Autor Tópico: desarmamento: está tendo efeito?  (Lida 7060 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #25 Online: 13 de Julho de 2005, 15:06:15 »
Voltando a um assunto chato, recebi esse email, que tem algumas coisas mais e outras menos irrelevantes na questão.

Nem li tudo ainda, mas vou postar mesmo assim para o caso de alguém já querer ir fatiando e classificando as falácias ou verificando as informações....

Negritei algo que achei mais importante e merece ser verificado

Citar
Em 1911, a Turquia desarmou a população ordeira. De 1915 a 1917, um milhão e
meio de armênios, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e
exterminados.

Em 1929, a União Soviética desarmou a população ordeira. De 1929 a 1953,
cerca de 20 milhões de dissidentes, mpossibilitados de se defenderem, foram
caçados e exterminados.

Em 1935, a China desarmou a população ordeira. De 1948 a 1952, 20 milhões de
dissidentes políticos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e
exterminados.

Em 1938, a Alemanha desarmou a população ordeira. De 1939 a 1935, 13 milhões
de  judeus e outros "não arianos", impossibilitados de se defenderem, foram
caçados e exterminados.

Em 1956, o Camboja desarmou a população ordeira. De 1975 a 1977, um milhão
de pessoas "instruídas", impossibilitadas de se defenderem, foram caçadas e
exterminados.

Em 1964, a Guatemala desarmou a população ordeira. De 11964 a 1981, 100.000
índios maias, impossibilitados de se efenderem, foram caçados e
exterminados.

Em 1970, a Uganda desarmou a população ordeira. De 1971 a 1979, 300.00
cristãos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.

Entre 16 e 18 de setembro de 1982, cerca de 1.500 civis palestinos e
libaneses desarmados foram assassinados nos campos de refugiados de Sabra e
Chatila pelas milícias cristãs libanesas - com o consentimento do general
Ariel Sharon, então chefe das forças israelenses que ocupavam a capital do
Líbano.

Em julho de 1995, homens e garotos muçulmanos foram separados de suas
famílias por servo-bósnios e levados embora para morrer. Presume-se que, no
total, 8.000 muçulmanos tenham sido mortos pelos sérvios a sangue-frio ou
quando tentavam escapar de Srebrenica depois de as forças nacionalistas da
Sérvia terem invadido o local, declarado uma "zona de segurança" pela ONU.
Os muçulmanos assassinados estavam todos desarmados e não puderam oferecer
resistência.

Pessoas indefesas caçadas e exterminadas nos países acima, no século XX,
após o desarmamento: 56 milhões.

Há doze meses o governo da Austrália editou uma lei obrigando os
proprietários de armas a entregá-las para destruição. 640.381 armas foram
entregues e destruídas, num programa que custou aos contribuintes mais de
US$ 500 milhões.

Os resultados, no primeiro ano, foram os seguintes: Os homicídios subiram
3.2 %, as agressões 8.6%, os assaltos a mão armada 44%. Somente no estado de
Victória, os homicídios subiram 300%. Houve ainda um dramático aumento no
número de invasões de residências e agressões a idosos. Os políticos
australianos estão perdidos, sem saber como explicar aos eleitores a
deterioração da segurança pública, após os esforços e gastos monumentais
destinados a "livrar das armas a sociedade australiana".

Naturalmente, a população ordeira entregou suas armas, enquanto os
criminosos ignoraram essa lei, como já ignoravam as demais.

O mesmo está acontecendo no Reino Unido. País tradicionalmente tranqüilo,
onde até a polícia andava desarmada, adotou o desarmamento da população
ordeira. Pesquisa realizada pelo Instituto Inter-regional de Estudos de
Crime e Justiça das Nações Unidas revela que Londres hoje é considerada a
capital do crime na Europa. Os índices de crimes a mão armada na Inglaterra
e no País de Gales cresceram 35% logo no primeiro ano após o desarmamento.

Segundo o governo, houve 9.974 crimes envolvendo armas entre abril de 2001 e
abril de 2002. No ano anterior, haviam sido 7.362 casos. Os assassinatos com
armas de fogo registraram aumento de 32%. A polícia já está armada. Nos
estados Unidos, onde a decisão de permitir o porte de armas é adotada
independentemente por cada estado, todos os estados com leis liberais quanto
ao porte de armas pela população ordeira têm índices de crimes violentos
muito inferiores à média nacional, enquanto os estados com maiores
restrições ostentam índices de crimes violentos expressivamente superiores à
média nacional. Washington, onde a proibição  é total, é a cidade mais
violenta dos EUA.

Talvez você não veja as informações acima publicadas na imprensa. Com raras
e honrosas exceções, a imprensa está fechada com as ONGs internacionais que
pregam o desarmamento, por mais perigoso e ineficaz que ele seja. Só não se
sabe com quais propósitos.

Armas em poder da população ordeira e responsável salvam vidas e defendem
propriedades. Leis de desarmamento afetam somente a população ordeira e dão
tranquilidade aos criminosos. Em 2003, com a aprovação do absurdo estatuto
do desarmamento, o Brasil iniciou o processo de desarmar a população
ordeira. Salvo engano, isso quer dizer: VOCÊ. E se você não lutar contra
isso, você e sua família poderão ser as próximas vítimas indefesas.

Com armas, somos cidadãos. Sem armas, somos súditos. Quem desarma a vítima
fortalece o agressor. Na hora do perigo, será que a polícia vai estar lá?
Chamar a polícia pode levar alguns segundos, esperar por ela pode levar o
resto da sua vida. Não tenha dúvidas: ma arma na mão é melhor que um
policial ao telefone.

O Brasil tem mania de andar na contra-mão da história. E aqueles que tomam
as decisões em nome do povo, estão confortavelmente protegidos pelo aparato
de segurança do Estado, circulando em carros blindados, cercados de
seguranças, tudo pago como o nosso dinheiro. A única coisa que temem é o uso
conscencioso do voto. Do nosso voto.

Não atire para matar. Atire para ficar vivo. Os criminosos desse país já
estão comemorando o desarmamento das vítimas. O estatuto do desarmamento é a
única lei que eles apoiam, pois torna a atividade dos mesmos muito mais
segura.

