Autor Tópico: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.  (Lida 6379 vezes)

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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #50 Online: 28 de Setembro de 2009, 22:19:11 »
Eu acabo não entendendo como podem defender a permanência do Zelaya no poder... O cara é um Chavez versão 2.0 e infringiu todas as leis mais caras à constituição de seu país.

E mais... acho que está ficando claro que o Brasil fez uma péssima aposta. Deveria ter ficado na sua, respeitando os princípios que sempre respeitou. Não havia a quem apoiar neste caso, apenas esperar a estabilização do país. E, apesar de errado, ao menos o poder foi parar nas mãos do presidente do congresso com compromisso de fazer eleições.

Pufffff
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #51 Online: 29 de Setembro de 2009, 00:00:17 »
Deixar de colocar o Zelaya de volta no poder é admitir que é permitido derrubar presidentes e direitos adquiridos por um "bem maior", por mais que isso seja verdade. Ele com certeza queria sim dar uma de ditador/caudilho e ficar milênios no poder e acho que provavelmente deveria ser destituído sim, preso talvez. Porém os fins nunca justificam os meios, todas as vezes que a humanidade seguiu por esse caminho foi em direção ao abismo. Se não foi deposto da forma certa, que volte ao poder pelos 2-3 meses que faltam para o próximo candidato assumir e se fizer gracinhas que seja destituído do jeito certo.

Quanto ao Brasil, se foi só acolher Zelaya quando ele apareceu por lá eu não vejo como a embaixada poderia expulsá-lo ou impedir a sua entrada, dado que ele é visto pelo Brasil como o presidente de Honduras visitando a embaixada. Agora, se o Brasil chamou ele para lá, foi uma irresponsabilidade sim, dado que isso só acirra os ânimos e acaba com as conversas que, apesar de estagnadas, existiam.
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #52 Online: 29 de Setembro de 2009, 00:12:49 »
Saiu hoje no estado de SP a reportagem de um jornal argentino duvidando seriamente do fato do Zelaya ter aparecido na embaixada. Para o jornal, é muito mais provável que tenha sido algo calculado para constar no discurso do Lula na ONU e apresentar o Brasil como atuante no cenário político regional. Convenhamos, é bem provável que tenha sido assim.

Quanto a recolocar Zelaya no poder. Vamos radicalizar o exemplo para tornar mais clara a argumentação. Fosse Zelaya acusado com provas claras, objetivas e irrefutáveis de ter assassinado adversários políticos ainda assim seria correto trazê-lo de volta ao poder? (ou se sim, pense em algo pior, você consegue)

Imagino que não.

Bom, temos provas claras, objetivas e irrefutáveis de que agiu para dar o golpe, contra as instituições e clausulas pétreas da constituição de seu país. Se esse crime não te comove a ponto de querê-lo de volta ao poder, a mim me incomoda muitíssimo o mal que esse tipo de atuação causa a um país.

É falaciosa essa questão de dar mensagens claras a governos similares de que a comunidade internacional não irá tolerar X, Y ou Z. Iran fraudou suas eleições... e ainda fico querendo saber qual outro país da região que esse virus do golpe irá contaminar.

O importante aqui é que o poder ia (e está) para a mão de um civil em prazo pré-determinado. Agora corremos riscos de que a crise aprofunde ainda mais. A decisão política do governo brasileiro deveria ter levado isso em consideração, e não apenas um purismo ideológico de devolver o poder "a quem é de direito", quesito este que provavelmente iria ser deixado de lado caso o governo derrubado fosse de direita.
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #53 Online: 29 de Setembro de 2009, 00:24:52 »
Primeiro, irrelevante a posição ideológica do Brasil ou de quem quer que o seja para o argumento de que o Zelaya deve voltar ao poder. Segundo que a comparação é decabida, dado que o Zelaya só tentou se reeleger, o que o coloca muito distante de assassinos e genocidas como no Irã ou Sudão.

Quanto ao virús ou o tu quoque citando o Irã, para o argumento em Honduras é irrelevante o jeito (vergonhoso) que a comunidade internacional trata Irã, Sudão, Myamar, Belarus ou quaisquer outros países autoritários, a discussão é bem simples: Os fins justificam os meios? Eu creio que não.

