os melhores devem entrar, concordo, mas não é assim que acontece. Já vi aqui críticas bem pertinentes ao processo vestibular. Na Wikipédia tem boas críticas:

Citar
Críticas ao modelo

Uma série de movimentos sociais vê no modelo do vestibular uma barreira de acesso ao ensino superior público para as camadas mais populares da sociedade, alegando que os exames, da forma como são propostos, privilegiam não o conhecimento que de fato se adquiriu no ensino médio mas simplesmente a avaliação de informações memorizadas e sem conteúdo crítico.

Esta linha de pensamento é justificada pelos seus defensores através da análise do tipo de ensino que é dado nos cursos preparatórios ao vestibular (popularmente conhecidos como "cursinhos"), considerado por eles como acrítico e repousante na memorização de fórmulas e estratégias de resolução das provas, e normalmente acessíveis apenas às camadas da população com maior poder aquisitivo.

Ou seja o atual modelo de vestibular, não seleciona os melhores e sim privilegia determinados candidatos pela sua condição socio-econômica e também de raça. Sendo assim o sistema de cotas é uma das medidas possíveis para reverter essa quadro discriminação.





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Offline Dr. Manhattan

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #58 Online: 09 de Agosto de 2007, 14:25:43 »
Adriano: veja que as críticas ao vestibular que você mostrou nao citam o preconceito racial como uma das desvantagens do atual modelo.
Ou seja, esse argumento nao serve para defender o sistema de cotas raciais. A nao ser que você esteja alegando que todos os negros sao
pobres. Aliás, você entao concorda que existem outras maneiras de se reverter o quadro de discriminacao? Repito: na minha opiniao, as cotas
sao a forma errada de se tentar resolver o problema.
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Alan Watts

Offline Adriano

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #59 Online: 09 de Agosto de 2007, 14:54:36 »
Tem outros estudos que apontam a desigualdade racial nas universidades públicas. Não é questão de opinião, é algo comprovado. E o racismo vai além da pobreza, como é possível de ver que entre os mais pobres tem mais negros. Mas não quer dizer que não existe a discriminação entre as classes mais favorecidas, pois o racismo extrapola a distinção de classes sociais.

As críticas ao vestibular é para demonstrar que já não ocorre a seleção dos melhores, e sim de determinados grupos privilegiados, inclusive pela raça. Tem vários estudos apontando isso, não é difícil encontrar, pois são o reflexo da nossa realidade social.

Não sou especialista do assunto, e em certos momentos me confundo com a questão da pobreza e do racismo por estarem estreitamente ligados em uma ampla parcela da população. Concordo com outras medidas para combater a discriminação, mas a cotas é uma delas. A minha crítica foi contra o argumento de que a cota vai influenciar mais a discriminação, eu discordo, pois ela já existe de forma gritante, e com as cotas ocorrerá apenas o enfrentamento desta situação.
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Offline Thufir Hawat

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #60 Online: 09 de Agosto de 2007, 15:14:12 »
Tem outros estudos que apontam a desigualdade racial nas universidades públicas. Não é questão de opinião, é algo comprovado. E o racismo vai além da pobreza, como é possível de ver que entre os mais pobres tem mais negros. Mas não quer dizer que não existe a discriminação entre as classes mais favorecidas, pois o racismo extrapola a distinção de classes sociais.

As críticas ao vestibular é para demonstrar que já não ocorre a seleção dos melhores, e sim de determinados grupos privilegiados, inclusive pela raça. Tem vários estudos apontando isso, não é difícil encontrar, pois são o reflexo da nossa realidade social.
Isso é mais simples de diferenciar do que parece, pelo menos no quesito "ingresso em universidade pública". Não sei se existem estudos como os que vou sugerir abaixo, mas vou dar uma procurada:

Compara-se, apenas entre alunos de escola particular, a porcentagem de negros que ingressam na universidade pública e de brancos que conseguem o mesmo. Mas veja bem, a porcentagem, não o número absoluto.

Compara-se, apenas entre alunos da rede pública, a porcentagem de brancos que ingreassam na universidade pública e de negros que conseguem o mesmo.

