Autor Tópico: Engenheiros de menos  (Lida 5691 vezes)

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Offline FZapp

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #50 Online: 03 de Janeiro de 2009, 23:04:26 »
Cinco anos lendo derivadas, cálculo integral, mecânica dos fluidos para ir para reunião-Dilbert ! :)
--
Si hemos de salvar o no,
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Offline guicn

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #51 Online: 03 de Janeiro de 2009, 23:05:27 »
Vocês estão me desanimando  :histeria:
(começo a faculdade de Eng. Elétrica agora em Março)

Offline Gigaview

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #52 Online: 03 de Janeiro de 2009, 23:40:29 »
Vocês estão me desanimando  :histeria:
(começo a faculdade de Eng. Elétrica agora em Março)

Você está fazendo um ótimo investimento.

Se você gostar e se dedicar, será um ótimo engenheiro e ótimos engenheiros sempre encontram ótimas empresas e excelentes salários.
Se você não gostar a ponto disso se tornar um sofrimento, pare e avalie uma mudança de área, talvez você não se encaixará em outra profissão na área de exatas.

Lembre que bons engenheiros acabam quase sempre na função de bons gerentes de projetos, que tem mais a ver com a administração do que com a engenharia que você aprende na graduação, embora você tenha que dominar (e ser muito bom) essas coisas.

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Offline Gigaview

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #53 Online: 03 de Janeiro de 2009, 23:54:06 »
Cinco anos lendo derivadas, cálculo integral, mecânica dos fluidos para ir para reunião-Dilbert ! :)

Não é bem assim. A dificuldade está nas disciplinas básicas, nos 2 primeiros anos. Depois que você pega o jeito da coisa, o resto vem mais fácil. Para quem gosta e tem facilidade isso é um passeio...

Reuniões-Dilbert são inevitáveis em qualquer carreira. As soluções quase sempre são mais políticas do que técnicas.
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Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #54 Online: 03 de Janeiro de 2009, 23:57:14 »
Giga, às vezes eu ouço dizer que um mestrado em Engenharia dificulta mais do que ajuda o profissional a entrar no mercado, isso é mito ou tem um fundo de evdrade?

Offline guicn

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #55 Online: 04 de Janeiro de 2009, 00:20:56 »
Estava conferindo a grade das Eng. e percebi que a minha (elétrica) em algumas faculdades vai até o Calculo II, e em outras até o Cáculo IV e V.

Será meramente nomeclatura e as matérias são de fato ensinadas, mas com outras denominações?

Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #56 Online: 04 de Janeiro de 2009, 00:23:29 »
Estava conferindo a grade das Eng. e percebi que a minha (elétrica) em algumas faculdades vai até o Calculo II, e em outras até o Cáculo IV e V.

Será meramente nomeclatura e as matérias são de fato ensinadas, mas com outras denominações?

É possível, pois cada faculdade dá um nome diferente. Você tem um link para a ementa do curso?

Offline guicn

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #57 Online: 04 de Janeiro de 2009, 00:33:21 »

Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #58 Online: 04 de Janeiro de 2009, 00:51:23 »
Os dois cursos de cálculo da UFRGS são de seis créditos, ou seja, três aulas por semana. Na UFSCar eu tive três cursos de cálculo, mas de 4 créditos, ou seja, duas aulas por semana. Em número de horas-aula, portanto, as duas federais estão empatadas, além disso as ementas são equivalentes.

No caso da PUC-RS, os números de créditos não são divulgados, mas notei que parte do conteúdo de seu Cálculo II é coberto pela disciplina de Equações Diferenciais da UFRGS e que parte de seu Cálculo I é um pré-cálculo. Mais tarde o curso da PUC tem uma matéria "Equações Diferenciais e Transformadas Integrais", que na UFRGS se chama Matemática Aplicada II.

Portanto, sim, os conteúdos são os mesmos, mas as matérias têm nomes diferentes. Na parte da formação básica os dois cursos não podem ser muito diferentes, mas na parte da formação específica pode ser que uma tenha uma ênfase maior em um assunto que a outra, e vice-versa.

