Autor Tópico: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda  (Lida 3310 vezes)

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Offline Penny Lane

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Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Online: 12 de Abril de 2009, 19:39:45 »
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12/04/2009 - 09h34
Promotora quer cota para negros em desfiles de moda


da Folha Online

Hoje na Folha As semanas de moda de Paris, Milão e Nova York não perdem por esperar a tendência que a São Paulo Fashion Week está para lançar. De acordo com uma proposta do Ministério Público, as grifes do evento poderão ser obrigadas a cumprir cotas raciais em seus desfiles --no estilo do que já fazem as universidades públicas--, informa reportagem de Paulo Sampaio na edição deste domingo da Folha de S.Paulo (íntegra disponível para assinantes do UOL ou do jornal).


G. Prado
A modelo Emanuela de Paula, 19, afirma que o mercado de trabalho é limitado para negros

Desde o ano passado, a Promotoria abriu um inquérito para apurar a prática de racismo na SPFW. A ideia das cotas é da promotora Déborah Kelly Affonso, do grupo de atuação especial de inclusão do Ministério Público.

"O percentual de modelos negros no evento [em torno de 3%] é bem menor que o de brancos. O objetivo da Promotoria é fazer um acordo de inclusão social. Estabelecer um número mínimo de modelos negros a desfilar", afirma ela.

O inquérito tem como ponto de partida reportagens publicadas pela Folha em janeiro de 2008. Naquela temporada, apenas oito dos 344 modelos que desfilaram na SPFW eram negros --2,3% do total.

No Brasil, 49,7 % da população é composta por negros e pardos, segundo o último censo do IBGE (de 2007).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u549446.shtml

Não preciso nem mencionar a opinião que tenho a respeito.
::)

Offline Herf

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #1 Online: 12 de Abril de 2009, 20:23:20 »
E quanto às baixinhas? Já vi muitas negras em passarelas, mas nenhuma baixinha.

Cotas para baixinhas, já.

Offline Penny Lane

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #2 Online: 12 de Abril de 2009, 20:26:50 »
As baixinhas não servem de cabides para as roupas que eles fazem. :/

::)

Offline Herf

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #3 Online: 12 de Abril de 2009, 20:28:36 »
Que façam roupas menores! Tudo pela inclusão.

Offline Nyx

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #4 Online: 12 de Abril de 2009, 20:30:01 »
 :histeria:  :histeria:  :histeria:


COTAS PARA GORDINHAS!

COTAS PARA TRANSSEXUAIS!

COTAS PARA RUIVAS!

Offline Penny Lane

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #5 Online: 12 de Abril de 2009, 20:32:08 »
* Penny Lane sente medo, muito medo, adeus tópico  :histeria: :histeria: :histeria:
::)

Offline Nyx

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #6 Online: 12 de Abril de 2009, 20:35:53 »
O.o  alguém aí já viu uma careca desfilar?

COTA PARA CARECAS JÁAAAAA


O.O  E cadê a cota para as senhoras com mais de 50 anos?


E PARA AS CADEIRANTES? AS CEGAS? AS SURDAS? AS MUDAS?



>< Nunca pensei que houvesse tanto preconceito no mundo da  moda, farei uma greve de fome a respeito, assim que terminar de jantar.

Offline Herf

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #7 Online: 12 de Abril de 2009, 21:59:21 »
Aproveitando o tópico...

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Publicada em 11/04/2009 às 17h09m
ClicRBS
Estudante se diz parda, mas universidade do Rio Grande do Sul discorda e cancela vaga

PORTO ALEGRE - A permanência de Tatiana Oliveira, 22 anos, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), cidade a 292 quilômetros de Porto Alegre, depois da aprovação no vestibular 2009 para o curso de Pedagogia, não durou um mês. Ela começou o ano letivo no dia 9 de março e, na terça-feira passada, foi comunicada que sua matrícula foi cancelada. No centro da discussão para a perda da vaga, está o sistema pelo qual ela foi aprovada: ela se inscreveu como cotista afro-brasileira.

Logo depois da aprovação, Tatiana entregou os documentos que a UFSM exige dos futuros alunos. No caso dos cotistas afro-brasileiros, é necessária uma autodeclaração do aprovado dizendo que é negro ou pardo. Tatiana fez o que foi pedido e começou as aulas normalmente. A surpresa veio no dia 18 de março, quando ela foi convocada para comparecer a uma entrevista na reitoria.