Se em ambas as comparações os resultados entre negros e brancos que estudam na mesma rede fossem semelhantes (como quero crer que seriam), teria-se uma indicação razoável de que a condição sócio-econômica é um fator de influência significativamente maior sobre o ingresso em universidade pública do que a cor do candidato.
Se assim for as políticas de cotas poderiam até ser implantadas, mas seus efeitos seriam suplantados por uma política de melhoria no ensino público, ou seja, a política de cotas seria de fato irrelevante, como chutar cachorro morto, exceto pelo fato de facilitar a admição dos negros simplesmente por sua cor, o que numa instituição que deve premiar o mérito seria descabido.

O que não implicaria que negros não sofreriam preconceito dentro da universidade uma vez aprovados. Mas mesmo nesse caso, o do preconceito "puro", investimento pesado em educação de qualidade (principalmente em ciências) ainda é muito mais eficiente do que qualquer política de cotas.

(Particularmente nunca ouvi falar sonbre estudos como esses, mas como disse vou procurar algo a respeito.)
É basicamente isso, Adriano. O fato de que investimento em educação de qualidade não só facilita o ingresso de negros em universidade pública, mas também sua inserção em outros setores da sociedade, através da diminuição do preconceito a que estão submetidos.
 
« Última modificação: 09 de Agosto de 2007, 15:17:30 por Thufir Hawat »
Archimedes will be remembered when Aeschylus is forgotten, because languages die and mathematical ideas do not. "Immortality" may be a silly word, but probably a mathematician has the best chance of whatever it may mean.
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Offline Dr. Manhattan

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #61 Online: 09 de Agosto de 2007, 15:49:58 »
Concordo inteiramente com o que escreveu o Thufir. Também quero acrescentar que o fato de existir uma desigualdade racial em algum
lugar nao implica necessariamente em preconceito. Por exemplo: existem mais vencedores de maratona negros que brancos. Também
parecem existir mais negros que brancos na NBA. Isso nao quer dizer que os brancos estejam sendo ativamente excluídos dessas competicoes.
As causas sao mais complexas que simplesmente preconceito. Você parece estar confundindo causa e efeito.

Sem falar que ainda resta o problema: defina quem é negro. Eu, como mulato de pele clara, poderia ser beneficiado pelas cotas? E quanto
a minha irma, que é a típica mulata, com pele escura e cabelos lisos?
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Alan Watts

Offline Adriano

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #62 Online: 09 de Agosto de 2007, 15:51:46 »
Encontrei esse estudo: Discriminação Racial nas Escolas: entre a lei e as práticas sociais.

Hédio Silva Jr., advogado, mestre e doutorando em Direito
Processual Penal pela PUC-SP, coordenador executivo do CEERT –
Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, foi o relator
do documento brasileiro apresentado na 3ª Conferência Mundial Contra
o Racismo – Durban/2001.



O estudo demonstra para mim uma realidade mais cruel ainda  :'(

O racismo existe não só no ensino superior mas também em todos os níveis de ensino, no fundamental e médio.

E sobre as cotas:

Citar
4. Ensino Superior: acesso e permanência/centros de
pesquisa

Ao nosso ver, as políticas de ação afirmativa, entre elas as cotas nas universidades federais para a população negra, são uma medida eficaz na redução da desigualdade racial entre brancos e negros neste país; desigualdades que têm possibilitado que o acesso e permanência no ensino superior sejam tratados como privilégio de alguns.

Os cursinhos pré-vestibulares, criados a partir de 1992, por iniciativa da sociedade civil, tiveram e têm importante papel, estimulando e criando reais condições para que muitos(as) jovens negros(as), possam realizar o sonho de entrar na universidade. É importante que os cursinhos 80 reconhecidos e legitimados por organizações negras sejam subsidiados por recursos federais, estaduais e municipais, ao mesmo tempo em que sejam criados programas de ação complementar para aqueles que entrem na universidade. O investimento em cursinhos pré-vestibulares deve caminhar lado a lado com os financiamentos estudantis para que os estudantes possam permanecer nos cursos universitários, sejam eles públicos ou privados.

