Eu acredito que não seja possível dizer com precisão o que um pessoa faria numa situação extrema, sob pressão, tomada pelo pavor, raiva, desespero e coisa semelhante, com o filho nas mãos de um sádico e tão pouco tempo para agir e pensar.
Porque já não importa sua própria segurança, sua vida - nada mais importa. É seu filho quem está lá, sozinho, acusado, indefeso e contando apenas com ele. Uma pessoa nessas condições não pode estar em seu estado normal, ela está em guerra declarada.
E é possível que a razão ceda lugar aos intintos - levando-a a atos que jamais cometeria em sã consciência. Potencial para matar, nós temos, nenhum ser humano é totalmente previsível quando está no seu limite, sobretudo, se não tem preparo para lidar com esse tipo de massacre psicológico. É de enluquecer!
É ingenuidade acreditar que nos manteríamos frios, distantes e calculistas vivenciando um episódio desses como quando o analisamos de fora a questão, e que podemos dizer com certeza do que seríamos ou não capazes.
É ridículo até, pensarmos que conseguiríamos manter a calma, quando em simples discussões como essa que envolvem questões de reflexão sem que estejamos envolvidos, já costumamos perdê-la, muitas vezes.