Autor Tópico: Engenheiros de menos  (Lida 5690 vezes)

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Offline Luis Dantas

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #25 Online: 26 de Dezembro de 2008, 10:55:21 »
Elabore mais, Herf.  Inclusive com a sua leitura do que esse "deve" na frase indica exatamente: seria uma recomendação ou apenas um vislumbre do que provavelmene acontecerá?
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Herf

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #26 Online: 26 de Dezembro de 2008, 11:13:09 »
O "deve" o autor do texto escreveu com a intenção de recomendar. Mas se por acaso eu me enganei e o "deve" representa o vislumbre do autor, então eu não tenho nada a comentar.

O próprio texto observa que o mercado para engenheiros não está lá muito atrativo. O salário não é bom e o que mais se vê por aí são engenheiros trabalhando em áreas distintas da engenharia. Se não há demanda por engenheiros não há porque investir na formação de engenheiros, ainda mais com o dinheiro público. E se há, esse deveria ser um problema das empresas que os necessitam.

Offline Luis Dantas

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #27 Online: 26 de Dezembro de 2008, 11:51:02 »
O "deve" o autor do texto escreveu com a intenção de recomendar. Mas se por acaso eu me enganei e o "deve" representa o vislumbre do autor, então eu não tenho nada a comentar.

Foi o que eu entendi, já que ele pergunta se duvidamos e não se discordamos.

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O próprio texto observa que o mercado para engenheiros não está lá muito atrativo. O salário não é bom e o que mais se vê por aí são engenheiros trabalhando em áreas distintas da engenharia. Se não há demanda por engenheiros não há porque investir na formação de engenheiros, ainda mais com o dinheiro público. E se há, esse deveria ser um problema das empresas que os necessitam.

Concordo em parte.  Acontece que o mercado dificilmente consegue pensar a médio prazo; quando a demanda é reconhecida, não se pode imediatamente criar uma oferta adequada de profissionais qualificados a não ser importando-os ou deslocando os de outra área de formação.  Portanto é preciso planejar em prazos maiores a despeito da falta de interesse do meio empresarial em fazê-lo. 

Aí não tem jeito, o Estado tem de interceder.  Um mínimo de Engenheiros qualificados (não portadores de canudo, qualificados mesmo) é de fato uma necessidade estratégica para qualquer nação que queira ter estabilidade tecnológica e econômica.  Se não atender a essa demanda estratégica com seus próprios meios (o que no Brasil talvez aconteça, via UFs, USPs, Unicamps, ITAs e IMEs da vida), o Estado tem a obrigação de pelo menos fiscalizar com seriedade a qualidade da formação de Engenharia nas faculdades particulares.  Ou, se preciso for, subsidiar a formação de profissionais no exterior de alguma forma.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline JJ

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #28 Online: 30 de Dezembro de 2008, 23:31:52 »
O "deve" o autor do texto escreveu com a intenção de recomendar. Mas se por acaso eu me enganei e o "deve" representa o vislumbre do autor, então eu não tenho nada a comentar.

O próprio texto observa que o mercado para engenheiros não está lá muito atrativo. O salário não é bom e o que mais se vê por aí são engenheiros trabalhando em áreas distintas da engenharia. Se não há demanda por engenheiros não há porque investir na formação de engenheiros, ainda mais com o dinheiro público. E se há, esse deveria ser um problema das empresas que os necessitam.


Demanda potencial existe as pencas !   O que falta é organização econômica e social adequada.

O Brasil é um país  sub-industrializado se comparado  com países  como Japão, Alemanha, China, e outros.

A infra-estrutura brasileira é bastante deficitária,  só como exemplo podemos citar o índice de asfaltamento de estradas que é de cerca de 10% das estradas brasileiras ( pense no Centro-oeste, e Norte). Ou seja só nessa parte de estradas (e pontes)  há uma enorme demanda potencial de engenheiros civis.


Demanda pode ser criada  via ações governamentais, como exemplo temos a demanda por engenheiros aeronaúticos que não existia antes de ser criada a Embraer !

Se tivesse dependido de  esperar por mercado, até hoje estaríamos esperando !





« Última modificação: 30 de Dezembro de 2008, 23:33:58 por Helder »

Offline Nina

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #29 Online: 31 de Dezembro de 2008, 14:55:54 »
Sempre há alguns que não tem jeito para a coisa mesmo, assim como há quem não dê conta de dirigir carros.  Mas na minha opinião o problema real está nos métodos de ensino. 

