Eu particulartemente, tenho mais conhecimento sobre a defesa do laicismo pelos ateus. Mas claro que muitos teístas e religiosos também defendem.
Então não existe motivo para tentar associar o laicismo ao ateismo, são coisas distintas.
Não é uma crença, é uma realidade. Deus é um mito construído pelo homem.
Prove.
A minha comprovação de que o teísmo é uma construção humana se deu através do estudo do ateísmo, da filosofia de da antropologia. Com destaque para Feuerbach. A possibilidade de existência desse mito entendo como fazendo parte da fé. O conceito de deus só se refere a um fato natural para o teísta. Para mim é um fato cultural. Para você negar o conceito de deus mito, teria que provar que é real.
E você teria que provar que a idéia de Deus-mito é real.
Saiba que a antropologia não estuda a religião em si, mas a forma como as pessoas lidam com ela.
Isso é dito por muitos antropólogos e por outros cientistas sociais.
A antropologia é em muitos casos como a história, é dada a certas subjetividades e a opinião de um antropólogo sobre Deus, não prova que ele esteja certo.
Dependendo do assunto sim. Mas tem dados que apontam a presença do ateísmo nos países mais desenvolvidos e do teísmo crescente nos países pobres. Marx já falava sobre a religião ser o ópio do povo e teve muita influência de Feuerbach.
E em relação a escolaridade o ateísmo tem maior proporção quanto maior o grau de ensino. Na comunidade científica a proporção de descrentes é muito maior.
Aff...
Ateus são mais inteligentes é isso?
A questão de no meio cientifico Deus ser mais questionado, não diz nada a respeito do caso, mesmo porque seria natural de se esperar isso em um meio onde Deus não é estudado.
Como você mesmo está dizendo, a pessoa para ser errada em relação ao conceito de deus não quer dizer que seja um enganado irracional, mas que está equivocada nesse aspecto e pode ter influências em outros.
O criacionismo é o maior engodo religioso e não se encontra algo semelhante no ateísmo, pois no ateísmo não existe um objeto de crença.
Primeiro nem todo religioso é criacionista, isso é coisa de teísta crente.
Depois, existem ateus crentes que caiem em crenças semelhantes, você pode ter ateus com as mais variadas idéias toscas, crenças em "memes", em superioridade de ateismo ou em teorias dignas do "Darwinismo social".
Eu conheci um ateu japones que dizia que os povos dos paises quentes são mais burros devido ao cérebro não trabalhar bem no calor.
Não confunda ateismo com ciência, pois o ateísmo em si não se baseia na ciência.
Pegar a ciência como base, bem como o ceticismo, é coisa do individuo e tanto ateus quanto teístas podem faze-lo.
Você nega (crença - se negar é crença para o ateísmo, nesse caso também é) o conceito de deus-mito e faz a afirmação de que deus é uma realidade e de que você conhece essa realidade.
E quando você chama um ateu de crente é baseado nessa sua crença, assim como você fala que deus faz parte da realidade. Essa sua crença não tem comprovação nem empírica nem racional.
É ai que você se engana, você "acredita" não não se pode observar Deus as evidencia de Deus, por acreditar que ele é um mito... essa é a sua crença.
Quanto a crentes, existem nos dois meios, tanto teístas quanto ateus, assim como céticos também existem dos dois lados.
O que te faz crente, não é ser ateu.
Eu conheço ateus céticos, não acreditam em Deus por não terem motivos pra isso, o que é bem diferente de "acreditar" que Deus é um mito e que isso é um fato inegável.
Você é crente por cair em um extremo oposto, colocando o ateísmo como real e racional, e o teísmo como crença irracional... Até insinuar que o ateísmo é moralmente superior e que ateus são mais "inteligentes" ou "instruídos" você faz... Atitude típica de crentes que pregam que sem Deus não existe moral.
A sua experiência pessoal ou o uso do termo "comprovação" entram na categoria moral, pois é uma suposta realidade subjetiva sua que você quer impor como sendo real devido a sua crença.
Que você "acredita" ser subjetiva.
A ciência é baseada em um método, e ele não pode tudo.
Quando você nega qualquer possibilidade de conhecimento fora desse meio, está sendo dogmático e elegendo a ciência como a única verdade.
O dogmatismo é mais uma característica do crente.
A crença de deus faz parte da realidade cultural humana. Não faz parte da realidade natural por isso não é estudado pelas ciências naturais. Já as ciências humanas tem muitos estudos sobre as religiões e a crença em deus.
Deus transcende a realidade natural, é a origem dela, por isso a ciência não pode estuda-lo, pois se apoia em um método que não permite isso.
