Não se trata de impedir que se exija magreza/atratividade. Esses padrões de modelo de passarela/moda nem são geralmente correspondentes a um padrão de beleza de verdade, mais popular, como sugere a "teoria cabide"; mas isso nem vem tanto ao caso.
Apenas veja o post/tópico anterior sobre o estudo que mostrava que a maioria das modelos era "obesa" e desnutrida. Fugir disso não implica em querer alterar os padrões de beleza aceitos, em cotas para gordas ou qualquer coisa assim. Existem magrinhas mais saudáveis.
A comparação com esportes extenuantes tem o diferencial da prática esportiva ao mesmo tempo que pode ser prejudicial a saúde, na maior parte do tempo exige saúde acima do normal. Já com modelos não, o que se exige de saúde é apenas que possam trocar de roupa, andar daqui até ali e voltar. Não tem um "anti doping" nem nada parecido, que eu saiba.
E de qualquer forma, mesmo as atividades de dublê ou atleta também tem uma hora ou outra que esbarrar num limite legal de risco a saúde ou para a vida, ou não? Podemos pagar mendigos para fazerem cenas em que suas roupas ficam em chamas para baratear o custo das filmagens com algo mais improvisado, mais propenso a queimaduras do que se teria com uma equipe de profissionais treinados? E por falar no uso de mendigos, pagá-los para fazer vale-tudo na rua entre si, ou para peripécias do tipo "jackass", tudo bem, já que é só uma relação comercial voluntária? Ou não, é errado; mas isso tem que ser coibido apenas pelos poderes do mercado?