Autor Tópico: Psicopatia e Ateísmo  (Lida 16994 vezes)

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Offline HFC

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #75 Online: 16 de Julho de 2009, 14:35:29 »

E não se trata de entrevistas psicopatas, mas avaliar e estudar seu modus operandi. Quem, em sã consciência, vai investigar características determinantes da psicopatia entrevistando um psicopata? Um indivíduo que sabe agir de forma a manipular e seduzir os outros claramente fará afirmações que o tornem apresentável aos olhos dos outros - mesmo que isso signifique descrever com tranquilidade as atrocidades que cometeu.  Para tratar da psicopatia é preciso avaliar casos de psicopatas, estudar sua vida pregressa, emprego, relações interpessoais e como se sente no mundo.

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Offline Lua

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #76 Online: 16 de Julho de 2009, 18:02:48 »
Uma observação Fabi : um psicopata não poderia se achar um enviado de uma deidade ? Os códigos morais estabelecidos não importariam muito para ele, já que ele poderia imaginar ter uma comunicação direta com a deidade e estar cumprindo a missão determinada por essa deidade.

A idéia da ausência de crença numa deidade para os psicopatas não fica evidente nem necessária.

Fica interessante pensar que alguns dos psicopatas, imaginam-se dominados por deidades malévolas. O diabinho que dá os péssimos conselhos na versão hardcore.


É esse o ponto que tento deixar claro aqui, Humberto. Afirmar que todo psicopata é ateu não apenas carece de comprovação científica e dados reais, mas também demonstra o desconhecimento de casos em que o psicopata age inspirado ou 'dominado' por uma entidade superior - seja ela benévola ou malévola. Obviamente, não estou falando de um distúrbio em que o indivíduo visualiza tal entidade - como no caso da esquizofrenia.

E não se trata de entrevistas psicopatas, mas avaliar e estudar seu modus operandi. Quem, em sã consciência, vai investigar características determinantes da psicopatia entrevistando um psicopata? Um indivíduo que sabe agir de forma a manipular e seduzir os outros claramente fará afirmações que o tornem apresentável aos olhos dos outros - mesmo que isso signifique descrever com tranquilidade as atrocidades que cometeu.  Para tratar da psicopatia é preciso avaliar casos de psicopatas, estudar sua vida pregressa, emprego, relações interpessoais e como se sente no mundo.

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Muito boa, Humberto.  :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria:
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Offline Fabi

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #77 Online: 16 de Julho de 2009, 20:24:36 »
:demente:
De novo: psicopatas mentem e manipulam. E só fazem o que é conveniente, se for conveniente dizer que acredita em deuses, que é enviado de jesus, ele vai fazer isso, mas não significa que seja verdade, já que psicopatas são mentirosos. E quanto ao entrevistar psicopatas (como se mentiras fossem só palavras :demente:) no passado psicopatas já convenceram psiquiatras que estavam curados, e era mentira, manipulação...porque psicopatas são mentirosos.

O que significa vida pregressa? Na vida de um psicopata nada é verdade, se ele ia a igreja, só ia porque é conveniente, se ele dizia que acreditava em deus, é porque é conveniente. Psicopatas são bem convincentes. Querem um estudo sobre alguém que é um holograma? Boa sorte. Os psiquiatras já aprenderam isso quando acreditaram que psicopatas tavam curados. Mas o que sabem os psiquiatras né?

E quanto a pergunta do HFC eu nem vou responder porque esquizofrenia e psicopatia são transtornos diferentes.
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“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline N3RD

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #78 Online: 16 de Julho de 2009, 20:48:46 »
Nada de provas nada de acreditar!
Não deseje.

Offline Tupac

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #79 Online: 16 de Julho de 2009, 21:40:07 »
Citar
E quanto a pergunta do HFC eu nem vou responder porque esquizofrenia e psicopatia são transtornos diferentes.
E são excludentes?

"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida."
 - Carl Sagan

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Offline Lua

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #80 Online: 17 de Julho de 2009, 09:34:47 »
:demente:
De novo: psicopatas mentem e manipulam. E só fazem o que é conveniente, se for conveniente dizer que acredita em deuses, que é enviado de jesus, ele vai fazer isso, mas não significa que seja verdade, já que psicopatas são mentirosos. E quanto ao entrevistar psicopatas (como se mentiras fossem só palavras :demente:) no passado psicopatas já convenceram psiquiatras que estavam curados, e era mentira, manipulação...porque psicopatas são mentirosos.

Entre o que um psicopata diz e o que suas atitudes pregressas e atuais demonstram há um abismo. Caso você não saiba, as entrevistas e estudos com pacientes psicopatas não tratam unicamente das opiniões por eles emitidas, mas buscam raízes, ou seja, investigam desde a infância, seu comportamento no trabalho etc. 

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A psicopatia é incurável?
Por meio das terapias tradicionais, sim. Pegue-se o modelo-padrão de atendimento psicológico nas prisões. Ele simplesmente não tem nenhum efeito sobre os psicopatas. Nesse modelo, tenta-se mudar a forma como os pacientes pensam e agem estimulando-os a colocar-se no lugar de suas vítimas. Para os psicopatas, isso é perda de tempo. Ele não leva em conta a dor da vítima, mas o prazer que sentiu com o crime. Outro tratamento que não funciona para criminosos psicopatas é o cognitivo – aquele em que psicólogo e paciente falam sobre o que deixa o criminoso com raiva, por exemplo, a fim de descobrir o ciclo que leva ao surgimento desse sentimento e, assim, evitá-lo. Esse procedimento não se aplica aos psicopatas porque eles não conseguem ver nada de errado em seu próprio comportamento.

