Autor Tópico: Contra uma história de opressão  (Lida 9561 vezes)

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Offline Euzébio

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Contra uma história de opressão
« Online: 29 de Junho de 2005, 15:50:41 »
Contra uma história de opressão

Adriana Lisboa - Escritora


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Peter Singer propõe revisão, baseada na bioética, de nossas relações com os animais

Libertação animal
Peter Singer
Lugano
392 páginas

Tradução: Marly Winckler


''Em seu comportamento com os animais, todos os homens são nazistas.'' A frase é do escritor judeu Isaac Bashevis Singer, citada no livro Libertação animal. Escrito há 20 anos pelo filósofo Peter Singer, esse clássico da bioética é agora publicado entre nós a partir da edição revista de 1990, com um apêndice fotográfico e um prefácio do autor à edição brasileira. Já nas páginas iniciais, vem a advertência: ''É bem provável que sua leitura não seja agradável para aqueles que pensam no amor aos animais como se não envolvesse mais que afagar um gato ou alimentar pássaros em um parque. Pelo contrário, foi escrito especificamente para aqueles que estão preocupados em acabar com a opressão e a exploração onde quer que ocorram, assumindo que o princípio moral básico da igual consideração de interesses não é, arbitrariamente, restrito a membros de nossa própria espécie.''

Partindo da constatação de que a crueldade humana para com os animais se manifesta de formas variadas - no abate para alimentação, em experiências científicas, circos, zoológicos, touradas, rodeios, na caça e na exploração de peles e couro, para citar as mais comuns - Peter Singer se atém aqui à análise dos dois problemas que julga centrais, por sujeitarem ao sofrimento o maior número de animais: os testes em laboratórios e a produção de alimentos.

Recorrendo ao princípio de igualdade que norteou as primeiras lutas pelos direitos das mulheres e dos negros, sublinha que ''a igualdade é uma idéia moral e não a afirmação de um fato.'' Obviamente, animais humanos e não-humanos não são iguais (como, aliás, homens e mulheres também não são), mas devem ser tratados segundo os mesmos princípios éticos. Como sintetizou Jeremy Bentham, a questão sobre os animais não é ''Eles são capazes de raciocinar?'', nem ''São capazes de falar?'', mas sim: ''Eles são capazes de sofrer?''

Os testes com animais em laboratórios não representam, na maioria dos casos, benefícios ao homem. Adotados em áreas como a psicologia, as pesquisas militares e a indústria de produtos que vão desde medicamentos até maquiagem, velas e canetas, muitos desses testes são realizados ''sem o fator complicador da anestesia.'' Envolvem choques elétricos, lesões, indução a neuroses e depressão, sede, fome, exposição a radiação, congelamento, aquecimento, asfixia, cegueira e muitos outros métodos. Singer se pergunta: ''Como podem pessoas que não são sádicas passar a vida provocando depressão em macacos, esquentando cães até a morte ou viciando gatos em drogas? Como podem tirar o jaleco branco, lavar as mãos e ir para casa jantar com a família?''

É enorme o risco de se extrapolar de uma espécie a outra os resultados de experimentos científicos. Substâncias liberadas após se mostrarem inofensivas aos animais foram muitas vezes catastróficas para os seres humanos. Assim, pondera o filósofo, seria mais útil do ponto de vista da ciência realizar os testes em bebês humanos órfãos, ou pessoas com grave retardamento mental. Se a mera idéia nos choca, admitir os testes com animais só se explica pelo especismo, pela idéia de que os animais existem meramente para servir aos homens, corroborada por algumas das principais correntes filosóficas e religiosas do planeta. Em geral, diz Singer, esses testes são movidos pelo prestígio no meio científico, por prêmios, bolsas e publicações, pela disputa mercadológica das indústrias e pelo lobby das empresas que fornecem materiais e cobaias, muito mais do que pelo interesse no bem-estar da humanidade.

Segue-se a essa questão outra ainda mais delicada, porque envolve hábitos culturais (e equívocos) milenares: a alimentação. Quando o almoço está em jogo, parece mais confortável fechar os olhos à realidade dos matadouros, granjas industriais e outras unidades de produção intensiva de animais de corte. É preferível pensar em bois, porcos e galinhas crescendo felizes numa fazenda idílica, e depois morrendo de forma indolor - o oposto do que ocorre de fato.