É importante observar que o conjunto de propostas aqui apresentado constitui-se em ações afirmativas da população negra: investimento no ensino médio, na qualidade do material didático, na formação dos professores etc., que devem ser articuladas para a garantia do acesso e permanência da população negra na universidade. Tal articulação pode ser realizada por Comissões Coordenadoras Permanentes (CCPs) municipais, que devem envolver o Poder Público, a iniciativa privada e o Terceiro Setor. Tais Comissões, constituídas de profissionais de educação e áreas correlatas, representantes do Movimento Negro, representantes do MEC, especialistas em ensino médio e, eventualmente, consultores estrangeiros especialistas em políticas de cotas poderão eleger representantes para compor grupos de trabalho de porte estadual, regional e nacional, com a finalidade de definir objetivos comuns, articular ações e avaliar, a intervalos periódicos, os progressos alcançados. No limite, propomos a adoção de objetivos numéricos de metas de inclusão de alunos(as) negros(as), que deverão ser perseguidas pelas universidades públicas e privadas e orientadas por um cronograma que possibilite o monitoramento do esforço efetivamente desenvolvido por cada instituição.pg. 79


As cotas são apenas uma de muitas ações afirmativas, e analisa-las isoladamente tira de contexto uma situação maior.
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Offline Johnny Cash

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #63 Online: 09 de Agosto de 2007, 16:28:32 »
Não vou nem me posicionar sobre a "quase" acusação de racismo, por ser demasiada infundada.

Pra mim, a maior atitude racista vista nesse tópico, foi a de aprovação da segregação racial isolada (excluindo fatores sociais).
Racismo é deixar pra tomar atitude tão tardiamente, quando a única solução aparente é favorecer os candidatos de dada raça(!!) supondo que todos eles não conseguirão, por mérito próprio, oferecer postura competitiva dentre os demais candidatos de outras raças(!!!), novamente ignorando fatores sociais.

Essas cotas são a mesma coisa que "limpar as mãos na parede". Você só troca de problema, talvez até para um pior.
É óbvio, que deve-se, na verdade, começar a oferecer condições de competitividade para a entrada dos cursos superiores, para esses indivíduos que hoje não as possuem (acredito que por fator social e não racial), independente de qual seja o método de avaliação feito pelas instituições de ensino superior, para se dar o ingresso.

Também não vejo razão em forçar uma igualdade numérica entre raças, cursando ensino superior. Isso sim é racismo... e dos bravos!

Offline Rodion

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #64 Online: 09 de Agosto de 2007, 18:26:36 »
de fato, o adriano tem que entender que tratar desigualmente os desiguais é diferente de tratar desigualmente os iguais.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Adriano

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #65 Online: 09 de Agosto de 2007, 19:17:57 »
E quem é a favor da cota tem que entender que não existem iguais, o racismo não é uma invenção. A discriminação existe e tem os estudos apontando isso. Quem quer ficar com a opinião pessoal ao invés de estudos e dados científicos que fique. E quem quer pensar a que as ciências humanas não são ciências e que tudo é questão de opinião, e não leva a sério então tudo bem também. Eu considero esses dados e me sinto bem embasado pelo que pesquisei. Falar apenas opinião pessoal é fácil, e eu só vi argumentos com esses embasamentos.
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Offline Rodion

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #66 Online: 09 de Agosto de 2007, 19:35:06 »
sim, porque quando um negro pergunta algo ao professor no cursinho universitário, o professor olha pra cara dele e pensa "rara, um negro, vou responder errado pra ele não passar.".
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Offline Dr. Manhattan

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #67 Online: 09 de Agosto de 2007, 19:36:33 »
Adriano, também existem estudos que mostram que os feios sao discriminados: nas entrevistas de empregos, entre candidatos equivalentes, as empresas constantemente preferem contratar o mais bonito. Mas, pelo menos na maioria dos casos, o peso dessa discriminacao é muito menor do que o de outros fatores, como o currículo. O que eu (e
acredito outros colegas) estamos querendo deixar claro é que, embora o racismo exista e que tenha um impacto em vários setores, no caso do vestibular, o impacto de
outros fatores (como o tipo de escola, atividades extra-curriculares, bolsas de estudo, cursinhos, etc.) é muito
maior, e que esses fatores nao deixarao de existir com as cotas. Pior, as cotas poderiam agravar a discriminacao baseada na cor da pele.

