Autor Tópico: Psicopatia e Ateísmo  (Lida 16991 vezes)

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Offline Fabi

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Psicopatia e Ateísmo
« Online: 04 de Maio de 2009, 02:17:39 »
Todos os psicopatas são ateus, até porque esse tipo de transtorno não permite a crença em deus ou deuses, embora um psicopata possa dissimular uma crença.

Antes de responder saiba o que é um psicopata:

http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=72
http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=177
http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=52

E um pouco sobre a mentira (arma de trabalho dos psicopatas):  http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=246

(sim, são textos enormes, mas psicopatas são complexos mesmo)

Então... é mais fácil encontrar psicopatas entre ateus ou entre religiosos? E por que?
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Offline FZapp

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #1 Online: 04 de Maio de 2009, 07:33:02 »
Bom, tenho entendido que sociopatas podem ser religiosos inclusive convencidos de serem um instrumento divino, então eu não vejo uma correlação direta entre comportamento antissocial e ateísmo.
--
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Offline Stéfano

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #2 Online: 04 de Maio de 2009, 08:46:16 »
Todos os psicopatas são ateus, até porque esse tipo de transtorno não permite a crença em deus ou deuses, embora um psicopata possa dissimular uma crença.
De onde veio esse dado ?
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #3 Online: 04 de Maio de 2009, 12:36:15 »
Deve ser um transtorno que dota a pessoa meio que instintivamente de argumentações humeanas inconscientes.

No que mais um psicopata não consegue acreditar? Em presidentes? Em extraterrestres? Fantasmas? Em que pode estar sendo observado pela polícia por câmeras escondidas? Ou tem que ser entidades criadoras do universo, necessariamente?

Estranho isso

Offline Mussain!

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #4 Online: 04 de Maio de 2009, 12:42:05 »
Hummm... Eu não tenho muita prática em me relacionar socialmente e sou ateu. Meu deus! Eu sou um psicopata!

Conheço um cara, TJ, que queimou o urso de pelúcia de sua mulher porque "aquilo era adoração. a bíblia condena esse tipo de coisa" - a mulher dormia abraçada com diabo do urso.


Será que quem é mais psicopata dos dois, hein hehehe...?

Offline Orbe

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #5 Online: 04 de Maio de 2009, 16:52:28 »
Eu li os 3 textos, mas não vi nada que impossibilite a crença em um deus por parte dos psicopatas.

Seguir uma religião é que o psicopata não poderia. Religião tem regras, mandamentos, princípios, conceitos de moral e ética. Segundo os textos, eles não seguem regras e não tem noção de moral e ética. No máximo fingem um comportamento moral para chegar onde querem.

Talvez se ele criasse sua própria religião. Ou distorcendo os princípios das religiões existentes. Não sei...

Mas crença em um deus acho que não é impossível para psicopatas.
Se você se importasse não estaria discutindo e sim agindo...

Offline Fabi

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #6 Online: 04 de Maio de 2009, 19:52:55 »
Todos os psicopatas são ateus, até porque esse tipo de transtorno não permite a crença em deus ou deuses, embora um psicopata possa dissimular uma crença.
De onde veio esse dado ?
Citação de: Critérios para diagnóstico do Psicopata (Hare, Hart , Harpur)
1. Problemas de conduta na infância.
2. Inexistência de alucinações e delírio.
3. Ausência de manifestações neuróticas.
4. Impulsividade e ausência de autocontrole.
5. Irresponsabilidade
6. Encanto superficial, notável inteligência e loquacidade.
7. Egocentrismo patológico, autovalorização e arrogância.
8. Incapacidade de amar.
9. Grande pobreza de reações afetivas básicas.
10. Vida sexual impessoal, trivial e pouco integrada.
11. Falta de sentimentos de culpa e de vergonha.
12. Indigno de confiança, falta de empatia nas relações pessoais.
13. Manipulação do outro com recursos enganosos.
14. Mentiras e insinceridade.
15. Perda específica da intuição.
16. Incapacidade para seguir qualquer plano de vida.
17. Conduta anti-social sem aparente arrependimento.
18. Ameaças de suicídio raramente cumpridas.
19. Falta de capacidade para aprender com a experiência vivida.
Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=72
É que não parece compatível com um psicopata uma crença em deus ou deuses....