Quanto ao poder ir para a mão de um civil o Ahmadinejad é civil e foi eleito. A questão é a validade de uma eleição sob uma ditadura e com exilados políticos.
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #54 Online: 29 de Setembro de 2009, 00:36:43 »
Então você não entendeu o ponto. O que estava sendo postulado é exatamente que haverá um grau de infração onde o seu julgamento fará com que parece adequado que o dirigente seja alijado do poder.

E Zelaya não só tentou se reeleger, ele atentou contra um conjunto de clausulas da constituição feitas para dar um pouco de paz áquele país, tão conturbado por esse mesmo tipo de atitude de Zelayas e afins.

E que fins justificam os meios? Isso para mim é apenas uma palavra de ordem se usado fora do contexto da situação específica.
Se o fim for tirar um golpista do poder, através de uma aprovação do congresso e ratificada pela suprema corte, e cometer algumas idiotices no meio do caminho que devem ser punidas? Sem dúvida.

E se os fins forem re-colocar um governante no poder, sabidamente golpista, e ainda por cima, a partir de meios completamente descabidos e que podem gerar um problema ainda mais grave, de maneira alguma.
Nesse caso, não se justifica nem os fins, nem os meios.

btw: O presidente do Iran foi eleito através de fraude.
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #55 Online: 29 de Setembro de 2009, 00:52:05 »
Sim, e esse grau está muito além do que o Zelaya ameaçou fazer. Tentar se reeleger não é desculpa para estado de sítio, fim de liberdade de imprensa e deportação de cidadões. Se isso que o governo provisório de lá faz é só idiotice eu paro aqui.

Os meios de colocar um governante no poder são os explicitados na proposta da Costa Rica, apoiada por quase todos, menos os dois envolvidos. O Zelaya voltar e tentar ser presidente na marra é temerário, porém não valida e em nada o governo do Micheleti, que é um outro problema.

E sim, houve fraude no Irã, esse é o ponto. Sem OEA, observadores externos e dentro de um estado de excessão, quem garante que não teremos um novo Irã? O Micheleti?
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #56 Online: 29 de Setembro de 2009, 01:01:51 »
Pois é, está. Mas acontece que para você isso é evidência de que ele poderia ser alijado, portanto os fins justificariam os meios. E para mim, o fato dele atentar contra a constituição exatamente nesse quesito tão caro a esse país, é uma evidência de que ele deveria ter sido alijado. E deveria, claro, ter sido alijado sem essa truculência desabonadora.

O estado de sítio não aconteceu quando o Zelaya foi deposto. Aconteceu quando ele voltou Partiti,  você sabe disso. A arruaça que se deu no país foi causada também pela atuação do Brasil no caso, gerando algazarra e uma mais do que previsível convulsão no país.

E quanto ao Irã. Certamente não seria Zelaya que garantiria isso. Ao menos, até agora, Micheleti tem se mostrado como defensor de se voltar o governo do país a mão de pessoas democraticamente eleitas, ainda esse ano.
Pelo seu raciocínio, deveríamos ir até o Irã e defenestrar seu presidente para dar uma mensagem clara que para outros países. Não tem o menor sentido.


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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #57 Online: 29 de Setembro de 2009, 01:35:10 »
Deixar de colocar o Zelaya de volta no poder é admitir que é permitido derrubar presidentes e direitos adquiridos por um "bem maior", por mais que isso seja verdade.
Pela constituição de Honduras, depor o Zelaya é legítimo. E expulsar ele do país pode ser legítimo também, pela constituição de Honduras.

É tão grande a preocupação dos hondurenhos em impedir o retorno do caudilhismo que o artigo 42, 5, dispõe a respeito da perda da cidadania por parte daqueles que incitarem, promoverem ou apoiarem o continuísmo ou a reeleição do presidente da República, após prévia sentença condenatória proferida pelo tribunal competente.

Se eu entendi, perda da cidadania significa que quem perde a cidadania pode ser expulso do país. O Zelaya se encaixa perfeitamente nesse artigo acima.
Ele com certeza queria sim dar uma de ditador/caudilho e ficar milênios no poder e acho que provavelmente deveria ser destituído sim, preso talvez. Porém os fins nunca justificam os meios, todas as vezes que a humanidade seguiu por esse caminho foi em direção ao abismo.

Na verdade a história mostra que quando deixaram esses populistas soltos por aí, tudo virou uma ditadura com um grande número de mortos. E com pessoas se perguntando (depois da nhaca) "Se tivessem impedido ele antes de tudo virar um massacre, ou guerra, ou ditadura, as coisas teriam sido diferentes? Aquelas pessoas que morreram poderiam ter sido salvas, se alguém tivesse impedido ele?"