Ao menos por hora.
Seria como se estivéssemos dentro de um mundo virtual criado por um computador, Deus seria o processador e não pode ser estudado ao se observar a "materia" desse mundo.
A ciência, no entanto, sabe que se baseai em um método e não nega aquilo que desconhece.
Muita coisa hoje ainda não é estudada, simplesmente por nem sabermos que existem... mesmos que sejam coisas reais perfeitamente naturais.
Na discussão eu não preciso me utilizar de um fator sobrenatural pessoal como argumento ou para basear argumento. Comprovação pessoal de "deus" é uma falácia e um ato imoral no ceticismo, não são permitidas, devido a um consenso na busca de objetividade e "comprovação pessoal" é totalmente subjetivo.
Não viaje.
Se eu estivesse usando comprovação pessoal como argumento para "provar" alguma coisa, tudo bem, você poderia dizer isso... mas esse não é o caso.
Eu apenas argumento sobre existirem outras formas de comprovação que independem da ciência.
É você quem faz um "apelo a ciência" e dogmaticamente a elege como a única fonte que nos permite conhecimento da realidade.
Como eu já disse, aquilo que chamamos de cientificamente comprovado, não passa de algo que foi comprovado pessoalmente por diversos cientistas.
Um cientista comprova algo pessoalmente e nós podemos fazer o mesmo.
Desde quando acreditar em Deus é um conceito moral?
Conhecer a gravidade é um conceito moral?
Novamente você faz uma analogia sobre algo inexistente com algo comprovadamente existente, como é o caso da gravidade. Essas analogias entre irrealidade (deus) e realidade só tem valor para você (subjetivo, pessoal) pois acredita em deus.
Não importa a sua "crença" sobre deus ser um mito, a questão é que simplesmente "acreditar" ou "conhecer" algo, não é moral.
A moral diz respeito a comportamento, o que é certo e errado fazer.
Conhecer Deus ou a gravidade, não é algo "moral".
Que deus? No deus-mito? O deus mito foi uma constatação de Feuerbach em sua antropologia da religião.
E a opinião dele faz disso um fato?
Ou vai dizer que ele "provou" Deus como criação humana? Só na sua cabeça.
Não existe "crença" na inexistência de algo que não existe. Isso só é possível na concepção teísta que considera deus como sendo real, mas com base na sua crença, ou na sua crença de comprovação ou experiência.
Você acredita que Deus é um mito... isso é diferente do: "Não acredito pois nunca vi, mas acreditarei quando ver provas disso".
Você coloca como impossível a existência de Deus e afirma que quem conhece isso está enganado.
Isso é muito diferente da postura de "duvidar", parte para o campo das afirmativas, afirmativas que você não pode provar, afirmativas que você apenas "acredita".
Tentar definir deus já é uma caminha para a realidade e para o ceticismo.
Um post antes você dizia que era um conceito irracional...
Não muda para o crente. O modelo atômico tinha uma descrição sim, tinha suas teorias. A ciência toda quem hipóteses e teorias que dão continuidade ao processo científico. Assim como a teoria de deus-mito tem muitas evidências, devido a grande contradição das religiões sobre o tema e muitas das semelhanças com mitos antigos.
Aff...
E eles estarem errados a principio sobre a descrição do átomo fez dele algo falso?
Não, então caso alguém esteja errado em sua descrição de Deus, isso também não é o baste para fazer de Deus algo falso.
Quanto ao átomo, ele foi pensado antes do surgimento da ciência moderna, quando a palavra era sinônimo de conhecimento.
O mito da criação é muito antigo.
E?
Ele pode ser antigo, mas continua verdadeiro hoje no ponto doutrinário em que toca.
Em alguns pontos sim. Mas veja, temos uma contradição da aceitação da comprovação pessoal, da experiência pessoal. Eu considero imoral esse uso no ceticismo, já você por ser o "experimentador", insiste em usar essas falácias para "refutar" argumentos.
Aponte uma comprovação pessoal que eu tenha usado como "fato" para "refutar" um argumento.
Eu apenas a uso para lembrar que tudo é comprovação pessoal e que isso não pertence a ciência.
Você confunde o ceticismo científico, uma ferramenta para manter a ciência relativamente livre de crenças, com acreditar na ciência e apenas na ciência.
A discussão no ceticismo é baseada na racionalidade, na descrição de conceitos, na busca de uma realidade objetiva através da ciência.
Através da ciência?
Não... o ceticismo não é isso, visto que a ciência se baseia em um método e o próprio método pode estar errado.