Mas veja, eu estou falando que o psicopata é ateu e não que ateus são psicopatas. É a mesma coisa que dizer o céu é azul, e não tudo que é azul é céu. Ou o alface é verde, e não tudo que é verde é alface.
Citar
2. - Mentiras sistemáticas e Comportamento fantasioso.
Embora qualquer pessoa possa mentir, temos de distinguir a mentira banal da mentira psicopática. O psicopata utiliza a mentira como uma ferramenta de trabalho. Normalmente está tão treinado e habilitado a mentir que é difícil captar quando mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada.

O psicopata não mente circunstancialmente ou esporadicamente para conseguir safar-se de alguma situação. Ele sabe que está mentindo, não se importa, não tem vergonha ou arrependimento, nem sequer sente desprazer quando mente. E mente, muitas vezes, sem nenhuma justificativa ou motivo.

Normalmente o psicopata diz o que convém e o que se espera para aquela circunstância. Ele pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, simulando tentativas de suicídio, etc.

É comum que o psicopata priorize algumas fantasias sobre circunstâncias reais. Isso porque sua personalidade é narcisística, quer ser admirado, quer ser o mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar a realidade à sua imaginação, à seu personagem do momento, de acordo com a circunstância e com sua personalidade é narcisística. Esse indivíduo pode converter-se no personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso, propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem verdadeiro.
Alguém tão mentiroso e egocentrico não parece ser compatível com crença em deus ou deuses... :? Religião é  tudo que um psicopata não quer... moral, regras, ética, proibe a mentira, manda amar um deus acima de tudo.
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Offline Vito

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #7 Online: 04 de Maio de 2009, 21:20:02 »
Absurdo total.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #8 Online: 04 de Maio de 2009, 22:19:03 »
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2. - Mentiras sistemáticas e Comportamento fantasioso.
Embora qualquer pessoa possa mentir, temos de distinguir a mentira banal da mentira psicopática. O psicopata utiliza a mentira como uma ferramenta de trabalho. Normalmente está tão treinado e habilitado a mentir que é difícil captar quando mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada.

O psicopata não mente circunstancialmente ou esporadicamente para conseguir safar-se de alguma situação. Ele sabe que está mentindo, não se importa, não tem vergonha ou arrependimento, nem sequer sente desprazer quando mente. E mente, muitas vezes, sem nenhuma justificativa ou motivo.

Normalmente o psicopata diz o que convém e o que se espera para aquela circunstância. Ele pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, simulando tentativas de suicídio, etc.

É comum que o psicopata priorize algumas fantasias sobre circunstâncias reais. Isso porque sua personalidade é narcisística, quer ser admirado, quer ser o mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar a realidade à sua imaginação, à seu personagem do momento, de acordo com a circunstância e com sua personalidade é narcisística. Esse indivíduo pode converter-se no personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso, propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem verdadeiro.
Alguém tão mentiroso e egocentrico não parece ser compatível com crença em deus ou deuses... :? Religião é  tudo que um psicopata não quer... moral, regras, ética, proibe a mentira, manda amar um deus acima de tudo.

Me parece um perfil bem adequado a ser pastor ou algo do tipo.

Offline Fabi

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #9 Online: 04 de Maio de 2009, 23:10:03 »
Me parece um perfil bem adequado a ser pastor ou algo do tipo.
Sim, e de um ditador também. Existem vários tipos de psicopatas:

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Com finalidade exclusivamente didática, modificamos, condensamos e sistematizamos a subtipologia de Millon da seguinte forma:

1 - O Psicopata Carente de Princípios: Este tipo de psicopata se apresenta freqüentemente associado às personalidades narcisistas e histéricas. Podem até conseguir manter-se com êxito nos limites do legal.

Estes psicopatas exibem com arrogância um forte sentimento de autovalorização, indiferença para com o bem estar dos outros e um estilo social continuamente fraudulento. Existe neles sempre a expectativa de explorar os demais (esse traço pode corresponder ao estilo dominante dos Psicopatas Primário e Secundário de Blackburn).

Há neles uma consciência social bastante deficiente e se faz notória uma grande inclinação para violação das regras, sem se importarem com os direitos alheios. A irresponsabilidade social se percebe através de fantasias expansivas e de grosseiras, contumazes e persistentes mentiras.

