para você ver como a coisa está feia...
Tão feia, mas tão feia, que tem gente que da palpite em contabilidade de empresas, posta uma notícia sobre ela, e não entende patavinas do que tá falando e nem do que a notícia diz.
Vamos ver onde a coisa começou, notícia de 2003 quando o Lullalá ainda estava no começo de governo:
http://www2.petrobras.com.br/ri/spic/bco_arq/1763_nota_nova_politica_gas_port.pdfPetrobras propõe nova estrutura de preços para gás da Bolívia para
incentivar consumo
Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2003. – PETRÓLEO BRASILEIRO S/A -
PETROBRAS, [Bovespa: PETR3/PETR4, NYSE: PBR/PBRA, Latibex: XPBR/XPBRA],
uma companhia brasileira de energia com atuação internacional, comunica que está
propondo uma nova estrutura de preços para o gás natural importado da Bolívia às
distribuidoras do produto.
A vigorar a partir de janeiro de 2004, a nova estrutura baseia-se
em preços incentivados (com desconto progressivo) para cotas adicionais de gás. Como
conseqüência, quanto mais se vender, menor será o preço para todos os consumidores.
Os objetivos da decisão da Petrobras são acelerar o desenvolvimento do mercado do gás
natural no país e gerar benefícios econômicos para toda a cadeia de valor: produtor,
transportador, distribuidor, consumidor e para a própria Petrobras.A nova política visa repassar ao consumidor os benefícios obtidos junto aos produtores
de gás da Bolívia, negociados em troca da aceleração das quantidades importadas no
curto prazo. Negociações também estão em curso junto a todos os acionistas e credores
da Transportadora do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), da qual a Petrobras é a
controladora, para obter uma redução da tarifa de transporte no curto prazo, em troca de
maiores quantidades transportadas. O aumento no consumo de gás reduzirá também a
exposição financeira da Petrobras ao contrato “ship or pay”.
A aceleração do consumo brasileiro permitirá a monetização em menor prazo das
reservas, dentre outras, da própria Petrobras na Bolívia, como também abrirá novas
perspectivas para a utilização do gás associado produzido na Bacia de Campos, e no
futuro na Bacia de Santos.
Desde janeiro deste ano, o preço de venda do gás natural boliviano praticado pela
companhia para as distribuidoras dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul é de US$ 3,36/MMBtu, (por
milhão de BTUs*).
De acordo com a nova estrutura de preços proposta pela Petrobras, para as cotas
adicionais de consumo o preço de venda será de US$ 2,70/MMBtu.[red/] Se o incremento de
vendas chegar a 40% ou superar esta marca, a distribuidora começará a ter desconto
crescente sobre o seu preço-teto.
No caso de uma determinada distribuidora aumentar suas vendas em 70% até o fim do
ano, o preço que pagará pelo gás boliviano à Petrobras será de US$ 2,79/MMBtu, para
todo o gás adquirido, resultando em um desconto adicional de 17% sobre o preço atual,
ou de 22% sobre o preço contratual. A tabela abaixo mostra exemplos de preços médios
de venda de acordo com o percentual de aumento no volume de vendas.
A Petrobras negociará com as distribuidoras estes procedimentos de incentivo de longo
prazo a serem incorporados aos contratos de fornecimento atuais, de modo a garantir
uma competitividade sempre crescente para o gás natural. A companhia acredita estar,
assim, contribuindo decisivamente para a inserção do gás natural na matriz energética do
país.
