Autor Tópico: O que respondo para minha filha?  (Lida 8758 vezes)

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Offline Shinigami-Ateu

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #25 Online: 29 de Julho de 2008, 18:19:42 »
Amigos

Minha filha tem 4 anos e meio. E desde pequena ensinei-a a questionar as coisas. Por exemplo, nunca falei que o coelhinho da páscoa não existe, mas quando ela me contou que o coelhinho foi para escola e que viu as pegadinhas dele e me perguntou se era de verdade, eu pedi para que ela investigasse e me dissesse o que achava. E ela veio com uma teoria muito boa sobre a distancia entre as pegadas, que o coelhinho não tinha a chave da sala, etc...

Só que agora ela me veio com a questão de deus. Um dia ela começou a falar para minha esposa que tem certeza que deus não existe. Eu nunca disse isso para ela.

A única coisa de prático que acho que uma criança tem com deus é em uma morte dos país. Se acontece algo comigo, a noção de deus iria ajudar muito ela, com aquela expectativa de me tornar a ver, de eu ser um anjo que vai seguir a vida dela, etc.. Nessa idade não sei como minha filha iria reagir a minha morte e acho que sem deus iria ficar pior. Ela já havia me questionado sobre o que acontece quando agente morre.

O que respondi sobre deus foi:
- O papai nunca viu
- Tem muita gente que acredita
- Nunca fale "não acredito em deus" na frente dos amiguinhos, pois eles podem ficar chocados
- Nós não sabemos uma série de coisas
- Se alguém algum dia te falar que sabe a resposta, não acredite.
- deus existir ou não tem nada a ver com agente se tornar um anjinho ou não quando morre (o que ela quer que aconteça)

Bom, como vcs viram, não fui categórico, deixei a dúvida....

O que vcs acham??

Ótimo, sua filha apesar da pouca idade me parece ser bem esclarecida, parabéns!!!

Eu não tenho filhos, e nem sei ao certo se um dia vou ter algum, não tenho competência  suficiente para ser responsável por alguém e talvez eu nunca seja.

Não moro com minha mãe faz um bom tempo, mas o pessoal de casa não é muito religioso não, minha mãe tinha lá seu lado religioso, mas depois de muitos debates e, algumas leituras em livros que lhe dei de presente, ela passou para o lado negro da força, o mesmo aconteceu com minha irmã, que era da renovação carismática e falava a tal língua dos anjos, rs.. afff.
Hoje ela se envergonha desse momento fatídico de sua vida e,  se tornou agnóstica.   

Abraço
"Por que temer a morte? Enquanto eu sou, a morte não é; e, quando ela for, eu já não serei. Por que deveria temer o que não pode ser enquanto sou?”.

Offline FZapp

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #26 Online: 29 de Julho de 2008, 19:17:07 »
[off-topic necessário]
Eu acho que a sua irmã não deveria se envergonhar de nada. Não temos por que nos envergonhar de acreditar em algo que não existe, devemos ter lástima de nós se persistimos no erro por puro medo de mudar ou teimosia.
[/off-topic necessário]
--
Si hemos de salvar o no,
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Offline Contini

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #27 Online: 29 de Julho de 2008, 20:50:03 »
[off-topic necessário]
Eu acho que a sua irmã não deveria se envergonhar de nada. Não temos por que nos envergonhar de acreditar em algo que não existe, devemos ter lástima de nós se persistimos no erro por puro medo de mudar ou teimosia.
[/off-topic necessário]
[concordando com off-topic necessário]
 :ok: já fui católico
[/concordando com off-topic necessário]
"A idade não diminui a decepção que a gente sente quando o sorvete cai da casquinha"  - anonimo

"Eu não tenho medo de morrer, só não quero estar lá quando isso acontecer"  - Wood Allen

    “O escopo da ciência é limitado? Sim, sem dúvida: limitado a tratar daquilo que existe, não daquilo que gostaríamos que existisse.” - André Cancian

Offline Shinigami-Ateu

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #28 Online: 30 de Julho de 2008, 12:38:07 »
[off-topic necessário]
Eu acho que a sua irmã não deveria se envergonhar de nada. Não temos por que nos envergonhar de acreditar em algo que não existe, devemos ter lástima de nós se persistimos no erro por puro medo de mudar ou teimosia.
[/off-topic necessário]
Concordo.
Vergonha é não evoluir, e não tentar descobrir o mundo a sua volta.