Offline Gigaview

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #59 Online: 04 de Janeiro de 2009, 01:05:11 »
Giga, às vezes eu ouço dizer que um mestrado em Engenharia dificulta mais do que ajuda o profissional a entrar no mercado, isso é mito ou tem um fundo de evdrade?

O problema é ir para o mestrado sem nenhuma experiência de prática na profissão. Acabar a faculdade e ir direto para o mestrado acaba formando um profissional teórico demais. Nesse caso, o caminho ideal é o da pesquisa em engenharia. Na PUC-RJ, no meu tempo, havia uma proposta de "engenharia ciêntífica", uma engenharia mais teórica, reforçada com muita física e matemática com o objetivo de formar engenheiros pesquisadores. O caminho natural era o mestrado e o doutorado na sequência da graduação. Ótima carreira para pesquisadores em grandes empresas e universidades ou em consultorias especializadas. Empresas de engenharia convencionais, que lidam com execução de projetos dificilmente investirão num profissional com esse perfil, valorizarão mais os profissionais com experiência prática.

Quando o mestrado for em outra área, por exemplo de uma graduação em engenharia para um mestrado em administração, o processo seletivo dos melhores cursos se encarrega de compensar a falta de experiência profissional com algum outro tipo de talento do candidato. No mestrado em administração na COPPEAD-UFRJ, por exemplo, além da prova os candidatos são submetidos à uma dinâmica de grupo e uma entrevista individual. Na minha turma, dos 50 selecionados, num total de 1.800 inscritos, metade era formada de engenheiros de diversas especialidades.
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Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #60 Online: 04 de Janeiro de 2009, 01:10:20 »
Valeu... é que tenho interesse em um mestrado em Controle de Processos Químicos ou em Biotecnologia, queria saber se tenho opções além da carreira acadêmica. O que me assusta é fazer mestrado, eventualmente também um doutorado, mas depois não conseguir ser efetivado em uma universidade e virar um desempregado hiper-qualificado :medo:

Offline Gigaview

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #61 Online: 04 de Janeiro de 2009, 01:30:57 »
Valeu... é que tenho interesse em um mestrado em Controle de Processos Químicos ou em Biotecnologia, queria saber se tenho opções além da carreira acadêmica. O que me assusta é fazer mestrado, eventualmente também um doutorado, mas depois não conseguir ser efetivado em uma universidade e virar um desempregado hiper-qualificado :medo:

Grandes empresas investem na formação dos funcionários custeando mestrados, inclusive no exterior. Sugiro que você faça uma lista de empresas desse tipo e selecione duas ou três que você considera mais alinhadas ao seu projeto de vida. Busque informações sobre o trabalho nessas empresas identificando pessoas que fazem o que você gostaria de fazer. Entre em contato com elas, pergunte, troque e-mails, faça um network. Suas chances de receber um convite para ingressar na empresa que você gostaria de trabalhar aumentarão drasticamente.
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Offline Barata Tenno

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #62 Online: 04 de Janeiro de 2009, 01:34:11 »
O interessante é que aqui no Japão também saiu uma reportagem falando sobre a diminuição dos estudantes de engenharia...

Achei uma reportagem do NYT

High-Tech Japan Running Out of Engineers
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #63 Online: 04 de Janeiro de 2009, 01:35:21 »
Grandes empresas investem na formação dos funcionários custeando mestrados, inclusive no exterior. Sugiro que você faça uma lista de empresas desse tipo e selecione duas ou três que você considera mais alinhadas ao seu projeto de vida. Busque informações sobre o trabalho nessas empresas identificando pessoas que fazem o que você gostaria de fazer. Entre em contato com elas, pergunte, troque e-mails, faça um network. Suas chances de receber um convite para ingressar na empresa que você gostaria de trabalhar aumentarão drasticamente.

Hmm... Valeu pela dica :ok: Vou procurar me informar, talvez alguns professores possam me indicar empresas com esse perfil também.