Quem não luta por seus direitos, não tem direitos. No referendo de
outubro/2005, que pretende extinguir seu legítimo direito de defesa, vote
NÃO! O desarmamento dos homens de bem só interessa aos marginais.


----------------------------- FIM DO PRIMEIRO TEXTO

Caros Srs,

Ainda sobre a reportagem "Os prós e os contras da liberação das armas"
veiculada em 10/07/2005 envio este texto com diversos fatos que podem ajudar

a elucidar certas idéias errôneas e erradicar certos mitos.

Cordialmente

Luís Felipe Barbosa Moreira

A SUÍÇA E SUAS ARMAS

Uma velha anedota suíça reza que o príncipe alemão Wilhelm Hohenzollern
certa vez, quando em visita a Suíça, foi convidado a assistir um dos
inúmeros treinamentos militares a que os cidadãos desse país são submetidos.

A um dado momento perguntou ao comandante do exercício: Quantos homens em
armas você possue? Foi-lhe respondido: Um milhão. O príncipe, posteriormente

Kaiser da Alemanha, então indagou: O que você faria se cinco milhões de meus

soldados cruzassem sua fronteira amanhã? Ao que o comandante suíço replicou:

Cada um de meus homens daria cinco tiros e iria para casa!

No debate sobre o direito a posse e uso de armas, aqueles favoráveis apontam

para a Suíça onde a quase todo adulto do sexo masculino é legalmente
permitido a posse de armas de fogo. Uma das poucas nações com taxa per
capita de armas mais alta do que os Estados Unidos, a Suíça praticamente não

ostenta crimes com armas de fogo. Assim sendo, argumentam os que são a
favor, o controle governamental de armas não é necessário.

Contudo, os que são contrários , apontam a Suíça como uma das nações
desenvolvidas que apresentam controle mais rigoroso sobre armas. Afirmam que

todas as armas são registradas e que a compra de armas curtas requer
inspeção prévia e uma licença. Crimes com armas de fogo realmente são
inexistentes na Suíça, portanto, concluem, é necessário um rigoroso controle

sobre as armas.

Quem está certo? Como sempre os anti-armas estão errados, mas isso não torna

o grupo favorável necessariamente certo. A posse de armas na Suíça desafia
as simplificações e os chavões dos debates alhures.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Tal como os EUA, a Suíça ganhou sua independência através de uma guerra
revolucionária feita por cidadãos armados. Em 1291, alguns cantões iniciaram

uma guerra de libertação nacional contra o império Habsburgo da Áustria. Na
lenda, a revolução foi precipitada por Guilherme Tell, embora não hajam
provas definitivas sobre sua real existência.

Ao longo do século seguinte a milícia suíça libertou a maior parte do pais
dos austríacos. Os cidadãos que constituíam a milícia usavam as mais
poderosas armas daqueles tempos: espadas e flechas. Para a vitória suíça foi

crucial a motivação das suas tropas de voluntários.

Desde os primeiros anos da independência os suíços foram obrigados a portar
armas. Depois de 1515, a Suíça adotou uma política de neutralidade armada.
Pelos quatro séculos seguintes grandes impérios europeus surgiram e cairam,
levando consigo muitos países mais fracos. A Rússia e a França chegaram a
invadir seu território, e os Habsburgos, e posteriormente o Império
Austro-Húngaro, foram uma constante ameaça.

Mas a Suíça quase sempre manteve sua independência. A política suíça era
"prevenção da guerra através da determinação em se defender".

Durante a 1ª Guerra Mundial, tanto a França como a Alemanha consideraram a
hipótese de invadir o território suíço para atacar o flanco do outro. Na 2ª
Guerra Mundial, Hitler queria as reserva suíças de ouro e precisava de
comunicação e trânsito livres pelo país para abastecer as forças do Eixo no
Mediterrâneo. Porém, quando os estrategistas militares viram os cidadãos bem

armados, a terra montanhosa e as fortificações civis de defesa, a Suíça
deixou de ser um alvo atraente para invasões. Enquanto duas guerras mundiais

devastavam cidades e países, a Suíça gozava de uma paz segura.

Na Suíça, a Confederação Helvética evoluiu para um governo central fraco
deixando muita autoridade nas mãos dos cantões ou níveis mais baixos de
governo. A tradição de autonomia local ajudou a deixar a Suíça livre das
violentas guerras civis entre católicos e protestantes que devastaram a
Alemanha, França e Inglaterra. Em 1847/48 os liberais de toda Europa
revoltaram-se contra os governos aristocráticos. Eles foram bem sucedidos
apenas na Suíça, controlando a nação inteira após um breve conflito chamado
de Guerra de Sonderbrund (as baixas foram apenas 128). Os direitos civis
foram firmemente garantidos e todos os vestígios de feudalismo banidos.

Apesar da esperança dos reformadores alemães, o povo suíço não mandou seus
soldados para a Alemanha em 1848 a fim de apoiar a revolução popular. Após a

derrota da revolução germânica, a aristocrática Prússia pensou em invadir a
Suíça, porém concluiu que a tarefa era impossível. Como um historiador
resume: "A Suíça foi criada em meio a batalhas, alcançou sua dimensão atual
através de conquistas e, depois disso, defendeu sua existência através da
neutralidade armada. A experiência da historia suíça fez a independência
nacional e o poder realmente sinônimos de cidadãos armados".

O EXÉRCITO DO POVO

Atualmente, o serviço militar para os homens suíços é universal. Por volta
dos 20 anos de idade, todo o cidadão passa por 118 dias consecutivos de
treinamento no "Rekrutenschule." Esse treinamento pode ser o primeiro
encontro de um jovem com seus compatriotas que falam diferentes línguas (a
Suíça tem 4 línguas oficiais: o alemão, o francês, o italiano e o romanche).

