Quer fazer hidrocarboneto em casa? Simples, oras. Pega gorduras e outros ácidos orgânicos, um agente redutor fodônico, reage e separa.
Petróleo é mistura de hidrocarbonetos; ácidos carboxílicos (gorduras), quando reduzidos ao máximo, geram... hidrocarbonetos.
Dá pra gerar p.ex. etano a partir de ácido acético (é, vinagre - o nome IUPAC "ácido etanóico" não o é sem motivo). E, nesse caso, nem precisa ter muito trabalho pra separar, basta fazer tudo em solução aquosa (etano é gás).
O problema é que agentes redutores não são exatamente baratos. Unh, vejamos... lítio? Nem a pau. Sódio, potássio metálicos? Caros pra dedéu. Talvez alumínio, mas primeiro, você precisaria ativar a birosca.
Ou, então, produz hidrogênio pra isso. Passe água gasosa a 400°C por carvão, e você obtém uma mistura de monóxido de carbono e hidrogênio (vulgo gás d'água).
Tá, carvão é combustível fóssil, e daí? Bah, se faltar, é só queimar meia dúzia de porcarias orgânicas (sim, lixo) e vira carvão, oras.
Sim, isso tudo requer pesquisa. Sim, são mais caros que petróleo. Mas, a partir do momento que petróleo começar a ficar escasso, e o preço subir (oferta menor e demanda crescente), vai começar a ser compensável energeticamente.
O que me preocupa, entretanto, não é a escassez de petróleo, mas o que levou a ela.
O esquema de sempre: consumo não-planejado de recursos, superpopulação, ausência de programas de reutilização e reciclagem (e isso inclui educação popular), et cetera.