concordo,
o cetico realmente deve duvidar, entretando existem limites para as duvidas, por exemplo, nao tenho certeza nem se a estatua da liberdade existe mesmo, nunca fui la e vi, e mesmo se tivesse visto, aquilo poderia ser uma alucinação da minha mente. Portanto na logica criada por você, nao se pode dar certeza de que aquilo não é um fantasma, assim como não se pode ter certeza da existencia da estatua da liberdade. Ate ai concordo.
entretanto se voce afirmar que existe uma possibilidade em tudo, tera que excluir a palavra certeza do seu vocebulario. Mas existem certezas no mundo, como a certeza de que a terra é redonda, a certeza de que existem outros planetas, a certeza de que existe mar, a certeza de que FANTASMAS NAO EXISTEM....
Que, rigorosamente, não existe certeza 100% segura é verdade. Existem níveis de certeza, o grau de certeza de que a Estátua da Liberdade existe é bem maior que o da existência de fantasmas, nesse ponto você está certo. Agora, a certeza de que fantasmas não existem não tão certa quanto todas as nossas certezas aparentemente óbvias, como a de que estamos conversando pela internet. Cabe perguntar: as alegações sobre fantasmas existem? São confiáveis? são verificáveis? É possivel provar que são falsas? Analizando tudo isso podemos emitir um juízo racional, e mesmo assim será um juízo provisório, que só vai durar até que novas informações sejam conseguidas.
estou lendo um livro de carl sagan, chamado "o mundo assombrado pelos demonios"
nele o autor diz que "a ausencia de evidencias não é evidencia da ausencia", uma frase muito boa, e que vale para muitas coisas, entretanto não se pode exagerar, e obvio que existem situações em que a ausencia de evidencias é evidencia da ausencia, a questão dos fantasmas é uma, a situação do meu quarto é outra, onde tenho certeza que so tem eu
Acho que é bom você reler essa parte do livro

Quando o Sagan diz isso, ele está estendendo sim sua aplicabilidade até mesmo para coisas como fantasmas. Ser cético não é dizer que fantasmas não existem e pronto, é analizar criticamente a situação, verificar se existem provas, se essas provas são reprodutíveis, e então concluir que "não existem evidências conclusivas a respeito da existência de fantasmas; até que apareçam evidências mais fortes, me reservo ao direito de duvidar seriamente de sua existência."