Segundo Tatiana, na reunião estavam sete pessoas, três negras. Por alguns minutos, eles a teriam questionado sobre sua raça, se já havia sofrido preconceito e o porquê da opção pelo sistema de cotas. Tatiana, filha de branca e pardo e neta de negro, respondeu:

- Eu falei que me considero parda. Menos parda do que meu pai, porque minha mãe é branca. Respondi que nunca sofri preconceito e que escolhi me inscrever no sistema de cotas porque ele dá chance para que nós, de cor parda, possamos ingressar na universidade. Falei a verdade - diz Tatiana.

Depois da entrevista, ela foi comunicada pela coordenadora do seu curso que a sua matrícula foi cancelada. A decisão revoltou Tatiana e sua mãe, a técnica em Enfermagem Adriana Oliveira.

- O que a UFSM quer? Que só entre quem já sofreu preconceito? Ninguém aqui usou de má fé para conseguir uma vaga. A Tatiana só se inscreveu por cotas porque entendemos que era um direito dela. Mas, pelo jeito, agora teremos de definir a cor da minha filha na Justiça - indigna-se Adriana.

Para pró-reitor, Tatiana nunca se considerou parda

Conforme o pró-reitor de Graduação, Jorge Luiz da Cunha - que assina os documentos de cancelamento de vaga -, nos casos em que há dúvida sobre o que o aprovado declarou - em qualquer uma das modalidades de cotas: afro-brasileiro, estudante de escola pública, portador de deficiência ou indígena -, ele pode ser chamado depois de já estar cursando a faculdade. Esses alunos são submetidos a uma entrevista com representantes da Comissão de Implementação e Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas de Inclusão Racial e Social da UFSM.

No caso de Tatiana, a avaliação da comissão é que a estudante nunca se considerou afro-brasileira.

- Ela respondeu que nunca sofreu discriminação, que nunca se considerou parda, que se considera mais clara que outros integrantes da sua família, e que, no vestibular, foi a primeira vez que se disse "parda". Partindo do espírito das políticas de ações afirmativas, a comissão, que inclusive tem representantes do Movimento Negro, entendeu que ela não se sente participante desse grupo - destaca Cunha.

Segundo ele, outros alunos, neste ano e no ano passado, quando o sistema de cotas da UFSM foi implantado, já tiveram suas vagas canceladas em função de não conseguirem comprovar sua condição. Outros processos estariam em andamento. O pró-reitor não soube precisar quantos casos de cancelamento já ocorreram. No mesmo dia em que Tatiana foi avaliada, outros oito foram chamados para entrevista.

Na segunda-feira, a família de Tatiana pretende ir ao Ministério Público Federal para tentar reaver a vaga.

- Tudo o que eu quero é que isso seja resolvido e que eu consiga minha vaga de novo - desabafa Tatiana.
http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2009/04/11/estudante-se-diz-parda-mas-universidade-do-rio-grande-do-sul-discorda-cancela-vaga-755235606.asp

Para onde querem levar o país?

Temos comissões de avaliação de pureza racial em universidades públicas, chamadas não por esse nome, mas por "Comissões de Implementação e Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas de Inclusão Racial e Social". Os filhos da puta até tiveram a precaução de chamar "representantes do movimento negro" para fazer a avaliação étnica da moça e de outros candidatos.

Quão humilhante deve ser ter de provar que se é negro/índio/pardo o bastante para possuir determinado direito? É assustador que essa institucionalização do racismo - bem como pessoas sugerindo a criação de cotas para negros em passarelas de moda - já não cause mais surpresa alguma nem a revolta que deveria causar.

Antes eu sentia apenas desprezo, mas essa corja racialista está começando a me assustar. Sério.
« Última modificação: 12 de Abril de 2009, 22:05:23 por Herf »

Offline Nina

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #8 Online: 12 de Abril de 2009, 22:23:54 »
Que absurdo... pelas normas exigem apenas um declaração, e depois de uma entrevista dizem que o aluno não tem direito. Fazem um sistema ridículo e depois querem consertar assim?

