Tópico: Relativismo (Ajudem!)

[OTAFSR]

deixa de ser menino..
tu quer criticar o cara pq tem uma pessoa q acha q ele eh um semi deus...tu tem uma personalidade um tatno quanto pegajosa.. faz tua leitura e chega as tuas conclusoes.. tu nao precisa ir pela cabeça de ngm nao

[OTAFSR]

eu escrevo do jeito q eu quiser...
agora deu msm.. censurar meus tres pontinhos..

[Wolfischer]

O dualismo bem X mal é também resultado da influência persa (zoroastrismo) sobre o judaísmo.

[Blues Brother]

O dualismo bem X mal é também resultado da influência persa (zoroastrismo) sobre o judaísmo.

Ainda não entendi a relação do dualismo platônico com o cristianismo, meu professor faz crer que vivemos hoje num "mundo binário" (homens x mulheres; certo x errado) por causa desta relação....não entendo, pode dar uma luz?

[Skorpios]

deixa de ser menino..
tu quer criticar o cara pq tem uma pessoa q acha q ele eh um semi deus...tu tem uma personalidade um tatno quanto pegajosa.. faz tua leitura e chega as tuas conclusoes.. tu nao precisa ir pela cabeça de ngm nao

Aparentemente você não leu as regras. Sugiro que o faça.

../forum/topic=14140.0.html


VIII – O uso de linguagem que viole os preceitos da língua portuguesa, como o emprego de abreviações, o “internetês”, o uso de letras maiúsculas e minúsculas de forma intercalada e proposita, com o intuito de auxiliar a leitura para os foristas com deficiência visual;

[OTAFSR]

blza.. skorpios..
estou meu retirando do forum por divergencias ideologicas... se minha maneira de escrever eh censurada.. FUI

[Zeichner]

blza.. skorpios..
estou meu retirando do forum por divergencias ideologicas... se minha maneira de escrever eh censurada.. FUI

queria que a minha falta de português também fosse ideológica.

[J1MB0]

Como vão pessoas? Sou novo no fórum.
Nos últimos tempos venho refletindo bastante sobre a questão do relativismo e afins. Então resolvi debater com vocês.

É fato que muitos professores irresponsáveis, sem um senso claro de seu papel de educadores, carentes de atenção e revoltados pelo fato da carreira acadêmica não render o prestígio de um rock star, apelam para o exagero e reducionismos absurdos (que a maioria dos alunos adora). Mas, por outro lado, é necessário reconhecer as potencialidades que os questionamentos introduzidos pelo pós-modernismo suscitam. Pra mim são eles: 1) Existe sim uma realidade concreta, mas esta só é apreensível ao nível dos discursos 2) a consideração que todos os discursos guardam uma racionalidade somente apreensível dentro de sua própria especificidade, 3) a hierarquização dos discursos presentes na sociedade existe por razão das relações de poder entre grupos e pelo poder de aplicabilidade dos discursos a uma determinada necessidade social e o mais importante 4) a negação da existência de uma racionalidade intrínseca, e naturalizada do real (idéias presentes na religião e na ciência tradicional) a qual todas as outros discursos estariam submetidos.
Penso ser muito saudável a produção de uma ciência que é consciente de seu lugar de produção, e da relatividade de suas assertivas. Sendo assim o relativismo epistemológico é até desejável, cabendo ao cientista  demonstrar os mecanismos existentes em seu objeto de pesquisa, como também os mecanismos de produção de sua pesquisa: seus métodos, hipóteses, motivações etc a exemplo do museu do pobido que exibe na fachada toda estrutura interna que integra o prédio.
Penso que o problema reside no niilismo extremo de alguns relativistas que não refletem (ou não se importam) a que (e a quem) serve (se é acham que serve) o resultado de suas pesquisas. Aí está a grande questão pra mim dessa conversa toda, a qual devemos nos indagar sempre: Afinal a quem serve as minhas pesquisas?

[Buckaroo Banzai]

Stephen Jay Gould tem um texto interessante sobre esse assunto.

Deconstructing the "Science Wars" by Reconstructing an Old Mold

by Stephen Jay Gould

I. What If They Gave a War and Nobody Came?


For reasons that seem to transcend cultural peculiarities, and may lie deep within the architecture of the human mind, we construct our descriptive taxonomies and tell our explanatory stories as dichotomies, or contrasts between inherently distinct and logically opposite alternatives. Standard epitomes for the history and social impact of science have consistently followed this preferred scheme, although the chosen names and stated aims of the battling armies have changed with the capricious winds of fashion and the evolving norms of scholarship—as in scientific novelty versus permanent wisdom in the founding 17th-century debate of "moderns" (the empirical method for gaining new knowledge) versus "ancients" (Greek and Roman perfection)[1]; science versus religion in a favorite trope of late 19th-century secularism[2]; and the sciences versus the humanities in the icon for the second half of the 20th century, C. P. Snow's "two cultures"[3].

At the close of this millennium, the favored dichotomy features a supposed battle called "the science wars." The two sides in this hypothetical struggle have been dubbed "realists" (including nearly all working scientists), who uphold the objectivity and progressive nature of scientific knowledge, and "relativists" (nearly all housed in faculties of the humanities and social sciences within our universities), who recognize the culturally embedded status of all claims for universal factuality and who regard science as just one system of belief among many alternatives, all worthy of equal weight because the very concept of "scientific truth" can only represent a social construction invented by scientists (whether consciously or not) as a device to justify their hegemony over the study of nature.