Antes mesmo do serviço militar obrigatório começar, rapazes e moças podem
ter cursos opcionais com o fuzil de assalto Stgw. 90 (SIG 550) do exército
suíço. Eles ficam de posse da arma por 3 meses e recebem 6 sessões de 6
horas de treinamento. Dos 21 aos 32 anos de idade, o cidadão suíço constitue

a linha de frente do exército, o "Auszug", e dispende 3 semanas do ano (em 8

dos 12 anos) para continuar o treinamento. Dos 33 aos 42 anos, ele serve no
"Landwehr" (que é a Guarda Nacional); a cada poucos anos, ele se apresenta
para treinamento de 2 semanas. Finalmente, dos 43 aos 50 anos, ele serve na
"Landsturm"; neste período, ele só passa um total de 13 dias em cursos
militares .

Durante a carreira de soldado, o cidadão também passa por dias de inspeção
obrigatória de equipamentos e pratica de tiro ao alvo. Assim, em uma
carreira militar obrigatória de 30 anos, o suíço gasta apenas 1 ano no
serviço militar direto. Após a baixa do exército regular os homens ficam na
reserva até a idade de 50 anos (55 para oficiais).

Pela Constituição Federal de 1847, aos membros do serviço militar são dados
equipamentos, armas e roupas. Depois do 1º período de treinamento os
recrutas devem guardar as armas, a munição e os equipamentos "am ihrem Woh
nort" (em suas casas) até o termino do serviço.

Hoje em dia aos alistados são distribuídos fuzis automaticos Stgw.90 e, aos
oficiais, pistolas. A cada reservista são entregues 24 cartuchos de munição
em embrulhos selados para o uso em emergências. (Ao contrario do que dizem
os anti-armas, está munição de emergência é a única pela qual o reservista
tem de prestar contas).

AS ARMAS DO POVO

Depois da dispensa militar, ao ex-reservista é dado um fuzil de repetição
sem registro ou outras obrigações. A partir de 1994, o governo passou a dar
fuzis automáticos aos ex-reservistas também. Os oficiais também recebem suas

pistolas ao final do serviço.

Quando o exército adota um novo fuzil de infantaria, os velhos são vendidos
a população a preços subsidiados. Os reservistas são encorajados a comprar
munição militar (7,5 e 5,6mm - 5,56mm nos outros paises - para fuzis, e 9mm
e 7,65mm Luger para pistolas) que é vendida a preço de custo pelo governo
objetivando a prática do tiro ao alvo. A munição não-militar para armas
longas e a munição .22 LR não são subsidiadas, porém não possuem qualquer
controle de vendas. As munições não-militares para armas curtas mais
poderosas do que o .22LR (como a .38 Spl) são registrada no momento da
venda.

A munição militar suíça deve ser registrada se comprada em loja particular,
mas não precisa de registro se for adquirida num estande militar. Os 3000
estandes oficiais de tiro da Suíça vendem a maioria absoluta de toda
munição. Tecnicamente, a munição comprada no estande deve ser consumida no
local, mas a lei é muito pouco conhecida e quase nunca observada.

O exército vende regularmente uma variedade de metralhadoras,
submetralhadoras, armas anti-tanques, canhões antiaéreos, morteiros e
canhões. Os compradores dessas armas precisam obter uma licença cantonal, o
que é feito facilmente, e as armas precisam ser registradas.

Em uma nação de 6 milhões de pessoas, existem pelo menos 2 milhões de armas,

incluindo 600.000 fuzis totalmente automáticos, 500.000 pistolas e numerosas

metralhadoras. Praticamente em todo lar há uma arma. Além das armas
militares subsidiadas, o suíço também pode comprar outras armas facilmente.
Enquanto as armas longas não precisam de procedimentos especiais de compra,
as armas curtas são vendidas somente para aqueles com um waffener
werbsschein (certificado de compra) emitido por uma autoridade do cantão. O
certificado é emitido sem problemas para todo requerente maior de 18 anos
que não seja criminoso ou deficiente mental. Não existem restrições para o
transporte de armas longas. Cerca da metade dos cantões tem rígidos
procedimentos para a concessão do porte de armas curtas, e a outra metade
simplesmente não tem regulamento algum. Não há diferença perceptível na taxa

de criminalidade entre os cantões como conseqüência das diferentes políticas

de porte de arma. Graças a uma ação movida por grupos suíços pró-armas,
fuzis semi-automáticos não necessitam de permissão de compra e não são
registrados pelo governo. Assim, as únicas armas longas registradas são as
totalmente automáticas (metralhadoras)(três cantões exigem que os
colecionadores que possuam mais de 10 armas automáticas sejam registrados).
As vendas de armas de uma pessoa para outra são controladas em 5 cantões e
completamente livres em todo o resto. Comerciantes de armas no varejo devem
manter registro de suas vendas, mas as transações não são apresentadas ou
cobradas pelo governo. Na Suíça, as vendas de armas longas e de carabinas de

pequeno calibre não são nem mesmo lembradas pelos negociantes.

MOBILIZAÇÃO

Se algum dia uma nação teve uma milícia bem preparada, este pais é a Suíça.
O economista do século XIX, Adam Smith, achava que a Suíça era o único lugar

onde todas as pessoas haviam sido treinadas com sucesso em tarefas
militares. Na realidade, a milícia é virtualmente sinônimo de nação. "O
suíço não tem um exército: eles são o exército", diz uma publicação do
governo. Completamente mobilizado, o exército suíço apresenta 15,2 homens
por quilometro quadrado; em contraste, os EUA e a Rússia tem apenas 0,2
soldados por Km2. A Suíça é 76 vezes mais densa em soldados do qualquer
outra super potência. Realmente, somente Israel tem mais exército por Km2.

A Suíça é também a única nação do ocidente que tem abrigos completamente
fornidos de comida e suprimentos para um ano para todos os seus cidadãos em
caso de guerra. Os bancos e os supermercados subsidiam em muito esta
estocagem. Os bancos também tem planos para deslocar seu ouro para o centro
montanhoso da Suíça no caso de invasão. A nação está pronta para se
mobilizar rapidamente. Disse um soldado suíço: "se nós começarmos pela
manhã, estaremos mobilizados pelo final da tarde. Isso porque a arma está em

casa, a munição está em casa. Todos os jovens tem metralhadoras. Eles estão
prontos para lutar". Os cidadãos-soldados, em seu caminho para os pontos de
mobilização, podem fazer parar os automóveis que estiverem passando e
ordenar seu transporte.