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Offline Mussain!

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #29 Online: 21 de Agosto de 2008, 07:57:41 »
Gostei da sua atitude, embora eu teria dito, no lugar de dúvidas, que não aredito e ponto. Mas mostraria a ela que era uma opinião minha e que há outros. Mostraria, principalmente, que moral e ética independem de crenças religiosas ou ateísmo, agnosticismo e etc (Pra mim isso basta).

Quer dizer.... Daqui uns quatro aninhos e pouco vou fazer quase o mesmo que vc..... :|

Obrigado a todos, gostei do que ouvi aqui...  e nem precisei pagar uma terapia em grupo  :-)
Ta pensando que é doce...? Passa duzentos logo aí não pra tu ver.....

Offline Nina

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #30 Online: 21 de Agosto de 2008, 08:53:18 »
O que respondi sobre deus foi:
- O papai nunca viu
- Tem muita gente que acredita
- Nunca fale "não acredito em deus" na frente dos amiguinhos, pois eles podem ficar chocados
- Nós não sabemos uma série de coisas
- Se alguém algum dia te falar que sabe a resposta, não acredite.
- deus existir ou não tem nada a ver com agente se tornar um anjinho ou não quando morre (o que ela quer que aconteça)

Bom, como vcs viram, não fui categórico, deixei a dúvida....

O que vcs acham??



Achei excelente!

:ok:

Creio que também falaríamos isso...
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #31 Online: 21 de Agosto de 2008, 12:16:27 »
Achei bastante bom, mas sou meio cético quanto à "ajuda" que o conceito de deus e etc dá para esse tipo de coisa. Será que os crentes realmente sofrem menos que os ateus com a perda de alguém próximo?

Penso que isso não ocorre normalmente, e quando ocorre deve ser mais num nível que já deixaria de ser algo bom, e passa a ser até meio preocupante, um tipo de certeza de vida após a morte como algo banal, meio "papai foi ao supermercado"...

Nem penso/intenciono em ser pai, mas gostaria de ter uma idéia sobre uma perspectiva ateísta um pouco mais positiva sobre esse tipo de fato. Algo meio como isso que disseram de que ficam lições de vida e todas as memórias boas e etc.




[videomaker]

Fale para sua filha simplesmente a verdade ateísta, oras: que quando morrem as pessoas vão simplesmente apodrecer e deixar de existir, ir para o nada, e descreva como os vermes e micróbios realizam a decomposição do material orgânico e etc.

[/videomaker]

Offline Shinigami-Ateu

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #32 Online: 21 de Agosto de 2008, 12:41:53 »
[videomaker]
Fale para sua filha simplesmente a verdade ateísta, oras: que quando morrem as pessoas vão simplesmente apodrecer e deixar de existir, ir para o nada, e descreva como os vermes e micróbios realizam a decomposição do material orgânico e etc.
[/videomaker]
Já que é para dizer a verdade, aproveite e diga a sua filha que o papai noel, coelho da páscoa também não existem e que a Xuxa não gosta de crianças.

"Por que temer a morte? Enquanto eu sou, a morte não é; e, quando ela for, eu já não serei. Por que deveria temer o que não pode ser enquanto sou?”.

Offline Moro

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #33 Online: 21 de Agosto de 2008, 16:03:09 »
Achei bastante bom, mas sou meio cético quanto à "ajuda" que o conceito de deus e etc dá para esse tipo de coisa. Será que os crentes realmente sofrem menos que os ateus com a perda de alguém próximo?

Acho que para adultos não. Tenho dúvidas quanto às crianças, por isso que não fui mais enfático.

Penso que isso não ocorre normalmente, e quando ocorre deve ser mais num nível que já deixaria de ser algo bom, e passa a ser até meio preocupante, um tipo de certeza de vida após a morte como algo banal, meio "papai foi ao supermercado"...