Responda sinceramente uma coisa: se você fosse escolher entre dois cirurgioes para operar seu filho. Sabendo que um deles passou no vestibular normalmente,
e o outro entrou pelo sistema de cotas [1], quem você escolheria?

E se você quer saber, o grupo mais discriminado no mercado de trabalho nao é o dos negros, mas o das mulheres. E elas nao precisam de cotas para conquistar redutos
que no passado eram exclusivamente masculinos. Veja como eram as faculdades de medicina algumas décadas atrás.

[1] qualquer sistema: cotas para estudantes de escola pública, cotas para feios, etc.
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Alan Watts

Offline Adriano

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #68 Online: 09 de Agosto de 2007, 19:41:29 »
de fato, o adriano tem que entender que tratar desigualmente os desiguais é diferente de tratar desigualmente os iguais.

sim, porque quando um negro pergunta algo ao professor no cursinho universitário, o professor olha pra cara dele e pensa "rara, um negro, vou responder errado pra ele não passar.".

Frases de efeito são muito bonitas e úteis para ganhar popularidade em nosso país. Eu acredito na ciência, principalmente nas ciências humanas, penso que essas vão fazer o diferencial. Me baseio em pesquisas e estudos acadêmicos e não em impressões pessoais de um ou de outro.

A partir do momento que eu "não estou entendendo", deixa-se de discutir as idéias e começa a discutir os meus "erros", justificando os argumentos dessa maneira.
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Offline Adriano

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #69 Online: 09 de Agosto de 2007, 19:51:11 »
Adriano, também existem estudos que mostram que os feios sao discriminados: nas entrevistas de empregos, entre candidatos equivalentes, as empresas constantemente preferem contratar o mais bonito. Mas, pelo menos na maioria dos casos, o peso dessa discriminacao é muito menor do que o de outros fatores, como o currículo. O que eu (e
acredito outros colegas) estamos querendo deixar claro é que, embora o racismo exista e que tenha um impacto em vários setores, no caso do vestibular, o impacto de
outros fatores (como o tipo de escola, atividades extra-curriculares, bolsas de estudo, cursinhos, etc.) é muito
maior, e que esses fatores nao deixarao de existir com as cotas. Pior, as cotas poderiam agravar a discriminacao baseada na cor da pele.
Eu sei que vocês pensam assim, mas não quer dizer que esse pensamento corresponda com a realidade. E eu creio que não. Podem querer "deixar claro", mas por qual motivo? Como disse acima, é uma crença, algo que acreditam.

Responda sinceramente uma coisa: se você fosse escolher entre dois cirurgioes para operar seu filho. Sabendo que um deles passou no vestibular normalmente,
e o outro entrou pelo sistema de cotas [1], quem você escolheria?
Que pergunta de mal gosto. Está supondo que alguém utilizando o sistema de cotas poderia ser menos competente. Para mim não tem diferença, qualquer um, os dois teriam uma boa formação.

E se você quer saber, o grupo mais discriminado no mercado de trabalho nao é o dos negros, mas o das mulheres. E elas nao precisam de cotas para conquistar redutos
que no passado eram exclusivamente masculinos. Veja como eram as faculdades de medicina algumas décadas atrás.