Falta, nesses Psicopatas Carentes de Princípios, o Superego. Essa falta é responsável pelos seus relacionamentos inescrupulosos, amorais, desleais e exploradores. Podem estar presentes entre sociedades de artistas e de charlatões, muitos dos quais são vingativos e desdenhosos com suas vítimas.

O psicopata sem princípios mostra sempre um desejo de correr riscos, sem experimentar temor de enfrentar ameaças ou ações punitivas. São buscadores de novas sensações. Suas tendências maliciosas resultam em freqüentes dificuldades pessoais e familiares, assim como complicações legais.

Estes psicopatas narcisistas funcionam como se não tivessem outro objetivo na vida, senão explorar os demais para obter benefícios pessoais. Eles são completamente carentes de sentimentos de culpa e de consciência social. Normalmente sua relação com os demais dura tempo suficiente em que acredita ter algo a ganhar.

Os Psicopatas Carentes de Princípios exibem uma total indiferença pela verdade, e se são descobertos ou desmascarados, podem continuar demonstrando total indiferença. Uma de suas maiores habilidades é a facilidade que têm em influenciar pessoas, ora adotando um ar de inocência, ora de vítima, de líder, enfim, assumindo um papel social mais indicado para a circunstância. Podem enganar a outros com encanto e eloqüência. Quando castigados por seus erros, ao invés de corrigirem-se, podem avaliar a situação e melhorar suas técnicas em continuar a conduta exploradora.

Carentes de qualquer sentimento de lealdade, juntamente com uma extrema competência em desempenhar papéis, os psicopatas normalmente ocultam suas intenções debaixo de uma aparência de amabilidade e cortesia.

2 - O Psicopata Malévolo: Juntamos aqui as características que Millon atribui aos subtipos Malévolo, Tirânico e Maléfico, por razões didáticas e por considerar que todos três comumente se manifestam numa mesma pessoa.

Os Psicopatas Malévolos são particularmente vingativos e hostis. Seus impulsos são descarregados num desafio maligno e destrutivo da vida social convencional. Eles têm algo de paranóicos na medida em que desconfiam exageradamente dos outros e, antecipando traições e castigos, exercem uma crueldade fria e um intenso desejo de vingança.

Além de esses psicopatas repudiarem emoções ternas, há neles uma profunda suspeita de que os bons sentimentos dos demais são sempre destinados a enganá-los. Adotam uma atitude de ressentimento e de propensão a buscar revanche em tudo, tendendo dirigir a todos seus impulsos vingativos. Alguns traços desses psicopatas se parecem com os sádicos e/ou paranóides, com características beligerantes, mordazes, rancorosos, viciosos, malignos, frios, brutais, truculentos e vingativos, fazendo, dessa forma, com que muitos deles se revelem assassinos e assassinos seriais.

Quando os Psicopatas Malévolos enfrentam à lei e sofrem sanções judiciais, ao invés de se corrigirem, aumentam ainda mais seu desejo de vingança. Quando se situam em alguma posição de poder, eles atuam brutalmente para confirmar sua imagem de força.

Irritados pelo freqüente repúdio social que despertam, esses Psicopatas Malévolos estão continuamente experimentando uma necessidade de retribuição agressiva, a qual pode, eventualmente, expressar-se abertamente em atentados coletivos ou atitudes anti-sociais (a luta sociedade versus eu). De qualquer forma, nunca demonstram a o mínimo sentimento de culpa ou arrependimentos por seus atos violentos. Ao invés disso, mostram uma arrogante depreciação pelos direitos dos outros.

É curioso o fato desses psicopatas serem capazes de dar uma explicação racional aos conceitos éticos, capazes de conhecerem a diferença entre o que é certo e errado, mas, não obstante, são incapazes de experimentar tais sentimentos.

A noção ética faz com que o Psicopata Malévolo defina melhor os limites de seus próprios interesses e não perca o controle de suas ações. Esse tipo de psicopata se encontra entre os mais ameaçantes e cruéis. Ele é invariavelmente destrutivo, sem misericórdia e desumano.

A noção de certo-errado faz com que esses psicopatas sejam oportunistas e dissimulem suas atitudes ao sabor das circunstâncias, ou seja, diante da autoridade jamais atuam sociopaticamente. Portanto, eles são seletivos na eleição de suas vítimas, identificando sujeitos mais vulneráveis a sua sociopatia ou que mais provavelmente se submetam aos seus caprichos. Mais que qualquer outro bandido, este psicopata desfruta prazer em proporcionar sofrimento e ver seus efeitos danosos em suas vítimas.