But all these dichotomies must be exposed as deeply and doubly fallacious—wrong as an interpretation of the nature and history of science, and wrong as a primary example of our deeper error in parsing the complexities of human conflicts and natural continua into stark contrasts formulated as struggles between opposing sides. When we reject this constraining mental model, we will immediately understand why a science war can only exist in the minds of critics not engaged in the actual enterprise supposedly under analysis. [...]

Most working scientists may be naïve about the history of their discipline and therefore overly susceptible to the lure of objectivist mythology. But I have never met a pure scientific realist who views social context as entirely irrelevant, or only as an enemy to be expunged by the twin lights of universal reason and incontrovertible observation. And surely, no working scientist can espouse pure relativism at the other pole of the dichotomy. (The public, I suspect, misunderstands the basic reason for such exceptionless denial. In numerous letters and queries, sympathetic and interested nonprofessionals have told me that scientists cannot be relativists because their commitment to such a grand and glorious goal as the explanation of our vast and mysterious universe must presuppose a genuine reality "out there" to discover. [...]

Similarly, and ignoring some self-promoting and cynical rhetoricians, I have never met a serious social critic or historian of science who espoused anything close to a doctrine of pure relativism. The true, insightful, and fundamental statement that science, as a quintessentially human activity, must reflect a surrounding social context does not imply either that no accessible external reality exists, or that science, as a socially embedded and constructed institution, cannot achieve progressively more adequate understanding of nature's facts and mechanisms. [...]



http://www.stephenjaygould.org/library/gould_science-wars.html

[Buckaroo Banzai]

A última da rodada:

"A sexualidade é socialmente construída".

Sexo masculino e feminino? Isso é um discurso dos cientistas ocidentais.

Pois é, baboseira. Lugar de mulher é na cozinha, o homem é que trabalha. Mulher também não pode flertar ativamente, "dar em cima", isso é coisa de homem. Mulher tem só que se mostrar receptiva ou não. Essa é a realidade objetiva, variações disso são ilusões de ótica.

[André T.]

Gostei _muito_ do tópico. Vou ler o texto do Searle assim que tiver um pouquinho de paciência. Parece bem interessante.

Quando o blues brothers falou do professor afirmando que não existem verdades ou certezas, veio lá do fundo do meu cérebro um aviso piscante vermelho de auto-contradição. É claro que eles contornam os problemas de lógica com milhares de belíssimos fraseios e exercícios maravilhosos de retórica (que lembram até os teólogos medievais tentando entender como é que uma pessoa pode ser uma e três ao mesmo tempo), mas se você não tem certeza de nada, como então vai poder _afirmar_ que não existem certezas? Isso também não é um 'ponto de vista'?

Uma vez um cara ficou bravo comigo por conta disso.
Ele: - Tudo é relativo.
Eu: - Se tudo é relativo, então 'Tudo é relativo' também é relativo, então você está se contradizendo.
Ele: - Tudo é relativo menos a ideia de que tudo é relativo.
Eu: - Se tudo é relativo menos a ideia de que tudo é relativo, então 'tudo é relativo menos a ideia de que tudo é relativo' é relativo, então você está se contradizendo.

Não vejo como fugir do niilismo se formos pra um relativismo extremo.

Ainda não entendi a relação do dualismo platônico com o cristianismo, meu professor faz crer que vivemos hoje num "mundo binário" (homens x mulheres; certo x errado) por causa desta relação....não entendo, pode dar uma luz?

O Dawkins acredita que esse maquiavelismo tem um "quê" evolutivo. É melhor evolutivamente você acreditar que a tribo rival seja totalmente malvada e arrancar as cabeças deles sem dó do que ficar tentando dialogar e entender o ponto de vista deles.
Não sei se é exatamente esse o exemplo que ele dá, mas é algo próximo disso, acredito.

[J1MB0]

Pois é Andre, também já chegaram falando essas baboseiras pra mim. Um cara que estuda com um amigo meu, eles fazem filosofia, chegou pergutando ao meu amigo se era ele que falava que a realidade não existia. Como já tava muito puto com essas conversas e estava birritado perguntei ao figura se eu desse um soco no nariz dele o sangue que iria sair era real ou não. O mané vazou na hora kkk.

[Eleitor de Mário Oliveira]

F., Deleuze, Sartre, Camus: esses caras são semi-deuses, cujos mantras são repetidos todos os dias.

O texto desta gente não vale o papel no qual foi impresso.

[Eleitor de Mário Oliveira]

para Einstein a realidade é relativa.

Eu já digo: "deixa de ser idiota! segundo Einstein o tempo é relativo à velocidade e à atração gravitacional".

[André T.]

Eu já digo: "deixa de ser idiota! segundo Einstein o tempo é relativo à velocidade e à atração gravitacional".

Na verdade eu acho que dizem isso por causa do 'não existem referenciais privilegiados; sempre que um fenômeno for descrito, é necessário dar a referência do observador junto com o fenômeno'.

[Anne]

Esse papo é relativo ao relativismo relativo no fórum?