Já eu não sei se eu realmente GOSTO do meu trabalho, mas desgostar eu não desgosto. Já me parece suficiente. Mediocridade é bom. Hoje eu exerço uma função que me paga relativamente bem e que não me desgasta intelectualmente... e acho que é o IDEAL, mesmo, pesquisar por hobby - porque se eu tivesse que pagar minhas contas sendo historiadora, não ia render porra nenhuma e ia precisar ser internada em clínica psiquiátrica. É bom ter dividido, pra gente não bitolar e não achar que aquele momento em que a tese empaca é o anúncio do fim dos tempos... e ainda é bom em algum grau pra quem se sente sempre meio inadequado no seu meio, como eu.
(Desculpem o blog topic
)
eu também não sei se eu daria conta de pagar minhas contas fazendo o que faço por prazer. já estou quase certo de que o que faço bem e por prazer eu não conseguiria reproduzir sob toda a pressão que aquilo como atividade principal traria.
Acho que é uma questão de escolhas, mesmo. Quando se tem a opção, claro.
Para mim, seria muito sacrifício, porque dou mais valor ao tempo que ao dinheiro. E quando descobri que poderia juntar o útil ao agradável acabaram-se as minhas opções. 
O interessante foi que isso aconteceu por causa de uma frase que li na adolescência, de Confúcio, eu acho, mais ou menos assim: "encontre um trabalho que ama fazer e não terá que trabalhar um dia em sua vida". Desenho - eu soube no mesmo instante. Então, coloquei o meu pai louco para me pagar um curso de desenho e comecei a trabalhar. 
Descobri que era verdade - eu nunca trabalhei e ainda ganho dinheiro. 
Que inveja (no bom sentido).
Não tive esta sorte, pelo menos no início, tive que trabalhar em um algumas coisas que detestava, e trabalhava muito (cheguei a ter dois empregos). Mas concordo que trabalhar em algo que você gosta e ainda ganhar dinheiro com isso é muito bom, ganhar muito dinheiro melhor ainda (sim, eu sou, ou fui pelo menos, ganancioso).
Felizmente eu pude trabalhar com o que mais gosto por um bom tempo (programação).
Se além de tudo ganhesse muito dinheiro seria perfeito!

Acho que nem pensei no dinheiro, eu queria mesmo era desenhar. A perspectiva de poder trabalhar no que eu mais gostava de fazer me deixou fascinada. Eu tinha acabado de descobrir a pólvora

mas não os estragos que ela podia causar

e o resultado disso: como é que alguém que tem consciência que NUNCA vai ficar rico AINDA acha que fez a melhor escolha?

Por isso que eu digo que acabaram as minhas escolhas

algumas coisas, depois que a gente experimenta, nunca mais consegue ser feliz sem elas...

mas foi pensando assim também que eu me casei... e AINDA acho que fiz a melhor escolha... ou seja, não SIRVO COMO REFERÊNCIA.