3 - O Psicopata Dissimulado: seu comportamento se caracteriza por um forte disfarce de amizade e sociabilidade. Apesar dessa agradável aparência, ele oculta falta de confiabilidade, tendências impulsivas e profundo ressentimento e mau humor para com os membros de sua família e pessoas próximas.

Na realidade, didaticamente poderíamos comparar o Psicopata Dissimulado como uma mistura bastante piorada dos transtornos Borderline e Histérico da Personalidade. Isso significa que ele pleiteia um estilo de vida socialmente teatral, com persistente busca de atenção e excitação, permeada por um comportamento muito sedutor.

Por essas características Millon já considerava o Psicopata Dissimulado como uma variante da Personalidade Histriônica, continuamente tentando satisfazer sua forte necessidade de atenção e aprovação. Essas características não estão presentes no Psicopata Carente de Princípios ou no Malévolo, os quais centram em sí mesmo sua preocupação e são indiferentes às atitudes e reações dos outros.

Esse subtipo dissimulado costuma exibir entusiasmo de curta duração pelas coisas da vida, comportamentos imaturos de contínua buscas de sensações. Seguindo as características básicas e comuns à todos os psicopatas, o dissimulado também tende a conspirar, mentir, a ter um enfoque astuto para com a vida social, a ser calculista, insincero e falso. Muito provavelmente ele não admite a existência de qualquer dificuldade pessoal ou familiar, e exibe um engenhoso sistema de negações. As dificuldades interpessoais são racionalizadas e a culpa é sempre projetada sobre terceiros.

A contundente falsidade é a característica principal deste subtipo. O Psicopata Dissimulado age com premeditação e falsidade em todas suas relações, fazendo tudo o que for necessário para obter exatamente o que querem dos outros. Por outro lado, em diferentemente do Psicopata Carente de Princípios ou do Psicopata Malévolo, parece desfrutar prazerosamente do jogo da sedução, obtendo excitação nas conquistas.

Mesmo aparentando intenções de proteger certas pessoas, o Psicopata Dissimulado é frio, calculista e falso, caracterizando mais ainda um estilo fortemente manipulador. Essa característica pode ser conseqüência da convicção íntima de que ninguém poderá amá-lo ou protegê-lo, a menos que consiga manipular a todos. Apesar de reconhecer que está manipulando seu entorno social, tenta convencer aos outros de que suas intenções são boas e que suas atitudes são, no mínimo, bem intencionadas.

Quando as pessoas com esse tipo de psicopatia são pressionadas ou confrontadas, sentem-se muito encabulados e suas reações oscilam entre a explosão agressiva e vingança calculista. A característica afabilidade dos Psicopatas Dissimulados é superficial e extremamente precária, estando sempre predispostos a depreciarem imediatamente a qualquer um que represente alguma ameaça à sua hegemonia, chegando mesmo a perderem o controle e explodirem em cólera.

4 - O Psicopata Ambicioso: perseguem avidamente seus engrandecimentos. Os Psicopatas Ambiciosos sentem que a vida não lhes tem dado tudo o que merecem, que têm sido privados de seus direitos ao amor, ao apoio, ou às gratificações materiais. Normalmente acham que os outros têm recebido mais que eles, e que nunca tiveram oportunidades de uma vida boa.

Portanto, estão motivados por um desejo de retribuição, de compensar-se pelo que tem sido despojado pelo destino. Através de atos de roubo ou destruição, se compensam a si mesmos pelo vazio de suas vidas, sem importar-lhes as violações que cometam à ordem social. Seus atos são racionalizados através da idéia de que nada fazem senão restaurar um equilíbrio alterado.

Para os Psicopatas Ambiciosos que estão somente ressentidos, mas que ainda têm controle minimamente crítico de seus atos, pequenas transgressões e algumas aquisições são suficientes para aplacar essas motivações. Mas para aqueles que têm estas características psicopáticas mais desenvolvidas, somente a usurpação de bens e coisas alheias podem satisfazê-los.

O prazer psicopático nos ambiciosos está baseado mais em tomar do que em ter. Como a fome que os animais experimentam em relação à presa, os Psicopatas Ambiciosos têm um enorme impulso para a rapinagem, e tratam os demais como se fossem peões num tabuleiro de xadrez de poder.