DEMOCRACIA

Desde 1291, quando as assembléias se reuniam em círculos nas praças das
vilas, e somente os homens portando espadas podiam votar, as armas tem sido
a marca da cidadania suíça. Como um porta voz do Departamento Militar
disse," é uma velha tradição suíça que somente um homem armado tem direitos
políticos". Essa política é baseada no entendimento de que somente àqueles
que assumem a obrigação de manter o pais livre é permitido gozar
completamente dos benefícios da liberdade. Em 1977, o movimento INICIATIVA
MUNCHENSTEIN propôs permitir aos cidadãos a escolha do trabalho social, ou
em hospitais, como alternativa ao serviço militar. A proposição foi
rejeitada nas urnas e nas 2 casas do parlamento (o "Bundesversammlung's
Nationalrat" e o "Standerat"). Existe previsão legal para objetores de
consciência, mas esse grupo é de apenas 0,2% dos convocados.

RELACIONAMENTO COM OS VIZINHOS

Em 1978, a Suíça recusou-se a ratificar uma decisão do Conselho da Europa
sobre controle de armas de fogo. Desde então, a Suíça tem sofrido pressões
por parte dos outros governos europeus, que a acusam de ser uma fonte de
armas para terroristas. Como resultado, em 1982, o governo central propôs
uma lei proibindo estrangeiros de comprar na Suíça armas que eles não
poderiam comprar em seus próprios países, e também exigindo que os cidadãos
suíços obtivessem uma licença para a compra de qualquer arma, não apenas
para as armas curtas.

Os ultrajados usuários de armas suíças formaram, então, um grupo chamado Pro

Tell em homenagem do herói nacional Guilherme Tell. Em 1983, o Conselho
Federal (o gabinete executivo) abandonou a proposta cerceadora porque a
oposição era muito forte, e sugeriu que os cantões regulassem cada um a sua
maneira, a questão. Alguns meses antes, o parlamento do cantão de Friburgo
já tinha aprovado tal lei com um único voto de vantagem. Um plebiscito
popular anulou a lei no ano seguinte, com 60% dos votos.

CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS

Qualquer que seja o efeito das armas fora da Suíça, eles nem mesmo
apresentam os pequenos crimes triviais em qualquer outro pais. Mesmo com
todas as armas, a taxa de assassinatos é uma mera fração da americana sendo
também menor do que a do Canadá e da Inglaterra (que controla severamente as

arma), ou até mesmo do Japão, que praticamente as proíbe. A taxa de crimes
com armas de fogo é tão baixa que não há nem mesmo registro estatístico.

A taxa de suicídios, entretanto, é quase o dobro da americana. As armas são
usadas em cerca de 1/5 de todo os suicídios na Suíça, comparados aos 3/5 nos

EUA e ao 1/3 dos suicídios canadenses.

Não é o verniz cultural suíço, ou suas leis sobre armas, que explicam essa
taxa de crimes. Na verdade é a ênfase na atuação comunitária (onde a posse
de uma arma é uma parcela de peso) que explica o baixo índice de
criminalidade. No livro Cidades com poucos Crimes (CITIES WITH LITTLE
CRIME), o autor Marshall Clinard compara a baixa taxa de crimes na Suíça com

a mais alta incidência na Suécia, pais onde o controle de armas é mais
severo. Esta comparação é mais surpreendente tendo em vista a densidade
populacional mais baixa e a homogeneidade étnica da Suécia. Uma das razões
para tão pouca criminalidade, diz Clenard, é que as cidades suíças cresceram

relativamente devagar. Muitas famílias vivem por gerações no mesmo lugar.
Portanto, grandes cidades heterogêneas com enclaves de favelas nunca
surgiram.

Orgulhosa por ter o governo central mais fraco do ocidente, a Suíça é
governada principalmente pelos seus 3. 095 "Einwohrnergemeinde" (comunas,
sub-estados de um cantão). Poucos cantões ainda fazem suas leis pelo
tradicional sistema "Labdsgemei", quando todos eleitores qualificados
reúnem-se anualmente ao ar livre.

Diferente da polícia do resto da Europa, a polícia suíça é descentralizada.
Juizes e jurados são eleitos pelo povo. Com menos mobilidade e laços
comunitários profundamente desenvolvidos, é natural que existam poucos
crimes.

A maioria das nações democráticas impõe longos períodos de prisão aos
criminosos, mas não a Suíça. Para todos os crimes, exceto assassinatos, o
suíço raramente fica mais que um ano na prisão; mesmo sérios delinqüentes
tem suas sentenças comutadas. Como no Japão, o foco do sistema está na
reintegração do transgressor à sociedade, muito mais que na sua punição.

Para os suíços não criminosos, dito é que cada um é seu próprio policial.
Visitantes estrangeiros ficam surpresos ao ver os pedestres sempre esperando

nos sinais de trânsito mesmo quando não há tráfego. O sistema de transporte
público funciona, com sucesso, na base do pagamento voluntário.

Clinard deduz que os fortes governos centrais enfraquecem a iniciativa dos
cidadãos e a responsabilidade individual. As comunidades, ou Cidades, que
desejam se precaver do crime e da violência devem encorajar uma
descentralização política maior através do desenvolvimento de pequenas
unidades governamentais e do encorajamento da responsabilidade do povo para
com a obediência às leis e ao controle da delinqüência.

No livro NAÇÕES NÃO POSSUÍDAS PELO CRIME, Fred Adler chega as mesmas
Conclusões de Clenard. Ela também receita o sistema de governo comunal no
qual as leis são decretadas através do voto popular e a estabilidade
residencial.

A maioria dos suíços ainda vive em famílias patriarcais tradicionais . De
fato, a Suíça tem a mais baixa porcentagem de mães trabalhando em relação a
qualquer país europeu. Enquanto no resto do mundo as mulheres estavam
lutando por igualdade de direitos, os suíços ainda estavam decidindo se as
mulheres poderiam ou não votar (a longa demora na aprovação do sufrágio
feminino deve ter algo a ver com a questão dos direitos civis e o serviço
militar).

