Autor Tópico: O paradoxo da realidade.  (Lida 10623 vezes)

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blue pill

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O paradoxo da realidade.
« Online: 26 de Julho de 2007, 17:25:02 »
O paradoxo se origina por causa de duas faculdades que o ser tem de intuir a realidade.

A primeira é de poder se lembrar do seu passado de forma que ele não pode ser mudado, ou seja não pode se escolher mais aquilo que ja se passou.

A segunda é a total indeterminação do futuro, o futuro não pode ser previsto pois ele é indeterminado e pode e será mudado de uma forma que não podemos determinar antes.

Onde vivemos ?
Vivemos exatamente na intersecção dessas duas realidades, vivemos num ponto onde aquilo que é não pode nem ser determinado e nem ser indeterminado, pois não é passado ainda para podermos determinar e nem futuro ainda pra poder mudar.
Isso é o que chamamos de Momento...

Nós vivemos exatamente o paradoxo da realidade, o MOMENTO é o paradoxo da realidade.

Nigh†mare

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #1 Online: 26 de Julho de 2007, 18:42:09 »
:inri:

Ai, Gezuis...

Aquilo-que-foi não é (mais) real (se o foi), e aquilo-que-vai-ser também não é real (pode vir a sê-lo).

Nós vivemos no real e não há paradoxo algum. *



*Mas, ia me esquecendo, no seu dicionário da Xuxa ("tudo pode ser, se quiser será"), pode existir esse tal paradoxo, já que suas definições, quando não são aleatórias, só dependem do que você quer que signifiquem.

blue pill

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #2 Online: 26 de Julho de 2007, 19:59:24 »
:inri:

Ai, Gezuis...

Aquilo-que-foi não é (mais) real (se o foi), e aquilo-que-vai-ser também não é real (pode vir a sê-lo).

Nós vivemos no real e não há paradoxo algum. *



*Mas, ia me esquecendo, no seu dicionário da Xuxa ("tudo pode ser, se quiser será"), pode existir esse tal paradoxo, já que suas definições, quando não são aleatórias, só dependem do que você quer que signifiquem.

É... Não existe nenhum paradoxo... Agora ja pode parar de sujar meu tópico com merda, combinado ?

blue pill

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #3 Online: 26 de Julho de 2007, 20:08:50 »
O Moderação, se não apagarem essa mensagem de ENTULHAMENTO de tópico do Nightmare eu me retiro.
Num é ameaça, é só um aviso.

Offline Oceanos

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #4 Online: 26 de Julho de 2007, 21:19:53 »
Não vejo porque a mensagem deve ser apagada. É só uma resposta ao seu texto.

E peço para que parem com a troca de elogios.

Nigh†mare

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #5 Online: 26 de Julho de 2007, 22:00:05 »
:inri:

Ai, Gezuis...

Aquilo-que-foi não é (mais) real (se o foi), e aquilo-que-vai-ser também não é real (pode vir a sê-lo).

Nós vivemos no real e não há paradoxo algum. *



*Mas, ia me esquecendo, no seu dicionário da Xuxa ("tudo pode ser, se quiser será"), pode existir esse tal paradoxo, já que suas definições, quando não são aleatórias, só dependem do que você quer que signifiquem.
É... Não existe nenhum paradoxo... Agora ja pode parar de sujar meu tópico com merda, combinado ?
Crie um blog e seja feliz!  :ok:


E, já que mencionou, não estou sujando "seu" tópico com merda... Se fedeu, foi só porque a merda que estava aqui foi mexida.

Offline Oceanos

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #6 Online: 26 de Julho de 2007, 22:17:34 »
Você também, Night... Parem a troca de elogios.

Nigh†mare

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #7 Online: 26 de Julho de 2007, 22:21:06 »
Você também, Night... Parem a troca de elogios.
:beee:


:P

Offline Nyx

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #8 Online: 26 de Julho de 2007, 23:22:33 »
 :) Eu gostei do texto.


Não vi nada de errado com ele.  :)

Offline Rodion

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #9 Online: 26 de Julho de 2007, 23:35:01 »
então vejamos.
possuimos duas faculdades para intuir o mundo. a primeira é a memória, é lembrar-se. a segunda...
A segunda é a total indeterminação do futuro, o futuro não pode ser previsto pois ele é indeterminado e pode e será mudado de uma forma que não podemos determinar antes.

não há segunda, pelo que eu entendi...
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Adriano

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #10 Online: 26 de Julho de 2007, 23:35:45 »
O paradoxo se origina por causa de duas faculdades que o ser tem de intuir a realidade.