Você disse certo: no passado. Postei um trecho de uma entrevista com uma autoridade no assunto (alguém que, de fato, estuda psicopatas há décadas e sabe como se comportam, inclusive quanto a questão da 'mentira' que você adora abordar) que fala a respeito da dificuldade em se determinar que um indíviduo como esses foi  curado. Que fique claro: a mente de um psicopata é complexa o suficiente para que poucos estudiosos possam falar dela com precisão.

Um psicopata é também fruto do ambiente, de modo que ele absorverá a cultura local, inclusive quanto à crença em deidades. Obviamente, alguns adotarão crenças distintas, mas via de regra essas impressões iniciais costumam ser marcantes e decisivas quanto à personalidade do psicopata.

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O que significa vida pregressa? Na vida de um psicopata nada é verdade, se ele ia a igreja, só ia porque é conveniente, se ele dizia que acreditava em deus, é porque é conveniente. Psicopatas são bem convincentes. Querem um estudo sobre alguém que é um holograma? Boa sorte. Os psiquiatras já aprenderam isso quando acreditaram que psicopatas tavam curados. Mas o que sabem os psiquiatras né?

Tsc tsc. Às vezes penso que você só leu a respeito na internet. Psicopatas são moldados também pelo ambiente, o que implica dizer que guardam impressões da cultura em que foram criados. Você despreza isso e afirma que psicopatas estão acima do ambiente (todos eles  :olheira:), acima da sociedade e se esquece que, além de fatores internos, os fatores externos são de extrema importância. Você continua se apegando à uma característica (o fato de mentirem) e usando-a como determinante exclusivo de todo o comportamento externo do psicopata. Caso você não saiba, se essa característica fosse a única imperativa do tipo psicopata, os demais fatores não teriam sido determinados por estudiosos (a ausência de remorso, o sentimento de superioridade em relação aos demais e à lei, etc), ja que o psicopata seria um complexo infinito de mentiras - tanto orais quanto corporais, segundo você.

Você não apresenta estudo a respeito de sua teoria porque ele simplesmente nao existe. Uma coisa é dizer que um psicopata é ateu, outra bem diferente é afirmar que todos o são, desprezando casos históricos em que o psicopata age guiado por um ideal superior à ele (Manson, por exemplo). Uma coisa é estudar a respeito, pesquisar em campo e poder determinar com um mínimo de precisão, fatores referentes à um determinado transtorno. Outra bem diferente é, sem sequer ter estudado o assunto a fundo, determinar com altivez de estudioso, uma nova característica já derrubada por exemplos retirados de próprios psicopatas.

Vale dizer: afirmar o tempo inteiro que psicopatas são mentirosos não apenas não prova nada como joga por terra o próprio tipo psicopata, determinado a partir da apreensão das características do transtorno. Traduzindo: ao compor um tipo de transtorno, estudiosos reúnem á características que permitem determiná-lo quando se está diante dele. Se todos são mentirosos, não há como determinar um tipo - logo, não existe transtorno apreensível.  :olheira:

Nada de provas nada de acreditar!

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Offline Gaúcho

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #81 Online: 17 de Julho de 2009, 09:40:28 »
:demente:
De novo: psicopatas mentem e manipulam. E só fazem o que é conveniente, se for conveniente dizer que acredita em deuses, que é enviado de jesus, ele vai fazer isso, mas não significa que seja verdade, já que psicopatas são mentirosos. E quanto ao entrevistar psicopatas (como se mentiras fossem só palavras :demente:) no passado psicopatas já convenceram psiquiatras que estavam curados, e era mentira, manipulação...porque psicopatas são mentirosos.

O que significa vida pregressa? Na vida de um psicopata nada é verdade, se ele ia a igreja, só ia porque é conveniente, se ele dizia que acreditava em deus, é porque é conveniente. Psicopatas são bem convincentes. Querem um estudo sobre alguém que é um holograma? Boa sorte. Os psiquiatras já aprenderam isso quando acreditaram que psicopatas tavam curados. Mas o que sabem os psiquiatras né?

E quanto a pergunta do HFC eu nem vou responder porque esquizofrenia e psicopatia são transtornos diferentes.

Seu argumento é de que tudo que os psicopatas dizem, que vai contra o que tu esta apresentando aqui, é mentira?
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline West

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #82 Online: 17 de Julho de 2009, 11:00:56 »
Citação de: LUA
Tsc tsc. Às vezes penso que você só leu a respeito na internet. Psicopatas são moldados também pelo ambiente, o que implica dizer que guardam impressões da cultura em que foram criados. Você despreza isso e afirma que psicopatas estão acima do ambiente (todos eles  Olheira), acima da sociedade e se esquece que, além de fatores internos, os fatores externos são de extrema importância. Você continua se apegando à uma característica (o fato de mentirem) e usando-a como determinante exclusivo de todo o comportamento externo do psicopata. Caso você não saiba, se essa característica fosse a única imperativa do tipo psicopata, os demais fatores não teriam sido determinados por estudiosos (a ausência de remorso, o sentimento de superioridade em relação aos demais e à lei, etc), ja que o psicopata seria um complexo infinito de mentiras - tanto orais quanto corporais, segundo você.


