Eu acompanhei, meio que de longe mas de olho vivo, a carreira do Gasparetto e estou a par de certas coisas: ele começou com aqueles lances de mediunidade, de pintura com os pés, essas tolices que causam delírio nos menos dotados de senso crítico. Normal.
Só que ele ficou famoso além da conta e a turma da Federação Espírita começou a limar as aspirações do camarada. Primeiro por inveja, segundo por ganância e terceiro, acima de tudo, por ele ser homossexual (o que os espíritas da velha-guarda condenam veementemente).
Em dado momento ele foi convidado a aparecer num programa de TV qualquer, lá nos anos 80. Não me lembro o programa.
O camarada entrou no palco já de cara-cheia, mamado mesmo, e destilou sua bronca contra os espíritas. Sentou o verbo! Disse que o espiritismo estava engessado num catolicismo ultrapassado, que estava tudo errado, que estava sendo perseguido, enfim, ele lascou a lingua.
Pouco depois ele foi limado dos esquemas dos espíritas e seus livros foram banidos da Federação Espírita.
Só que ele já tinha uma grana boa e foi aos EUA fazer aqueles cursos de oratória malucos, optando por fazer uma maçaroca entre umbanda, espiritismo e auto-ajuda.
O terreiro... Digo, o teatro dele fica aqui no Ipiranga, perto de minha casa e está sempre lotado de senhores e principalmente senhoras que A-DO-RAM seu show que mistura xavecos pseudo-psicológicos com "incorporações" de pretos velhos e coisa e tal.
Ele bancou o livro de seu namorado... Não é lindo?