A primeira é de poder se lembrar do seu passado de forma que ele não pode ser mudado, ou seja não pode se escolher mais aquilo que ja se passou.

A segunda é a total indeterminação do futuro, o futuro não pode ser previsto pois ele é indeterminado e pode e será mudado de uma forma que não podemos determinar antes.

Onde vivemos ?
Vivemos exatamente na intersecção dessas duas realidades, vivemos num ponto onde aquilo que é não pode nem ser determinado e nem ser indeterminado, pois não é passado ainda para podermos determinar e nem futuro ainda pra poder mudar.
Isso é o que chamamos de Momento...

Nós vivemos exatamente o paradoxo da realidade, o MOMENTO é o paradoxo da realidade.
Mas esse paradoxo está considerando o tempo como parâmetro da realidade. Será o tempo a medida da realidade? Ou será o tempo mais uma abstração humana com base no movimento da matéria?
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #11 Online: 26 de Julho de 2007, 23:48:27 »
então vejamos.
possuimos duas faculdades para intuir o mundo. a primeira é a memória, é lembrar-se. a segunda...
A segunda é a total indeterminação do futuro, o futuro não pode ser previsto pois ele é indeterminado e pode e será mudado de uma forma que não podemos determinar antes.

não há segunda, pelo que eu entendi...

Penso que há o futuro biológico, que é o envelhecimento, o físico, que é a base, com o movimento dos astros, o psicológico, com o desenvolvimento pessoal, o amadurecimento, e por fim o político, bem.... não há futuro político :(

Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

blue pill

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #12 Online: 27 de Julho de 2007, 10:48:49 »
Uma segunda nota explicativa...

Eu to tentando é prolongar um estudo filosófico que é conhecido como "condições do conhecimento" que Kant propos pela primeira vez, onde o conhecimento só acontece por alguns motivos, dentre os quais esta a noção de espacialidade e temporalidade, sem isso o conhecimento é impossível.

"Um objeto sem espaço e tempo não se torna conhecimento nunca, mas o tempo e o espaço mesmo sem objeto se torna conhecimento."

Nesse caso a proposição é muito clara e simples: Espaço-Tempo (Agora pós-relatividade juntos) é uma condição NECESSÁRIA para o conhecimento.
Entretanto sabemos que dentro desse conceito de espaço-tempo podemos dividi-lo naquilo que já aconteceu na linha do tempo e aquilo que ainda não aconteceu, passado e futuro.

QUe sabemos do passado e do futuro ? Sabemos do passado tudo que nele aconteceu a partir das observações dos fenomenos, tudo e qualquer fenomeno que foi observado passou a ser conhecimento e esse conhecimento está dentro, está "contido" no passado.
Do futuro não podemos fazer nenhuma previsão, não podemos prever em absoluto o futuro. Pois agora alguem perguntaria "Mais eu posso prever a tragetória de um objeto lançado verticalmente em função da força gravitacional"..
Sim, nós podemos fazer uma previsão como estas, poderiamos prever isso porque isso não É futuro, isso é um experimento que não se situa totalmente e únicamente no futuro, mas parcialmente no futuro.
Nós pensamos que podemos realizar um experimento, porém a realização deste ainda está no futuro, assim, podemos saber que se realizarmos este experimento provavelmente seguirá os parâmetros que constatamos no passado, mas nunca poderiamos saber se VIRIAMOS a realizar esse experimento, pois a realização dele encontra-se no futuro, e o futuro é nesse caso uma das realidades, e ela é indeterminada.

blue pill

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #13 Online: 27 de Julho de 2007, 10:59:47 »
Eu constatei também que na tese do Ubermensch em Niet., ele também segue essa condição do conhecimento - estarmos situados numa região em que nem é passado para podermos saber "que é" e nem futuro tanto pra desconhecermos em totalidade.

Pois Niet. proproe que a partir do momento em que tomamos conhecimento do Niilismo, do vazio de sentidos, do vazio de valores, então passamos a reger e nós mesmos preencher essas lacunas, ou seja, aquilo que antes era desconhecido e agora passou a ser conhecido (portanto AGORA pertence ao passado desse EU) então agora ja é de domínio desse EU, e só por isso, só por essa condição é que ele pode superar, que ele pode ditar ou criar esses valores de forma genuína, pelo exato motivo do conhecimento de que eles ainda não existem mas passarão a existir em dado momento, portanto projeta para o futuro os valores sabendo do passado que consistia em vazio de valores.