Já ví documentários sobre a segunda guerra, sobre grandes massacres, sobre ditaduras, e sempre aparece um momento em que o derramamento de sangue poderia ter evitado e as coisas seriam diferentes. Então, se os fins forem evitar um massacre, ou uma guerra, os meios se justificam.

Se expulsar o Zelaya evitaria um grande transtorno, não sei porque condenar, ou ver isso como um golpe, se era o Zelaya que realmente queria dar um golpe, e se ele não conseguisse, pelo menos iria incitar uma grande bagunça cheia de mortos. 
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #58 Online: 29 de Setembro de 2009, 07:34:30 »
Do link do chapolim(avatar):
É tão grande a preocupação dos hondurenhos em impedir o retorno do caudilhismo que o artigo 42, 5, dispõe a respeito da perda da cidadania por parte daqueles que incitarem, promoverem ou apoiarem o continuísmo ou a reeleição do presidente da República, após prévia sentença condenatória proferida pelo tribunal competente.
 :umm: Quando perde a cidadania a pessoa é expulsa do país?

Deixar de colocar o Zelaya de volta no poder é admitir que é permitido derrubar presidentes e direitos adquiridos por um "bem maior", por mais que isso seja verdade.
Pela constituição de Honduras, depor o Zelaya é legítimo. E expulsar ele do país pode ser legítimo também, pela constituição de Honduras.

É tão grande a preocupação dos hondurenhos em impedir o retorno do caudilhismo que o artigo 42, 5, dispõe a respeito da perda da cidadania por parte daqueles que incitarem, promoverem ou apoiarem o continuísmo ou a reeleição do presidente da República, após prévia sentença condenatória proferida pelo tribunal competente.

Se eu entendi, perda da cidadania significa que quem perde a cidadania pode ser expulso do país. O Zelaya se encaixa perfeitamente nesse artigo acima.
Ele com certeza queria sim dar uma de ditador/caudilho e ficar milênios no poder e acho que provavelmente deveria ser destituído sim, preso talvez. Porém os fins nunca justificam os meios, todas as vezes que a humanidade seguiu por esse caminho foi em direção ao abismo.

Na verdade a história mostra que quando deixaram esses populistas soltos por aí, tudo virou uma ditadura com um grande número de mortos. E com pessoas se perguntando (depois da nhaca) "Se tivessem impedido ele antes de tudo virar um massacre, ou guerra, ou ditadura, as coisas teriam sido diferentes? Aquelas pessoas que morreram poderiam ter sido salvas, se alguém tivesse impedido ele?"

Já ví documentários sobre a segunda guerra, sobre grandes massacres, sobre ditaduras, e sempre aparece um momento em que o derramamento de sangue poderia ter evitado e as coisas seriam diferentes. Então, se os fins forem evitar um massacre, ou uma guerra, os meios se justificam.

Se expulsar o Zelaya evitaria um grande transtorno, não sei porque condenar, ou ver isso como um golpe, se era o Zelaya que realmente queria dar um golpe, e se ele não conseguisse, pelo menos iria incitar uma grande bagunça cheia de mortos. 

A perda da cidadania implica tão somente na perda dos direito políticos, ou seja, no direito de votar e ser votado. Nada além disso.

No Brasil, ao contrário de Honduras, a Constituição veda a casação dos direito políticos, sendo permitido tão somente a suspensão, como ocorreu com o Collor, por exemplo.
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #59 Online: 29 de Setembro de 2009, 09:32:13 »
 
A perda da cidadania implica tão somente na perda dos direito políticos, ou seja, no direito de votar e ser votado. Nada além disso.
Só isso?  :umm:  Perder a cidadania em Honduras significa somente isso? Estranho... o país tem uma história tão cheia de golpes (de verdade), com pessoas querendo ficar no poder pra sempre. Eu acho que essa constituição tá meio mole, se levar em conta a história política de Honduras...
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #60 Online: 29 de Setembro de 2009, 12:24:07 »
A perda da cidadania implica tão somente na perda dos direito políticos, ou seja, no direito de votar e ser votado. Nada além disso.
Só isso?  :umm:  Perder a cidadania em Honduras significa somente isso? Estranho... o país tem uma história tão cheia de golpes (de verdade), com pessoas querendo ficar no poder pra sempre. Eu acho que essa constituição tá meio mole, se levar em conta a história política de Honduras...
Pelo que sei é proibido no mundo como um todo a retirada da nacionalidade da pessoa, assim, jamais o Brasil poderia retirar a nacionalidade de alguém nascido aqui (no caso do jus solis), como a Alemanha não poderia retirar de um alemão (jus sanguinis).