Pode ser... mas eu, por exemplo, tenho uma dificuldade terrível para lidar com números em geral...
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #30 Online: 31 de Dezembro de 2008, 15:33:38 »
Quanto ao método socrático, me interessei bastante por ele. Tenho um professor que de vez em quando tenta usá-lo. O problema é que os estudantes estão tão condicionados a só ficarem calados ouvindo que demora um bom tempo até que alguém crie coragem para responder alguma pergunta que ele faça.

Quando eu dava aula, tinha este problema também.

Offline Vito

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #31 Online: 31 de Dezembro de 2008, 23:12:47 »
Caras, eu falava, fiquei SEM CORAGEM após eu respondi a pergunta ou a dúvida pelo professor. Sabe porque? Estavam rindo de mim... Isso baixou bastante minha auto-estima. =/

Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #32 Online: 01 de Janeiro de 2009, 00:11:23 »
Caras, eu falava, fiquei SEM CORAGEM após eu respondi a pergunta ou a dúvida pelo professor. Sabe porque? Estavam rindo de mim... Isso baixou bastante minha auto-estima. =/

São idiotas, Vito. Não dê bola para eles.

Offline Moro

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #33 Online: 01 de Janeiro de 2009, 03:05:01 »
Caras, eu falava, fiquei SEM CORAGEM após eu respondi a pergunta ou a dúvida pelo professor. Sabe porque? Estavam rindo de mim... Isso baixou bastante minha auto-estima. =/

São idiotas, Vito. Não dê bola para eles.

Sim, apenas idiotas. Você tem que ter auto estima alta porque você é O cara...
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline O Grande Capanga

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #34 Online: 01 de Janeiro de 2009, 21:53:37 »
E isso não aconteceria principalmente devido à falta de salários (e planos de carreira) mais atraentes, Uili?

Com ceteza esse é um dos principais fatores, mas não é o único. Muitos de meus colegas simplesmente pegam ojeriza pela engenharia por considerar difícil e vêem a carreira administrativa como uma tábua de salvação. Aí a falta de base em matemática e a falta de qualidade de muitos professores tem um papel importante.

Fala aí, mesmo sendo universidade federal, deve ter um monte de professores que tem uma puta formação fodida, com dourado nos EUA, na Europa, etc. e não sabem dar aula. Se ele dá aula com material didático (xérox, slides) então, e não tem esse material, vixi... tá perdido, nem sabe o que vai fazer na aula.

Aí chega na hora da prova, dá uma prova fodida de difícil. Nas universidades públicas, pelo que me contam, vale mais o aluno estudar e aprender, muitas vezes, quase que sozinho, do que com as aulas dos professores. Podem até falar mal das particulares (não que eu faço, pos não faço), mas em algumas tem professores com uma formação razoável, sem lá grandes currículos, que com a didática deles, fazem os alunos aprenderem de verdade.

O que eu vejo, também, é que didática é um dom, não adianta o cara ser um Einsten, se ele não tem este dom, ele não sabe dar aula. O que me dizem, e acho que é o óbvio, é que esses professores fodões, das universidades públicas, estão lá mais pela pesquisa do que pelo docência.

Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #35 Online: 01 de Janeiro de 2009, 22:09:14 »
Fala aí, mesmo sendo universidade federal, deve ter um monte de professores que tem uma puta formação fodida, com dourado nos EUA, na Europa, etc. e não sabem dar aula. Se ele dá aula com material didático (xérox, slides) então, e não tem esse material, vixi... tá perdido, nem sabe o que vai fazer na aula.

Fala a verdade, você andou me espionando? :o
:lol: É assim mesmo.

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Aí chega na hora da prova, dá uma prova fodida de difícil. Nas universidades públicas, pelo que me contam, vale mais o aluno estudar e aprender, muitas vezes, quase que sozinho, do que com as aulas dos professores. Podem até falar mal das particulares (não que eu faço, pos não faço), mas em algumas tem professores com uma formação razoável, sem lá grandes currículos, que com a didática deles, fazem os alunos aprenderem de verdade.

Aí depende de professor para professor. Tem professor ruim com prova difícil, professor ruim com prova fácil, professor bom com prova difícil, professor bom com prova fácil, sem contar os meio-termos... Tive muito professor péssimo na universidade, mas tive muitos professores ótimos também. O que desanima é pegar professores ruins naquelas disciplinas chave, que são fundamentos para muito mais coisas no curso, então quando a gente não pega uma base legal, se estrepa. Só metendo a cara e aprendendo por conta mesmo.