(*) 1 milhão de BTUs = 26,8 m3 (metros cúbicos)
http: //www.petrobras.com.br/ri
Para maiores informações, favor contatar:
PETRÓLEO BRASILEIRO S.A – PETROBRAS
Relacionamento com Investidores
Luciana Bastos de Freitas Rachid – Gerente Executivo
E-mail: petroinvest@petrobras.com.br
Av. República do Chile, 65 - 401-E
20031-912 – Rio de Janeiro, RJ
Telefone: (55-21) 2534-1510 / 9947
0800-282-1540
E uma notícia de 2006 quando o índio cocaleiro roubou duas refinarias nas barbas do apedeuta:
http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/2006/05/30/ult82u5890.jhtm
Acompanhe a evolução da crise do gás boliviano
CRONOLOGIA DA CRISE
22.04 Governo do presidente Evo Morales, da Bolívia, completa três meses sob protestos. É acusado de não cumprir promessas eleitorais, como a nacionalização do gás e do petróleo
01.05 Morales decreta a nacionalização do setor de gás e petróleo e manda tropas militares ocuparem refinarias, inclusive a Petrobras. Essa invasão foi criticada pelas empresas e considerada marketing político
02.05 Lula diz que decisão da Bolívia é ato soberano do país e deve ser respeitada
Petrobras ameaça recorrer a tribunais internacionais para garantir seus direitos
03.05 Presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, anuncia em entrevista coletiva que a empresa estatal estava cancelando novos investimentos na Bolívia
04.05 Presidente Lula reúne-se com Morales, Hugo Chávez (Venezuela) e Nestor Kirchner (Argentina) para discutir a nacionalização, mas o encontro é criticado por não ter decidido nada sobre preço do gás e indenização à Petrobras
Numa entrevista em outro momento, Morales declara que, ao anunciar suspensão de investimentos na Bolívia, a Petrobras estava "chantageando" o país
05.05 Lula diz que a Bolívia precisa de ajuda, "não de arrogância", critica os defensores de uma postura mais dura e diz que o governo quer ajudar o país mais pobre da América do Sul
O presidente afirma que a Bolívia tem direito de aumentar o preço do gás, assim como a Petrobras deve defender seus interesses
Lula diz que não haverá aumento de preço para o consumidor brasileiro e, se for necessário, a Petrobras absorverá esse custo
A Petrobras informa que dará 45 dias à Bolívia antes de procurar arbitragem em tribunal internacional
08.05 A Bolívia nomeia diretores para assumir a direção da Petrobras e de outras petrolíferas
Lula descarta "retaliação" e diz que negocia de forma "carinhosa". "Não vamos fazer retaliação a um país que é infinitamente mais pobre que o Brasil, um povo mais faminto que o povo brasileiro", afirma
09.05 Petrobras rejeita indicação de novos diretores para a empresa, anunciada no dia anterior pelo governo de La Paz, e diz que isso depende de mudanças na lei boliviana
A oposição a Lula no Brasil considera a atuação do país "frouxa" com a Bolívia
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, diz que Lula não gostou da suposta interferência do presidente Hugo Chávez, da Venezuela, na decisão de nacionalização. "Foi transmitido ao presidente Chávez nosso desconforto e o desconforto pessoal do presidente Lula com algumas dessas ações", declara Amorim [/red]
10.05 Ministros de Minas e Energia do Brasil, Silas Rondeau, e de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz Rada, e os presidentes da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e da Yacimientos Petroleros Fiscales Bolivianos (YPFB), Jorge Alvarado, fazem reunião em La Paz para discutir os preços do gás
11.05 Evo Morales faz uma série de declarações polêmicas: diz que a petrobras operava ilegalmente na Bolívia, chama as petrolíferas de "contrabandistas" (subentende-se que a Petrobras esteja incluída), revela que não vai pagar indenização nenhuma e alega ter tentado conversar com Lula antes da nacionalização, mas teria sido barrado por assessores. Fala até que o Brasil comprou o Acre da Bolívia em troca de um cavaloO ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, responde e diz que o governo brasileiro ficou "indignado"
Reportagem da revista britânica "The Economist" avalia que Lula foi "humilhado" por Hugo Chávez e transformado em um "espectador irrelevante" nesse episódio do gás
Nos bastidores, Lula diz que vê ação eleitoral de Morales e agora pensa em plano B, que seria ameaçar suspender a importação de gás da Bolívia, o que estrangularia a economia do vizinho
A Bolívia recua publicamente e diz que os diretores de petrolíferas nomeados no dia 8 só assumem após negociação
Brasil e Bolívia anunciam a criação de grupos técnicos de trabalho para tratar da atuação da Petrobras naquele país
12.05 O Brasil ameaça novamente recorrer à Justiça internacional
O ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Andres Soliz Rada, afirma que a Bolívia não vai participar do Gasoduto do Sul (projeto que liga a Venezuela à Argentina) se a Petrobras fizer parte
Celso Amorim (Relações Exteriores) responde que, sem o Brasil, não haverá gasoduto nenhum
Em outra direção, Evo Morales baixa o tom, diz que não está expulsando a Petrobras da Bolívia e vai se reunir com Lula para um acordo
O presidente em exercício da Bolívia, Álvaro García Linera, oferece às empresas de petróleo a garantia de regras duradouras, de segurança jurídica e espaço para lucro
Celso Amorim diz que reação forte à Bolívia será tomada no momento adequado e não descarta retirar embaixador do Brasil de La Paz
13.05 Lula e Morales reúnem-se em Viena para discutir a crise. Dizem que "viraram a página dos mal-entendidos" e culpam a imprensa pelas declarações polêmicas. Morales promete "racionalidade" e afirma que quer exportar mais gás para o Brasil, Os presidentes dizem que vão se visitar. Lula convida Morales para jogar futebol no Brasil e declara que havia "mais fumaça do que fogo" na crise
14.05 O vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, diz que o Brasil é mais importante para a Bolívia do que a Venezuela e que o seu governo espera contar com mais investimentos da Petrobras. "O Brasil é nosso principal aliado e sócio, e a Petrobras é muito importante para nós", afirma Linera
15.05 O presidente boliviano, Evo Morales, diz que não vai indenizar a Petrobras pelos investimentos feitos, mas poderá pagar pelas instalações, dependendo dos resultados de uma auditoriaLula diz que o Brasil buscará a auto-suficiência em gás natural e continuará a comprar gás boliviano, "desde que o gás da Bolívia seja conveniente do ponto de vista de preço para o povo brasileiro"
A companhia petrolífera francesa Total, sócia da Petrobras em campos bolivianos, afirma que não aceitará "qualquer tipo de condição" imposta à permanência na Bolívia e que pode sair do país
16.05 O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, afirma que, "a depender das negociações", a empresa pode até abandonar o refino de combustível na Bolívia
18.05 O governo brasileiro anuncia plano para reduzir a dependência do gás boliviano. A idéia é produzir no Brasil 24,2 milhões de m³ de gás por dia. O gás adicional virá de novas descobertas na bacia do Espírito Santo.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que a nacionalização pode desencorajar investidores estrangeiros e aconselha a Bolívia a negociar com as petrolíferas, como a Petrobras.
A Bolívia rejeita as recomendações da instituição. "O FMI não pode fazer esse tipo de sugestão de política", afirma o ministro da Fazenda, Luis Arce.
19.05 A negociação entre a Bolívia e as empresas petrolíferas para o estabelecimento de novos contratos é adiada por três meses, até o término de uma auditoria nos investimentos realizados pelas companhias
22.05 O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, viaja à Bolívia e pede que todos tenham uma "visão construtiva" do relacionamento bilateral com La Paz
[red[26.05 A petrolífera estatal venezuelana PDVSA confirma que planeja investir pelo menos US$ 1,5 bilhão em projetos petrolíferos na Bolívia, em sociedade com a estatal boliviana YPFB. Assim, a venezuelana vai assumindo o papel estratégico da Petrobras
29.05 O presidente da Bolívia, Evo Morales, ordena que as Forças Armadas desocupem as instalações petrolíferas, incluindo as da Petrobras. Os campos estavam ocupados desde a nacionalização, em 1º de Maio [/red]
30.05 o presidente da estatal boliviana YPFB, Jorge Alvarado, diz que a escassez de diesel no mercado interno deve-se a uma "sabotagem" da Petrobras. O ministro dos Hidrocarbonetos do país vizinho, Andrés Soliz, revela que a Bolívia quer dobrar o preço do gás vendido ao Brasil para
US$ 7,5 o milhão de BTUs (Unidade Térmica Britânica)
O ministro dos Hidrocarbonetos do país vizinho, Andrés Soliz, revela que a Bolívia quer dobrar o preço do gás vendido ao Brasil para
US$ 7,5 o milhão de BTUs (Unidade Térmica Britânica) Bom, foi mais ou menos assim: O índio cocaleiro roubou duas refinarias na cara do Lullalá que baixou as calças na frente dele e aceitou dobrar o preço que a Petrocumpanherus pagava pelo gás boliviano, custo que ele afirmava seria absorvido pela Petrocumpanherus para não prejudicar o consumidor e o cumpanheru Imorales que repassou as refinarias ao Chapolim Colorado, juntem a isso o desvio de quase 1,4 bilhão da notícia acima sendo que talvez seja apenas um dos furos que descobriram e então acho que dá para entender o motivo de pagarmos o preço que pagamos pelos combustíveis em geral e talvez um dos motivos da Petrocumpanherus não ter dinheiro para investir.
É mais ou menos isso.