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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #61 Online: 29 de Setembro de 2009, 12:47:04 »
Eu sei que e assim em muitos lugares mas não posso dizer que e assim no mundo inteiro.
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Offline O Comissário do Povo

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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #62 Online: 29 de Setembro de 2009, 13:24:33 »
Entrevista do assessor da presidência para Assuntos Internacionais na rádio CBN.

http://cbn.globoradio.globo.com/programas/cbn-brasil/2009/09/28/BRASIL-TEVE-ATITUDE-DISCRETA-DESDE-O-COMECO-E-FOI-SURPREENDIDO-PELA-CHEGADA-DE-ZELAYA.htm

Muito esclarecedora.
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Offline O Comissário do Povo

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« Resposta #63 Online: 29 de Setembro de 2009, 19:19:24 »
A transcrição da entrevista à CBN está difícil mas tem essa de hoje:

Entrevista - Marco Aurélio Garcia  Assessor especial de Lula sustenta que Brasil não se envolveu, e "foi envolvido", na crise

Isabel Fleck

Publicação: 29/09/2009 07:00 Atualização: 29/09/2009 00:58

O governo brasileiro "não se envolveu mas foi envolvido" no conflito entre o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e o governo de fato de Roberto Micheletti. Quem afirma é o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, que classifica até como "discreta" a atuação brasileira no impasse que já dura mais de três meses no país centro-americano.

Em entrevista ao Correio, ele defendeu plenamente a decisão de abrir as portas da embaixada em Tegucigalpa a Zelaya e seus seguidores. "Há muitas pessoas neste governo que, no passado, bateram em portas de embaixadas e foram recebidos. Então temos isto muito presente em nossa memória", compara Garcia, apesar de destacar que, neste caso, "não se configura plenamente" um asilo político.

O braço-direito de Lula em questões internacionais considerou "um pouco deslocado" o comentário do embaixador dos Estados Unidos na OEA, Lewis Amselem, que classificou como "irresponsável" a volta de Zelaya a Honduras. Ele ainda se referiu a Micheletti como "ditador", e disse que "apesar de a palavra dele não valer muito", é preciso se ater a ela quando o presidente de fato assegura que não invadirá a embaixada brasileira.

O representante dos EUA na OEA disse hoje que foi "irresponsável" a volta do presidente deposto a Honduras. De fato, os climas se acirraram bastante desde a sua volta. Como o governo brasileiro, que possui uma importante tradição diplomática, vê essa volta? Não foi, de fato, irresponsável, considerando a segurança da população?

Os ânimos estão acirrados desde a derrubada do presidente Zelaya. Este é o problema central: a ruptura da ordem democrática no país e o golpe de Estado. A decisão do presidente Zelaya foi tomada depois de esgotadas praticamente todas as chances de uma negociação — muitas das quais, inclusive, eram até desfavoráveis ao presidente Zelaya, e que ele aceitou, como, por exemplo, a proposta do presidente Oscar Arias, da Costa Rica. No entanto, os golpistas se mantiveram numa intransigência total e o que eles estão tentando é empurrar esse tema até as eleições, para realizar eleições ilegítimas, que não serão reconhecidas nem pelo Brasil e nem pela maioria da comunidade internacional. Mais do que isso, essas eleições sim, realizadas nestas circunstâncias, vão mergulhar Honduras em uma situação mais grave do que a que temos hoje. Sinceramente, eu não quero analisar a decisão do presidente Zelaya, que foi destituído de suas funções e tentou mais de uma vez uma solução negociada — que foi sistematicamente negada pelos golpistas. Querer concentrar nele as responsabilidades que são basicamente responsabilidades dos golpistas me parece uma postura equivocada.


O senhor consideraria legítima esta volta então?