O problema é a crença que você coloca na ciência.
O ceticismo é uma atitude "critica", neutra e investigativa, uma atitude que não pode se basear em um método que por si só não foi provado, por isso Popper sempre insistiu em termos como verossímil ao invés de verdadeiro.
Você quer se equiparar a ciência para fazer valer seus experimentos. Ou tenta desqualifica-la para se equiparar a você. Diz que a ciência é baseada em relatos pessoais de cientistas.
Isso para mim não é amoralidade.
Eu nunca tentei desqualifica-la, mas seria você quem tem que provar que a ciência é a única forma de se adquirir conhecimento sobre a realidade.
Eu uso de outros meios, conheço diversas coisas que são reais e que a ciência não fala.
Se minha mãe eu posso conhecer sem depender da ciência, também posso conhecer outras coisas. E não venha falar sobre a ciência falar sobre "mães", pois assim só seria real aquilo que a ciência conhece, sendo que muitas coisas a ciência desconhece e ainda está para descobrir.
Quanto a isso, não é uma característica como meu "teísmo", mas do meu "ceticismo", pois entendi isso ainda como ateu.
Ou seja, isso não faz parte de uma "moral teísta".
Por ser a priori que é arbitrário. O ateísmo e o teísmo tem suas histórias. Eu procuro entender o contexto histórico do ateísmo e não nego fatos ruins do mesmo.
E o apriorismo Kantiano é desconsiderado por http://pt.wikipedia.org/wiki/Saul_Kripke#O_necess.C3.A1rio_a_posteriori]Saul Kripke.
Aff...
Primeiro que não é desconsiderado, ele apenas diz que em alguns casos o que ocorre é a posteriori.
Segundo que isso não tem nada a ver com o que estamos falando.
Estamos falando sobre o teísmo e ateísmo não terem nenhuma moral embutida dentro deles que seja inerente a eles.
O método científico é moral (bom, correto) por ser feito de modo objetivo e através da comunidade científica. Não é uma experiência pessoal, é feita em conjunto e necessita de demonstrações empíricas.
Onde cada individuo faz sua própria comprovação pessoal e depois comparam resultados, procuram erros, etc...
O método científico não é "moral", você o julga moralmente como bom.
A comprovação pessoal é algo que contraria essa objetividade da ciência e que é buscada no ceticismo.
Não... os cientistas comprovam pessoalmente as coisas... eles usam da comprovação pessoal o tempo todo, ao invés de "acreditar".
E você diz "esse tipo de coisa". Mas o que é isso, que tipo de coisa é essa? Nem a descrição e a definição, o uso da racionalidade fica tudo num campo místico.
A mente, por exemplo.
Os métodos científico não são muito bons para estudar a mente, por isso a psicologia contém tanta subjetividade e escolar com idéias tão opostas umas as outras.
Que coisas? Você faz suposições de realidades subjetivas como sento objetivas devido a sua "comprovação" pessoal. Isso não vale nada no contexto cético e não refuta nada.
Tanto que é uma falácia e faz parte das regras do fórum a proibição do seu uso. Usar conscientemente desse recurso para "refutar" argumentos não tem nada de ceticismo e muito menos neutralidade.
Nunca fiz o que você afirma...
Seu raciocínio: eu digo que tenho uma mãe e você acredita, logo eu digo que tem um deus e você também deve acreditar.
Muito pelo contrario... eu nunca disse que você deve acreditar em nada.
O que eu digo é que você não deve acreditar que minha mãe morreu, deve ficar neutro.
Bem como não deve eleger de forma dogmática a ciência como a única fonte de conhecimento.
Não confunda fatos sociais e familiares com crença teísta. A sociedade e a família é algo que todos tem conhecimento. Já a sua comprovação pessoal de deus não existe, é algo apenas subjetivo e que você nomeia dessa forma.
Misturar possíveis fatos familiares com a "comprovação" pessoal de "deus" é totalmente arbitrário e sem relação.
Muito pelo contrario, é um fato conhecido por diversas pessoas, por uma parcela da sociedade.
Só que você faz parte da parcela que desconhece isso.
Ainda estou esperando você postar um único exemplo de moral que seja inerente ao teísmo e que demonstre que o ateísmo é amoral, mas o teísmo não.
Também não considero o ateísmo como amoral.
Pois é... o assunto do tópico era esse e você fugiu.
Não considera o ateísmo amoral, antão cite, pelo amor de Deus, qualquer moral que venha necessariamente embutida com o teísmo e com o ateísmo.
CITE UM ÚNICO EXEMPLO!