Além de terem pouca consideração pelos efeitos de sua conduta, sentindo pouca ou nenhuma culpa pelos efeitos de suas ações, como os demais psicopatas, os ambiciosos nunca chegam a sentir que tem adquirido o bastante para compensar suas privações. Independentemente de suas conquistas, permanecem sempre ciumentos e invejosos, agressivos e ambiciosos, exibindo todas vezes que podem, posses e consumo ostentoso.

A maioria deles é totalmente centrada em si mesmos, contribuindo isso para sua comum atitude libertina e em busca de sensações. Esses psicopatas nunca experimental um estado de completa satisfação, sentindo-se não realizados, vazios, desolados, independentemente do êxito que possam ter obtido. Insaciáveis, estão sempre convencidos de que serão sempre despojados de seus direitos e desejos.

Ainda que o subtipo ambicioso seja parecido, em alguns aspectos, ao Psicopata Carente de Princípios, ele exerce uma exploração mais ativa e sua motivação central é manifestada através da inveja e apropriação indevida das posses alheias. O Psicopata Ambicioso experimenta não só um sentimento profundo de vazio, senão também uma avidez poderosa de amor e reconhecimento que, segundo ele, não lhe ofereceram na infância.

4 - O Psicopata Explosivo: diferencia-se das outras variantes pela emergência súbita e imprevista de hostilidade. Estes psicopatas são caracterizados por fúria incontrolável e ataque a outros, furor este freqüentemente descarregado sobre membros da própria família. A explosão agressiva se precipita abruptamente, sem dar tempo de prevenir ou conter. Sentindo-se frustrados e ameaçados, estes Psicopatas Explosivos respondem de uma maneira volátil, daninha e mórbida, fascinando aos demais pela brusca forma com que os surpreende.

Desgostosos e frustrados na vida, estas pessoas perdem o controle e buscam vingança pelos alegados maus tratos a que foram precocemente submetidos. Em contraste com outros psicopatas, esses não se movem de maneira sutil e afável. Pelo contrário, seus ataques explodem incontrolavelmente, quase sempre, sem nenhuma provocação aparente. Esta qualidade de beligerância súbita, tanto quanto sua fúria desenfreada, distingue estes psicopatas dos outros subtipos. Muitos são hipersensíveis aos sentimentos de traição, a ponto de fantasiarem deslealdades o tempo todo.
O psicopata manipula, dissimula, mente perfeitamente e são sedutores. 

:? Eu fiquei pensando, uma pessoa com essas características não pode crer em deus, mas pode fingir que crê para uma platéia.

E o Orbe entendeu minha tese:
Eu li os 3 textos, mas não vi nada que impossibilite a crença em um deus por parte dos psicopatas.

Seguir uma religião é que o psicopata não poderia. Religião tem regras, mandamentos, princípios, conceitos de moral e ética. Segundo os textos, eles não seguem regras e não tem noção de moral e ética. No máximo fingem um comportamento moral para chegar onde querem.

Talvez se ele criasse sua própria religião. Ou distorcendo os princípios das religiões existentes. Não sei...

Mas crença em um deus acho que não é impossível para psicopatas.
É que eles tem certas características que tornam bem impossível crer em entidades superiores...

Por isso to perguntando: Onde é mais fácil encontrar um psicopata? :?
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Offline Dodo

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #10 Online: 04 de Maio de 2009, 23:23:59 »
Em qualquer lugar, crença ou falta dela não tem nada a ver com psicopatia.

A crença em um deus ou deuses também é uma construção social e cultural a que estamos sujeitos, ou seja, somos levados desde criança, a maioria de nós acredito eu, a crer em algo.

Muitos dos psicopatas apresentaram um histórico de vida que mostravam maltratos na infância, além uma série de fatores onde era claro o peso da herança social e cultural no desenvolvimento da psicopatia deles.

No fundo, não importa se eles acreditam ou não em Deus, isso não tem nada a ver com psicopatia, a questão é que, mesmo acreditando que exista um Deus que vai puni-lo pelos crimes, eles não se importam.

EDIT: Três psicopatas (a lista é enorme) que sofreram abusos na infância (físicos ou psicológicos):

Ed Gein, Andrey Chikatilo e Pedro Alonso.
« Última modificação: 04 de Maio de 2009, 23:32:41 por Dodo »
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline dr.horrormentes

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #11 Online: 04 de Maio de 2009, 23:32:47 »
Charles Manson achava que era Jesus.