Nem sua história é propriamente original. Violenta, mas comum a um monte de outros criminosos que infestam as prisões americanas. Filho de pai desconhecido, nasceu em 12 de novembro de 1934 no Ohio. Sua mãe, Kathleen, tinha 16 anos. Uma garota alcoólatra e promíscua, perdida na vida medíocre do Meio-Oeste americano. Aos 5 anos, Charlie[Charles Manson] viu a mãe ser presa por roubo e foi morar com os tios, fanáticos religiosos. A experiência foi fundamental na sua vida. Por intermédio deles, Charles conheceu o trecho da Bíblia que repetiria para sempre: “E o quinto anjo apareceu, e a ele foi entregue a chave do poço sem fundo”. (Apocalipse, capítulo 9, versículos 1, 2 e 3).


Fonte: http://historia.abril.com.br/gente/manson-pesadelo-hippie-433931.shtml

:demente:
De novo: psicopatas mentem e manipulam. E só fazem o que é conveniente, se for conveniente dizer que acredita em deuses, que é enviado de jesus, ele vai fazer isso, mas não significa que seja verdade, já que psicopatas são mentirosos. E quanto ao entrevistar psicopatas (como se mentiras fossem só palavras :demente:) no passado psicopatas já convenceram psiquiatras que estavam curados, e era mentira, manipulação...porque psicopatas são mentirosos.

O que significa vida pregressa? Na vida de um psicopata nada é verdade, se ele ia a igreja, só ia porque é conveniente, se ele dizia que acreditava em deus, é porque é conveniente. Psicopatas são bem convincentes. Querem um estudo sobre alguém que é um holograma? Boa sorte. Os psiquiatras já aprenderam isso quando acreditaram que psicopatas tavam curados. Mas o que sabem os psiquiatras né?

E quanto a pergunta do HFC eu nem vou responder porque esquizofrenia e psicopatia são transtornos diferentes.

Não Fabi. O Manson não apenas fingia que era Jesus Cristo, ele de fato acreditava ser Jesus Cristo.
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
__________
Provérbio Iídiche.

"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
Entres elas, o fato de que eles nunca aparecem."
__________
Protágoras.Ensaio sobre os deuses. Séc. V a.C.

Offline West

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #83 Online: 17 de Julho de 2009, 11:02:38 »
Sei que a Superinteressante anda ruim das pernas ultimamente, mas acho que vale a pena postar esse artigo aqui:


Seu amigo psicopata
Cinco milhões de brasileiros são incapazes de sentir emoções. Eles podem até matar sem culpa e estão incógnito sao seu lado. Agora, a ciência começa a desvendá-los.
por Texto Leandro Narloch

Tinha alguma coisa errada com o Guilherme. Desde quando era pequeno, 4 anos de idade, a mãe, Norma*, achava que ele não era uma criança normal. O guri não tinha apego a nada, era frio, não obedecia a ninguém. O problema ficou claro aos 9 anos. Guilherme, nome fictício de um rapaz do Guarujá, litoral de São Paulo, que hoje tem 28 anos, roubava os colegas da escola, os vizinhos e dinheiro em casa. Também passou a expressar uma enorme capacidade de fazer os outros acreditar no que inventava. Aos 18, o garoto conseguiu enganar uma construtora e comprar um apartamento fiado. “Quando um primo da mesma idade morreu de repente, ele só disse ‘que pena’ e continuou o que estava fazendo”, conta a mãe. Tinha alguma coisa errada com o Guilherme.

Em busca de uma solução, Norma passou 15 anos rodando com o filho entre psicólogos, psiquiatras, pediatras e até benzedeiros. Para todos, ele não passava de um garoto normal, com vontades e birras comuns. “Diziam que era mimo demais, que não soubemos impor limites.” Uma pista para o problema do filho só apareceu em 2004. A mãe leu uma entrevista sobre psicopatia e resolveu procurar psiquiatras especializados no assunto. Então descobriu que o filho sofre da mesma doença de alguns assassinos em série e também de certos políticos, líderes religiosos e executivos. “Apenas confirmei o que já sabia sobre ele”, diz Norma. “Dói saber que meu filho é um psicopata, mas pelo menos agora eu entendo que problema ele tem.”

Guilherme não é um assassino como o Maníaco do Parque ou o Chico Picadinho. Mas todos eles sofrem do mesmo problema: uma total ausência de compaixão, nenhuma culpa pelo que fazem ou medo de serem pegos, além de inteligência acima da média e habilidade para manipular quem está em volta. A gente costuma chamar pessoas assim de monstros, gênios malignos ou coisa que o valha. Mas para a Organização Mundial da Saúde (OMS), eles têm uma doença, ou melhor, deficiência. O nome mais conhecido é psicopatia, mas também se usam os termos sociopatia e transtorno de personalidade anti-social.

Com um nome ou outro, não se trata de raridade. Entre os psiquiatras, há consenso quanto a estimativas surpreendentes sobre a psicopatia. “De 1% a 3% da população tem esse transtorno. Entre os presos, esse índice chega a 20%”, afirma a psiquiatra forense Hilda Morana, do Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado de São Paulo (Imesc). Isso significa que uma pessoa em cada 30 poderia ser diagnosticada como psicopata. E que haveria até 5 milhões de pessoas assim só no Brasil. Dessas, poucas seriam violentas. A maioria não comete crimes, mas deixa as pessoas com quem convive desapontadas. “Eles andam pela sociedade como predadores sociais, rachando famílias, se aproveitando de pessoas vulneráveis e deixando carteiras vazias por onde passam”, disse à SUPER o psicólogo canadense Robert Hare, professor da Universidade da Colúmbia Britânica e um dos maiores especialistas no assunto.

