Fui católico durante quase toda minha vida.
Durante muito tempo eu tinha a obtusa idéia que adquirir conhecimento servia apenas pra alavancar minha vida profissional. Considerava as respostas sobre a realidade a minha volta, fornecidas pela religião, como definitivas.
Mas o processo de deconstrução começou cedo, quando comecei a assistir "Cosmos" na Globo quando criança, nas manhãs de domingo.
Na adolescência teve um episódio engraçado. Uma namorada minha, que era catequista, estava fazendo aniversário. Fui na livraria e comprei pra ela "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" de José Saramago, sem saber do que se tratava. (espertão, pensava que ia me dar bem).
Claro, ela me devolveu (até que foi delicada, mas demorou beeeeeem mais pra eu me dar bem) e devorei o livro e outros do mesmo autor.
Na verdade, até Watchmen de Alan Moore contribuiu para ampliar meus horizontes.
Após ler "O Mundo de Sophia" (não me lembro o autor, linguagem simples e um livro bem didático para entender diversas linhas filosóficas) comecei a entender que havia "coisas" além do véu da minha ignorância.
A demolição definitiva foi "O Mundo Assombrado Pelos Demônios" de Seagan, que um maldito ateu me emprestou. Assim, incorporei o ceticismo na minha vida.
Fiquei pequeno diante do Universo? Prefiro entender que ele ficou grandioso diante de mim.
Depois deste relato emocionante (zzzzzzzzz...) agora só me resta tirar o atraso intelectual. Valeu pela paciência.