As escolas são severas e os adolescentes têm menos liberdade do que na maior

parte da Europa. Os estudos mostram que os adolescentes suíços,
diferentemente daqueles nos outros países, sentem-se mais próximos de seus
pais do que de seus amigos. A comunicação entre as gerações é muito fácil.

Entre os fatores que contribuem para a harmonia entre gerações está o
serviço militar, que oferece uma oportunidade para todos os grupos
masculinos interagirem entre si. Adultos e jovens compartilham muitos
esportes, como o esqui e a natação. O tiro ao alvo é outra importante
atividade comunal, com prêmios e troféus muitas vezes exibidos em
restaurantes e tabernas. Todo ano celebra-se o fim de semana
"Feldschiessen", quando mais de 200 mil suíços participam das competições
nacionais de tiro ao alvo e são consumidos cerca de 5 milhões de cartuchos.

Em Casa, escreve Jonh Mcphee, enquanto o pai limpa o fuzil na mesa da
cozinha, seu filho está a observá-lo e a criança , assim, fica familiarizada

com a arma. Marshall Clinard explica que, por causa das armas do exército
serem guardadas em casa . . . muitas atividades associadas ao cuidado no
manejo de armas, prática de tiro ao alvo, ou conversas sobre atividades
militares, tornam-se comuns nas famílias. Tudo isso, juntamente com várias
outras atividades levadas a cabo na Suíça envolvendo diversas faixas
etárias, têm servido para inibir a separação de gerações, alienação, e o
crescimento de uma cultura jovem à parte, que tem se tornado, de maneira
crescente, uma característica de muitos outros países desenvolvidos,. Embora

estes fatores representam somente uma parte do jeito suíço de ser, eles são
uma parcela de peso para a baixa taxa de criminalidade e a propensão ao
crime.

CONCLUSÕES

Uma análise da legislação de armas suíça mostra como é frágil a argumentação

dos anti-armas de que elas são por si só maléficas (o mal materializado).
Mostra, também, que o raciocínio simplista "mais armas significam mais
crime", tão a gosto de nossos políticos, não é válido.

O oposto também não é verdadeiro. - Será que se o exército começasse a
vender canhões e metralhadoras a preços subsidiados ao povo haveria um
declínio da criminalidade em nosso país? Certamente não nos primeiros trinta

anos.

A Suíça nos mostra apenas que não há relação entre criminalidade e a
presença de armas na sociedade. Mostra que mais importante que o número de
armas é seu contexto cultural. Na Suíça, as armas são um importante elemento

de coesão de uma estrutura social que apresenta baixa taxa de criminalidade.

Nota-se, claramente que, o controle dos indivíduos é mais eficiente e mais
importante que o controle do Estado.

Para nós, entusiastas de armaria, o sistema suíço parece ser o paraíso. Mas
é preciso observar a sociedade como um todo. Na Suíça, ter uma arma em casa
não é uma questão de opção individual. É uma obrigação imposta pelo governo
e uma exigência da sociedade. Em que outro pais uma imposição deste tipo
seria aceita pelos cidadãos?

O que o mundo tem a aprender com a Suíça é que a melhor maneira de se
reduzir o mau uso das armas é promover o seu uso com responsabilidade.

FIM

Traduzido e adaptado da revista American Rifleman de fevereiro de 1990 por
autorização da National Rifle Association dos EUA.

O SOLDATENBUSCH
(Livro do soldado)

Cada cidadão que entra para o exército suíço recebe um exemplar do
Soldatenbusch. Lá estão os rudimentos das táticas e técnicas militares,
instruções sobre como se proteger das guerras nuclear, química e
bacteriológica, assim como técnicas de ocultamento e construção de abrigos.

Mas o Soldatenbusch não é apenas um manual militar. Trata-se de algo mais
profundo que podemos definir como um "Manual do Cidadão". Lá, ao lado de uma

sinopse da história do país, o soldado encontrará capítulos mostrando a
importância da democracia, a importância da participação do soldado nos
plebiscitos comunais, e a importância de sua arma na defesa desses valores.

Folheando o Soldatenbusch percebe-se que os princípios democráticos estão
firmemente arraigados na população. Num país onde o povo é armado não pode
haver outra forma de governo que não seja democrático. Entende-se porque as
instituições funcionam e porque existe respeito entre os cidadãos. A outra
opção é o banho de sangue.

Offline Marcelo Terra

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.126
  • Sexo: Masculino
Re: Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #26 Online: 13 de Julho de 2005, 15:17:25 »
Citação de: Danniel
Isso me parece tão obvio que eu acho até difícil argumentar.


Idem para o meu ponto de vista oposto ao seu.

Offline Marcelo Terra

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.126
  • Sexo: Masculino
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #27 Online: 13 de Julho de 2005, 15:19:34 »
De nada adianta uma arma se não houver oportunidade de usá-la para deter o agressor.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #28 Online: 13 de Julho de 2005, 15:21:12 »
Citação de: Marcelo Terra
Citação de: Danniel
Isso me parece tão obvio que eu acho até difícil argumentar.


Idem para o meu ponto de vista oposto ao seu.


me parece muito razoável que, a maioria dos ladrões e assaltantes preferiria uma maior probabilidade de sua vítima estar desarmada....

Agora, não consigo ver como o contrário poderia ser óbvio. Para isso ser irrelevante para os assaltantes, só se todos fossem meio psicopatas, sem medo de nada, ou viciados em adrenalina, e não creio que sejam esses os casos mais comuns...

Citar
De nada adianta uma arma se não houver oportunidade de usá-la para deter o agressor.

Mas será que todos agressores acham que qualquer um que tenha arma para defesa não terá oportunidade de usá-la?

Offline Marcelo Terra

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.126
  • Sexo: Masculino
Re: Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #29 Online: 13 de Julho de 2005, 15:36:20 »
Citação de: Danniel
me parece muito razoável que, a maioria dos ladrões e assaltantes preferiria uma maior probabilidade de sua vítima estar desarmada...


