Tópico: Você contrataria um cotista?

[Nightstalker]

A pergunta é simples, imagine que você é dono de uma empresa. Dois candidatos mostram seus currículos, considere que ambos são oriundos de universidades federais, com um porém: Um dos candidatos ingressou na universidade por intermédio de cotas.

Você empregaria o cotista?

[Oceanos]

Depende... Não é só currículo que conta. Talvez o cotista tenha sido melhor aluno que o aluno normal. Talvez ele tenha mais conhecimentos específicos para o que eu quero...

Não contratar um cotista em detrimento de um aluno normal faz menos sentido que não contratar um aluno de universidade particular em detrimento de um aluno de universidade pública...

[Nightstalker]

Depende...

Do quê?

[Oceanos]

Eu editei.

[Nightstalker]

Depende... Não é só currículo que conta. Talvez o cotista tenha sido melhor aluno que o aluno normal. Talvez ele tenha mais conhecimentos específicos para o que eu quero...

Não contratar um cotista em detrimento de um aluno normal faz menos sentido que não contratar um aluno de universidade particular em detrimento de um aluno de universidade pública...

Não sei se é possível conseguir os registros do desempenho do aluno na faculdade, é possível?

[Oceanos]

É sim! Só pedir o histórico escolar. O empregador não pode pegar o histórico de outro aluno na universidade, mas pode pedir para que os que querem o emprego entregar o histórico.

[HSette]

 

A princípio, claro que sim.
Jamais usaria esse critério como fator discriminatório.

[Nightstalker]

É sim! Só pedir o histórico escolar. O empregador não pode pegar o histórico de outro aluno na universidade, mas pode pedir para que os que querem o emprego entregar o histórico.

Hum..

Mas isso não me parece ser comum. Então, considerando que você não tenha acesso ao histórico dos dois, você contrataria o cotista ou o não-cotista?

[HSette]

É sim! Só pedir o histórico escolar. O empregador não pode pegar o histórico de outro aluno na universidade, mas pode pedir para que os que querem o emprego entregar o histórico.

Hum..

Mas isso não me parece ser comum. Então, considerando que você não tenha acesso ao histórico dos dois, você contrataria o cotista ou o não-cotista?

Há métodos para se avaliar.
E esses métodos variam de empresa a empresa, de acordo com o cargo e funções.

Histórico Escolar também não diz muita coisa se avaliado isoladamente.

[Oceanos]

Não é tão comum porque os empregadores não costumam dar importância pra isso (eu particularmente dou, e muita).

Só por currículos? Não contrataria ninguém, acho esse critério um pouco raso para determinar uma escolha... Eu poderia fazer entrevista, fazer perguntas objetivas do conhecimento que quero na entrevista, aplicar uma pequena prova para eles, etc...

É claro que esse negócio de cotas é uma sacanagem. Mas dentro da universidade as coisas mudam. Eu, por exemplo, nunca tive disciplina e nem saco para estudar para fazer vestibular em universidade pública, mas sou um excelente aluno e um bom profissional... Estou sempre procurando conhecimentos além da universidade. Eu nunca concorri diretamente com um aluno de pública, mas, modéstia a parte, eu não acho que estou abaixo dele. (claro, minha auto-avaliação é bem subjetiva... Mas duvido que você vá discordar que existam casos como esse, mesmo que não seja meu caso)

[Herf]

Seria capaz de contratar um cotista sim. Desde que fosse competente e tivesse obtido um bom desempenho na universidade. Só o fato de ser cotista não diz muita coisa.

O que não muda em nada minha opinião sobre a política de cotas ser uma palhaçada.

[Luiz Souto]

Seria capaz de contratar um cotista sim. Desde que fosse competente e tivesse obtido um bom desempenho na universidade. Só o fato de ser cotista não diz muita coisa.

O que não muda em nada minha opinião sobre a política de cotas ser uma palhaçada.

Concordo integralmente. 

[Spitfire]

Steve Jobs e Bill Gates, se analisados seus currículos universitários tão somente, não seriam muita coisa além de faxineiros de suas próprias empresas.   

[Týr]

Depende! Se os dois estiverem no mesmo nível eu contrataria o não-quotista

[HSette]

Seria capaz de contratar um cotista sim. Desde que fosse competente e tivesse obtido um bom desempenho na universidade. Só o fato de ser cotista não diz muita coisa.

O que não muda em nada minha opinião sobre a política de cotas ser uma palhaçada.

Concordo integralmente. 

Ah, sim.
É sempre frisar isso também.
Esse esquema de cotas é, na minha opinião, um verdadeiro tiro pela culatra.

[uiliníli]

Depende! Se os dois estiverem no mesmo nível eu contrataria o não-quotista

Se os dois estivessem no mesmo nível eu contrataria o cotista! Estar no mesmo nível que o outro significa que ele evoluiu mais no mesmo intervalo de tempo. A derivada é maior

[Buckaroo Banzai]

É possível que ser cotista ou não não seria um critério, iria depender de outras coisas diversas, Se eles fossem "clones" em todas as outras coisas pertinentes, seria aleatório, não iria "punir" o cotista por ser cotista nem provavelmente eu mesmo ter um tipo de favoritismo para cotistas.