Se tornar um ubermensch é de certa forma é ditar seus próprios valores baseado no seu passado.
« Última modificação: 27 de Julho de 2007, 11:02:41 por Blue Pill »

Offline Lecina

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #14 Online: 27 de Julho de 2007, 13:11:16 »
Se fosse criado um computador super-potente que pudesse calcular a posição de toda a matéria do universo e prever a "movimentação" de cada uma dela, calculando todos os fenômenos físicos envolvidos nessa "movimentação". Levando em conta a lei de "ação e reação", seria possível prever o futuro? O futuro absoluto, como você citou?
Fabio Lecina Marin

blue pill

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #15 Online: 27 de Julho de 2007, 13:36:10 »
Se fosse criado um computador super-potente que pudesse calcular a posição de toda a matéria do universo e prever a "movimentação" de cada uma dela, calculando todos os fenômenos físicos envolvidos nessa "movimentação". Levando em conta a lei de "ação e reação", seria possível prever o futuro? O futuro absoluto, como você citou?

Ai que está... Pra criar tal computador capaz de calcular todos os fenomenos físicos que você disse, é preciso primeiro assumir uma premissa da qual não temos certeza alguma, que é a de que a maneira de ser das coisas não muda, em outras palavras, que o conhecimento é possível.
Não ha maiores motivos pra acharmos que o conhecimento é possível como para acharmos que é impossível, ficamos apenas com uma sintese disso tudo, que é justamente um paradoxo.
O paradoxo em que tudo que sabemos é oriundo de fenomenos do passado e tudo que ha pela frente no futuro é desconhecido necessáriamente.
Entretanto, apesar de constatarmos que o momento é o único realmente que existe, tanto passado como futuro são apenas uma criação pra dar coerência para essa sucessão que ocorre na vida, apesar disso podemos também entender que a vida se passa ao decorrer dessa linha que chamamos tempo, e que um dia passaremos por um certo ponto no futuro, que um dia passamos por pontos do passado.

O mais incrível disso tudo é que, a partir do momento em que vemos a vida como apenas o momento, a projeção que fazemos pro futuro é uma, e se pensarmos na vida como um rio correndo em função do tempo então projetaremos outra coisa para o futuro.
Uma concepção influencia na outra que influência na primeira, essa é a síntese da idéia do paradoxo da realidade, onde nem a determinação de todas as coisas é o "real" nem tampouco a indeterminação das coisas é "real", mas é exatamente o ponto de intersecção entre as duas realidades que se torna a realidade, que dá origem ao exato momento em que nos encontramos, pois nem somos capazes de determinar a natureza absoluta de todas as coisas e nem capazes de ditar todas as regras que deverão vir a acontecer em nossa vida como se fossemos o deuses de nós próprios.
« Última modificação: 27 de Julho de 2007, 13:41:33 por Blue Pill »

Offline Metatron

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #16 Online: 27 de Julho de 2007, 13:52:39 »
Presente não existe, o que existe é passado e futuro. O presente é apenas a sensação que sentimos quando da passagem do passado para o futuro. Estava pensando nisto ontem mesmo...
“Quem não quer pensar, é um fanático; quem não pode pensar, é um idiota; quem não ousa pensar, é um covarde”.
(Horace Walpole - Conde de Oxford)

blue pill

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #17 Online: 27 de Julho de 2007, 14:19:20 »
Presente não existe, o que existe é passado e futuro. O presente é apenas a sensação que sentimos quando da passagem do passado para o futuro. Estava pensando nisto ontem mesmo...

Como não existe? E se eu faço uma proposição bem simples assim: O presente é agora.
Pronto, dei uma forma de ser para "presente".
Com isso eu ja posso dar ao presente a existência, mas antes disso, mesmo que eu não tivesse definido o que é o presente da maneira como defini, a própria palavra em sí ja é existente, portanto o presente existe mesmo independente de ser agora ou não.
A existência das coisas é abrengente demais, tudo existe, exatamente tudo que se pode imaginar ou ver, porque essa é a definição de existência.
Se algo não existisse então nem sequer cogitar poderiamos, podemos cogitar apenas do que existe.
Agora, pode-se definir e especificar bem a existencia das coisas, existencias materiais, existencias abstratas, existencias matematicas, existencias substanciais, existencias de valor, existencias lógicas, enfim....

blue pill

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #18 Online: 27 de Julho de 2007, 14:31:58 »
Um exemplo xulo e prático do que viria a ser uma concepção da vida como totalmente determinavel e sua influencia na indeterminação da vida seria a de que fulano passa a agir de forma como se nada pudesse ser diferente, isso por sí ja é uma atitude que ele tomou por livre e espontanea vontade, pois é bem razoavel que se a vida e o pensamento fosse determinado, teria sido de uma ENORME coincidência, a partir da dança do universo e das particulas cerebrais (inclusive) termos chegado a conclusão de que a vida e o pensamento é determinado.