Nem penso/intenciono em ser pai, mas gostaria de ter uma idéia sobre uma perspectiva ateísta um pouco mais positiva sobre esse tipo de fato. Algo meio como isso que disseram de que ficam lições de vida e todas as memórias boas e etc.

Sim, também quero fazer mais positivo.
Mas é estranho olhar para sua filha e ver aqueles olhos querendo que você responda que a coisa não termina aqui...  e o efeito que esse deseja pode causar se um dos pais morre.

Mas tenho dúvidas realmente...


“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Danielle Bandeira

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #34 Online: 21 de Agosto de 2008, 18:38:58 »
Achei muito boa a posição do Agnostico com a filha.

Aproveitando o embalo...
Tenho um meio-irmão de 6 anos. Ele não mora com a gente, mas vem aqui periodicamente.
Eu procuro sempre reforçar para ele a importância do conhecimento, de questionar as coisas, e não dar bola se os colegas da escola o caçoam porque ele gosta de estudar.

Porém, com relação à crença em deus, não fui muito inteligente.
Uma única vez ele mencionou a palavra "deus", e eu instintivamente respondi que deus não existe.
Ele ficou calado e o rosto mostrava um misto de surpresa e timidez.
Eu não falei mais nada, mas me arrependi muito depois.

Me sinto ignorante e arrogante por ter falado isso a uma criança de seis anos. Sei que confundi a cabeça dele e que ele já pode ter falado isso a alguém, mas eu quero consertar essa falha, porém, de uma forma que desperte o senso crítico e questionador dele.
« Última modificação: 21 de Agosto de 2008, 18:41:01 por Danielle Bandeira »
“A Ciência é antes um modo de pensar do que propriamente um conjunto de conhecimentos.” - Carl Sagan

"O mundo não é totalmente governado pela lógica: a própria vida envolve certa espécie de violência, e a nós nos compete escolher o caminho da violência menor.” - Mahatma Gandhi

Offline Mussain!

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #35 Online: 21 de Agosto de 2008, 20:42:14 »
Citar
e que a Xuxa não gosta de crianças.
Û quÊ?!!!

Offline Fabulous

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #36 Online: 21 de Agosto de 2008, 22:37:23 »
Boa resposta, isso é complicado, mas você saiu bem.
MSN: fabulous3700@hotmail.com

Offline Shinigami-Ateu

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #37 Online: 21 de Agosto de 2008, 23:00:42 »
Citar
e que a Xuxa não gosta de crianças.
Û quÊ?!!!

Aqui está a prova, a Xuxa além de não gostar de ninhos, ela é satanista
http://www.youtube.com/watch?v=MkDKGtYVgBM

http://www.youtube.com/watch?v=s3xCXiv53KE
"Por que temer a morte? Enquanto eu sou, a morte não é; e, quando ela for, eu já não serei. Por que deveria temer o que não pode ser enquanto sou?”.

Offline Unknown

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #38 Online: 21 de Agosto de 2008, 23:03:25 »

Este tópico me lembrou da carta que Dawkins escreveu para sua filha de 10 anos, se não me engano ele colocou no livro Capelão do Diabo.

Infelizmente não achei a versão em português (tinha uma na STR, mas os links estão todos quebrados).

http://www.rationalresponders.com/richard_dawkins_letter_to_his_10_year_old_daughter_how_to_warn_your_child_about_this_irrational_world



Boas e más razões para acreditar

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
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Offline Q

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #39 Online: 21 de Agosto de 2008, 23:19:16 »
O papel do pai é instruir e ao mesmo tempo em questoes morais ser imparcial e deixar o filho decidir.
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Offline Luis Dantas

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #40 Online: 22 de Agosto de 2008, 07:12:20 »
Como se é imparcial em questões de moral?  E por que isso é algo a ser buscado?
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline FZapp

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #41 Online: 22 de Agosto de 2008, 07:14:47 »
Justamente, Q, é difícil saber o ponto onde deves ser imparcial sem ser omisso.
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Offline FZapp

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #42 Online: 22 de Agosto de 2008, 07:17:23 »
(...)
Me sinto ignorante e arrogante por ter falado isso a uma criança de seis anos. Sei que confundi a cabeça dele e que ele já pode ter falado isso a alguém, mas eu quero consertar essa falha, porém, de uma forma que desperte o senso crítico e questionador dele.