Os psicopatas que não são assassinos estão em escritórios por aí, muitas vezes ganhando uma promoção atrás da outra enquanto puxam o tapete de colegas. Também dá para encontrá-los de baciada entre políticos que desviam dinheiro de merenda para suas contas bancárias, entre médicos que deixam pacientes morrer por descaso, entre “amigos” que pegam dinheiro emprestado e nunca devolvem... Lendo esta reportagem, não se surpreenda se você achar que conhece algum. Certamente você já conheceu.

Amigo da onça

O psicólogo Robert Hare tinha acabado de sair da faculdade, na década de 1960, quando arranjou um emprego no presídio de Vancouver. Função: atender os presos com problemas e montar diagnósticos de sanidade para pedidos de condicional. Lá conheceu o simpático Ray, um dos presos. Era um sujeito legal, contava histórias envolventes e tinha um sorriso que deixava qualquer um confortável. Como o sujeito parecia aplicado e dedicado a ter uma vida correta depois da prisão, o doutor resolveu ajudá-lo em pedidos de transferência para trabalhos melhores na cadeia, tipo a cozinha e a oficina mecânica. Os dois ficaram amigos. Mas Ray não era o que parecia. Hare descobriu que o homem usava a cozinha para produzir álcool e vender aos colegas. Os funcionários do presídio também alertaram o psicólogo dizendo que ele não tinha sido o primeiro a ser ludibriado pelo “gente boa” Ray. E que a falta de escrúpulos do preso não tinha limites. Pouco depois, Hare sentiu isso na pele: teve os freios de seu carro sabotados pelo “amigo” presidiário.

Ray não era único ali. Boa parte de seus colegas no presídio de Vancouver era formada por sujeitos alegres, comunicativos e cheios de amigos que também eram egocêntricos, sem remorso e não mudavam de atitude nem depois de semanas na solitária. Nas prateleiras sobre doenças mentais, havia várias descrições parecidas. O francês Philip Pinel, um dos pais da psiquiatria, escreveu no século 18 sobre pessoas que sofriam uma “loucura sem delírio”. Mas o primeiro estudo para valer sobre psicopatia só viria em 1941, com o livro The Mask of Sanity (“A Máscara da Sanidade”, sem tradução para o português), do psiquiatra americano Hervey Cleckley. Ele dedica a obra a um problema “conhecido, mas ignorado” e cita casos de pacientes com charme acima da média, capacidade de convencer qualquer um e ausência de remorso. Com base nesses estudos, Robert Hare passou 30 anos reunindo características comuns de pessoas assim, até montar sua escala Hare, o método para reconhecer psicopatas mais usado hoje.

Trata-se de um questionário com perguntas sobre a vida do sujeito, feito para investigar se ele tem traços de psicopatia. Seja como for, não é fácil identificar um. Psicopatas não têm crises como doentes mentais: o transtorno é constante ao longo da vida. Outras funções cerebrais, como a capacidade de raciocínio, não são afetadas. Algumas características, no entanto, são evidentes.

Segredos e mentiras

Atributo número 1: mentir. Todo mundo mente, mas psicopatas fazem isso o tempo todo, com todo mundo. Inclusive com eles mesmos. São capazes de dizer “Já saltei de pára-quedas” e, logo depois, “Nunca andei de avião”, sem achar que existe uma grande contradição aí. Espertos, não se contentam só em dizer que são neurocirurgiões, por exemplo, sem nunca ter completado o colegial: usam e abusam de termos técnicos das profissões que fingem ter. Se o sujeito finge ser advogado, manda ver nos “data venias” da vida. Se diz que estudou filosofia, vai encher o vocabulário de expressões tipo “dialética kantiana” sem fazer idéia do que isso significa. Sim, eles são profissionais da lorota.

“Depois que descobri as mentiras que ele me contou, passei um tempo me perguntando como tinha sido tão burra para acreditar naquilo”, diz a professora carioca Ana*. Há 9 anos, ela conheceu um cara incrível. Ele dizia que, com apenas 27 anos, era diretor de uma grande companhia e que, por causa disso, viajava sempre para os EUA e para a Europa. Atencioso e encantador, Cláudio era o genro que toda sogra queria ter. “Em 5 meses, a gente estava quase(casando. Então a mãe dele revelou que era tudo mentira, que o filho era doente, enganava as pessoas desde criança e passava por um tratamento psiquiátrico.”

Ana largou Cláudio e foi tocar a vida. Mas nem sempre quem passa pelas mãos de um psicopata “pacífico” tem tempo para reorganizar as coisas. Que o digam as pessoas que cruzaram o caminho de Alessandro Marques Gonçalves. Formado em direito, ele resolveu fingir que era médico. E levou esse delírio às últimas conseqüências: forjou documentos e conseguiu trabalho em 3 grandes hospitais paulistas. Enganou pacientes, chefes e até a mulher, que espera um filho dele e não fazia idéia da fraude. Desmascarado em fevereiro de 2006, Alessandro aleijou pelo menos 23 pessoas e é suspeito da morte de 3.