Offline FZapp

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #64 Online: 04 de Janeiro de 2009, 07:55:36 »
Cinco anos lendo derivadas, cálculo integral, mecânica dos fluidos para ir para reunião-Dilbert ! :)

Não é bem assim. A dificuldade está nas disciplinas básicas, nos 2 primeiros anos. Depois que você pega o jeito da coisa, o resto vem mais fácil. Para quem gosta e tem facilidade isso é um passeio...

Reuniões-Dilbert são inevitáveis em qualquer carreira. As soluções quase sempre são mais políticas do que técnicas.


É verdade, eu estou sacaneando ! Aliás, eu vou a reuniões-Dilbert, inclusive aquelas reuniões para tentar entender o que o cliente está querendo fazer que o pessoal de vendas não entendeu, e dar um prazo para dizer qual é o prazo para a entrega do projeto (adiado pela sua diretoria, he).
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Offline JJ

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #65 Online: 04 de Janeiro de 2009, 08:39:36 »

Engenheiros de menos
Renato Sabbatini

O ensino de engenharia está em crise. Segundo levantamento recente do Ministério de Ciência em Tecnologia, “todos os anos, cerca de 320 mil estudantes se matriculam em cursos de engenharias no país. Desse total, 34 mil, ou seja, pouco mais de 10%, chegam ao final da graduação.”. O Ministério e as associações vinculadas ao ensino de engenharia querem achar uma explicação, e propor remédios. Mas não é preciso “queimar muito fosfato” para saber quais são essas causas.

1. O curso é considerado muito difícil e longo pelos alunos, até mesmo em universidades de ponta, como a UNICAMP, onde desistências médias de 20% nas engenharias são verificadas. Cursos “difíceis” são cada vez mais evitados pelos alunos brasileiros, que acorrem em massa a cursos considerados mais fáceis e mais curtos, como humanas e biológicas.

2. A base matemática dos alunos que chegam do ensino médio é cada vez mais precária. Infelizmente muitos alunos não sabem que engenharia é um curso de matemática aplicada, basicamente. Mesmo os bons alunos de matemática são derrubados por Cálculo I e II, já no primeiro ano.

3. O problema é agravado pelas escolas particulares de engenharia, que estão baixando cada vez os níveis de exigência dos vestibulares, no afã de preencher vagas ociosas (se você souber somar 2 mais 2 sem errar, passa tranqüilo em muitos cursos de engenharia), e recebendo alunos sem a menor condição de fazer o curso. Soube de inúmeros casos de ex-pedreiros que fizeram o supletivo e entraram em engenharia, iludindo-se, ou sendo iludidos, que um dia serão engenheiros. Não é à toa que a desistência é fenomenal.

4. A oferta de emprego e os salários iniciais em engenharia são francamente patéticos, para valer a pena enfrentar 5 a 6 anos de estudo difícil. Um engenheiro recém formado ganha 1.500 reais, mesmo com as empresas reclamando que não acham gente talentosa. Porque não tornam os salários mais atrativos, então? 



Então, em termos efetivos não está faltando engenheiros ( potencialmente falta, e muito,  pois o Brasil é sub-industrializado, mas com a manutenção de uma política econômica  estúpida, que sobe os já altos juros logo que a capacidade da indústria se aproxima do máximo, jamais teremos uma forte e efetiva expansão da capacidade industrial, e portanto jamais teremos muita necessidade de muitos engenheiros).

A política vagabunda que nós temos (que dá prioridade ao mercado financeiro) é: para que fabricar se (pensamos) que podemos importar ?? Vamos exportar  banana, vaca e boi, soja, óleo de soja e comprar chips e sermos felizes.   :hihi:

Então para que engenheiros ??

Vamos ter apenas produtores rurais dependentes de São Pedro e da bolsa de Chicago, comerciantes e profissionais do mercado financeiro !  Afinal de contas para que um país pequenininho  de apenas de 8,5 milhões de km ² e com uma mínima população de 184.000.000  precisa de indústrias ?????  Besteira, eu quero é  comprar produtos industriais do Japão, Alemanha  e  China !   :hihi:



Um reitor de uma das maiores universidades particulares brasileiras queixou-se comigo que, apesar de fazer enormes investimentos na infraestrutura dos seus cursos de engenharia e na qualificação dos professores, eles continuam tirando nota 1 (a pior) nos exames de avaliação do MEC. 