O exame minucioso de Singer nos revela que as granjas são superpovoadas a ponto de uma galinha passar sua existência sem conseguir abrir as asas, num espaço equivalente a uma folha de papel. Os animais criados para o abate quase sempre vivem e morrem miseravelmente. O caso extremo é o do vitelo, mantido confinado e anêmico numa baia mínima, sem estímulo visual ou convívio com sua espécie, apenas para satisfazer ao paladar de alguns. A indústria de laticínios e a produção de ovos são molas da mesma engrenagem, e a pesca intensiva não envolve dilemas menos significativos, ameaçando perigosamente o equilíbrio frágil da ecologia oceânica.

Para Singer, como para um número crescente de ativistas, a adoção de uma dieta vegetariana que exclua qualquer produto de origem animal (o veganismo) respeita não apenas um princípio ético, mas a consciência de que a terra utilizada para alimentar um animal de corte serviria ao cultivo de uma quantidade muito maior de proteína vegetal. Francis Moore Lappé, autora de Dieta para um pequeno planeta, diz que deveríamos olhar para um bife como para um Cadillac. A fome mundial está diretamente vinculada à dieta que escolhemos. Além disso, escreve Singer, ''florestas e animais criados para gerar carne competem pela mesma terra. (...) Estamos, literalmente, brincando com o futuro de nosso planeta - para benefício dos hambúrgueres.'' Propõe a adoção do veganismo, o consumo consciente de produtos não testados em animais e a opção por artigos que não usem couro, peles ou lã como formas efetivas de começar a pôr um fim a essa tirania milenar. Para muitos, pode parecer radicalismo. Ao ler Singer, porém, não restam dúvidas de que é o mínimo que nos cabe fazer.



 
Uma vaca derrubada cujo pescoço foi quebrado quando foi forçada a se separar de seu bezerro no processo de comercialização é deixada para morrer em um curral do Texas. E um pinto tendo o seu bico cortado.
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Offline Agnostic

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Contra uma história de opressão
« Resposta #1 Online: 29 de Junho de 2005, 16:28:40 »
Sou vegetariano "funcional". Meus motivos não são éticos, mas puramente de afinidade mesmo. Ainda não atingi esse estágio do "vegetarianismo ético".
Não "gosto" de carne. Não me faz falta. Leite só tomo de soja, que acho mais saboroso e muito mais digestivo. Evito ovos por causa da gordura. Contudo não evito radicalmente comer um frango ou um peixe de vez em quando, apesar de não me fazerem falta também (meus últimos exames comprovam isso). Procuro fugir de bebidas que contenham cafeína ou álcool, por essas substâncias definitivamente não "combinarem" comigo... mas aí já é outra história. :roll:
O mais importante é que essa maneira de alimentar tem me feito muito bem. ;-)
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Offline Rodion

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Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #2 Online: 29 de Junho de 2005, 16:52:13 »
peter singer é o mesmo cara que foi boicotado na alemanha por ser pró eutanásia e propor-se a discutir...
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Euzébio

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« Resposta #3 Online: 30 de Junho de 2005, 09:44:11 »
Citação de: Agnostic
Sou vegetariano "funcional". Meus motivos não são éticos, mas puramente de afinidade mesmo. Ainda não atingi esse estágio do "vegetarianismo ético".
Não "gosto" de carne. Não me faz falta. Leite só tomo de soja, que acho mais saboroso e muito mais digestivo. Evito ovos por causa da gordura. Contudo não evito radicalmente comer um frango ou um peixe de vez em quando, apesar de não me fazerem falta também (meus últimos exames comprovam isso). Procuro fugir de bebidas que contenham cafeína ou álcool, por essas substâncias definitivamente não "combinarem" comigo... mas aí já é outra história. :roll:
O mais importante é que essa maneira de alimentar tem me feito muito bem. ;-)


Fico muito feliz de ler uma postagem como a sua!

Agora sei que nem tudo está perdido...
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Offline Südenbauer

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Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #4 Online: 30 de Junho de 2005, 12:44:12 »
Não entendi.

Offline Luis Dantas

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Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #5 Online: 30 de Junho de 2005, 13:22:38 »
Devíamos chamar a Agnes do RV para o fórum...
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The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Rodion

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Contra uma história de opressão
« Resposta #6 Online: 30 de Junho de 2005, 13:28:47 »
Citação de: Euzébio
Citação de: Agnostic
Sou vegetariano "funcional". Meus motivos não são éticos, mas puramente de afinidade mesmo. Ainda não atingi esse estágio do "vegetarianismo ético".
Não "gosto" de carne. Não me faz falta. Leite só tomo de soja, que acho mais saboroso e muito mais digestivo. Evito ovos por causa da gordura. Contudo não evito radicalmente comer um frango ou um peixe de vez em quando, apesar de não me fazerem falta também (meus últimos exames comprovam isso). Procuro fugir de bebidas que contenham cafeína ou álcool, por essas substâncias definitivamente não "combinarem" comigo... mas aí já é outra história. :roll:
O mais importante é que essa maneira de alimentar tem me feito muito bem. ;-)


Fico muito feliz de ler uma postagem como a sua!