[1] qualquer sistema: cotas para estudantes de escola pública, cotas para feios, etc.
Sei que as mulheres são discriminadas, mas creio não mais que os negros.
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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #70 Online: 09 de Agosto de 2007, 20:08:59 »
Adriano, também existem estudos que mostram que os feios sao discriminados: nas entrevistas de empregos, entre candidatos equivalentes, as empresas constantemente preferem contratar o mais bonito. Mas, pelo menos na maioria dos casos, o peso dessa discriminacao é muito menor do que o de outros fatores, como o currículo. O que eu (e
acredito outros colegas) estamos querendo deixar claro é que, embora o racismo exista e que tenha um impacto em vários setores, no caso do vestibular, o impacto de
outros fatores (como o tipo de escola, atividades extra-curriculares, bolsas de estudo, cursinhos, etc.) é muito
maior, e que esses fatores nao deixarao de existir com as cotas. Pior, as cotas poderiam agravar a discriminacao baseada na cor da pele.
Eu sei que vocês pensam assim, mas não quer dizer que esse pensamento corresponda com a realidade. E eu creio que não. Podem querer "deixar claro", mas por qual motivo? Como disse acima, é uma crença, algo que acreditam.
Nao é uma simples crenca: você nao apresentou nenhum mecanismo que explique a discriminacao racial no vestibular. O único argumento seu é sócio-econômico.
Mas nem todos os pobres sao negros, e vice-versa. Eu estudei em escola particular e tive muitos colegas negros ou mulatos. Na universidade idem. Porque essas pessoas,
economicamente privilegiadas, deveria ter sua admissao na universidade facilitada? Porque um dia ouviram uma piada racista? Por outro lado, já tive alunos brancos
(e mulatos e negros) bastante pobres. Um dos meus alunos mais brilhantes tinha que andar quilômetros para economizar a passagem de ônibus. Mas olha só, ele é branco!
Além disso, você nao respondeu a uma pergunta que fiz antes: como definir um negro?

Responda sinceramente uma coisa: se você fosse escolher entre dois cirurgioes para operar seu filho. Sabendo que um deles passou no vestibular normalmente,
e o outro entrou pelo sistema de cotas [1], quem você escolheria?
Que pergunta de mal gosto. Está supondo que alguém utilizando o sistema de cotas poderia ser menos competente. Para mim não tem diferença, qualquer um, os dois teriam uma boa formação.
Nao estou supondo nada. E daí que seja uma pergunta de mau gosto. Podemos até imaginar que o "cotista" desse exemplo é o mais competente. A questao é: você nao sabe disso. Voce sabe apenas que um
deles é cotista. É muito fácil dizer, aqui no CC, que nao faz diferenca. Mas e no hospital? Vendo um filho seu tendo que encarar uma cirurgia delicada? Será que para
você, naquela
situacao
nao faria diferenca?
Eu acho que faria. Eu, por mais racional que seja, tenho que reconhecer que numa situacao critica como essa, provavelmente teria dúvidas quanto aa competência do cotista.


E se você quer saber, o grupo mais discriminado no mercado de trabalho nao é o dos negros, mas o das mulheres. E elas nao precisam de cotas para conquistar redutos
que no passado eram exclusivamente masculinos. Veja como eram as faculdades de medicina algumas décadas atrás.

[1] qualquer sistema: cotas para estudantes de escola pública, cotas para feios, etc.
Sei que as mulheres são discriminadas, mas creio não mais que os negros.
Você crê errado, mon ami. Aqui no mundo real, basta ver a comparacao de salários de homens e mulheres na mesma profissao. E também as piadas e o assédio que muitas mulheres sofrem
todos os dias.
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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #71 Online: 09 de Agosto de 2007, 20:48:34 »
Eu sei que vocês pensam assim, mas não quer dizer que esse pensamento corresponda com a realidade. E eu creio que não. Podem querer "deixar claro", mas por qual motivo? Como disse acima, é uma crença, algo que acreditam.
Nao é uma simples crenca: você nao apresentou nenhum mecanismo que explique a discriminacao racial no vestibular. O único argumento seu é sócio-econômico.
Eu considero que apresentei argumentos suficientes, ou os possíveis. Não espero mudar opiniões, o interesse maior foi o de manifestar a minha opinião e possibilitar alguma troca de informações. Os argumentos contra as cotas aqui apresentados também não me satisfazem.

Mas nem todos os pobres sao negros, e vice-versa. Eu estudei em escola particular e tive muitos colegas negros ou mulatos. Na universidade idem. Porque essas pessoas,
economicamente privilegiadas, deveria ter sua admissao na universidade facilitada? Porque um dia ouviram uma piada racista? Por outro lado, já tive alunos brancos
(e mulatos e negros) bastante pobres. Um dos meus alunos mais brilhantes tinha que andar quilômetros para economizar a passagem de ônibus. Mas olha só, ele é branco!
Evidência anedótica. O que valem são os dados estatísticos, as análises acadêmicas, pois são mais criteriosas. Pelo menos para mim. E a minha experiência pessoal, considerando as informações totais obtidas apontam o contrário.