Cabe questionar se as avaliações do MEC avaliam o que efetivamente será utilizado na vida profissional.

Será que o que é avaliado é realmente utilizado ??  :?: :?:



Diz não entender o por quê. Realmente, não são essas duas medidas que vão diminuir a evasão dos cursos de engenharia, se os alunos ingressantes continuarem sendo intelectualmente despreparados   


Mais um belo motivo para  parar de impor  matérias obrigatórias no EM,  que não interessam para vida  profissional  de um engenheiro !


Do EM, o potencial engenheiro precisa saber português  (ler , escrever, interpretar textos) , matemática ( e mesmo assim a aplicada, não  baboseiras teóricas que jamais serão utilizadas)  e física que vá utilizar na respectiva área.

Quem gosta da área de  engenharia  não  deveria ser obrigado a perder tempo com  Biologia ,
Literatura,  História,   Geografia , Língua estrangeira  (praticamente ninguém aprende, pra valer,  inglês  no EM).

Deveria se  focar   em Português, Matemática e Física .



e sem vocação. 

Isto já é questão para psicólogos  da área de educação !




Ai cria-se um curso vicioso para as instituições de ensino superior privado:

Seleção mais rigorosa dos alunos -> classes menores –> maiores valores de mensalidades –> menos alunos inscritos

Isso leva à inviabilidade financeira da maioria dos cursos de engenharia, sem contar os gastos maiores por conta da necessidade de laboratórios e bons professores.

Conclusão: o ensino de engenharia no Brasil deve ser bancado pelas universidades públicas, gratuitas e de qualidade.
Alguém duvida?   


Eu duvido !

Esse cara parece sugerir que se deve  adotar  o monopólio de ensino de engenharia para as IES públicas.   Sou totalmente contrário  a monopólio estatal , seja em que área for !

As IES privadas  devem ter liberdade para oferecerem o curso que quiserem , resguardados os direitos dos alunos.

Uma parte da solução é fazer um bom  EM  focado no que interessa  ! 




O Brasil jamais será um pais avançado tecnologicamente e competitivo mundialmente se não tiver engenheiros de alta qualidade e em número suficiente. Realmente é preocupante…

Se não tiver um política econômica adequada o Brasil jamais precisará de muitos engenheiros !

Vamos  tratar  de  plantar soja, café  e criar  porco, boi; e então aplicar os rendimentos em Títulos do Tesouro Nacional via mercado financeiro ou Tesouro Direto, e completando vamos comprar mercadorias industrializadas importadas  e parar de sonhar com industrialização  !   Ora  bolas !





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« Última modificação: 04 de Janeiro de 2009, 15:06:08 por Helder »

Offline Andre

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #66 Online: 04 de Janeiro de 2009, 09:07:09 »
Estranho, aqui em Blumenau eu ouço falar de engenheiros que saíram da faculdade e estão recebendo ótimos salários já no primeiro emprego...
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline Luis Dantas

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #67 Online: 04 de Janeiro de 2009, 12:26:42 »
Santa Catarina, salvo engano meu, tem uma atividade industrial em expansão.  O que não é comum no país como um todo.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Andre

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #68 Online: 04 de Janeiro de 2009, 12:49:13 »
Foi o que eu imaginei... Só espero que ainda esteja assim quando eu me formar.
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline Gaúcho

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #69 Online: 04 de Janeiro de 2009, 12:52:27 »
E pensar que SC tem até indústria! Pensava que era só praia para os gaúchos aproveitarem no verão  :hihi:
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #70 Online: 04 de Janeiro de 2009, 15:39:38 »
Quem gosta da área de  engenharia  não  deveria ser obrigado a perder tempo com  Biologia...


