Faz tempo que não visito esse fórum... Não sabia que havia sido citado por aqui.
Primeiramente, não concordo com rituais tolos que dão tratamento especial a cadáveres como se estes fossem pessoas. Não os frequento e não vejo sentido neles. O velório é um show de hipocrisia e falta de bom senso. O enterro é um total disperdício de tempo e espaço. E ambos são um dispedício de dinheiro com uma pessoa morta. Simplesmente absurdo.
Segundo, não vejo sentido algum em sofrer pela morte de alguem. Como eu já disse no rv outras vezes, as pessoas entram em minha vida, cumprem seus papéis e vão embora. Minha vida continua. Novas pessoas vão entrar nela e ocupar esses lugares que foram deixados livres. Muitas vezes, serão até pessoas melhores que aquelas que se foram.
Sobre educação e respeito, fui educado a falar a verdade e ser sincero, quando estou entre amigos. Sempre houve total liberdade na casa dos meus pais para cada um falar o que sente e o que pensa. Se algo me aborrecia, eu podia falar abertamente.
Deixei bem claro para meus pais que não vejo sentido em chorar a morte da minha irmã. Se ela morreu, fim da história. Eu poderia sofrer se ela estivesse doente. Mas morta?! Morta ela simplesmente não existe mais. Não posso sofrer por alguem que nem mesmo existe.
E sobre os rituais (velório e enterro) deixei claro que eu não pretendia reverenciar um cadáver e que aquilo ali não era mais minha irmã. E falei com todas as letras que "deviam cremar o corpo e se livrar das cinzas, em vez de gastar uma fortuna com um pedaço de carne que não era mais a filha deles". Óbvio que no momento de sofrimento não gostaram de ouvir isso. Depois acabaram aceitando minha posição, mas ainda sem concordar que tais rituais fosse perda de tempo e dinheiro. Teceram milhões de teorias sobre eu me comportar assim para esconder ou amenizar o sofrimento, dentre outras tantas teorias sentimentalóides e previsíveis. Deixei pra lá... Não valia a pena discutir isso e acabar gerando mais aborrecimentos.
Sinceramente, falta de educação ou de respeito seria participar dos rituais sem sentir nada, sem fazer realmente parte daquilo, só para agradar aos outros.