Por outro lado se fulano passa agir de forma com que ache que tudo é tão imprevisivel, então sua própria atitude ja tem um método, o método da imprevisibilidade, teria de ter que usar este método toda vez que quisesse dar a vida um carater imprevisivel como tomar uma atitude inesperada, nesta atitude imperou ainda um método determinado, o método da imprevisibilidade.

Offline Rodion

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #19 Online: 27 de Julho de 2007, 16:45:50 »
Se fosse criado um computador super-potente que pudesse calcular a posição de toda a matéria do universo e prever a "movimentação" de cada uma dela, calculando todos os fenômenos físicos envolvidos nessa "movimentação". Levando em conta a lei de "ação e reação", seria possível prever o futuro? O futuro absoluto, como você citou?

indeterminação quântica, buddy.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Adriano

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #20 Online: 27 de Julho de 2007, 17:29:59 »
Tem um papper de Fernando Lang da Silveira físico da UFRGS, em que ele analisa Popper, e acho intessante esse trecho sobre o determinismo e indeterminismo:
Citar
“Alguns pensadores, acreditam, de fato, que a verdade de uma teoria pode ser inferida da sua
irrefutabilidade” (Popper). Isto é um engano óbvio pois pode haver duas teorias contrárias, ambas
irrefutáveis e portanto, ambas não podem ser verdadeiras. Um exemplo de duas teorias incompatíveis e
irrefutáveis: o determinismo e o indeterminismo. A primeira afirma que “O futuro do mundo empírico (ou
fenomenal) é pré-determinado completamente” (Popper); a segunda afirma que nem todo o futuro
do mundo é pré-determinado. Mesmo que vivêssemos em um mundo que aparentemente fosse totalmente
indeterminado, nos surpreendendo a cada momento, “o futuro poderia ainda ser pré-determinado e até
antecipadamente conhecido pelos que fossem capazes de ler o livro do destino” (Popper). Por outro
lado, se o mundo tivesse aparência completamente regular e determinista, “isso não estabeleceria que não
existisse nenhum acontecimento indeterminado de qualquer espécie” (Popper).
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

blue pill

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #21 Online: 27 de Julho de 2007, 17:44:16 »
Tem um papper de Fernando Lang da Silveira físico da UFRGS, em que ele analisa Popper, e acho intessante esse trecho sobre o determinismo e indeterminismo:
Citar
“Alguns pensadores, acreditam, de fato, que a verdade de uma teoria pode ser inferida da sua
irrefutabilidade” (Popper). Isto é um engano óbvio pois pode haver duas teorias contrárias, ambas
irrefutáveis e portanto, ambas não podem ser verdadeiras. Um exemplo de duas teorias incompatíveis e
irrefutáveis: o determinismo e o indeterminismo. A primeira afirma que “O futuro do mundo empírico (ou
fenomenal) é pré-determinado completamente” (Popper); a segunda afirma que nem todo o futuro
do mundo é pré-determinado. Mesmo que vivêssemos em um mundo que aparentemente fosse totalmente
indeterminado, nos surpreendendo a cada momento, “o futuro poderia ainda ser pré-determinado e até
antecipadamente conhecido pelos que fossem capazes de ler o livro do destino” (Popper). Por outro
lado, se o mundo tivesse aparência completamente regular e determinista, “isso não estabeleceria que não
existisse nenhum acontecimento indeterminado de qualquer espécie” (Popper).

