Continuo perguntando, que há de errado nisso? É de se esperar que a médica ou a socialite se relacionem com pessoas dos meios em que convivem. Não vejo por que isso é ruim.
De qualquer forma sua pergunta deu a entender (mas me corrija se tiver entendido errado) que a médica não deveria levar em conta o nível sócioeconômico do nosso amigo pedreiro na hora de escolher se fica ou não com ele. Eu pergunto: por quê não?
1 - Não há nada de errado, só que diante do que você mesmo fala sobre o dinheiro, a tal médica não iria procurar um pedreiro ou catador de papel pra dividir suas idéias, seus bens, etc...
2 - Mudando de espectativa a pergunta. Uma pessoa de classe média, ou rica, escolheria ou procuraria o amor da vida dela em uma favela, por exemplo?
1- Talvez por que ela não esteja interessada em procurar um catador de papel ou um porteiro para dividir suas idéias. Ou por que os porteiros ou catadores de papel que ela conhece, se é que conhece algum, não tenham os mesmos interesses que ela.
A questão é que não vejo por que a médica deveria ser criticada por querer alguém da mesma classe econômica que ela. Pode ser que ela valorize o fato de não ser a principal fonte de renda da casa ou queira discutir assuntos pelos quais muito provavelmente alguém que não tivesse um curso superior não se interessaria.
2- Não, provavelmente não. Até por que acho que as pessoas não saem por aí em favelas (ou bairros chiques) procurando o amor da sua vida. Elas vivem suas vidas e eventualmente encontram alguém com quem querem dividí-la. Como uma pessoa de classe média ou rica muito provavelmente não aparece com freqüencia na favela é pouco provável que encontre alguém lá.
E digo mais, se essa pessoa se apaixonar por alguém da favela mas resolver não ficar com ela por causa de suas diferenças socioeconômicas, não vejo o que há de errado nisso.