19:27 Quanto, porém, aqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui, e matai-os diante de mim.
No contexto:
11Ouvindo eles isso, prosseguiu Jesus, e contou uma parábola, visto estar ele perto de Jerusalém, e pensarem eles que o reino de Deus se havia de manifestar imediatamente.
(em outra versão, essa passagem apenas: "11A multidão ouvia tudo que Jesus lhes disse. Como se aproximava já de Jerusalém, Jesus contou uma parábola para desfazer a ideia de que o reino de Deus ia começar imediatamente.")
12Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra longínqua, a fim de tomar posse de um reino e depois voltar.
13E chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai até que eu venha.
14Mas os seus concidadãos odiavam-no, e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: Não queremos que este homem reine sobre nós.
15E sucedeu que, ao voltar ele, depois de ter tomado posse do reino, mandou chamar aqueles servos a quem entregara o dinheiro, a fim de saber como cada um havia negociado.
16Apresentou-se, pois, o primeiro, e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez minas.
17Respondeu-lhe o senhor: Bem está, servo bom! porque no mínimo foste fiel, sobre dez cidades terás autoridade.
18Veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco minas.
19A este também respondeu: Sê tu também sobre cinco cidades.
20E veio outro, dizendo: Senhor, eis aqui a tua mina, que guardei num lenço;
21pois tinha medo de ti, porque és homem severo; tomas o que não puseste, e ceifas o que não semeaste.
22Disse-lhe o Senhor: Servo mau! pela tua boca te julgarei; sabias que eu sou homem severo, que tomo o que não pus, e ceifo o que não semeei;
23por que, pois, não puseste o meu dinheiro no banco? então vindo eu, o teria retirado com os juros.
24E disse aos que estavam ali: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem as dez minas.
25Responderam-lhe eles: Senhor, ele tem dez minas.
26Pois eu vos digo que a todo o que tem, dar-se-lhe-á; mas ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado.
27Quanto, porém, aqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui, e matai-os diante de mim.
Já vi o trecho ser usado, de forma argumentavelmente errônea, que nesse trecho, "Jesus mandou matar". Os crentes no entanto ridicularizam isso, usando como evidência de que as críticas à bíblia se baseiam sempre em pegar partes fora do contexto, que mostra que não é Jesus mandando matar seus inimigos, mas o rei da parábola narrada por ele.
Ao mesmo tempo em que não considero que seja exatamente correta a descrição disso como trecho em que "Jesus mandou matar", de qualquer forma no mínimo é estranho, e não deixa de ser bastante razoável a questão sobre o porque este trecho especificamente foi incluído na parábola, em que ele se comparava (e/ou à Jeová) a esse rei, quando seria totalmente descartável.
Acho que a melhor explicação, a que seria mais honesta, talvez seja de que seria uma espécie de analogia ao inferno. Mas Jesus também era chamado de "rei", então, não sei se não tem algo um pouco mais terreno sugerido aí. Um pouco antes, ainda em Lucas:
27Porém, a verdade é que alguns dos que aqui se encontram não morrerão senão depois de verem o reino de Deus!