Não consigo ver como falha ter sido você mesma. E se respeita suas opiniões um dia vai se lembrar disso, talvez... :)
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Offline COACERVADO

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #43 Online: 22 de Agosto de 2008, 15:11:43 »
AGNÓSTICO!
De cara, meus parabéns!
Parabéns pelo tópico e parabéns pela resposta para sua filha.
Também sou pai (filhos de 12 e 5 anos) e já passei e ainda passo por esta situação (filho de 5 anos) e com certeza esse tópico vai ajudar futuros pais e mães.

Não tenho muito a acrescentar, você deu várias aulas para sua filha com sua resposta.

"- O papai nunca viu" - UMA AULA DE SINCERIDADE
"- Tem muita gente que acredita" - UMA AULA DE ÉTICA
"- Nunca fale "não acredito em deus" na frente dos amiguinhos, pois eles podem ficar chocados" - UMA AULA DE RESPEITO MÚTUO
"- Nós não sabemos uma série de coisas"  - UMA AULA DE CIÊNCIAS
"- Se alguém algum dia te falar que sabe a resposta, não acredite." - UMA AULA DE BOM SENSO E CRÍTICA
"- deus existir ou não tem nada a ver com agente se tornar um anjinho ou não quando morre (o que ela quer que aconteça)" - UMA AULA DE AUTO-CONFIANÇA.

Só acrescentando minha opinião:
Como pai eu acho que o principal método de educar os filhos é através da postura e ações do dia-a-dia, se você é agnóstico ou ateu (desculpe-me não saber seu caso) no seu cotidiano, se você demonstra essa postura em suas ações e interrelações normalmente, você pode ter certeza que você tem uma filha te analisando o tempo todo e construindo uma personalidade baseada na sua. (com já escrito: minha opinião - baseando-me em minha vivência)

Também te parabenizo em ser cauteloso, principalmente pela crença de sua esposa em anjos, com certeza sua filha vai relacionar a figura do anjo a diversas coisas místicas, inclusive deus (ou deuses).

Offline Eremita

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #44 Online: 22 de Agosto de 2008, 17:36:48 »
Tá, só não vou falar que o Agnostico tomou uma posição exemplar ao educar a filha deste modo porque muita gente já falou isso por aqui, e com razão. :biglol:

Agora, em outra coisa. A todos os foristas: e se o seu filho se convertesse a alguma religião, o que fariam?

Respondendo à minha própria pergunta, eu não sei. Não tenho filhos, o mais próximo disso que tenho é um sobrinho.  Dependeria muito da religião da mãe do garoto, também.

Mas, achando que me conheço, acho que eu iria aceitar. Não sem provocações, do tipo:
-E aí, já aprendeu a falar em línguas?
-Matou alguém hoje, filho? "Matai virgens e mancebos, passai todos ao fio da espada..."
-Ó, tô indo comprar um bife, se eu comprar um boi inteiro você não vai querer queimá-lo, né?

E vocês?
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Offline Shinigami-Ateu

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #45 Online: 22 de Agosto de 2008, 17:58:21 »
Agora, em outra coisa. A todos os foristas: e se o seu filho se convertesse a alguma religião, o que fariam?

Respondendo à minha própria pergunta, eu não sei. Não tenho filhos, o mais próximo disso que tenho é um sobrinho.  Dependeria muito da religião da mãe do garoto, também.

Não sei o que faria, não tenho filho também
Eu o questionaria sempre, atacando os dogmas de sua religião.
Tentaria um dialogo amigável, pediria que me mostrasse seus pontos de vista, a maneira que pensa.
E eu mostraria a minha, sem imposição, eu tentaria derrota-lo usando a sua própria religião.