Além disso, você nao respondeu a uma pergunta que fiz antes: como definir um negro?
Para mim aquele texto que achou ruim expõe bem essa questão. É pela cor da pele que ocorre a discriminação, por isso o critério da cor. E com a declaração da própria pessoa.

Que pergunta de mal gosto. Está supondo que alguém utilizando o sistema de cotas poderia ser menos competente. Para mim não tem diferença, qualquer um, os dois teriam uma boa formação.
Nao estou supondo nada. E daí que seja uma pergunta de mau gosto. Podemos até imaginar que o "cotista" desse exemplo é o mais competente. A questao é: você nao sabe disso. Voce sabe apenas que um
deles é cotista. É muito fácil dizer, aqui no CC, que nao faz diferenca. Mas e no hospital? Vendo um filho seu tendo que encarar uma cirurgia delicada? Será que para
você, naquela
situacao
nao faria diferenca?
Eu acho que faria. Eu, por mais racional que seja, tenho que reconhecer que numa situacao critica como essa, provavelmente teria dúvidas quanto aa competência do cotista.
Pergunta a minha opinião e depois a desconsidera.  |(

Eu já disse aqui que tem muito mais pessoas qualificadas para cursar a faculdade do que as vagas oferecidas. E penso que os negros atendidos pelas cotas estão nesse contingente. Sinceramente, não vejo possibilidade de problemas na qualidade do ensino devido as cotas, e acho estranho alguém pensar que tenha.  :|



E se você quer saber, o grupo mais discriminado no mercado de trabalho nao é o dos negros, mas o das mulheres. E elas nao precisam de cotas para conquistar redutos
que no passado eram exclusivamente masculinos. Veja como eram as faculdades de medicina algumas décadas atrás.

[1] qualquer sistema: cotas para estudantes de escola pública, cotas para feios, etc.
Sei que as mulheres são discriminadas, mas creio não mais que os negros.
Você crê errado, mon ami. Aqui no mundo real, basta ver a comparacao de salários de homens e mulheres na mesma profissao. E também as piadas e o assédio que muitas mulheres sofrem
todos os dias.
Também creio que está errado, e também estou no mesmo mundo real. Sei que tem muita discriminação entre mulheres e homens, além das minorias sexuais. Mas penso ser o racismo maior. A sua opinião é uma e a minha é outra, natural você pensar que estou errado e eu pensar que está errado. Você não apresentou um novo argumento, pelo menos algo consistente, apenas reafirmou o que disse anteriormente.  :)
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #72 Online: 09 de Agosto de 2007, 20:53:49 »
Adriano... desde que as cotas foram implantas ( :umm: na falta de uma palavra melhor) qual foi a melhoria que o governo federal propôs para o ensino fundamental e médio?
*Falando em eescolas públicas
« Última modificação: 09 de Agosto de 2007, 20:57:22 por Fabi »
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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #73 Online: 09 de Agosto de 2007, 21:20:25 »
Adriano... desde que as cotas foram implantas ( :umm: na falta de uma palavra melhor) qual foi a melhoria que o governo federal propôs para o ensino fundamental e médio?
*Falando em eescolas públicas
Não sei não, vi muitas propostas, principalmente no último papper que postei. Quero ler com mais atenção ele, mas essa pergunta é bem pertinente.
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Re: UFSM sempre indo atrás da UFRGS
« Resposta #74 Online: 09 de Agosto de 2007, 21:26:02 »
Adriano... desde que as cotas foram implantas ( :umm: na falta de uma palavra melhor) qual foi a melhoria que o governo federal propôs para o ensino fundamental e médio?
*Falando em eescolas públicas
Não sei não, vi muitas propostas, principalmente no último papper que postei. Quero ler com mais atenção ele, mas essa pergunta é bem pertinente.
Sim é pertinente, porque senão fica parecendo que as cotas é uma jogada política pra não investir no ensino publico no Brasil... ou melhor para as pessoas esquecerem o quanto o ensino público é precário e ficarem feliz com cotas....
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