Não quando se tem o fator surpresa, a vantagem geográfica ou um refém. Não se esqueça que armas tem valor e eles gostam de roubá-las também. Por que ele vai se preocupar se você tem uma arma ou não em casa quando pode render qualquer pessoa quando estiver entrando na mesma? É completamente inútil. Você deve estar pensando em ladrões tentando invadir casas quando estão dormindo, fazendo algum barulho óbvio para deixar os moradores alertas e entrincheirados, protegidos e prontos para o revide. De todos os assaltos de que você tem conhecimento quantos foram assim, com os moradores sabendo que o bandido estava chegando, aguardando e lamentando não ter a arma que iria afugentá-los? Para mim parece muito razoável que não faça muita diferença para os assaltantes se há ou não uma arma na residência que querem assaltar, a menos que sejam MUITO idiotas.

Citação de: Danniel
Agora, não consigo ver como o contrário poderia ser óbvio. Para isso ser irrelevante para os assaltantes, só se todos fossem meio psicopatas, sem medo de nada, ou viciados em adrenalina, e não creio que sejam esses os casos mais comuns...


Como já disse, eliminar a resistência de moradores armados é a coisa mais fácil que tem, tão fácil que não dá nem pra constituir preocupação.

Citar
Mas será que todos agressores acham que qualquer um que tenha arma para defesa não terá oportunidade de usá-la?


Sim, o agressor está em vantagem na maior parte das situações.

Offline Luis Brudna

  • Nível 18
  • *
  • Mensagens: 525
    • Gluon
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #30 Online: 13 de Julho de 2005, 15:54:06 »
Cadê minhas granadas!?  :evil:

Aí vou andar com uma camiseta com dizeres

"Estou portando granadas!  Assaltante, você terá poucas chances!"


ou

"Indivíduo rastreado via satélite".

 :lol:  :wink:

Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #31 Online: 13 de Julho de 2005, 21:00:35 »
UMA LEI DE EFICÁCIA DUVIDOSA

O referendo sobre proibição de comércio de armas no país deve ser adiado para 2006. Isso porque os deputados ainda não decidiram qual a pergunta a ser feita à população. Os defensores da proibição dizem que ela trará uma diminuição do número de homicídios. Especialistas, no entanto, acreditam que a medida terá pouco efeito, já que boa parte desses crimes no Brasil é cometida com armas roubadas ou contrabandeadas. Além disso, as estatísticas mostram que não há relação entre a taxa de assassinatos e a de residências com armas de fogo.

..................Homicídios por..................Residências com
...............100 000 habitantes..................arma de fogo

Brasil.................27.................................. ...3,5%
EUA....................6................................... ..52%
Canadá...............3..................................... 30%
Itália...................2................................. ....17%
França...............1,5....................................24,5%
Suécia...............1,5....................................15%
Suíça..................1................................... ...35%

Fonte: Movimento Viva Brasil


Revista VEJA; edição 1912 - 6 de Julho de 2005, página 41 - Contexto (com o Marcos Valério na capa e manchete "O elo se fecha")

Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #32 Online: 13 de Julho de 2005, 21:11:12 »
A minha opinião é que, independente de ter armas em casa ser ou não uma boa opção para nos protegermos de possíveis assaltantes, não podemos permitir que o Estado elimine nosso direito à auto-defesa.
A maioria dos crimes são realizados por bandidos profissionais, e não por indivíduos honestos com armas de fogo em casa.
Se nossa desculpa para proibir que indivíduos honestos tenham armas em casa é baseada em crimes passionais ou em fatalidades, deveríamos proibir a comercialização de facas, cordas e tesouras também, qualquer bom filme de serial killer mostra que as pessoas podem ser muito criativas na hora de escolher uma arma para um crime.

Outra coisa, sou contra o referendo popular também! Para quê gastar dinheiro com isso, minha gente? Nós não elegemos um congresso para eles tomarem decisões pela gente de forma relativamente rápida e barata? E ainda que fosse sobre um tema polêmico ou sobre uma questão em que os parlamentares fossem suspeitos para votar (tipo aumento de salário), tudo bem; mas ao que me parece, o resultado desse referendo parece óbvio, ainda mais com todo o incentivo que a Globo está dando para o desarmamento.

Offline Rodion

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.872
desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #33 Online: 13 de Julho de 2005, 22:07:21 »
Citação de: Gabriel dCF
UMA LEI DE EFICÁCIA DUVIDOSA

O referendo sobre proibição de comércio de armas no país deve ser adiado para 2006. Isso porque os deputados ainda não decidiram qual a pergunta a ser feita à população. Os defensores da proibição dizem que ela trará uma diminuição do número de homicídios. Especialistas, no entanto, acreditam que a medida terá pouco efeito, já que boa parte desses crimes no Brasil é cometida com armas roubadas ou contrabandeadas. Além disso, as estatísticas mostram que não há relação entre a taxa de assassinatos e a de residências com armas de fogo.

..................Homicídios por..................Residências com
...............100 000 habitantes..................arma de fogo

Brasil.................27.................................. ...3,5%
EUA....................6................................... ..52%
Canadá...............3..................................... 30%
Itália...................2................................. ....17%
França...............1,5....................................24,5%
Suécia...............1,5....................................15%
Suíça..................1................................... ...35%

Fonte: Movimento Viva Brasil


Revista VEJA; edição 1912 - 6 de Julho de 2005, página 41 - Contexto (com o Marcos Valério na capa e manchete "O elo se fecha")


a estatística aí não sei se serve. o número de assassinatos depende de outros fatores além do número de sujeitos com armas. muitas variáveis, não dá pra afirmar.
em tempo, sou contra o desarmamento.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Oceanos

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.924
  • Sexo: Masculino
desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #34 Online: 13 de Julho de 2005, 22:29:02 »
Citação de: bruno
a estatística aí não sei se serve. o número de assassinatos depende de outros fatores além do número de sujeitos com armas. muitas variáveis, não dá pra afirmar.
em tempo, sou contra o desarmamento.

Pois é, prova disso é que aparentemente não é proporcional a quantidade de homicidios à armas de fogo.