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O que eu vejo, também, é que didática é um dom, não adianta o cara ser um Einsten, se ele não tem este dom, ele não sabe dar aula. O que me dizem, e acho que é o óbvio, é que esses professores fodões, das universidades públicas, estão lá mais pela pesquisa do que pelo docência.

Eu concordo, ou o cara sabe ou não sabe dar aula. Tem até professores que são bem intencionados, tentam dar uma aula boa, mas não conseguem. Não sei se seria um dom realmente ou se é técnica - eu tinha um professor que dava aula de uma matéria muito chata, mas que era cheio de macetes para ensinar, ele percebia quando a aula estava ficando morosa e dava um jeito de recuperar a atenção dos alunos na hora certa, fose contando uma piadinha ou uma história interessante que podia ou não ter a ver com a matéria. Ele tinha o timing perfeito para não me deixar dormir :lol: Por mais que isso não seja exatamente didática, ajuda bastante.

Mas é verdade que tem muitos professores fodas que só estão na faculdade pela pesquisa e que parecem dar aula a contra-gosto, tanto que não fazem a menor questão de dar aula direito. É um problema da universidade pública, pois todo pesquisador é obrigado a ensinar. Acredito que seria mais produtivo que desse aula quem sabe ensinar e deixar quem não sabe, fazer exclusivamente pesquisa.

Offline O Grande Capanga

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #36 Online: 02 de Janeiro de 2009, 17:01:16 »
Fala aí, mesmo sendo universidade federal, deve ter um monte de professores que tem uma puta formação fodida, com dourado nos EUA, na Europa, etc. e não sabem dar aula. Se ele dá aula com material didático (xérox, slides) então, e não tem esse material, vixi... tá perdido, nem sabe o que vai fazer na aula.

Fala a verdade, você andou me espionando? :o
:lol: É assim mesmo.

Faço faculdade de tecnologia estadual (Fatec). Lá tenho um exemplo assim. Hehehe

Offline Partiti

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #37 Online: 02 de Janeiro de 2009, 19:19:21 »
Verdade tudo que foi dito neste tópico. É frustrante depois de 5 anos de estudo numa das melhores faculdades de engenharia perceber que o mercado para engenheiros é pífio, com salários baixos e poucas perspectivas. Já desisti do ramo de engenharia, meu crea vai ser só enfeite...

Eu só discordo que muitos escolhem uma carreira administrativa por ser mais fácil, eu acho na verdade o contrário, os melhores alunos vão para consultorias, bancos e fundos de investimento. Acho que só ficam engenheiros mesmo os extremamente empreendedores, ou os que escolhem carreira acadêmica.
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Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #38 Online: 02 de Janeiro de 2009, 19:33:00 »
Eu só discordo que muitos escolhem uma carreira administrativa por ser mais fácil, eu acho na verdade o contrário, os melhores alunos vão para consultorias, bancos e fundos de investimento. Acho que só ficam engenheiros mesmo os extremamente empreendedores, ou os que escolhem carreira acadêmica.

Note que eu disse o seguinte:

Muitos de meus colegas simplesmente pegam ojeriza pela engenharia por considerar difícil e vêem a carreira administrativa como uma tábua de salvação.

Não é que a carriera administrativa seja mais fácil, é que muita gente pega nojo da engenharia e quer ir trabalhar com outra coisa. Entre eles, não duvido que muitos acreditem que profissões nessa área sejam mais fáceis. E, claro, dependendo de qual profissão a pessoa vai seguir, essa espectativa pode ser verdadeira ou falsa. Agora, o fato de os melhores alunos se dirigirem para essa área[citation needed] também não quer dizer que ela seja mais difícil, provavelmente é conseqüência de ter salários melhores e maior possibilidade de ascensão profissional.

Offline Partiti

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #39 Online: 02 de Janeiro de 2009, 19:53:07 »
Sim, mas o meu argumento não é que administração é mais ou menos difícil, mas sim que engenharia não é necessariamente mais difícil que outras opções. Na realidade, não sei como é com os seus colegas, mas muitas das pessoas que tiveram contato com ambas as áreas não citaram dificuldade como um fator decisivo na opção por uma ou outra, geralmente é salário e ascensão mesmo.