Agora sei que nem tudo está perdido...


tem dia que tomo uma jarra de café, adoro carne sangrando, cervejinha toda sexta e encho o sangue de nicotina. vegetais não me fazem falta  :)
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Offline Südenbauer

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Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #7 Online: 30 de Junho de 2005, 13:34:14 »
hahahaha... vamos ancher o saco do Euzébio.  :lol:

Eu vivo comendo bife, diria até que esse é meu animal favorito. Aos finais de semana, sempre tem um churrasquinho aqui em casa. Hum...
Sem contar naquela carne vermelha.... hum...
Bacon... hum...

Meu tio tem uma churrascaria.

Bem que você poderia vir ao Rio Grande do Sul, Euzébio.

 :lol:

Offline Rodion

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Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #8 Online: 30 de Junho de 2005, 14:10:13 »
rapaz, adoro rodízio. minha lógica ao ir em um rodízio é bem brasileira: dar prejuízo. os caras vem oferecendo queijinho no espeto, abacaxi com canela, pãozinho de queijo.... novato aceita, enche o estômago e dá lucro pro dono da churrascaria. mas eu sou macaco velho já. no meu prato só entra carne, picanha de preferência, nada de abacaxi com canela. e com muitaaa calma, pra comer mais e dar mais prejuízo  :lol:
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Re: Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #9 Online: 30 de Junho de 2005, 14:28:59 »
Citação de: Fernando
hahahaha... vamos ancher o saco do Euzébio.  :lol:

Eu vivo comendo bife, diria até que esse é meu animal favorito. Aos finais de semana, sempre tem um churrasquinho aqui em casa. Hum...
Sem contar naquela carne vermelha.... hum...
Bacon... hum...

Meu tio tem uma churrascaria.

Bem que você poderia vir ao Rio Grande do Sul, Euzébio.

 :lol:


 :x

Pois eu dou prejuízo para quem me convida a ir em uma churrascaria! como de tudo, menos o churrasco, heheheh...

 :twisted:
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Re: Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #10 Online: 30 de Junho de 2005, 14:55:15 »
Citação de: bruno
rapaz, adoro rodízio. minha lógica ao ir em um rodízio é bem brasileira: dar prejuízo. os caras vem oferecendo queijinho no espeto, abacaxi com canela, pãozinho de queijo.... novato aceita, enche o estômago e dá lucro pro dono da churrascaria. mas eu sou macaco velho já. no meu prato só entra carne, picanha de preferência, nada de abacaxi com canela. e com muitaaa calma, pra comer mais e dar mais prejuízo  :lol:


Rodizio de pizza é só alegria também...

Poindexter

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Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #11 Online: 30 de Junho de 2005, 17:00:53 »
Eu como carne bovina, suína e ovina e não tô nem aí. Também adoro comer sushis e sashimis e também não tô nem aí com isso.

E quem acha que eu não deveria fazer isso "que se exploda", a menos que seja algum médico dizendo que eu preciso fazer uma dieta...

Poindexter

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Re: Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #12 Online: 30 de Junho de 2005, 17:06:24 »
Citação de: Luis Dantas
Devíamos chamar a Agnes do RV para o fórum...


http://www.clubecetico.org/forum/profile.php?mode=viewprofile&u=150.

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Contra uma história de opressão
« Resposta #13 Online: 30 de Junho de 2005, 17:16:01 »
Carne é fundamental . De qualquer tipo.  :twisted:

Atheist

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Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #14 Online: 30 de Junho de 2005, 17:52:43 »
Citação de: Euzébio
Os testes com animais em laboratórios não representam, na maioria dos casos, benefícios ao homem.


Que pérola!!!!

Vamos testar medicamentos direto no ser humano então!!!

Quem se habilita?

rizk

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Offline Luis Dantas

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Re: Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #16 Online: 30 de Junho de 2005, 19:02:25 »
Citação de: Atheist
Citação de: Euzébio
Os testes com animais em laboratórios não representam, na maioria dos casos, benefícios ao homem.


Que pérola!!!!

Vamos testar medicamentos direto no ser humano então!!!

Quem se habilita?