"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Herf

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #9 Online: 12 de Abril de 2009, 22:30:06 »
Que absurdo... pelas normas exigem apenas um declaração, e depois de uma entrevista dizem que o aluno não tem direito. Fazem um sistema ridículo e depois querem consertar assim?
Algumas exigem apenas a autodeclaração, mas outras (como a UnB) preveem, além da declaração, o julgamento da comissão.

Offline Hold the Door

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #10 Online: 12 de Abril de 2009, 23:12:58 »
Eu quero cotas para gostosas (ao invés daquelas magrelas esqueléticas) nos desfiles de modas...
Hold the door! Hold the door! Ho the door! Ho d-door! Ho door! Hodoor! Hodor! Hodor! Hodor... Hodor...

Offline Penny Lane

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #11 Online: 12 de Abril de 2009, 23:14:39 »
Aliás, existem modelos cabeludos? Daqueles lindãos no tópico dos homens gostosos? ::)
::)

Offline A Mosca

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #12 Online: 13 de Abril de 2009, 00:12:30 »
:histeria: :histeria: :histeria: :histeria:



Só esqueceram da cota para nerds, em desfiles de moda! Cota para a feiura, também!

Fosse refletir acerca disso, certamente o PHD em Filosofia, Professor Marcondes Falcão Maia, diria: "As bonitas que me perdoem, mas a feiura é de lascar".  :hihi:
« Última modificação: 13 de Abril de 2009, 00:26:53 por A Mosca »
Se alumia, então é lanterna...

Offline Lua

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #13 Online: 13 de Abril de 2009, 10:06:17 »
O.o  alguém aí já viu uma careca desfilar?

COTA PARA CARECAS JÁAAAAA


O.O  E cadê a cota para as senhoras com mais de 50 anos?


E PARA AS CADEIRANTES? AS CEGAS? AS SURDAS? AS MUDAS?



>< Nunca pensei que houvesse tanto preconceito no mundo da  moda, farei uma greve de fome a respeito, assim que terminar de jantar.

:histeria: :histeria:
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Offline Lua

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #14 Online: 13 de Abril de 2009, 10:22:11 »
Para onde querem levar o país?

Temos comissões de avaliação de pureza racial em universidades públicas, chamadas não por esse nome, mas por "Comissões de Implementação e Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas de Inclusão Racial e Social". Os filhos da puta até tiveram a precaução de chamar "representantes do movimento negro" para fazer a avaliação étnica da moça e de outros candidatos.

Quão humilhante deve ser ter de provar que se é negro/índio/pardo o bastante para possuir determinado direito? É assustador que essa institucionalização do racismo - bem como pessoas sugerindo a criação de cotas para negros em passarelas de moda - já não cause mais surpresa alguma nem a revolta que deveria causar.

Antes eu sentia apenas desprezo, mas essa corja racialista está começando a me assustar. Sério.

A universidade que se dispõe a criar uma comissão desse tipo precisa estar preparada para gente que, não sendo negra mas descendente de negros, vá pleitear uma vaga pelo sistema de cotas. E quem terá o direito de dizer que não são afrodescendentes? A cor da pele? E a herança genética?

Não sou a favor do sistema de cotas tomando por base a cor da pele - se o governo resolveu fazer isso em suas instituições, até considero a hipótese como legítima, já que é dever do estado oferecer igualdade de oportunidades a todos (embora não consiga visualizar com clareza esse tratamento isonômico). No entanto, acho sem sentido que se queira o mesmo em desfiles de moda. Até onde sei, as marcas são privadas e os estilistas escolhem as modelos mais adequadas ao tipo de roupa que querem exibir. Agora o governo quer dizer quais os tipos de modelo a serem contratadas? Por favor, né...  :no:

E eu já estou assustada com essa 'corja racialista' há tempos, Herf. Viver em Salvador e ser advertida só porque utilizou uma expressão corriqueira, mas que denota suposto racismo, já fez parte dos meus dias. Por lá, a proteção aos negros é tão intensa que chega a deixar de lado o bom senso. Lembro de um ex-professor meu que era advogado e palestrante: segundo o sócio dele, como advogado ele era uma negação, um preguiçoso, embora fosse um grande intelectual defensor da igualdade (ou supremacia) negra sobre os brancos. O simples fato de chegar ao conhecimento dele que o sócio o considerava preguiçoso e péssimo profissional fez com que ele saísse por aí acusando o outro de racismo - tudo pelo simples fato de ter dito o que muita gente pensava e que não tinha nada a ver com a cor dele.  :hmph:
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Offline Mr. Mustard

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #15 Online: 13 de Abril de 2009, 10:25:14 »
Deveríamos ter cotas para os Índios também...