Jim Jones lembra dele?
Eu sou loco por falar com meu cachorro? pelo menos sei que ele existe, e você que fala com mitos???

Offline Fabi

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #12 Online: 04 de Maio de 2009, 23:42:17 »
Em qualquer lugar, crença ou falta dela não tem nada a ver com psicopatia.

A crença em um deus ou deuses também é uma construção social e cultural a que estamos sujeitos, ou seja, somos levados desde criança, a maioria de nós acredito eu, a crer em algo.

Muitos dos psicopatas apresentaram um histórico de vida que mostravam maltratos na infância, além uma série de fatores onde era claro o peso da herança social e cultural no desenvolvimento da psicopatia deles.

No fundo, não importa se eles acreditam ou não em Deus, isso não tem nada a ver com psicopatia, a questão é que, mesmo acreditando que exista um Deus que vai puni-lo pelos crimes, eles não se importam.
É genético também. Mas o que importa é como a gente acha um sujeito assim tão dissimulado e que parece ser confiável, e que pode chegar a matar... :medo: sem nem pensar duas vezes....

E agora que você falou, vem uma outra pergunta. Você diz: A crença em um deus ou deuses também é uma construção social e cultural a que estamos sujeitos, ou seja, somos levados desde criança, a maioria de nós acredito eu, a crer em algo. E depois diz: Muitos dos psicopatas apresentaram um histórico de vida que mostravam maltratos na infância, além uma série de fatores onde era claro o peso da herança social e cultural no desenvolvimento da psicopatia deles. Então se eles fossem criados num "lar cristão"*, cheio de valores e princípios éticos, sem maus tratos, eles não seriam psicopatas? De certa forma ser criado numa religião influi em não se tornar um psicopata? De alguma forma desenvolve aquela parte do cérebro que impõe limites? :umm:

* Pai, mãe, tudo certinho, sem rejeição por parte de ninguém, sem divorcios, padrastos, madrastas, e etc...
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Offline Fabi

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #13 Online: 04 de Maio de 2009, 23:44:17 »
Charles Manson achava que era Jesus.

Jim Jones lembra dele?
Sim, mas existem vários tipos de psicopatas e nem todos viram um líder maluco que nem Jim Jones e Stalin.
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Offline Dodo

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #14 Online: 05 de Maio de 2009, 01:45:29 »
É genético também. Mas o que importa é como a gente acha um sujeito assim tão dissimulado e que parece ser confiável, e que pode chegar a matar... :medo: sem nem pensar duas vezes....

Eu me lembro de pelo menos dois casos onde os criminosos alegaram, durante a defesa, uma aberração cromossômica para justificar seus crimes: um deles possuía um cromossomo feminino extra (YXX), ao passo que o outro possuía um cromossomo masculino extra (YYX).

Pesquisas que buscam descobrir fatores físicos (não emocionais) para explicar o comportamento de psicopatas e criminosos violentos foram feitas e descobriram alguns resultados intrigantes: desde alterações na estrutura cerebral até ferimentos causados por algum tipo de trauma na cabeça (pancadas, etc.).

Mesmo assim nenhuma delas conseguiu disassociar completamente o comportamento violento e criminoso de algum catalisador emocional. Uma pessoa com um cromossomo masculino extra poderia produzir mais testosterona e se tornar um excelente desportista, ao invés de se tornar um psicopata e arrancar a pele de jovens mulheres em torturas sadomasoquistas.

OBSERVAÇÃO: são vários medicos e pesquisas diferentes, vou tentar organizar as fontes e depois as coloco aqui.

E agora que você falou, vem uma outra pergunta. Você diz: A crença em um deus ou deuses também é uma construção social e cultural a que estamos sujeitos, ou seja, somos levados desde criança, a maioria de nós acredito eu, a crer em algo. E depois diz: Muitos dos psicopatas apresentaram um histórico de vida que mostravam maltratos na infância, além uma série de fatores onde era claro o peso da herança social e cultural no desenvolvimento da psicopatia deles. Então se eles fossem criados num "lar cristão"*, cheio de valores e princípios éticos, sem maus tratos, eles não seriam psicopatas? De certa forma ser criado numa religião influi em não se tornar um psicopata? De alguma forma desenvolve aquela parte do cérebro que impõe limites? :umm:

Quando falei da religião, eu me referi a ela como uma construção sócio-cultural aprimorada durante séculos como o único instrumento para definirmos o que é moral e ético numa sociedade, e quando me referi ao peso da herança sócio-cultural, estava me atendo principalmente aqueles que sofreram maltratos e abusos na infância. Resumindo:  me referi primeiramente a sociedade como um todo e depois apenas ao ambiente familiar.