Entendo o seu ponto, mas a idéia não deixa de ter seus méritos.  Até porque extrapolar resultados de pesquisas médicas de animais para seres humanos é complicado.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Esperto

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Re: Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #17 Online: 30 de Junho de 2005, 19:25:33 »
Citação de: Luis Dantas
Citação de: Atheist
Citação de: Euzébio
Os testes com animais em laboratórios não representam, na maioria dos casos, benefícios ao homem.


Que pérola!!!!

Vamos testar medicamentos direto no ser humano então!!!

Quem se habilita?



Entendo o seu ponto, mas a idéia não deixa de ter seus méritos.  Até porque extrapolar resultados de pesquisas médicas de animais para seres humanos é complicado.

sim, e por garantia se passar nos testes em animais tbm é testado em humanos, mas com um grau de segurança maior...
filosofia de um professor meu:
"A mente abre quando o cu aperta!"

Skorpios

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Re: Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #18 Online: 01 de Julho de 2005, 08:18:53 »
Citação de: Luis Dantas
Citação de: Atheist
Citação de: Euzébio
Os testes com animais em laboratórios não representam, na maioria dos casos, benefícios ao homem.


Que pérola!!!!

Vamos testar medicamentos direto no ser humano então!!!

Quem se habilita?



Entendo o seu ponto, mas a idéia não deixa de ter seus méritos.  Até porque extrapolar resultados de pesquisas médicas de animais para seres humanos é complicado.


Voluntário ? :lol:  :lol:  :lol:

Rhyan

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Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #19 Online: 01 de Julho de 2005, 08:54:23 »
No livro dos espíritos, sobre está questão, os 'espíritos superiores' dizeram assim:
"Carne nutre a carne."

Quem sou eu para duvidar dos 'espíritos superiores'?


Alguém já falou sobre o coraçãozinho?
Bem lembrado Poin, comida japonesa nunca deve ser esquecida, e nem a chinesa (porco à agridoce)!!!

Offline Euzébio

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Re: Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #20 Online: 01 de Julho de 2005, 09:02:03 »
Citação de: Atheist
Citação de: Euzébio
Os testes com animais em laboratórios não representam, na maioria dos casos, benefícios ao homem.


Que pérola!!!!

Vamos testar medicamentos direto no ser humano então!!!

Quem se habilita?




A verdade é que essas experiências com animais não têm nada de humano, muito pelo contrário, são realizadas geralmente sem anestesia, o que as torna muito dolorosas para os animais, em muitos casos causando a morte imediata ou uma vida de intenso sofrimento.  

Estes testes, ao contrário do que se pensa, não irão garantir segurança para o uso em seres humanos, pois, se você analisar bem, o corpo de um animal mamífero é muito diferente do corpo de um animal humano desde sua constituição até seus padrões químicos. O que é usado como remédio para um ser humano para um animal pode ser letal; como é o caso da aspirina, para os gatos ela tem efeito letal em poucos minutos e para o homem alivia a dor de cabeça e a febre.  

Em países do mundo todo, empresas "humanitárias", com ideais anti-vivisseccionistas, criaram produtos seguros para os consumidores, que são testados de várias maneiras, mas nunca se utilizando de animais.


Lista de empresas que NÃO fazem experiências com animais:  
Fornecida pela P.E.T.A. (People ror Ethical Treatment of Animals) e acessada na Internet.

(A lista da Internet é bem mais completa, estes são os nomes de produtos mais conhecidos e vendidos no Brasil)

Almay (Revlon, Jean Naté)  
Aloe Vera of America, Inc  
Amway  
Avon  
Beiersdorf, Inc. (Toda a linha de Nivea)  
Chanel, Inc.  
Christian Dior  
Clarins of Paris  
Clinique Laboratories  
Donna Karan Beauty Company (Estée Lauder)  
Eberhard Faber  
Estée Lauder (Produtos Clinique)  
Freeman Cosmetics Corp. (Xampu & Condicionador)  
Gucci Parfums (Produtos Wella)  
Orlane  
Ralph Lauren Fragrances  
Victoria's Secret  
Produtos da Welleda (contém subprodutos animais, como mel, lanolina etc.).

Lista de empresas que fazem experiências com animais:  
Fornecida pela P.E.T.A. (People ror Ethical Treatment of Animals) e acessada na Internet.

(A lista da Internet é bem mais completa, mas estes são os nomes de produtos mais conhecidos e vendidos no Brasil.)