Se não funcionasse!!!
Castigo absoluto!!
Corte de mesada e reclusão!!!
E se nada disso funcionar, eu o incentivo a se tornar pastor, pelo menos ele vai ter dinheiro para cuidar do seu velho pai.

E se a mãe for crente e, ficar incentivando o filho a freqüentar esses lugares insalubres como igrejas e templos?
Problema dobrado!!!!!!!!!!!
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Offline Mussain!

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #46 Online: 22 de Agosto de 2008, 20:21:53 »
Citar
e se o seu filho se convertesse a alguma religião, o que fariam?
Depende de como.... Sendo aqueles pastores persuasivos do caralho, meteria-me no meio e faria desse um "amiguinho que não se deve andar com ele", por exemplo. Se não fosse algo que afetasse (De ter vioes, assustar-se a noite ou só e etc) o garoto e vendo que foi por suas pesquisas e por suas conclusões , tava na paz.  :hihi:


Citar
e que a Xuxa não gosta de crianças.
Û quÊ?!!!

Aqui está a prova, a Xuxa além de não gostar de ninhos, ela é satanista
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"Ela vendeu a alma ao diabo por 100 milhões".


Rapaz... Por 100 milhões eu como até a bunda do satanás, que dirá vender alma.....
« Última modificação: 22 de Agosto de 2008, 20:31:59 por Mussolim Bucetê »

Offline Dodo

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #47 Online: 22 de Agosto de 2008, 20:53:43 »
Agora, em outra coisa. A todos os foristas: e se o seu filho se convertesse a alguma religião, o que fariam?

Isso não é tão difícil de acontecer, afinal os ateus são minoria, enquanto os religiosos são a esmagadora maioria.

- É impossível para os pais terem controle sobre todos os passos dos filhos, portanto o bom senso e o diálogo são primordiais na educação dos mesmos, mais até do que o castigo;

- existem pessoas que passam anos professando alguma fé, sem sofrer nenhum dano por isso, ao passo que outros se fanatizam em um curto espaço de tempo. Quem observa os filhos com atenção, sabe a que eles são mais suscetíveis e quando estão mais influenciáveis, trabalhar esses pontos fracos pode evitar algum problema futuro;

- você é pai e tem autoridade sobre sua prole, uns defendem que isso é um direito outros que é um dever, eu prefiro dizer que isso é amor. Quem ama, educa, protege, instrui e observa!

- procure ter alguns interesses em comum com os filhos (eu virei fã da Barbie!), isso facilita a introdução de um assunto delicado em um diálogo;

- não demonize os crentes, seu filho pode vir a ter uma visão oposta sobre eles e, dependendo da idade do seu rebento, o conflito será inevitável;

- procure conhecer os amigos de seus filhos, bem como os pais deles, assim você poderá identificar uma possível fonte do proselitismo;

- cuidado com as igrejas da moda, tipo a Bola de Neve, são os velhos preconceitos, só que com uma roupagem moderna;

- por último: não se acanhe em mostrar o perigo com todas as letras:

"Filha, aquele pastor que te levar pro Céu. O motel Céu da Primavera - onde a moça entra virgem e daí já era!"
« Última modificação: 22 de Agosto de 2008, 20:56:58 por Dodo »
Você é único, assim como todos os outros.
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Offline Q

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #48 Online: 24 de Agosto de 2008, 12:28:25 »
Justamente, Q, é difícil saber o ponto onde deves ser imparcial sem ser omisso.

ahahahaa

Só sendo pai pra responder isso.
Como eu ainda não sou eu só dou meu ponto de vista.
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Offline Eremita

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Re: O que respondo para minha filha?
« Resposta #49 Online: 25 de Agosto de 2008, 17:14:57 »
Justamente, Q, é difícil saber o ponto onde deves ser imparcial sem ser omisso.

ahahahaa

Só sendo pai pra responder isso.
Como eu ainda não sou eu só dou meu ponto de vista.
rs

Tô no mesmo barco que você, mas como sei que há pais por aqui (talvez, alguma mãe?) resolvi perguntar pra saber o que fazer depois :ok:
Latebra optima insania est.

 

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