“Ele usa termos técnicos e fala com toda a naturalidade. Realmente parece um médico”, diz o delegado André Ricardo Hauy, de Lins, que o interrogou. “Também acha que não está fazendo nada de errado e diz, friamente, que queria fazer o bem aos pacientes.” Quando foi preso, Alessandro não escondeu a cabeça como os presos geralmente fazem: deixou-se filmar à vontade.

“O diagnóstico de transtorno anti-social depende de um exame detalhado, mas dá para perceber características de um psicopata nesse falso médico. É que, além de mentir, ele mostra ausência de culpa”, afirma o psiquiatra Antônio de Pádua Serafim, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

E esse é um atributo-chave da mente de um psicopata: cabeça fresca. Nada deixa esses indivíduos com peso na consciência. Fazer coisas erradas, todo mundo faz. Mas o que diferencia o psicopata do “todo mundo” é que um erro não vai fazer com que ele sofra. Sempre vai ter uma desculpa: “Um cara que matou 41 garotos no Maranhão, Francisco das Chagas, disse que as vítimas queriam morrer”, conta Antônio Serafim.

Justamente por achar que não fazem nada de errado, eles repetem seus erros. “Psicopatas reincidem 3 vezes mais que criminosos comuns”, afirma Hilda Morana, que traduziu e adaptou a escala Hare para o Brasil. “Tem mais: eles acham que são imunes a punições.” E isso vale em qualquer situação. Até na hora de jogar baralho.

Foi o que mostrou o psicólogo americano Joe Newman num experimento em 1987. No laboratório, havia 4 montes de cartas. Sem que os jogadores soubessem, um deles estava cheio de cartas premiadas. Ou seja: quem escolhesse aquele monte ganhava mais dinheiro e continuava no jogo. Aos poucos, porém, a quantidade de cartas boas rareava, até que, em vez de dar vantagem, escolher aquele monte passava a dar prejuízo. Pessoas comuns que participaram da pesquisa logo perceberam a mudança e deixaram de apostar nele. Psicopatas, porém, seguiram tentando obter a recompensa anterior. “Pessoas comuns mudam de estratégia quando não obtêm recompensa”, afirma o neurocientista James Blair, autor do livro The Psychopath – Emotion and the Brain (“O Psicopata – Emoção e o Cérebro”, sem edição brasileira). “Mas crianças e adultos com tendências psicopáticas continuam a ação mesmo sendo repetidamente punidos com a perda de pontos.”

Psicopatas não aprendem com punições. Não adianta dar palmadas neles.

Além disso, psicopata que se preze se orgulha de suas mancadas. Esse sujeito pode ser o marido que trai a mulher e se gaba para os amigos. Ou coisa pior. Veja o caso do promotor de eventos Michael Alig. Querido por todos, ele difundiu a cultura clubber em Nova York, organizando festas itinerantes. E em 1996 ele matou um amigo em casa. Quando o corpo começou a feder, retalhou-o e jogou os pedaços no rio Hudson. Dias depois, em um programa de TV, Alig simplesmente descreveu o assassinato, todo pimpão. Os jornalistas acharam que era só uma brincadeira besta, claro. Dias depois, a polícia achou o corpo do amigo de Alig no rio. Ele foi condenado a 20 anos de prisão – sem perder a pose.

Isso é lugar-comum entre os psicopatas. O próprio psiquiatra Antônio Serafim está acostumado com relatos grandiosos de carnificinas: “Quando você pergunta sobre a destreza com que cometeram os crimes, eles contam detalhes dos assassinatos, cheios de orgulho.”

Zumbis

Se você estivesse indo comprar cerveja perto de casa e se desse conta que esqueceu a carteira, o que faria? Em vez de voltar para buscar dinheiro, um psicopata da Califórnia preferiu catar um pedaço de pau, bater num homem e levar o dinheiro dele. Também tem o caso de uma mulher que deixou a filha de 5 anos ser estuprada pelo namorado. Perguntada por que deixou aquilo acontecer, ela disse: “Eu não queria mais transar, então deixei que ele fosse com a minha filha.”

Eis mais um traço psicopático. “Eles tratam as pessoas como coisas”, afirma o psiquiatra Sérgio Paulo Rigonatti, do Instituto de Psiquiatria do HC. Isso acontece porque eles simplesmente não assimilam emoções. Para entender isso melhor, vamos dar um passeio pelo inferno.

Corpos decapitados, crianças esquálidas com moscas nos olhos, torturas com eletrochoque, gemidos desesperados. Só de imaginar cenas assim, a reação de pessoas comuns é ter alterações fisiológicas como acelerar as batidas do coração, intensificar a atividade cerebral e enrijecer os músculos. Em 2001, o psiquiatra Antônio Serafim colocou presos de São Paulo para assistir a cenas assim. Cada um ouvia, por um fone, sons desagradáveis, como gritos de desespero. “Os criminosos comuns tiveram reações físicas de medo”, diz ele. “Já os identificados como psicopatas não apresentaram sequer variação de batimento cardíaco.”

Mais: uma série de estudos do Instituto de Neurociência Cognitiva, nos EUA, mostrou que psicopatas têm dificuldade em nomear expressões de tristeza, medo e reprovação em imagens de rostos humanos. “Outros 3 estudos ligaram psicopatia com a falta de nojo e problemas em reconhecer qualquer tipo de emoção na voz das pessoas”, afirma Blair.

