Sinceramente, não! Além do contraceptivo, preservativo e malícia o que mais precisamos ensinar as nossas filhas - como e com quem fazer sexo?
Não gosto muito da palavra "malícia", não a acho clara.
Vai saber o que vocês devem ensinar a suas filhas. Minha sugestão é que ensinem que homem pode ser muito rápido em fazer promessas e galanteios e bem devagar em entender as consequências do que afirma.
Por falar nisso, não acho de todo errado ensinar também que mulheres podem ser um tanto fantasiosas e apressadas em acreditar em galanteios.
E, claro, recomendo também que não tentem dourar demais a pílula sobre os riscos associados à vida afetiva e sexual. Não só DST e gravidez indesejada, mas também o dilema família vs realização pessoal, o drama que é ter laços para o resto da vida com uma ou mais pessoas que não são mais companhias agradáveis, e até mesmo a pura dor de ver um sentimento bonito se perder em vão.
(Não, Luz, eu não ignoro que falar é fácil... mas você não acha que é por aí mesmo, por mais difícil que seja?)
Tudo que elas precisam saber, sem meias palavras, é que os homens querem fazer sexo tanto quanto as mulheres, mas nem sempre assumir um relacionamento e que não há nada de mal nisso - desde que elas tenham consciência do que realmente desejam.
É. "Só" isso. Coisa que muita gente não consegue nem entender direito depois dos quarenta...

Não que eu discorde ou queira miniminar o que você diz, só acho que é bom apreciar que conquista rara e preciosa é realmente conseguir ensinar algo assim.
E que existem homens com quem é preferível apenas fazer sexo, mas nunca namorar.
Confesso que ainda me choca um pouco ver uma mulher dizer algo assim. Acho que se eu tivesse uma filha e ela ou sua mãe dissessem isso eu ficaria lívido de medo.
Os homens não entendem porque as mulheres, algumas vezes, namoram os cafajestes - penso que talvez porque ninguém tenha dito para elas que não era preciso. 
Às vezes acho que quem sonha com princesas em castelos e cavaleiros em armaduras reluzentes somos mais nós homens do que vocês mulheres, lendas à parte.