[Buckaroo Banzai]

eco.

[Ricardo RCB.]

Não contrataria, supondo que nos demais aspectos eles fossem equivalentes.

[Dbohr]

Depende! Se os dois estiverem no mesmo nível eu contrataria o não-quotista

Se os dois estivessem no mesmo nível eu contrataria o cotista! Estar no mesmo nível que o outro significa que ele evoluiu mais no mesmo intervalo de tempo. A derivada é maior

Hoje eu sou completamente contrário a qualquer tipo de cotas, mas, dado que elas existem, concordo com o uiliníli! Em teoria o cotista teve que andar mais para chegar no mesmo nível que o não-cotista.

[uiliníli]

Eu também sou contra as cotas, pois as considero injustas. Mas eu acho curioso que muitas instituições divulguem que os cotistas costumam ter desempenho superior aos não cotistas nos primeiros anos de universidade. Vejam estas notícias:

14/12/2003  - 08h14
Aprovado por cota se sai melhor na Uerj
ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo, no Rio

Os alunos que entraram por algum critério de cotas na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) no primeiro semestre letivo deste ano tiveram rendimento acadêmico superior e taxa de evasão menor em relação aos estudantes que conquistaram a vaga sem ter direito ao benefício.




UFPR | 05/09/07 - 10h47
Pesquisa avalia desempenho dos cotistas
Após divulgação de relatório, sistema de cotas volta a ser discutido na UFPR
Reportagem Juliana Brusque
Edição Carolina Leal

(...) o cotista social tem melhor desempenho se comparado ao candidato aprovado na concorrência geral. Já os cotistas raciais têm taxa de evasão quase três vezes menor que a taxa de desistência de alunos não-cotistas.


02/10/07     
     
Reserva de Vagas: estudos revelam ótimo desempenho na Unicamp e Uerj
UNE
Aluno beneficiado por pontos no vestibular da Unicamp tem notas mais altas na graduação; levantamento da Uerj mostra que cotistas possuem notas melhores e abandonam menos que os demais universitários. Para UBES, política de reserva de vagas mostra eficiência e compromisso dos estudantes beneficiados

(No pé da página a autoria deste artigo é atribuida à Folha de São Paulo, mas não há link para a fonte.)



23/07/2006  - 09h03
Estudos apontam bom rendimento de cotistas

ANTÔNIO GOIS
RAPHAEL GOMIDE
da Folha de S.Paulo, no Rio

As políticas de ações afirmativas em discussão no Congresso já podem ser examinadas com base em experiências concretas de várias universidades públicas brasileiras. A Folha selecionou três delas por serem pioneiras ou por já terem feitos estudos que permitiram avaliar os primeiros resultados.

Os caminhos escolhidos pela Unicamp, UFBA (Universidade Federal da Bahia) e Uergs (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul) são diferentes. Em comum, está o fato de as análises feitas até o momento terem mostrado que o desempenho dos beneficiados foi semelhante --e em alguns casos até superior-- ao dos demais estudantes. As taxas de evasão deles também foram menores.



Das duas uma: Ou existe uma conspiração das universidades que se servem do ensino de cotas para enganar a sociedade ou então, por algum motivo misterioso, os cotistas realmente estão se saindo melhor. Como eu não simpatizo muito com teorias conspiratórias, acredito na segunda alternativa, embora não saiba explicar o que poderia fazer com que os cotistas se saiam melhor. Chuto que talvez eles simplesmente se sintam mais motivados e, conseqüentemente se esforcem mais, talvez por enxergarem na universidade um meio de ascenção social, em vez de simlesmente um meio de manutenção do status, como pensa a elite.

O fato é que não há fundamento para um empregador preferir um estudante que entrou na universidade sem ajuda do sistema de cotas em vez de um cotista, até porque o que interessa para ele é como o estudante saiu da universidade, e não como entrou.

[Diegojaf]

(...)conseqüentemente se esforcem mais, talvez por enxergarem na universidade um meio de ascenção social, em vez de simlesmente um meio de manutenção do status(...)

Cara, muito interessante essa teoria...

[Pregador]

Eu contrataria o mais apto para o trabalho. Não estou nem um pouco interessado na forma como o sujeito entrou na faculdade.

[CyberLizard]

O fato de alguém ser cotista significa pouca coisa. Ele até pode ter tirado uma nota maior que um não-cotista no vestibular. Ele pode sempre ter sido um aluno melhor que o não-cotista. Teve um vestibular em minha universidade no qual a concorrência para cotistas entrarem era maior do que a concorrência para vagas normais. Ser cotista ou não é um fator irrelevante para mim apesar de eu ser contra as cotas.

[Herf]

Teve um vestibular em minha universidade no qual a concorrência para cotistas entrarem era maior do que a concorrência para vagas normais.

Como assim?

Em todas as universidades que adotam o regime de cotas os que fazem o vestibular como cotistas podem tanto ingressar nas vagas normais como naquela porcentagem de vagas reservada a cotistas. A concorrência é sempre maior para os que não têm direito a cotas.