Offline Diego

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #16 Online: 13 de Abril de 2009, 10:28:43 »
Acho coerente cotas em faculdades para quem estudou a vida inteira em escolas públicas, pois para estas pessoas fica quase impossível concorrer a uma vaga com quem teve sempre educação de qualidade além de fazer 1 ou 2 anos de cursinhos específicos para o vestibular.
Mas estender esta questão somente a cor da pele é um absurdo.
Pior ainda é o governo interferir em um lugar onde não tem domínio.

Offline Penny Lane

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #17 Online: 13 de Abril de 2009, 10:30:25 »
Eu tenho um problema sério na defesa das minorias...

Não que eu discorde em defedê-los, mas acho que politicamente não se faz isso da maneira correta.
::)

Offline Diego

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #18 Online: 13 de Abril de 2009, 10:34:27 »
Concordo.
O problema que a "defesa" da minoria (que no caso dos negros de forma alguma são minoria!) acaba servindo de justificativas ou desculpas pra outras coisas. Subverte-se o conceito.

Como a lua citou, onde qualquer expressão já pode ser motivo pra ser chamado de racista.
Eu por exemplo, não sou racista, mas uso bastante a expressão "negão".
Sinceramente não acho que seja racista (claro que não uso em tom ofensivo).

Offline Penny Lane

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #19 Online: 13 de Abril de 2009, 10:47:50 »
Eu devo ser racista, não ajo de forma racista, mas sei que sou.
Como já disse em outro tópico, eu não agir de maneira racista faz de mim uma não racista, mesmo sabendo que eu o faço porque é politicamente correto?
Não sei, só sei que cuido muito não faço piadas sobre negros, tento chamar todos pelo nome. Estou errada, certa, cínica? Não sei, mas sei que nunca consegui agir diferente.

Não vejo de forma alguma que um negro, pardo ou índio são menos ou piores que um branco. Meu pensamento acerca da igualdade entre as etnias é que todos são iguais e com diferenças (totalmente humano). Esse esquema aí de cotas no meu ver, seria mais legal e correto se fosse feito por um questionário sócio-econômico da família. E outra, se o sujeito não teve um ensino fundamental e médio com uma educação de qualidade, o que leva a crêr que o mesmo cidadão dará conta do nível educacional de uma faculdade pública?
« Última modificação: 13 de Abril de 2009, 10:51:47 por Penny Lane »
::)

Offline Lua

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #20 Online: 13 de Abril de 2009, 10:57:15 »

Acho coerente cotas em faculdades para quem estudou a vida inteira em escolas públicas, pois para estas pessoas fica quase impossível concorrer a uma vaga com quem teve sempre educação de qualidade além de fazer 1 ou 2 anos de cursinhos específicos para o vestibular.
Mas estender esta questão somente a cor da pele é um absurdo.
Pior ainda é o governo interferir em um lugar onde não tem domínio.

Também concordo com cotas para alunos de escolas públicas: é um sistema de inclusão mais justo e pautado na realidade do que o sistema de cotas pela cor da pele.

Cotas raciais servem para aumentar a fobia de uns em relação a outros e a maximização de atitudes consideradas normais quando não se está diante desse protecionismo exacerbado. Já fui vítima de racismo por ser branca e ao me queixar, o professor (esse sábio que citei no exemplo acima) disse, com todas as letras 'BRANCOS NÃO SÃO VÍTIMAS DE RACISMO'. Ou seja, além de disseminar a idéia de que existe um racismo ululante e agressivo, afirmam que racismo é crime de branco contra negro, nunca o contrário.

E estou cansada: estou cansada de ouvir sermão de negros que me culpam por ser branca e certamente ter 'culpa' pela escravidão a que foram submetidos. Também estou cansada de ouvir que negros não cometem racismo porque, historicamente, foram vítimas dele e não revidariam um passado triste com a mesma arma que foi utilizada contra eles.