Ser criado num lar cristão e ainda assim ser um psicopata pode ser reflexo de como as pessoas vivenciam a religião, o próprio fato de se impor limites a uma criança pode ser uma violência, dependendo da maneira de como isso é feito. Alguns psicopatas se automutilavam, imagine uma criança com tendências masoquistas sendo surrada cada vez que fazia algo errado? Era a glória! (Pode até parecer, mas isso não foi uma tentativa de se fazer piada). Lembrando aqui que a bíblia orienta os pais a castigarem fisicamente seus filhos.

Em muitos lares religiosos podemos encontrar coisas como: aversão a homossexuais, o sexo como tabu ( ou algo pecaminoso e sujo), possessões demoníacas como desculpa para vários problemas, adultos dominadores, restrições a coisas triviais (festas, roupas, maquiagens...), ou seja, nem todos são ambientes saúdaveis ou pelo menos capazes de refrear um comportamento violento.

Além de que também temos o fato de que uma criança terá que obrigatoriamente se socializar com outras pessoas, seja na escola ou qualquer outro ambiente. Um lar perfeitamente seguro pode deixá-la incapacitada para se defender de um ambiente hostil e uma criança medrosa será, quase sempre, um adulto medroso, mas também pode se tornar alguém vingativo e cruel, se vingando das próprias humilhações em outras pessoas, ou então, se projetando em suas vítimas e tentando, de alguma forma, eliminar o seu próprio EU que ele rejeita ou tentando se vingar de seu passado.

Não existe uma regra ou uma fórmula para se criar ou se descobrir um psicopata, mesmo que todos compartilhem muitas coisas em comum, é perigoso se afirmar que sabemos exatamente o que acontecerá com uma criança X num ambiente Y.

Assim como houveram estudos que mostraram que vários criminosos possuiam certas características que condiziam com o perfil de um psicopata, outros trabalhos mostraram soldados que voltaram da guerra sofrendo também diversas desordens de ordem psicológica, sendo alguns tendo que ser aposentados prematuramente.

A pergunta é: esse soldados já possuíam alguma propensão a esses problemas ou apenas a guerra e alguns agentes químicos foram responsáveis por isso? *

* eu não sei qual a postura do departamento de defesa americano sobre isso, mas não creio que eles estejam propensos a apoiar pesquisas que mostrem que seus soldados podem ser ou terem se tornado psicopatas.


Acredito que que não exista apenas uma parte do cérebro responsável por impor limites, o que sei é que o sistema límbico é responsável pelas nossas emoções, e danos ou defeitos congênitos nessa área podem levar um sujeito a ter problemas para lidar com emoções como medo e raiva, socialização e instintos primários.


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Pai, mãe, tudo certinho, sem rejeição por parte de ninguém, sem divorcios, padrastos, madrastas, e etc...

Um dos mais conhecidos serial killers americanos, Ted Bundy, teve uma infância normal. Anos mais tarde ele descobriu que sua "irmã" era na verdade sua mãe e que seus "pais" eram seus avós, além disso, sua noiva a época rompeu o noivado. Só para constar, alguns anos depois ele reatou essa relação, só para abandoná-la algum tempo depois. Teve a sua vingança, rejeitou a mulher que o rejeitará. Um dos perfis do psicopata: sempre estar no controle.

O biótipo de suas vítimas era muito parecido com o da sua ex-noiva e também o da sua mãe. Jovens, cabelos compridos e divididos ao meio.

Seu lar não era perfeito, mas estava longe de ser um inferno na terra. Talvez outros indícios de sua loucura tenham sido deixados de lado ou ninguém tenha dado importância, mas o fato é que ele projetou a mãe e a ex-noiva nas suas vítimas. Talvez ele tivesse feito a mesma coisa por motivos diferentes, mas não temos como saber. De qualquer forma, sendo um problema físico ou não, algum fator emocional quase sempre está envolvido quando os psicopatas começam a praticar seus crimes.
« Última modificação: 05 de Maio de 2009, 04:48:55 por Dodo »
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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #15 Online: 05 de Maio de 2009, 02:37:18 »
Este tópico me lembrou o Alex, personagem do filme Laranja Mecânica.