Offline Esperto

  • Nível 25
  • *
  • Mensagens: 1.154
desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #35 Online: 13 de Julho de 2005, 22:34:07 »
Citação de: bruno
Citação de: Gabriel dCF
UMA LEI DE EFICÁCIA DUVIDOSA

O referendo sobre proibição de comércio de armas no país deve ser adiado para 2006. Isso porque os deputados ainda não decidiram qual a pergunta a ser feita à população. Os defensores da proibição dizem que ela trará uma diminuição do número de homicídios. Especialistas, no entanto, acreditam que a medida terá pouco efeito, já que boa parte desses crimes no Brasil é cometida com armas roubadas ou contrabandeadas. Além disso, as estatísticas mostram que não há relação entre a taxa de assassinatos e a de residências com armas de fogo.

..................Homicídios por..................Residências com
...............100 000 habitantes..................arma de fogo

Brasil.................27.................................. ...3,5%
EUA....................6................................... ..52%
Canadá...............3..................................... 30%
Itália...................2................................. ....17%
França...............1,5....................................24,5%
Suécia...............1,5....................................15%
Suíça..................1................................... ...35%

Fonte: Movimento Viva Brasil


Revista VEJA; edição 1912 - 6 de Julho de 2005, página 41 - Contexto (com o Marcos Valério na capa e manchete "O elo se fecha")


a estatística aí não sei se serve. o número de assassinatos depende de outros fatores além do número de sujeitos com armas. muitas variáveis, não dá pra afirmar.
em tempo, sou contra o desarmamento.

essa estatística está bem falaciosa, só pegou países desenvolvidos com alto índice, e japão, alemanha e frança que tem números muito menores de armas e índices semelhantes?

bom, cheguei a conclusão outro dia com o meu pai que o melhor seria pegar a grana que tão botando nesse referendo (mais de 200 milhões) e usar pra fechar os portos e, principalmente, fazer operação pente fino na fronteira com o paraguai, com certeza será um medida mais efetiva a médio prazo.
filosofia de um professor meu:
"A mente abre quando o cu aperta!"

Offline Rodion

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.872
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #36 Online: 13 de Julho de 2005, 22:38:38 »
vai além disso, esperto. o plebicito do desarmamento deverá consumir cerca de 600 milhões, o dobro ou o triplo do investido em segurança pública ,se bem me recordo.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #37 Online: 13 de Julho de 2005, 22:46:40 »
A estatística só mostra que a taxa de residências com arma de fogo não é signitiva na taxa de homicídios. Qual seria o efeito do referendo no Brasil, se fose aprovado o projeto do desarmamento? Diminuir a quantidade de casas com armas de fogo. Qual é o resultado que a sociedade espera? Cair a taxa de homicídios. Pergunta: Baseado no quadro acima, pode-se afirmar que o resultado desejado será atingido? Eu acho que não.

Offline Rodion

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.872
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #38 Online: 13 de Julho de 2005, 22:51:54 »
nesse caso, concordo. ainda mais tendo em mente que (se alguem tiver estatisticas agradeço) uma parte quase insignificante dos assassinatos sao com armas legais.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline n/a

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.699
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #39 Online: 14 de Julho de 2005, 00:41:10 »
Pois é, o número de casas armadas no Brasil já é pequeno. Não acho que o desarmamento seja tão importante/urgente. Sem justificativas para o caro plebicito.

Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #40 Online: 14 de Julho de 2005, 00:47:19 »
A justificativa para o plebiscito é eleitoral. É o Lula querendo arrancar votos com esse caríssimo golpe de marketing para posar de "o democrático" e "o pacificador".

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #41 Online: 14 de Julho de 2005, 14:47:38 »
notem que o Brasil tem o menor número de residências com armas de fogo e o maior número de homicídios/pessoa, dos países apresentados. Isso me pareceu um tanto significativo, ainda que claro, não seja a única coisa relevante.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #42 Online: 14 de Julho de 2005, 15:14:43 »
Citação de: Marcelo Terra
Citação de: Danniel
me parece muito razoável que, a maioria dos ladrões e assaltantes preferiria uma maior probabilidade de sua vítima estar desarmada...


Não quando se tem o fator surpresa, a vantagem geográfica ou um refém.

Mas essas são condições que restringem as oportunidades para um assalto, não é a mesma coisa.

Eu ainda acho que é em algo menor o número de assaltantes que estariam dispostos a alguma ação que tente prever isso tudo, porque algo sempre pode dar errado. A "recompensa" (crianças lendo isso: o crime não compensa) tem que ser significativamente maior para justificar o risco, e talvez até para poder dividir por um número maior de assaltantes.



Citar
Não se esqueça que armas tem valor e eles gostam de roubá-las também. Por que ele vai se preocupar se você tem uma arma ou não em casa quando pode render qualquer pessoa quando estiver entrando na mesma? É completamente inútil. Você deve estar pensando em ladrões tentando invadir casas quando estão dormindo, fazendo algum barulho óbvio para deixar os moradores alertas e entrincheirados, protegidos e prontos para o revide. De todos os assaltos de que você tem conhecimento quantos foram assim, com os moradores sabendo que o bandido estava chegando, aguardando e lamentando não ter a arma que iria afugentá-los?

Eu não conheço detalhes de muitos assaltos. Eu não defendo que ter uma arma signifique segurança total e conforto para sua família aconchegada em torno da lareira e olhando afetuosamete sua querida arma.

Só acho que para os assaltantes não é irrelevante se as pessoas tem arma em casa ou não, e que eles prefeririam as casas em que é certo que não vão levar um tiro à aquelas que eles poderiam tanto roubar uma arma quanto levar um tiro, se tiverem azar.


Citar
Para mim parece muito razoável que não faça muita diferença para os assaltantes se há ou não uma arma na residência que querem assaltar, a menos que sejam MUITO idiotas.

Eu acho que apesar de ser algo teoricamente contornável, eles não tem a mesma tranquilidade, de poderem entrar em praticamente qualquer casa à qualquer hora do dia ou da noite, sem a menor preocupação de defesa dos residentes, porque sem armas eles praticamente nunca vão estar preparados. Não há com o que se preocupar. Havendo alguma possibilidade de defesa dos moradores, eles tem que ser mais cuidadosos. Com apenas 3,5% das residências tendo armas de fogo, não é algo com o que precisem se preocupar realmente.

Citar

Citação de: Danniel
Agora, não consigo ver como o contrário poderia ser óbvio. Para isso ser irrelevante para os assaltantes, só se todos fossem meio psicopatas, sem medo de nada, ou viciados em adrenalina, e não creio que sejam esses os casos mais comuns...