E a frase que eu disse e que me rendeu uma repreensão foi: "Estou preta de raiva por não ter conseguido terminar a tempo". Ouvi um sermão sobre como os europeus demonizaram a expressão 'negro, preto' e como eu manifestava meu racismo em utiliza-las. ¬¬
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Offline Herf

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #21 Online: 13 de Abril de 2009, 11:22:15 »
E estou cansada: estou cansada de ouvir sermão de negros que me culpam por ser branca e certamente ter 'culpa' pela escravidão a que foram submetidos.
Escravidão a que não foram submetidos. Nenhum desses militantes jamais passou por qualquer coisa parecida com a escravidão sofrida por alguns de seus ancestrais remotos.

Faz-se uso de uma mentalidade coletivista, como se não existissem indivíduos negros e brancos - julgando-se cada um de acordo com seu caráter individual -, mas apenas dois grandes "espíritos raciais coletivos atemporais", de forma que se um branco submete, em algum momento da história, um negro à escravidão, então temos que brancos atacaram negros, e não que alguns brancos atentaram contra alguns negros. Então todo branco e todo negro de todas as gerações subsequentes carrega uma parcela de culpa e uma parcela das feridas, apenas por fazer parte de seu respectivo grupo racial.
« Última modificação: 13 de Abril de 2009, 11:29:01 por Herf »

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #22 Online: 13 de Abril de 2009, 16:28:26 »
Sou contra cotas de modo geral, mas não acho exatamente algo fundamentalmente problemático nesse "mercado". Acho que, teoricamente, se a moda tem alguma influência na sociedade, podendo amenizar o racismo, de todas as empreitadas de cotas me parece a única que potencialmente tem um saldo de custo-benefício positivo. Não é como se a indústria da moda fosse ter prejuízos, ineficiência, porque os negros negros e negras contratados para vestir uma roupa e andar daqui até ali e voltar são significativamente menos qualificados que brancos deixados de fora. Mas idealmente não deveria se restringir a negros.

Quanto aos padrões estéticos desse "mercado", e as contra-argumentações-sarcasmo na linha de "cotas para mutiladas", também acho que potencialmente um certo grau de regulação poderia ser mais benéfico para a sociedade do que prejudicial, à sociedade ou ao "mercado". Não sei se seria tanto o caso de se ter simplesmente gente fora de qualquer padrão de beleza, mas essencialmente não exigir um padrão prejudicial à saúde, como são os atuais*, conforme atestam estudos, de forma similar a que acho que deve haver alguma restrição a condições de trabalho potencialmente prejudiciais a saúde de modo geral, em vez de ser um oba-oba. Ainda mais se, como no caso da indústria da moda, muitas das empregadas são ainda menores de idade.




* - Deixando de lado toda a questão, também meio pertinente, de nem serem "padrões de beleza" de verdade, mas mais padrões fetichistas da indústria da moda.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #23 Online: 13 de Abril de 2009, 17:47:21 »
E estou cansada: estou cansada de ouvir sermão de negros que me culpam por ser branca e certamente ter 'culpa' pela escravidão a que foram submetidos.
Escravidão a que não foram submetidos. Nenhum desses militantes jamais passou por qualquer coisa parecida com a escravidão sofrida por alguns de seus ancestrais remotos.

Esse é um ponto com o qual eu concordo, ao mesmo tempo em que faço algumas ressalvas. Não é exatamente como se aquilo ao que os ascendentes dos militantes foram submetidos tivesse tido efeito seu efeito restrito àquelas gerações e hoje não se tivesse mais qualquer seqüela, e estivessem apenas choramingando feito bebês-chorões sem razão alguma, como se estivessem na mesma posição de um branco de classe média-alta ou média-média que pedisse qualquer tipo de indenização ou política de compensação por poder traçar sua ascendência até escravos brancos na Grécia antiga, quando dificilmente consegue-se detectar qualquer padrão de desvantagem geral com relação aos descendentes dos donos de escravos de então.