Depois de ser preso ele se torna um prisioneiro exemplar, inclusive religioso. O mais engraçado é quando o personagem dele narra (in off) o que ele achava interessante na bíblia: sexo e violência, o resto era "pregação em sentido".

Devido ao seu bom comportamento ele é selecionado para um tratamento experimental.

Bem típico dos psicopatas: muitos deles se tornam prisioneiros modelos.
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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #16 Online: 05 de Maio de 2009, 07:31:41 »
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Alguém tão mentiroso e egocentrico não parece ser compatível com crença em deus ou deuses... Confused Religião é  tudo que um psicopata não quer... moral, regras, ética, proibe a mentira, manda amar um deus acima de tudo.

Mas Fabi, as regras são para os outros, nesse 'esquema' um psicopata pode tudo porque é enviado de Deus.
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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #17 Online: 05 de Maio de 2009, 07:32:34 »
Charles Manson achava que era Jesus.

Jim Jones lembra dele?
Sim, mas existem vários tipos de psicopatas e nem todos viram um líder maluco que nem Jim Jones e Stalin.

Mas existiram Jim Jones ou caras como Manson, então psicopatas podem sim ser inclusive líderes de seitas malucas.
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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #18 Online: 05 de Maio de 2009, 07:40:22 »
(...)
Talvez se ele criasse sua própria religião. Ou distorcendo os princípios das religiões existentes. Não sei...

Mas crença em um deus acho que não é impossível para psicopatas.

Vai ser difícil ver até onde ele um Richelieu foi psicopata, até onde ia a sua crença vai. Me parece que tudo isso depende mais da sociedade onde o psicopata está inserido. E me parece bastante difícil comprovar o sistema de crenças de alguém que utiliza crenças para manipular as pessoas em volta.

Ao que tudo indica, Caligula se sentia impotente por não ser um deus, tinha inveja e medo de deuses (do panteão romano, no caso).
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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #19 Online: 05 de Maio de 2009, 08:49:44 »
Charles Manson achava que era Jesus.

Jim Jones lembra dele?
Sim, mas existem vários tipos de psicopatas e nem todos viram um líder maluco que nem Jim Jones e Stalin.

A propósito, considerando os critérios para se definir um psicopata, porque você considera Stalin como sendo um deles?
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Offline Jeanioz

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #20 Online: 05 de Maio de 2009, 09:46:58 »
Alguém tão mentiroso e egocentrico não parece ser compatível com crença em deus ou deuses... :? Religião é  tudo que um psicopata não quer... moral, regras, ética, proibe a mentira, manda amar um deus acima de tudo.

Alguém tão mentiroso e egocentrico tem que ser ateu... ::)

Offline calvino

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #21 Online: 05 de Maio de 2009, 10:31:59 »
sabia que estava cercado por psicopatas!
"Se a moralidade representa o modo como gostaríamos que o mundo funcionasse, a economia representa o modo como ele realmente funciona" Freakonomics.

Offline Mussain!

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #22 Online: 05 de Maio de 2009, 17:09:48 »
Na idade média a tortura e incineração de pessoas vivas era até moda.... Se estes religiosos (que assassinaram em nome de deus) não entram na classificação de psicopatas, então alguns religiosos podem ser piores que psicopatas.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #23 Online: 05 de Maio de 2009, 18:26:49 »
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Alguém tão mentiroso e egocentrico não parece ser compatível com crença em deus ou deuses... Confused Religião é  tudo que um psicopata não quer... moral, regras, ética, proibe a mentira, manda amar um deus acima de tudo.

Mas Fabi, as regras são para os outros, nesse 'esquema' um psicopata pode tudo porque é enviado de Deus.

Hitler (católico), não sei se psicopata no sentido técnico do termo, acabou desenvolvendo essa perspectiva, desde o "minha luta" já tinha um pouco isso, e as tentativas de assassinato falhas ele creditava também a Deus zelando por ele.

Offline FZapp

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #24 Online: 05 de Maio de 2009, 18:46:25 »
sabia que estava cercado por psicopatas!

Se cuida ! Nos já sabemos que gosta de Calvin ...  :twisted:
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