Benckiser (Cosméticos Coty, Lancaster, Jovan)  
Bic Corporation (Canetas BIC)  
Block Drug Co., Inc. (Pasta dental Polident e Sensodyne)  
Bristol-Myers Squibb Co. (Clairol, Ban Roll-On)  
Carter-Wallace (Desodorante Arrid)  
Chesebrough-Ponds (Produtos Fabergé, Cutex, Vaseline)  
Colgate-Palmolive Co. (Produtos Palmolive, Ajax,  Mennen)  
Gillette Co. (Canetas Parker, Escovas e pasta Oral B — atualmente em moratória por um ano, durante o qual prometeram não efetuar testes)  
Helene Curtis Industries (incluindo produtos Finesse, Unilever, Suave  
Johnson & Johnson (incl. Neutrogena)  
Kimberly-Clark Corp. (lenços Kleenex, papel higiênico)  
Lever Bros.  (produtos Unilever)  
Cosméticos Max Factor  
Olay Co./Oil of Olay  
Produtos Pantene  
Pfizer, Inc. (Bronzeador Bain de Soleil, loção bucal Plax, gotas óticas  
Visine, pomada BenGay)  
Procter & Gamble Co. (Pasta dental Crest, produtos Cover Girl e Max Factor)  
Schering-Plough (Bronzeador Coppertone)  
SmithKline Beecham (Pasta dental Aquafresh)  
3M (Fita Scotch, Blocos Post-It)  
Unilever (Produtos Calvin Klein, Elizabeth Arden, Helene Curtis)  
Vidal Sassoon (Xampu, condicionador e spray)  
Warner-Lambert (Listerine)  

Relação compilada por Margrit de Marez Oyens.
"A fé é a força da vida. Se o homem vive é porque acredita em alguma coisa."

Offline Luis Dantas

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Re: Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #21 Online: 01 de Julho de 2005, 10:07:48 »
Citação de: Skorpios
Citação de: Luis Dantas
Citação de: Atheist
Citação de: Euzébio
Os testes com animais em laboratórios não representam, na maioria dos casos, benefícios ao homem.


Que pérola!!!!

Vamos testar medicamentos direto no ser humano então!!!

Quem se habilita?



Entendo o seu ponto, mas a idéia não deixa de ter seus méritos.  Até porque extrapolar resultados de pesquisas médicas de animais para seres humanos é complicado.


Voluntário ? :lol:  :lol:  :lol:



Nas circunstâncias adequadas, sim, com certeza.  Acho que estamos em um momento histórico no qual a responsabilidade ética da pesquisa e principalmente da prática médica tem de ser revistas.

Hoje em dia gasta-se tanto dinheiro com tratamentos mais voltados para a vaidade do que para a saúde (há um tópico sobre o assunto aqui no fórum - http://www.clubecetico.org/forum/viewtopic.php?t=1791&highlight= ), e faz-se tantos tratamentos caros e arriscados que muitas vezes nem o médico acredita que tem boa chance de fazer diferença significativa... eu gostaria muito de ver um movimento no sentido de assumir que ser eternamente imortais e saudáveis NÃO É nada natural, muito menos um "direito inato" a ser "resgatado".  Acho irritante me lembrar que posso um dia passar por algum tratamento médico caro e inútil, possivelmente não me informarão corretamente das chances de sucesso e possíveis benefícios, e que todo esse esforço poderia ser empregado onde tem mais chance de fazer diferença - por exemplo pagando salários e recursos materiais para o ensino de primeiro grau.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Skorpios

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Contra uma história de opressão
« Resposta #22 Online: 01 de Julho de 2005, 10:31:52 »
Estava brincando . Concordo contigo , ainda mais que colocar 4 pontes deixa a pessao muito mais consciente de sua mortalidade e que isso de ser eternamente sadio é ilusão . Também concordo com o Euzébio que os animais merecem um tratamento mais humano , como dizia o Magri , que a cadela dele era "um ser humano como qualquer outro ".

Agnes

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Re: Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #23 Online: 05 de Julho de 2005, 18:35:28 »
Citação de: Luis Dantas
Devíamos chamar a Agnes do RV para o fórum...


Ôi, Dantas ! Obrigada pela lembrança !   :D

E Euzébio, parabéns pelo tema do tópico. Peter Singer é sempre "A escolha" !

Poindexter

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Re: Re.: Contra uma história de opressão
« Resposta #24 Online: 05 de Julho de 2005, 19:02:55 »
Citação de: Agnes

Ôi, Dantas ! Obrigada pela lembrança !   :D

E Euzébio, parabéns pelo tema do tópico. Peter Singer é sempre "A escolha" !


Que bom que você voltou!  :)

 

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