Por outro lado, a perspectiva racial do discurso dos militantes típicos não tem nada de boa. Ser descendente dos "escravos recentes" versus não ser pode ainda ser um bom "previsor" de fracasso e sucesso, de chances e não ter chances, e isso pode até ser digno de consideração e de políticas que de fato melhorassem essa situação toda, mas o fator racial, e até mesmo a origem histórica na escravidão, são elementos desnecessários para a solução do problemas, e potencialmente a semente de um novo problema em si mesmo.

Uma pessoa numa situação que se considere precária, que idealmente se devesse prestar algum tipo de ajuda, não é mais digna de tal ajuda conforme tiver em sua genealogia pessoas escravizadas ou não, ou mesmo escravizadores.

Algumas vezes penso que teria sido melhor se de alguma forma brancos só tivessem escravizado brancos, ou brancos e negros tivessem sido escravos e escravizadores em proporções iguais. Não que tenha qualquer coisa realmente mais justa nisso do que em uma assimetria total da cor da pele ou continente de origem das pessoas escravizando e sendo escravizadas, apenas talvez se diminuísse as chances do problema se estender em desmembramentos colaterais com esse meme da reificação racial, de duas "entidades" que continuam por gerações. Ainda que pudesse sempre se ter algo parecido só que com castas sem diferenças fenotípicas marcantes, de qualquer forma.



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Faz-se uso de uma mentalidade coletivista, como se não existissem indivíduos negros e brancos - julgando-se cada um de acordo com seu caráter individual -, mas apenas dois grandes "espíritos raciais coletivos atemporais", de forma que se um branco submete, em algum momento da história, um negro à escravidão, então temos que brancos atacaram negros, e não que alguns brancos atentaram contra alguns negros. Então todo branco e todo negro de todas as gerações subsequentes carrega uma parcela de culpa e uma parcela das feridas, apenas por fazer parte de seu respectivo grupo racial.

Novamente, não é algo com o qual não se possa se identificar se imaginarmos uma situação onde ainda se traga essas "feridas". Se o meu bisavô e o seu eram parceiros-chefes de alguma empresa, com o seu tendo dado muito duro para erguer e fazer funcionar o negócio, quando foi vítima de um golpe aplicado pelo meu, perdendo tudo, sendo de alguma forma expurgado da empresa sem direito a nada e sem economias de reserva (novamente, parte da trama do sacana do meu bisavô), não acho inesperado que você não tivesse nenhum pingo de remorso contra mim, enquanto trabalha como gari ou catador de lixo, e passa na minha rua, me vendo falar ao celular à beira da piscina da minha casa. Mesmo que não tenha sido eu que tenha te aplicado um golpe. Eu ao menos acho que não me sentiria exatamente bem do "seu" lado.

Mas enfim, ao mesmo tempo acharia muito mais proveitoso, se estivesse no "seu" lado, e não houvesse qualquer recurso legal a recorrer (porque era muito matuto o sacana do bisavô), ficar focando meus pensamentos nisso. De forma similar que não faz muito sentido pensar se o Brasil não seria muito melhor, talvez, se os portugueses não tivessem expulso os holandeses. Por algum motivo, provavelmente instintivo, esse intervalo de tempo menor faz a coisa ficar mais pessoal, então é realmente mais difícil.

Com isso só estou dizendo que é compreensível, esperada, essa perspectiva de vítima, não que é o ideal, ou que está "certo". O melhor mesmo é se focar naquilo que se pode fazer, não no passado, no que é história. Por outro lado, acidentalmente através desse exercício também acaba sendo talvez possível se colocar na desconfortável e até um tanto revoltante posição de quem escuta esse lado "motivacional" do discurso como bisneto do bisavô vítima de golpe, vindo do bisneto do bisavô golpista...   



É bastante complicado. :/

Offline Dodo

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Re: Promotora quer cota para negros em desfiles de moda
« Resposta #24 Online: 14 de Abril de 2009, 12:21:41 »
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Fillardis: Preconceito de estilista dói e dá pena


A atriz Isabel Fillardis ficou estarrecida com o comentário da estilista Glória Coelho, que diz não saber por que negros haveriam de estar na passarela em eventos de moda. Fillardis analisa que o preconceito "é subliminar":

- Ela não sabe que é preconceituosa. Eu vou crer nisso. Isso é preconceito. Ele só serve para servir, o negro. Para brilhar na passarela, para ser internacional, para ganhar dinheiro, como a Gisele ou como qualquer um, não pode. É horrível isso. Dói. Isso dói muito, sabe? E tenho pena. Eu tenho pena. Tenho, realmente.