É simples: assim como daltônicos não conseguem ver cores, psicopatas são incapazes de enxergar emoções. Não as enxergam nem as sentem, pelo menos não do mesmo jeito que os outros fazem. Em vez disso, eles só teriam o que os psiquiatras chamam de proto-emoções – sensações de prazer, euforia e dor menos intensas que o normal. “Isso impede os psicopatas de se colocar no lugar dos outros”, diz Hilda Morana.

Um dos pacientes entrevistados por Hare confirma: “Quando assaltei um banco, notei que uma caixa começou a tremer e a outra vomitou em cima do dinheiro, mas não consigo entender por quê”, disse. “Na verdade, não entendo o que as pessoas querem dizer com a palavra ‘medo’ ”.

No livro No Ventre da Besta – Cartas da Prisão, o escritor americano Jack Abbott descreve com honestidade o que acontece na sua cabeça de psicopata: “Existem emoções que eu só conheço de nome. Posso imaginar que as tenho, mas na verdade nunca as senti”.

É como se eles entendessem a letra de uma canção, mas não a música. Esse jeito asséptico de ver o mundo faz com que um psicopata consiga mentir sem ficar nervoso, sacanear os outros sem sentir culpa e, em casos extremos, retalhar um corpo com o mesmo sangue-frio de quem separa as asinhas do peito de um frango assado.

Cérebros em curto

Ok, o problema central dos psicopatas é que eles não conseguem sentir emoções. Mas por que isso acontece? “A crença de que tudo é causado por famílias instáveis ou condições sociais pobres nos faz fingir que o problema não existe”, afirma Hare.

Para a neurologia, a coisa é mais objetiva: os “circuitos” do cérebro de um psicopata são fisicamente diferentes dos de uma pessoa normal. Uma descoberta importante foi feita pelo neuropsiquiatra Ricardo de Oliveira-Souza e pelo neurologista Jorge Moll Neto, pesquisador do Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos dos EUA. Em 2000, os dois identificaram, com imagens de ressonância magnética, as partes do cérebro ativadas quando as pessoas fazem julgamentos morais. Os participantes da pesquisa tiveram o cérebro mapeado enquanto decidiam se eram certas ou erradas frases como “podemos ignorar a lei quando necessário” ou “todos têm o direito de viver”, além de outras sem julgamento moral, como “pedras são feitas de água”. A maioria dos voluntários ativou uma área bem na testa, chamada Brodmann 10, ao responder às perguntas.

E aí vem o pulo-do-gato: a dupla repetiu o estudo em 2005 com pessoas identificadas como psicopatas, e descobriu que elas ativam menos essa parte do cérebro. Daí a incompetência que os sujeitos com transtorno anti-social têm para sentir o que é certo e o que é errado. Agora, resta saber se essas deficiências vêm escritas no DNA ou se surgem depois do nascimento.

Hoje, se sabe que boa parte da estrutura cerebral se forma durante a vida, sobretudo na infância. Mas cientistas buscam uma causa genética porque a psicopatia parece surgir independentemente do contexto ou da educação. “Nascem tantos psicopatas na Suécia ou na Finlândia quanto no Brasil”, afirma Hilda Morana. “Os pais costumam se perguntar onde foi que erraram.” A impressão é que psicopatas nasceram com o problema. “Eles também surgem em famílias equilibradas, são irmãos de pessoas normais e deixam seus pais perplexos”, afirma Oliveira-Souza.

James Blair vai pela mesma linha: “Estudos com pessoas da mesma famíla, gêmeos e filhos adotados indicam que o comportamento dos psicopatas e as disfunções emocionais são coisas hereditárias”, afirma.

Cobras de terno

Mesmo quem defende uma origem 100% genética para a psicopatia não descarta a importância do ambiente. A criação, nessa história, seria fundamental para determinar que tipo de psicopata um camarada com tendência vai ser.

“Fatores sociais e práticas familiares influenciam no modo como o problema será expresso no comportamento”, afirma Rigonatti. Por exemplo: psicopatas que cresceram sofrendo ou presenciando agressões teriam uma chance bem maior de usar sua “habilidade” psicopática para matar pessoas.

Um bom exemplo desse tipo é o americano Charles Manson. Filho de uma prostituta alcoólatra e dono de uma mente pra lá de sociopata, transformou um punhado de hippies da Califórnia em um grupo paramilitar fanático nos anos 70. Manson foi responsável pela carnificina na casa do cineasta Roman Polanski. Entre os 5 mortos, estava a atriz Sharon Tate, mulher do diretor e grávida de 8 meses. Detalhe: ele nem sequer participou da ação. Só usou sua capacidade de liderança para convencer um punhado de seguidores a realizar o massacre.

Já os que vêm de famílias equilibradas e viveram uma infância sem grandes dramas teriam uma probabilidade maior de se transformar naqueles que mentem, trapaceiam, roubam, mas não matam. Mais de 70% dos psicopatas diagnosticados são desse grupo, mas não há motivo para alívio. Psicopatas infiltrados na política, em igrejas ou em grandes empresas podem fazer estragos ainda piores.

Exemplos não faltam. O político absurdamente corrupto que é adorado por eleitores, cativa jornalistas durante entrevistas, não entra em contradição nem parece sentir culpa por ter recheado suas contas bancárias com dinheiro público é um. O líder religioso que enriquece à custa de doações dos fiéis é outro. E por aí vai.