Eu uso bastante Biologia! E Química, claro, que você nem citou <_<
E, aliás, como temos umas matérias de humanas na grade, até História e Geografia eu já usei na faculdade.

Vamos  tratar  de  plantar soja, café  e criar  porco, boi; e então aplicar os rendimentos em Títulos do Tesouro Nacional via mercado financeiro ou Tesouro Direto, e completando vamos comprar mercadorias industrializadas importadas  e parar de sonhar com industrialização  !   Ora  bolas !

Pior é que até para isso se precisa de engenheiros. Sem dúvida de que o agronegócio é importantíssimo para a economia brasielira, mas para ser competitivo ele precisa de engenheiros agrônomos, engenheiros químicos, engenheiros mecânicos, engenheiros civis, engenheiros ambientais...
« Última modificação: 04 de Janeiro de 2009, 15:44:23 por uiliníli »

Offline JJ

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #71 Online: 04 de Janeiro de 2009, 21:02:06 »
Quem gosta da área de  engenharia  não  deveria ser obrigado a perder tempo com  Biologia...


Eu uso bastante Biologia! E Química, claro, que você nem citou <_<
E, aliás, como temos umas matérias de humanas na grade, até História e Geografia eu já usei na faculdade.


Você faz Engenharia Química ??

Você considera que se não tivesse visto Biologia (e História e Geografia)  no EM isso teria impedido você de fazer  engenharia ?

Engenharia Mecânica, Civil e Elétrica, Aeronáutica, Naval  não precisam da Biologia vista no EM. Pode ocorrer alguns conhecimentos específicos que envolvem Biologia de modo bem específico, como a ergonomia, mas tais conhecimentos específicos não são vistos  no EM e nem precisam ser para que uma pessoa opte e curse essas engenharias !


E mesmo para para quem vai cursar engenharia que use Biologia, como a de Alimentos, a Ambiental, a Florestal e Agronômica ( considerada a prima pobre das engenharias), não é de modo algum essencial que se veja tais coisas no EM de modo obrigatório. No caso de quem fosse cursar tais engenharias,  a Biologia poderia ser oferecida com opcional no EM . Mas não seria imprescindível.


Vamos  tratar  de  plantar soja, café  e criar  porco, boi; e então aplicar os rendimentos em Títulos do Tesouro Nacional via mercado financeiro ou Tesouro Direto, e completando vamos comprar mercadorias industrializadas importadas  e parar de sonhar com industrialização  !   Ora  bolas !
Pior é que até para isso se precisa de engenheiros. Sem dúvida de que o agronegócio é importantíssimo para a economia brasielira, mas para ser competitivo ele precisa de engenheiros agrônomos, engenheiros químicos, engenheiros mecânicos, engenheiros civis, engenheiros ambientais...


Quando me referi  a necessidade de engenheiros eu me referi a uma necessidade de grande amplitude como a necessidade dos países altamente industrializados.  É claro que o Brasil  tem necessidade efetiva de engenheiros , mas não na mesma medida que, por exemplo, o Japão, A Coréia do Sul, a China , a Alemanha. Potencialmente existe uma enorme necessidade de engenheiros no Brasil , mas em termos efetivos do mercado atual, essa necessidade não é muito grande.




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Offline joel

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #72 Online: 04 de Janeiro de 2009, 21:40:45 »
Amigos, com respeito à engenharia em 1998 foi criada uma portaria de n 3523   para que todas
as empresas de ar condicionado contratassem engenheiro mecânico. Conclusão:- Minha empresa
contratou outras não e até o momento depois de 10 anos estou pagando e nenhum papel teve
que ser assinado pelo engenheiro. OK

Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #73 Online: 04 de Janeiro de 2009, 21:54:02 »
Você faz Engenharia Química ??

Positivo!

Citar
Você considera que se não tivesse visto Biologia (e História e Geografia)  no EM isso teria impedido você de fazer  engenharia ?

Não teria me impedido de fazer Engenharia. Mas talvez hoje eu fosse Criacionista e achasse que o que transmite doenças são espíritos malignos.