Reportagem de Paulo Sampaio publicada no domingo (12) pelo jornal Folha de S.Paulo aborda proposta do Ministério Público Federal de criar cotas para modelos negros na São Paulo Fasion Week, evento dos mais importantes de moda do país.

Na matéria, Glória Coelho manifestou resistência à iniciativa. "Nosso trabalho é arte, algo que tem de dar emoção para o nosso grupo, para as pessoas que se identificam com a gente. (...) Na Fashion Week já tem muito negro costurando, fazendo modelagem, muitos com mãos de ouro, fazendo coisas lindas, tem negros assistentes, vendedoras, por que têm de estar na passarela?".

Isabel Fillardis é hoje atriz global, mas começou a carreira aos onze anos de idade como modelo. Foi representada pela agência Ford Models, a mesma de tops como a israelense Bar Rafaeli. A atriz de 35 anos trabalhou com Paulo Borges, criador da SPFW, e também atuou no cinema.

Fillardis foi informada por telefone sobre o comentário de Glória Coelho e demonstrou profunda indignação. Leia a seguir a entrevista com a atriz.

Terra Magazine - Como avalia a proposta do Ministério Público de criar cotas para modelos negros em eventos de moda?
Isabel Fillardis - Essa discussão é muito ampla. Não existe só um ponto. Por um lado, o Paulo Borges (organizador da SPFW) está certo. Cada um tem o direito de escolha, de querer aquela ou aquele modelo na passarela, com a sua roupa. Mas existe a questão também, (de que) se a gente for colocar cota para tudo, onde é que vai estar a capacidade de cada um? Onde é que está o talento de cada um? A mesma coisa com cota na universidade. A coisa é muito mais profunda do que você simplesmente gerar uma cota para o negro poder trabalhar, seja em qual profissão for, em qual área for. Eu acho que tem que haver outro tipo de discussão. Discutir o por que do preconceito, de onde vem este preconceito, como é que a gente faz para eliminar este preconceito. Porque é uma coisa que está muito mais no subconsciente das pessoas. O preconceito não é uma coisa visível. E se você discutir com alguém, ninguém diz que tem preconceito e nem o por que de ter o preconceito. A questão do preconceito racial vem há tanto tempo, é tão enraizado, que ficou incutido no subconsciente das pessoas que o negro não é capaz de pensar, não é capaz de produzir por si próprio. O negro só serve como burro de carga e o negro é fedido, o negro tem cabelo duro... E por aí vai. Então, como é que a gente faz para mudar a cabeça das pessoas? Porque muita gente pensa assim. Entendeu, filha? Muita gente, que está ali, que é empresário, pensa dessa forma.

Um jeito de começar a discussão e mudar essa mentalidade é a inclusão por cotas para negros? A inciativa é válida?
É válida até certo ponto. Eu acho que não adianta você pegar e impor, tanto para uma universidade ou um empresário, sem pegar este empresário e discutir o por quê. Eu acho que tem discutir com as pessoas por que elas não me escolhem, ou por que elas têm preconceito. Não só perguntar para nós, negros, o que a gente poderia fazer para mudar isso. Porque a gente quer trabalhar. A gente se vê como igual, e eles não nos veem como igual. Por que não? Onde é que está isso (a discriminação)? Você tem o direito de não me contratar para a sua empresa, mas você não pode me pré-julgar pela minha cor. É muito diferente. Você pode dizer para mim que eu não sou capaz, ou que não estou apto a fazer parte do seu casting, ou da sua empresa. Mas você tem que me explicar o por quê. No Brasil a gente não admite isso porque é o país mais miscigenado do mundo.

É difícil qualificar quem é e quem não é negro.
É dificíl você dizer quem é e quem não é negro. A não ser que a pessoa tenha realmente a pele bem negra. Tem tanta mistura. Então fica complicado. Eu acho que tem que chamar todos estes estilistas e quem interessar e discutir.