É mais ou menos baseado nesses dois elementos que se origina o paradoxo que descrevi...
A diferença é que eu especifiquei um pouco mais que fenomenos determinados são exclusivamente parte do passado e fenomenos indeterminados são exclusivamente do futuro.
E após essa analize do que vem a ser determinação e indeterminação, eu digo que a vida só pode ser exatamente a intersecção entre as duas coisas, pois não podemos nem determinar tudo e não somos também totalmente indeterminados (não somos zerados de conhecimento, mas temos algum conhecimento).
Que isso significa ? Que a intersecção dessas duas realidades, a realidade dos fenomenos determinados e a realidade dos fenomenos indeterminados se tocam num ponto, esse ponto é justamente onde se encontra o momento.
Isso varia de pessoa para pessoa evidênte, tem pessoas com mais conhecimentos, pessoas com menos conhecimento, o diferencial entre elas para este ponto é que em umas o conhecimento acerca dos fenomenos determinados é muito maior, de forma que até mesmo uns fenomenos que são indeterminados para algumas pessoas ainda, ja são determinados para esta primeira, e é isso que dá a diferença entre conhecimento das pessoas.
O que traz conhecimento ? A vivência como um todo.

Posso até continuar dando uma coerência para essa relação entre o conhecimento das pessoas e ainda dizer que existem deuses entre as pessoas, deuses nesse caso seriam as pessoas que tem mais conhecimento do que para a qual estamos nos referindo esses deuses.
A definição de deus só pode ser aquele que pode determinar alguma coisa além de um outro que não pode determinar aquilo, e isso pode e acontece muitas vezes se compararmos as pessoas e seus conhecimentos em potencial.

Podemos ir mais longe ainda e dizer que o conhecimento não tem limites aparentes, pois sendo assim é possível se tornar um deus para todos os Eus, para todo o mundo, para todo o universo e para toda existência e passar assim a criar não só outros valores para os Eus, mas valores para o mundo fenomênico também (em forma de ações do indivíduo), pode também um deus ditar valores para o universo (e dar ao universo uma nova forma e leis físicas, enfim toda estrutura do universo pode ser ditada por este) e por ultimo a existência, onde ponto mais alto desse conhecimento que um Eu pode atingir é ter conhecimento tal que pode passar a dar existência a algo que ainda não existe, como por exemplo um outro universo, outros planetas, outras leis físicas, outros seres pensantes e por conseguinte dar a esses também essa possibilidade do conhecimento e assim dar a possibilidade de se tornarem deuses também.

Offline Alexandre Malta

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #22 Online: 27 de Julho de 2007, 22:27:37 »
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Podemos ir mais longe ainda e dizer que o conhecimento não tem limites aparentes, pois sendo assim é possível se tornar um deus para todos os Eus, para todo o mundo, para todo o universo e para toda existência e passar assim a criar não só outros valores para os Eus, mas valores para o mundo fenomênico também (em forma de ações do indivíduo), pode também um deus ditar valores para o universo (e dar ao universo uma nova forma e leis físicas, enfim toda estrutura do universo pode ser ditada por este) e por ultimo a existência, onde ponto mais alto desse conhecimento que um Eu pode atingir é ter conhecimento tal que pode passar a dar existência a algo que ainda não existe, como por exemplo um outro universo, outros planetas, outras leis físicas, outros seres pensantes e por conseguinte dar a esses também essa possibilidade do conhecimento e assim dar a possibilidade de se tornarem deuses também.

Amigo, você esta definindo Deus de um modo pagão, o Deus teórico das religiões monoteístas abraãmicas é a fonte de todo o conhecimento fenomenológico, isto quer dizer que não existe conhecimento determinado e conhecimento indeterminado para Deus, por isso a definição coerente da cristandade dele ser um ser atemporal, isto é, sem princípio e sem fim e também onipotente, que possue a potência de conhecer todos os saberes. A definição de deidade mais plausível é a das religiões abraâmicas, neste instante eu sou agnóstico mas se no futuro eu lograr uma experiência biunívoca com esse ser transcedental eu vou acreditar nele sim e voltarei a ser religioso novamente. O meu agnosticismo permite que minha mente sempre esteja aberta para novas inferências, ser ateu crítico é o supra sumo da incoerência pois nesse caso o seu conhecimento indeterminado seria irrevovogavelmente indefinido e portanto limitado no que se refere as fontes de conhecimento superiores, já o ateus implicitos (agnósticos) não estariam isentos do conhecimento metafísico a posteriori que é absolutamente possível já que as evidências transcedentais em nosso espaço vetorial não são estereotipadas.
"Governar acorrentando a mente através do medo de punição em outro mundo é tão baixo quanto usar a força." Hipácia (Matemática de Alexandria, assassinada por uma turba Cristã em 415 DC)

blue pill

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #23 Online: 28 de Julho de 2007, 10:23:18 »

Amigo, você esta definindo Deus de um modo pagão, o Deus teórico das religiões monoteístas abraãmicas é a fonte de todo o conhecimento fenomenológico
Eu estou definindo deus do meu modo oras...