Como já disse, eliminar a resistência de moradores armados é a coisa mais fácil que tem, tão fácil que não dá nem pra constituir preocupação.

Acho que é em algo análogo a assaltos a bancos. Sempre é possível contornar, mas é preciso maior estratégia, disposição e talvez até recursos.

Citar

Citar
Mas será que todos agressores acham que qualquer um que tenha arma para defesa não terá oportunidade de usá-la?


Sim, o agressor está em vantagem na maior parte das situações.
[/quote]
E em 100% se ninguém tiver como se defender. Aí eles podem ficar absolutamente tranqüilos mesmo. Talvez facas ou frigideiras sejam seus maiores temores... ou o McCaulay Culkin

Offline Marcelo Terra

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.126
  • Sexo: Masculino
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #43 Online: 14 de Julho de 2005, 15:30:24 »
Citar
Eu ainda acho que é em algo menor o número de assaltantes que estariam dispostos a alguma ação que tente prever isso tudo, porque algo sempre pode dar errado.


Isso não vai dar em nada. Eu discordo, acho que não seria menor o número de assaltantes dispostos a ação. Acho que um aumento no número de residências com armas não iria diminuir a violência, no melhor caso, ou piorar na pior das hipóteses. Mas sem fatos essa discussão só vai ficar nisso mesmo, eu acho pra cá, eu acho pra lá. Como não vamos encomendar uma pesquisa com os assaltantes para ver se eles mudariam seu comportamento... Eu paro por aqui, pelo menos até que tenhamos dados mais relevantes.

Offline n/a

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.699
Re: Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #44 Online: 14 de Julho de 2005, 21:34:21 »
Citação de: Danniel
notem que o Brasil tem o menor número de residências com armas de fogo e o maior número de homicídios/pessoa, dos países apresentados. Isso me pareceu um tanto significativo, ainda que claro, não seja a única coisa relevante.


Não dá para tirar conclusões daí. Todos países de primeiro mundo, exceto o Brasil. Se for para interpretar como quiser dá pra falar que desenvolvimento é conseqüecia de armar a população.

 :?

Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #45 Online: 14 de Julho de 2005, 23:58:19 »
Mas comparando países ricos com países ricos, sem considerar o Brasil, vemos que não há nenhuma correlação evidente entre quantidade de residências com arma de fogo e taxa de homicídios, veja Canadá e Suíça: O primeiro tem menos armas, mas a taxa de homicídios é três vezes maior. O país mais armado são os EUA, e têm a maior taxa de homicídios, mas o segundo país mais armado da lista, a Suíça, tem a menor taxa de homicídios.
Isso só reforça que a parte mais significativa dos crimes não é cometida com essas armas legais.

Offline Axia

  • Nível 13
  • *
  • Mensagens: 293
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #46 Online: 15 de Julho de 2005, 02:10:22 »
:medo: Eu morro de medo de armas! Não acho seguro uma população armada. Concordo com tudo que o Marcelo Terra falou, se a população estiver armada os criminosos se armarão dobrado. Tem que tirar as armas dos bandidos e não armar a população.
Armas são maquinas estritamene pra matar, não tem outra função. Ter uma arma em casa é aumentar a vontade de usa-la. Se voce tem uma arma em casa  pra se defender na possibilidade de um assalto, obviamente ela estará carregada, num local de facil acesso, afinal, ninguém prevê um assalto.
Se está carregada e com facil acesso, uma criança pode encontra-la. O proprio bandido pode vir a usar esta arma contra você. As pessoas brigam, discutem, ficam fora de si, estão embrigadas, pessoas de bem que numa situação tola podem simplesmente disparar num amigo, num marido traidor, e destruirem a suas vidas também porque tinham um objeto nas mãos que aumentou a chance de fazer um grande estrago.
 :cry: Violência responde com violência. Eu levo um tiro, mas não arriscaria portar uma arma.

Axia
(sou pequena por que sou muito ruim)
"eu já disse que não sou a pessoa mais indicada para falar sobre isso?"

Skorpios

  • Visitante
Re: Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #47 Online: 15 de Julho de 2005, 08:06:16 »
Citação de: Axia
Tem que tirar as armas dos bandidos


È justamente aí que a porca torce o rabo . O estado como está hoje não tem a mínima capacidade de fazer isso.

Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #48 Online: 15 de Julho de 2005, 11:57:31 »
Eu acho é que pessoas capazes de tirar a vida de outra pessoa por discutirem, ficarem fora de si, estarem embriagas, flagrarem o cônjuge fazendo o que não devia, etc., o farão com ou sem armas de fogo. É possível se matar alguém com facas, tesouras, cordas ou até com as próprias mãos!

Eu concordo que ter uma arma em casa não ajuda muito na auto-proteção, mas em todo caso eu também sou contra o Estado proibir o porte de armas, pois de qualquer forma o cidadão deve ter o direito à auto-defesa, e nunca se sabe quando ela pode ser necessária. Numa fração das vezes em que uma casa for invadida talvez ela seja útil, e as pessoas com bom senso deveriam saber quando.

Offline Marcelo Terra

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.126
  • Sexo: Masculino
Re: Re.: desarmamento: está tendo efeito?
« Resposta #49 Online: 15 de Julho de 2005, 12:09:22 »
Citação de: Gabriel dCF
Eu acho é que pessoas capazes de tirar a vida de outra pessoa por discutirem, ficarem fora de si, estarem embriagas, flagrarem o cônjuge fazendo o que não devia, etc., o farão com ou sem armas de fogo. É possível se matar alguém com facas, tesouras, cordas ou até com as próprias mãos!


Nada a ver a menos que você ache que uma paulada é tão fatal quanto um tiro. Sim, você pode matar alguém sem ter a intenção com uma paulada mas é bem menos provavél do que com um tiro. Além do mais caso duas pessoas briguem e uma pegue uma faca ou uma barra de ferro a outra pode correr, pessoas próximas podem separar, mas vai correr de um tiro? Vai entrar na frente de uma arma de fogo pra apartar a briga? Você nunca viu pessoas brigando, Gabriel?

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!