“Eles costumam se dar bem em ambientes pouco estruturados e com pessoas vulneráveis. Agem como cartomantes, pais de santo, líderes messiânicos”, afirma Oliveira-Souza. Psicopatas não tão fanáticos, mas com a mesma falta de escrúpulos, também estão em grandes empresas, sugando dinheiro e tornando a vida dos colegas um inferno.

A habilidade para mentir despudoradamente sem levantar suspeitas faz com que eles se dêem bem já nas entrevistas de emprego. O charme que eles simulam ajuda a conquistar a confiança dos chefes e a pressionar para que colegas que atrapalham sua ascensão profissional acabem demitidos. Não raro, costumam ocupar os cargos hierárquicos mais altos.

O psicólogo ocupacional Paul Babiak cita o exemplo de Dave, um executivo de uma empresa americana de tecnologia. Logo na primeira semana, o chefe notou que ele gastava mais tempo criando picuinhas entre os funcionários do que trabalhando e plagiava relatórios sem medo de ser pego. Quando o chefe recomendou sua demissão, Dave foi reclamar aos chefes do seu chefe. Com sua lábia, conseguiu ficar dois anos na empresa, sendo promovido duas vezes, até causar um rombo na firma e sua máscara cair. “Certamente há mais psicopatas no mundo dos negócios que na população em geral”, diz o psiquiatra Hare, que escreveu com Babiak o livro Snakes in Suits – When Psychopaths Go to Work (“Cobras de Terno – Quando Psicopatas vão Trabalhar”, inédito no Brasil). Para ele, sociopatas corporativos são responsáveis por escândalos como o da Enron, em 2002, quando a empresa americana mentiu sobre seus lucros para bombar preços de ações. “O poder e o controle sobre os outros tornam grandes empresas atraentes para os psicopatas”, diz.

O que fazer?

Seja nas empresas, nas ruas, ou numa casinha de sapê, nossos amigos com transtorno anti-social são tecnicamente incapazes de frear seus impulsos sacanas. Mas, para os psiquiatras, essa limitação não significa que eles não devam ser responsabilizados pelo que fazem. “Psicopatas têm plena consciência de que seus atos não são corretos”, afirma Hare. “Apenas não dão muita importância para isso.” Se cometem crimes, então, devem ir para a cadeia como os outros criminosos.

Só que até depois de presos psicopatas causam mais dores de cabeça que a média dos criminosos. Na cadeia, tendem a se transformar em líderes e agir no comando de rebeliões, por exemplo. “Mas nunca aparecem. Eles sabem como manter suas fichas limpas e acabam saindo da prisão mais cedo”, diz Antônio de Pádua Serafim.

Por conta disso, a psiquiatra forense Hilda Morana foi a Brasília em 2004 tentar convencer deputados a criar prisões especiais para psicopatas. Conseguiu fazer a idéia virar um projeto de lei, que não foi aprovado. Nas prisões brasileiras, não há procedimento de diagnóstico de psicopatia para os presos que pedem redução da pena. “Países que aplicam o diagnóstico têm a reincidência dos criminosos diminuída em dois terços, já que mantêm mais psicopatas longe das ruas”, diz ela. Tampouco há procedimentos para evitar que psicopatas entrem na polícia – uma instituição teoricamente tão atraente para eles quanto as grandes empresas. Também não há testes de psicopatia na hora de julgar se um preso pode partir para um regime semi-aberto. Nas escolas, professores não estão preparados para reconhecer jovens com o transtorno.

“Mesmo dentro da psiquiatria existe pouca gente interessada no assunto, já que os psicopatas não se reconhecem como tal e dificilmente vão mudar de comportamento durante a vida”, diz o psiquiatra João Augusto Figueiró, de São Paulo. Também não existem tratamentos comprovados nem remédios que façam efeito. Outro problema: quando levados a consultórios, os psicopatas acabam ficando piores. Eles adquirem o vocabulário dos especialistas e se munem de desculpas para justificar seu comportamento quando for necessário. Diante da falta de perspectiva de cura, quem convive com psicopatas no dia-a-dia opta por vigiá-los o máximo possível. É o que faz a dona-de-casa Norma, do Guarujá, com o filho Guilherme. “Enquanto eu e o pai dele estivermos vivos, podemos tomar conta”, diz. “Mas... e depois?”


Fonte:http://super.abril.com.br/ciencia/seu-amigo-psicopata-446474.shtml
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Offline Anne

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #84 Online: 17 de Julho de 2009, 12:11:46 »
De fato uma coisa absolutamente não leva a outra.

A pscicopatia é uma doença, uma anormalidade na maneira como a mente funciona, que decorre de uma séria complexíssima de fatores. Não é apenas uma opinião que torna alguém psicopata. Tentar associar estatisticamente uma doença a uma opinião também não faz sentido algum.

Não faz sentido?
A inquisição faz algum sentido?

Desde de quando a inquisição pode ser considerada como um surto epidêmico de psicopatia?
O que tem haver inquisição com psicopatia. Não vejo relação alguma entre ambas.

Não diria um "surto epidêmico", digo q a religiosidade tavez possa levar a mente a funcionar de determinada forma, de acordo com o q o indivíduo acredita, e nesse caso, se não foi a opinião q os tornou assassinos, o q poderia ser?
Estastisticamente falando, a maioria dos seres humanos tem convicções religiosas. E se relacionar-mos assassinato X religiosidade a q conclusão chegaríamos?