De fato essa crença de que engenheiro que quer moleza vai pro banco existe sim, mas é bastante infundada e geralmente bem superada nos últimos anos de faculdade, depois do contato com ambas as áreas de trabalho (estágios). Ninguém tirou sarro de mim ou de outros colegas por termos escolhido carreiras não-técnicas baseados na dificuldade, e olha que você sabe como são sutis os colegas de faculdade de engenharia... :roll:
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Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #40 Online: 02 de Janeiro de 2009, 19:55:13 »
:lol:

Offline guicn

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #41 Online: 02 de Janeiro de 2009, 20:08:55 »
O CREA chega a fazer alguma diferença?
Tenho o Curso Técnico completo, mas estou relutando pra tirar, sempre fico adiando.
É necessário pagar uma taxa anual né?

Offline Partiti

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #42 Online: 02 de Janeiro de 2009, 20:16:48 »
Se você quiser seguir carreira técnica, o CREA é necessário mesmo, alguns empregos exigem isso como pré-requisito. E mesmo dependendo do emprego serve como contribuição sindical também. Além disso tem algumas vantagens com planos de saúde, mas eu nem sei direito.
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Offline guicn

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #43 Online: 02 de Janeiro de 2009, 20:28:28 »
Então tem uma taxa?

Offline Partiti

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #44 Online: 02 de Janeiro de 2009, 20:33:16 »
Tem sim, uns cento e poucos reais anuais.
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Offline FZapp

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #45 Online: 03 de Janeiro de 2009, 10:45:38 »
Ouvi uma reportagem da CBN ontem sobre o assunto, onde o entrevistado também não explicou por quê acontece essa diminuição de engenheiros formados, ou como evitar esse círculo vicioso de exigência nas matérias, matrículas caras, poucos alunos, matrículas mais caras, e assim por diante.

Eu tenho a impressão de que :

-> Os salários são baixos por haver pouco investimento em novas tecnologias e em desenvolvimento, em considerar que o engenheiro é um catalogador e homologador de peças dentro das normas.
-> O quase nulo investimento em educação gera jovens despreparados para os cursos
-> Os poucos que se formam ou vão trabalhar no exterior ou viram professores -mal aproveitados

Em parte concordo com Herf, universidade pública ia criar um funil e não resolve a médio/longo prazo o problema real: a educação de base está falida.
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

Offline Partiti

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #46 Online: 03 de Janeiro de 2009, 14:46:53 »
Sim, verdade essa história do catalogador e homologador, em muitas empresas eu via isso mesmo. É duro ser um engenheiro se você não consegue criar, inovar, ou seja, engendrar. Eu tenho muito mais espaço para criar coisas novas num banco do que num emprego técnico em certas empresas que conheço, o que devia ser um absurdo.
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Offline Gigaview

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #47 Online: 03 de Janeiro de 2009, 22:39:27 »
Então tem uma taxa?

Aqui no RJ pago R$ 208,00 (cota única c/desc. de 2009)
Algumas vantagens:
- reconhecimento profissional em todo o território nacional
- A carteira do CREA vale como documento de identidade pessoal e profissional
- descontos em cursos de aperfeiçoamento
- você  poder aderir a um plano de saúde (Unimed ou Sul América) a preços e condições melhores que encontradas no mercado. Em alguns restaurantes aqui no RJ você tem 10% de desconto durante a semana.

Desvantagens:
- Uma vez inscrito é preciso pagar a contribuição e se não pagar pode entrar como débito na dívida ativa da união. Não existe suspensão da taxa por inatividade profissional, logo se pretence ao CREA tem que pagar a contribuição e se não pertence ao CREA não pode exercer legalmente a profissão.

No meu caso vale a pena pois, apesar de não exercer a profissão os descontos, principalmente com o plano de saúde, cobrem a taxa paga.


« Última modificação: 03 de Janeiro de 2009, 23:01:09 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Gigaview

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #48 Online: 03 de Janeiro de 2009, 22:43:17 »
Não sei se existe taxas diferenciadas para profissionais com cursos superiores ou técnicos. Verifique no site do CREA da sua cidade.
As vantagens também variam conforme o local.
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Offline Gigaview

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #49 Online: 03 de Janeiro de 2009, 22:58:16 »
Pessoalmente, acho o curso de engenharia um ótimo trampolim para um bom mestrado em administração que abre perspectivas nos mercados financeiro e de capitais, de gestão (principalmente em logística e sistemas de informação e produção). Vivi essa experiência. Tenho encontrado engenheiros em posições de chefia nessas áreas que manifestam uma clara preferência por engenheiros ou outros profissionais oriundos da área de exatas.

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