, isto quer dizer que não existe conhecimento determinado e conhecimento indeterminado para Deus
Para o meu tem ORAS... Foi exatamente o que eu disse, que ser deus é uma relação de conhecimentos de fenomenos indeterminados com fenomenos determinados.

, por isso a definição coerente da cristandade dele ser um ser atemporal, isto é, sem princípio e sem fim e também onipotente, que possue a potência de conhecer todos os saberes.
Então voCê acredita nessa definição ? Acredita no deus atemporal das religioes ?

A definição de deidade mais plausível é a das religiões abraâmicas, neste instante eu sou agnóstico mas se no futuro eu lograr uma experiência biunívoca com esse ser transcedental eu vou acreditar nele sim e voltarei a ser religioso novamente.
O que seria mais plausível pra vocE? volto a perguntar, você acredita então nessa "definição" plausivel das religioes ? Se ela é a mais plausível então voce acredita nela certo? Seria mais plausivel que a definição de deus do cientificismo também ??

O meu agnosticismo permite que minha mente sempre esteja aberta para novas inferências, ser ateu crítico é o supra sumo da incoerência pois nesse caso o seu conhecimento indeterminado seria irrevovogavelmente indefinido e portanto limitado no que se refere as fontes de conhecimento superiores,
Nós nunca sabemos como nossa mente vai reagir em função de outros fenomenos ainda desconhecidos... Isso seria como ja saber do que se trata exatamente esse novo fenomeno...

já o ateus implicitos (agnósticos) não estariam isentos do conhecimento metafísico a posteriori que é absolutamente possível já que as evidências transcedentais em nosso espaço vetorial não são estereotipadas.

Porque é absolutamente possível ?
O que vc quer dizer com "As evidências transcedentais em nosso espaço vetorial não são estereotipadas" ?



Offline Alexandre Malta

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Re: O paradoxo da realidade.
« Resposta #24 Online: 28 de Julho de 2007, 11:22:39 »
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Eu estou definindo deus do meu modo oras...
Esse Deus seu é bem limitado pois ele não possue a fonte de todo conhecimento fenomenológico, já dizia Socrátes, "eu sei que nada sei", o espírito do homem é muito restrito e ele jamais conseguiria acumular todas as fontes de conhecimento determinados, e mesmo se ele conseguisse ainda restaria uma lacuna que seria os conhecimentos indeterminados, estes conhecimentos são incognoscíveis para o homem a priori.

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Para o meu tem ORAS... Foi exatamente o que eu disse, que ser deus é uma relação de conhecimentos de fenomenos indeterminados com fenomenos determinados.
Você esta definindo "um Deus" ou "o Deus"?
A palavra Deus possue um significado pagão sim, por isso não descarto a possibilidade de você esta certo. Mas o Deus todo poderoso não esta infiltrado nessa sua definição, para mim ele jamais se encaixaria nesta sua enunciação, é uma opinião apenas, não uma crítica, e você é bem inteligente.

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Então voCê acredita nessa definição ? Acredita no deus atemporal das religioes ?
Existe silogismo nesta definição, conquanto sua essência é incognoscível para mim até o momento.
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O que seria mais plausível pra vocE? volto a perguntar, você acredita então nessa "definição" plausivel das religioes ? Se ela é a mais plausível então voce acredita nela certo? Seria mais plausivel que a definição de deus do cientificismo também ??
A ciência nunca definiu Deus. Ou será que você acredita em filosofias figuradas como a de Henri Bergson e Alexander por exemplo?
Citar
Porque é absolutamente possível ?
O que vc quer dizer com "As evidências transcedentais em nosso espaço vetorial não são estereotipadas" ?

Existe uma sequência ininterrupta de fenomênos místicos sucedidos em nosso espaço vetorial, no entanto a ciência ainda não conseguiu explicar tais fenômentos como por exemplo, a glossolalia, a xenoglossia e tantos outros. Esses fenômentos não são fixos, isto é, inalteráveis ou estereotipados, eles variam de pessoa para pessoa e por isso não são ainda conclusivos.
Abraços!
"Governar acorrentando a mente através do medo de punição em outro mundo é tão baixo quanto usar a força." Hipácia (Matemática de Alexandria, assassinada por uma turba Cristã em 415 DC)

 

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