Offline Mussain!

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #85 Online: 17 de Julho de 2009, 12:36:46 »
Uns dizem que psicopatas não agem por um ideal religioso. Mas temos provas, e não só na idade média, de vários assassinatos, e muitos em massa, por motivos religiosos. Forçar a barra e dizer que "no fundo, no fundo eles não acreditavam em deuses" é papo de crente. Em suma, nem todos os psicopatas são ateus.



 

Offline West

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #86 Online: 17 de Julho de 2009, 14:10:08 »
De fato uma coisa absolutamente não leva a outra.

A pscicopatia é uma doença, uma anormalidade na maneira como a mente funciona, que decorre de uma séria complexíssima de fatores. Não é apenas uma opinião que torna alguém psicopata. Tentar associar estatisticamente uma doença a uma opinião também não faz sentido algum.

Não faz sentido?
A inquisição faz algum sentido?

Desde de quando a inquisição pode ser considerada como um surto epidêmico de psicopatia?
O que tem haver inquisição com psicopatia. Não vejo relação alguma entre ambas.

Não diria um "surto epidêmico", digo q a religiosidade tavez possa levar a mente a funcionar de determinada forma, de acordo com o q o indivíduo acredita, e nesse caso, se não foi a opinião q os tornou assassinos, o q poderia ser?
Estastisticamente falando, a maioria dos seres humanos tem convicções religiosas. E se relacionar-mos assassinato X religiosidade a q conclusão chegaríamos?



Sim, no caso da inquisição foi sem dúvida a opinião que levou às mortes.
Mas nem todo mundo que mata, ainda que por opinião, é psicopata.
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Offline Mussain!

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #87 Online: 17 de Julho de 2009, 14:17:00 »
Então pessoas normais podem ser mais perigosas do que psicopatas? Meio estranho...

Offline West

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #88 Online: 17 de Julho de 2009, 14:37:59 »
Então pessoas normais podem ser mais perigosas do que psicopatas? Meio estranho...

Se considerarmos que existem pessoas normais que matam e que existem psicopatas que não matam, sim, podemos concluir que pessoas normais podem ser mais perigosas do que psicopatas.
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Offline Dodo

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #89 Online: 17 de Julho de 2009, 16:30:04 »
Dizer que todo psicopata é ateu é equivalente a conclusão que um outro forista chegou sobre a ligação entre pedofilia e homossexualismo: todo pedófilo é homossexual!

http://terratv.terra.com.br/Diversao/Documentarios/Discovery/Discovery-Curtas/4234-241131/O-Indice-da-Maldade-Parte-1.htm
http://terratv.terra.com.br/Diversao/Documentarios/Discovery/Discovery-Curtas/4234-241135/O-Indice-da-Maldade--Parte-2.htm

Nos dois links acima tem um programa analisando alguns crimes cometidos por psicopatas. Em diversas partes do programa é demonstrado que a mentira é uma ferramenta muiti útil para um psicopata, mas de nenhuma maneira é concluído que apenas esta característica o define. Em maior ou menor grau todos nós mentimos, seja por uma necessidade de convivência social (ninguém vai falar para a namorada/esposa que o cabelo dela envergonharia a Marge Simpson), ou então para conseguir alguma vantagem (mentir que os filhos são menores de cinco anos, portanto não precisam pagar a passagem no coletivo).

Pode parecer bobagem, mas os casos acima são apenas uma amostra, dentre inúmeros outros, de mentirinhas que contamos no dia-a-dia. A mentira é uma caracterísitca humana, ela não é exclusividade de psicopatas ou políticos, é algo inerente a nossa própria natureza. Um grupo de guerreiros que se encontre em desvantagem frente a um inimigo pode muito bem usar de artifícios para parecer mais numeroso ou poderoso do que realmente é. Isso é uma mentira. Nos dias de hoje não precisamos, pelo menos a maioria de nós não, gritar ou usar fantasias para amedrontar um inimigo, mas de alguma maneira ainda assim usamos artifícios para aparentar algo que não somos. Homens usam sapatos com palmilhas para parecerem mais altos do que realmente são, mulheres mentem sobre a quantidade de namorados para pareceram mais "puras" para seu pretendente, e por aí vai.

A diferença entre nós e os psicopatas reside justamente num ponto muito importante. Muitas vezes mentimos para alguém, justamente porque a verdade poderia ser mais dolorosa, ela machucaria a pessoa profundamente e poderia abalar uma relação de afeto ou amizade. Nem sempre mentimos para satisfazer a nossos próprios anseios e desejos, também mentimos para proteger outras pessoas. O psicopata mente porque ele não se importa com os outros, a não ser consigo mesmo.
Você é único, assim como todos os outros.
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Offline Anne

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #90 Online: 20 de Julho de 2009, 09:36:40 »
Se unirmos mentira + religiosidade dá no q :?: :?: :o

Offline N3RD

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #91 Online: 20 de Julho de 2009, 09:42:11 »
Generalizações nunca são boas, para ambos os lados.
Não deseje.

Offline Mussain!

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #92 Online: 20 de Julho de 2009, 11:41:52 »
Pô.... Sempre cai uma nessa.... Mas não deixo de perguntar: Até a sua, N3erd? :lol:

Offline N3RD

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Re: Psicopatia e Ateísmo
« Resposta #93 Online: 20 de Julho de 2009, 14:36:35 »
Até a minha! Hehehe
Não deseje.

 

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