Citar
Engenharia Mecânica, Civil e Elétrica, Aeronáutica, Naval  não precisam da Biologia vista no EM. Pode ocorrer alguns conhecimentos específicos que envolvem Biologia de modo bem específico, como a ergonomia, mas tais conhecimentos específicos não são vistos  no EM e nem precisam ser para que uma pessoa opte e curse essas engenharias !


E mesmo para para quem vai cursar engenharia que use Biologia, como a de Alimentos, a Ambiental, a Florestal e Agronômica ( considerada a prima pobre das engenharias), não é de modo algum essencial que se veja tais coisas no EM de modo obrigatório. No caso de quem fosse cursar tais engenharias,  a Biologia poderia ser oferecida com opcional no EM . Mas não seria imprescindível.

Duas coisinhas: primeiro é que nem sempre as pessoas que estão cursando o EM sabem com tanta certeza o que querem fazer na faculdade. Tenho um colega que após um ano de engenharia mudou para a medicina e outro que após três anos de direito mudou para engenharia. E eles não são casos isolados, isso acontece com bastante gente. Se o EM fosse como você sugeriu e as pessoas só vissem disciplinas de uma área, quem mudasse de idéia mais para frente ia ter que fazer o EM de novo.

Além disso, continuando a resposta que dei alguns parágrafos acima, é importante que as pessoas tenham um conhecimento razoável do mundo em que vivem. Uma democracia com pessoas mal informadas - e mal formadas - é um perigo! Se não, imagine só, teríamos um desembargador se endividando porque não tem a menor noção de como funciona o sistema de juros e que se atrapalha com dinheiro, já que não sabe nada de matemática, mas que tem conseguido economizar um pouco desde que trocou o plano de saúde por terapias com cristais e florais de Bach, que estão muito mais em conta. Do outro lado teríamos um PhD em física votando no recém-criado Partido Nacional-Socialista Brasileiro, pois achou geniais aqueles panfletos que uns alunos carecas que usavam um bottom de uma cruz engraçada (ele não sabe que o nome dela é suástica) entregaram para ele, eles diziam algo do tipo "os negros devem ser castrados para evitar que a miscigenação acabe com a pureza da raça ariana".

Enfim, é importante ter uma base de conhecimentos gerais boa para entendermos o mundo e tomarmos as melhores decisões para nós, tanto individualmente quanto como nação. Tudo bem que talvez ter que decorar o que é xilema e o que é floema talvez seja um pouco demais, mas não podemos simplesmente dispensar as pessoas de se educarem.

Quando me referi  a necessidade de engenheiros eu me referi a uma necessidade de grande amplitude como a necessidade dos países altamente industrializados.  É claro que o Brasil  tem necessidade efetiva de engenheiros , mas não na mesma medida que, por exemplo, o Japão, A Coréia do Sul, a China , a Alemanha. Potencialmente existe uma enorme necessidade de engenheiros no Brasil , mas em termos efetivos do mercado atual, essa necessidade não é muito grande.

Eu li que a recomendação da OCDE é que um país em desenvolvimento tenha 25 engenheiros por cada 100 000 habitantes, não me lembro quantos o Brasil tinha, mas era muito abaixo desse limiar. E estamos perdendo feio para os outros BRICs.

Enfim, se quisermos nos contentar em ser um paísinho chulé para sempre, não precisamos mesmo de muito mais engenheiros do que já temos. Mas se quisermos nos desenvolver, mesmo que explorando a nossa vocação agrária somente, precisamos de mais engenheiros, técnicos e cientistas.

Offline uiliníli

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Re: Engenheiros de menos
« Resposta #74 Online: 04 de Janeiro de 2009, 21:55:09 »
Amigos, com respeito à engenharia em 1998 foi criada uma portaria de n 3523   para que todas
as empresas de ar condicionado contratassem engenheiro mecânico. Conclusão:- Minha empresa
contratou outras não e até o momento depois de 10 anos estou pagando e nenhum papel teve
que ser assinado pelo engenheiro. OK

É o que dá o Estado querer criar uma demanda artificialmente...

 

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