Estou me baseando numa análise social. Segundo os dados estatisticos. Mesmo os negros ricos são pobres comparados com os brancos ricos. Nas classes mais altas é que estão as menores porcentagens de negros. Não é preconceito falar a verdade.
Os negros ricos não "são" pobres comparados com os brancos ricos; não mais do que brancos no mesmo grau de riqueza que esses negros, que também existem (mais até do que brancos tão ricos que fizessem os negros ricos ser comparativamente, "pobres").
Mas para os brancos com o memso grau de riqueza que os negros ricos existem, numa distribuição étnica, negros proporcionalmente mais pobres que estes, se comparados com os negros mais ricos, assim como esses brancos. No final das contas os negros sempre levam a pior numa análize comparativa, em todos os níveis de renda.
São os menos ricos e os mais pobres, embora nessa distribuição ocorra casos coincidentes, mas não passam disso, não representam a realidade como um todo.
Se você pegar o Japão, que, e, supor que podemos considerar que só existem japoneses, e ao mesmo tempo, que há uma disparidade de riquezas considerável. Se dividir a popução entre ricos, mais ou menos, pobres, e miseráveis. Como isso é determinado por várias casas numéricas, dentre os ricos, haverão os que são menos ricos, e os mais ricos; dentre os médios, os que são mais próximos aos pobres; dentre os pobres, os mais pobres; e mesmo dentre os miseráveis, aqueles em miséria extrema.
É a mesma coisa no Brasil. Também há, dentre os ricos, os menos ricos, dentre os médios, os mais próximos aos pobres, e dentre os pobres, os mais pobres. Isso ocorre tanto com brancos como com negros. Os negros são desproporcionalmente distribuídos entre os mais pobres/menos ricos em todos os grupos, mas da mesma forma, pode-se criar um grupo de japoneses que, no Japão, estão sempre entre os mais pobres dentro do seu respectivo estrato econômico. Sempre vão haver os mais pobres dentro de cada estrato.
Bem como brancos pobres em maior quantidade que negros, apesar de haver proporcionalmente mais negros nessas situações piores (se não adotarmos os critérios americanos de "uma gota de sangue negro", mas aceitarmos mestiços como sendo brancos ou negros em diferentes porcentagens).
Não existem as "classes sociais brancas" e as "classes sociais negras", paralelas, e não há lógica em se fazer essa distinção.
Não são classes sociaise sim grupos étnicos. Difente do Japão que existe uma só etnia, aqui existe uma formação multiétinica, com uma grande influência da cultura africana em nosso país. Somos um país multicultural por isso. O critério, através da cor da pele, foi adotado para quantificar a situação sócio-racial do país, em virtude das discussões sobre racismo e democracia racial.
Também não vejo serventia alguma em separar o país em etnias para as questões políticas e econômicas, e da mesma forma, (que era o meu ponto nesse trecho), falar das classes sociais de diferentes etnias como se fossem coisas separadas. Falar de pobres negros e pobres brancos como se fossem coisas muito distintas. Ainda que se possa fazer essa distinção de que um é relativamente rico se comparado ao outro (o que duvido muito que seja sempre verdade), ela é muito mais válida (por seus mecanismos causais relevantes para políticas) em nível simplesmente regional, e não étnico. Os pobres do sul e sudeste são ricos em comparação com os pobres do nordeste, por exemplo. É algo bem mais relevante do que a separação econômica de etnias dentro de uma mesma região, ou no país todo, que, como eu já disse, poderia ser feito mesmo sem a existência dessas etnias, simplesmente se separando os mais pobres dentre os mais pobres e etc. Mas não nos diz nada quanto a qualquer coisa importante e como mudar.
Se nos preocupamos com más condições econômicas das PESSOAS, não deve importar se são negras ou brancas ou misturadas. Isso é um insulto aos negros, que são implicitamente considerados como incapazes, precisando de uma ajuda dos brancos, que, apesar de também existirem em maior quantidade (apesar de menor proporção) em situação desfavorável, considera-se que podem resolver por si mesmos, que não precisam de uma ajudinha "especial". Ou, no mínimo, os brancos pobres também podem ter uma ajuda parecida, mas os negros tem uma só deles, porque são um caso "especial".
É muito bonito falar sobre igualdade das pessoas, mas isso apenas no discurso. Vivemos numa sociedade em que o negro é diferenciado do branco tanto historicamente quanto na atualidade.
Embora eu saiba que não acredita em racismo como algo signicativo na estrutura social atual e que nem acha justo o entendimento histórico do surgimento dessa desigualdade sócio-racial para uso na sua correção.
? Onde eu disse que eu não acho justo o entendimento histórico ? Eu simplesmente acho que, as causas históricas não precisam ser levadas em consideração para as políticas diversas. Não há só negros em más condições. Há também ciganos, índios, nordestinos brancos, etc. Não precisamos ficar analisando as causas históricas desses grupos terem sido originalmente mais pobres e etc, e bolar políticas distintas para melhorar as condições de cada um desses grupos. Podem todos ser vistos simplesmente como "gente", e o que melhora as condições econômicas para uns, deve melhorar para todos. Com esse tipo de perspectiva, não se tem os problemas diversos das cotas, de acirrar ou criar conflitos étnicos e discriminação; a ineficiência em ajudar a quem se pretendia ajudar; perdas para a sociedade como um todo, retardando a melhora das condições até dos que precisam mais; tudo apenas para que uns poucos exemplos utilizáveis em propagandas políticas possam existir.