Todo ser humano sempre a mesma história: sempre juntando-se em bandos e desejando ser glorificados. Se eu tivesse entrado aqui e falado que os ateus são o máximo, não teriam pedido nem explicações. Mas como não aprovo as atitudes, descem a lenha. Num forum evangélico, espírita, católico, eu teria escrito a mesma coisa, desaprovando. E dá-lhe eles também descerem a lenha, pois não concordo com os religiosos. Todo ser humano perdido não é uma ilha, precisa de referências humanas. As gangues, as tribos, as torcidas, as religiões, temos que nos enquadrar em algum tipo de organização para nos respaldar em responder a preciosa pergunta: "quem sou eu?". Alguns dirão "sou da Igreja universal", outros "sou flamenguista", outros "sou católico", outros "sou do clube cético". Reneé Descartes, em sua profunda ignorância humana, escreveu algo interessante em seu "Discurso do Método". Ele não se conformava em ter estudado com os maiores mestres, ter aprendido tudo aquilo que lhe foi transmitido de melhor academicamente, e não ter ele mesmo, como estudante, formado suas próprias opiniões, colocando em dúvida aquilo que era tido como verdade pelas massas. Ele desenvolveu um método para ele mesmo encontrar a verdade para ele mesmo. Descartes percebeu que a verdade é INDIVIDUAL. Será que estou falando a verdade? Ou será que o Dawkins é a verdade? Ou será Maomé? Ou Darwin? Ou nosso professor de bioquímica? Serei por causa disso um darwinista, ou um maometano, ou um ateu, ou um cristão? Nada disso. A verdade é individual. Eu encontrei a minha. Não faço mais parte do jogo, e não quero seguidores.