A visibilidade destes eventos podem fazer uma modelo muito compentente superar a barreira que o fato de ela ser negra traz?
Eu acho que sim. Aí entra a questão da cota, que é a questão da oportunidade. A gente só vai conseguir enxergar estes talentos quando forem dadas as oportunidades. Impostas ou não. Através de cotas ou não. Não tem como você descobrir talentos se você não dá a oportunidade, em qualquer área. O que eu coloco é o empresário ser obrigado a contratar o negro por conta de cota e a pessoa falar: "caraca, cadê meu talento? Eu estou aqui porque foi obrigado colocarem a cota". A autoestima deste negro, como é que fica? Alguns aceitam muito bem, outros não aceitam muito bem. Isso é muito dividido. Eu já ouvi várias opiniões. Eu já ouvi opiniões de negros falando "eu não aceito cota. Eu quero que a pessoa me reconheça pelo meu valor".

Você se sentiria bem em ser contratada por cota?
Não, não. Eu sei que eu sou capaz. Se eu tiver que fazer um teste para me escolherem, eu prefiro fazer o teste do que ser colocada por cota. Se o cara fala para mim: "não, Isabel, você não passou no teste, você não me agradou, eu acho que você não está para fazer...", é uma coisa. Agora o cara nem me dar a oportunidade de eu mostrar o meu trabalho porque eu sou negra, aí não, aí eu não concordo, aí é complicado. Acho válido fazer uma discussão, promover um fórum, um bate-papo, seja lá o nome que a gente queira dar, e convocar as pessoas cara-a-cara para discutir.

Glória Coelho disse que "na Fashion Week já tem muito negro costurando... por que têm de estar na passarela?". Como você recebe este comentário?
A Glória Coelho falou isso? Está vendo, minha filha, aonde está o preconceito? Eu não preciso nem responder nada... Eu fico pasma. O negro só pode ser serviçal, você está entendendo onde está o preconceito? Está no subconsciente das pessoas. É subliminar. Ela não sabe que é preconceituosa. Eu vou crer nisso. Isso é preconceito. Ele só serve para servir, o negro. Para brilhar na passarela, para ser internacional, para ganhar dinheiro, como a Gisele ou como qualquer um, não pode. É horrível isso. Dói. Isso dói muito, sabe? E tenho pena. Eu tenho pena. Tenho, realmente.

Muitas modelos negras já brilharam na passarela.
Muitas, muitas. A gente tem mais graça, mais cor, tudo o que coloca na gente fica bonito. Porque a nossa tez pede cores, pode até usar preto que também cai bem. Eu não vejo essa coisa... O preconceito está na questão de avaliar, de nos avaliar, como se a gente fosse menos que gente. E aí só respeitam, aí vem o outro lado, só respeitam o negro na sociedade aqueles que tem um nível social um pouco melhor. Porque aí tem que respeitar, não vai ter como. Eu quero ver alguém dizer para mim que eu tenho que ficar lá costurando. Vai dizer isso para mim. Ninguém vai dizer. Pode até pensar, mas não vai falar. Não tem peito para falar, não, filha. Que coisa triste. Só teve a declaração dela, ou teve de outras pessoas?

Não. Alexandre Herchcovitch, por exemplo, diz que nunca excluiu modelo por causa de cor. O que eles discutem é se a modelo interfere na recepção pelo público da roupa apresentada. Glória Coelho diz que a criação deve emocionar "o nosso grupo, as pessoas que se identificam com a gente".
Olha só. Ela está escolhendo o modelo para representar sua criação. Ela está visando o cliente. Então ela está querendo dizer que o cliente dela não iria gostar de ver o negro usando a roupa dela. É isso o que ela está querendo dizer. É terrível! Estou assustadíssima com isso. Estou mesmo, estou pasma! Caramba. Olha, é uma pena. É uma pena. Eu acho que tinha que pegar essas pessoas e debater. Sei lá. Agora eu tenho até que fazer coro para a promotora.

Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3701321-EI6581,00-Fillardis+Preconceito+de+estilista+doi+e+da+pena.html

As cotas podem até ser idiotice e servirem como substitutas para encobrir muitas coisas (desde o racismo velado do brasileiro até a péssima educação em algumas escolas públicas), mas que a declaração da estilista foi infeliz, não há dúvida.
« Última modificação: 14 de Abril de 2009, 12:27:11 por Dodo »
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