A parte lógica da minha mente me diz (gritando) que não existem fantasmas. Sou atéia e não acredito que exista uma alma como algo que possa ser separada de seu corpo (alma seria a tua personalidade, o que te faz ser você e ninguém mais). Mas adooooro histórias de fanstasmas e fenômenos sobrenaturais (Amo Stephen King, por exemplo) e sempre sinto aquele frio na espinha, mesmo sabendo não ser possível existir tais coisas. Eu não sei porque isso acontece, eu não deveria sentir medo se não acredito.
Não sou diferente de voce, quando vou ver um filme/livro do tema "desligo" um pouco o ceticismo e mergulho no clima, na imaginação. É como um filme de ação com o moçinho que derruba todos os inimigos com uma pistola enquanto foge incólume de várias metralhadoras... Se voce analizar, não cola, mas é divertido!! Claro que em uma situação real impera o ceticismo para mim.
Para você ver como são as coincidências. Sou da época em que fora lançado o "Exorcista" - o filme. Sempre fui desassombrada, desde criança. Nessa época, para ter uma ideia, o povo dizia haver, na mata, uma entidade chamada, popularmente, pelo nome de "Comadre Florzinha". Supostamente, seria uma entidade do sexo feminino, com cabelos compridos ao ponto de arrastá-los pelo chão. Diziam que essa tal entidade tinha o curioso hábito de fazer nós nos pêlos dos animais, como: na crina ou cauda de um cavalo, por exemplo. (Que entidade mais sacana! - Pensei eu -

). Falava-se, também, que, se alguém falasse palavrões, no meio da mata, ela aparecia e dava uma surra, com seus cabelos, no sujeito insolente. Poxa, eu intrigada com essa estória do povo, me enveredava mata a dentro e ficava falando palavrões cada vez piores... Mas a única surra que levei foi do meu pai, devido ao hábito adquirido por tal prática, uá!

Mas enfim, voltando ao Exorcista, eu o assisti e não tive a menor sensação de medo. Nem um calafriozinho sequer. Só que, como disse, o acaso nos reserva surpresas. Então, na noite referente a esse dia em que assisti ao Exorcista, eu acordei com a minha cama sacudindo para todos os lados. Putz, fiquei desesperada!!

Fiz xixi na cama, de tanto medo que senti.

Veio logo a ideia do filme na mente, rezei tudo que era oração que se podia imaginar, principalmente a do "Anjo da Guarda". Foi quando o balançado cessou, e fiquei sabendo, mais tarde, que havia sido um tremor de terra, coisa que nunca havia ocorrido naquela região.

Mas não, filmes de terror, por si só, não promovem sensação alguma minha. Tenho total desinteresse pelo gênero. A fantasia deve possuir, pelo menos, uma tênue relação com a realidade, para que me pareça interessante.