Não se trata de a volta ser legítima ou ilegítima, o que foi ilegal e ilegítimo foi a saída dele. Ele foi retirado da sua casa de manhã cedo, ainda de pijama e com uma metralhadora na cabeça. Esta é a questão fundamental. Me parece que ficar discutindo agora a pertinência ou não da volta do presidente Zelaya é uma questão relativamente secundária. Aliás, é muito normal que ele sendo presidente do país, queira voltar a seu país e, inclusive, mobilizar a opinião pública mundial em favor do próprio restabelecimento da legalidade no país. Temos que nos ater basicamente à postura do governo golpista, que tem sido, efetivamente, o principal responsável e tem agido com uma intransigência enorme. Ontem, por exemplo, chegou uma delegação da OEA em Tegucigalpa e essa delegação que ia lá para discutir, negociar, foi retida e mandada de volta do próprio aeroporto. Hoje, você tem a confirmação de tudo aquilo que nós vínhamos dizendo há muito tempo: suspensão das garantias individuais, fechamento de jornais. Sinceramente, o comentário do embaixador norte-americano me parece um pouco deslocado, para dizer o menos.


É fato que o governo de Roberto Micheletti pretende ficar até as eleições de novembro no poder. Já Zelaya não aceita outra alternativa senão voltar ao poder para realizar as eleições. Que tipo de desfecho o governo brasileiro espera ver, uma vez que os dois lados, aparentemente, terão que ceder?

Exatamente que eles cedam. Até agora, a disposição em ceder foi vista da parte do Zelaya. Da parte do Micheletti, não houve nenhuma disposição em ceder. Acho que é chegado o momento de que isso ocorra e só se dará se houver uma intensificação da pressão internacional. Este governo é um governo sui generis, porque eu nunca vi um isolamento tão absoluto e tão completo. Na OEA, ele está absolutamente condenado, a União Africana e a União Europeia o condenaram unanimemente, ele foi condenado nas Nações Unidas, o que ele quer mais?


Ontem, o chanceler Carlos López ameaçou retirar a imunidade de embaixada brasileira se o ultimato não for atendido, o que significa que ela poderá ser invadida. O governo não vê isto com apreensão?

O ditador Micheletti disse que isso não significaria a invasão da embaixada brasileira. Apesar de a palavra dele não valer muito, de qualquer maneira, eu tenho que me ater a ela. E, evidentemente, se houvesse qualquer movimento nesta direção, ele estaria se metendo numa enrascada muitíssimo maior do que ele se manteve até agora. Evidentemente, isso significaria sanções muito rigorosas por parte não mais da OEA, mas do Conselho de Segurança da ONU.


Qual seria uma atitude do governo brasileiro neste caso?

Eu não gosto de comentar hipóteses, mas no caso de isso ocorrer, evidentemente nós recorreríamos ao Conselho de Segurança da ONU, como já fizemos quando começaram a se desenhar ameaças contra a embaixada brasileira. Só para lembrar, o Conselho de Segurança, na semana passada, fez uma crítica dura a essa decisão e nós continuamos recebendo manifestações de solidariedade. Ainda hoje, eu escutei o discurso da ministra das Relações Exteriores do México na Assembleia Geral das Nações Unidas de condenação ao Micheletti, de pedido que ele (o Zelaya) seja imediatamente restabelecido e de defesa da inviolabilidade da embaixada brasileira.


Desde que chegou, Zelaya tem incitado, a partir da embaixada brasileira, a população a cometer atos de "desobediência civil". O chanceler Celso Amorim já pediu para que ele parasse de se manifestar, mas é realmente possível conter este tipo de atitude de um presidente deposto que está disposto a voltar ao governo?

Quero deixar claro que eu não li o conjunto dos pronunciamentos do presidente Zelaya, mas salvo um que ele chamava à desobediência civil — que, na maioria das vezes, se manifesta de uma forma pacífica —, eu não vi declarações em que ele estivesse incitando a violência. Pelo contrário, vi algumas declarações em que ele se manifestava chamando a uma solução pacífica. Agora, nós, de qualquer maneira, solicitamos a ele — e achamos que isso ocorrerá — que se abstenha de pronunciamentos para não complicar a situação dele e da embaixada do Brasil.


Por que o Brasil se envolveu de maneira a se tornar um dos principais atores em um conflito em Honduras, país com o qual mantínhamos até então relações diplomáticas distantes e que representa menos de 0,05% do nosso comércio bilateral?

O Brasil não se envolveu, o Brasil foi envolvido. Tanto é assim que, no começo da crise, alguns até criticaram, dizendo que tinha sido uma participação exageradamente discreta. Quando houve aquela tentativa de ele voltar por avião, não havia nenhum diplomata brasileiro; nem presidente Lula e nem o ministro Amorim compareceram à reunião do Grupo do Rio na Nicarágua. Nós tivemos, portanto, uma participação solidária com o governo constitucional, mas discreta. O que houve foi que, no momento em que o presidente Zelaya decidiu pedir a proteção da embaixada brasileira, fomos colocados no centro dos acontecimentos.

Por outra parte, as nossas relações não só com Honduras, mas com a América Central de uma maneira em geral, têm sido muito mais próximas durante este governo. Gostaria de lembrar que Lula foi o primeiro presidente brasileiro a visitar Honduras, esteve duas vezes na Guatemala, foi à Nicarágua, à Costa Rica, ao Panamá. E nós temos, inclusive, interesse de não só estimular o comércio exterior, mas de implementar também mais investimentos naquela região. Nós tínhamos acordado anteriormente com o governo Zelaya a exportação de serviços para a construção de hidrelétrica, por parte de empresas brasileiras, e havia também um interesse muito grande de desenvolver a questão de biocombustíveis naquela região. Eu não acho que fosse uma relação tão distante porque América Central e o Caribe têm se aproximado muito do Brasil.


O senho disse que o Brasil "foi envolvido" nesta situação. O governo brasileiro se arrepende de ter cedido a embaixada para Zelaya e seus seguidores?

De maneira nenhuma, porque quando alguém bate à porta da embaixada brasileira, é recebido não só porque é uma norma internacional mas porque há muitas pessoas neste governo que, no passado, bateram em portas de embaixadas e foram recebidos. Então nós temos isto muito presente na nossa memória. A tradição do asilo político, ainda que não esteja plenamente configurada uma situação de asilo político, é uma tradição muito cara na América Latina que nós devemos preservar com muito cuidado.
« Última modificação: 29 de Setembro de 2009, 19:30:27 por O Comissário do Povo »
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Offline Zeichner

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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #64 Online: 29 de Setembro de 2009, 20:30:49 »
O fato de ter que dar explicações
já esclarece muita coisa...

Offline _Juca_

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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #65 Online: 29 de Setembro de 2009, 21:00:10 »
Para por um pouco de lenha nessa discussão, tem um fator que muito interessa à maioria das pessoas nesse forum. O golpe em Honduras tem apoio da cúpula da igreja católica e também de igrejas evangélicas. Porque será? eu posso imaginar...

Offline Moro

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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #66 Online: 29 de Setembro de 2009, 21:10:10 »
Ora, porque tem uma agenda mais forte com esses setores, claro Juca.

Agora, o golpe que o Zelaya queria tinha o apoio do Chavez.

Escolha a merda que melhor le apetece.
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #67 Online: 29 de Setembro de 2009, 21:24:25 »
Ora, porque tem uma agenda mais forte com esses setores, claro Juca.

Agora, o golpe que o Zelaya queria tinha o apoio do Chavez.

Escolha a merda que melhor le apetece.

E quais seriam os tópicos dessa agenda, alguem sabe? E o que o Zelaya-Chavez fez contra a igreja? Tem mais merda no ventilador do que parece.

Offline Moro

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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #68 Online: 29 de Setembro de 2009, 21:34:00 »
Não sei o que Chaves fez contra a igreja, mas sei o que fez contra a democracia, as instituições e a economia de seu país.
E todos sabemos o que Zelaya queria fazer com as instituições hondurenhas.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #69 Online: 29 de Setembro de 2009, 22:15:12 »
Chavez o demônio-caudilho atual das direitas das américas é também o demônio da igreja? É uma guerra santa ideológica? Qualquer coisa é valida contra a ameaça chavista? Golpe, estado de exceção, interesses religiosos, etc... vale tudo? E continuam a jogar merda no ventilador. Uma ditadura de fato justifica uma guerra contra o "neosocialismo petrolífero latinoamericano venezuelano? hmmmm, ta me parecendo 64... direita - esquerda + capitalismo + EUA(republicanos bilionários conservadores) - Fidel(agora Chavez) = Ditadura. Só tem uma diferença importante, não tem mais URSS.

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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #70 Online: 29 de Setembro de 2009, 22:22:51 »
Só pra reforçar uma duas leituras obrigatórias pra quem quer entender o que se passa de fato deste lado do mundo.
http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2009/06/30/golpe+em+honduras+ressalta+passado+de+influencia+americana+na+regiao++7035974.html

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/editorial-do-wsj-responsabiliza-eua-por-impasse-e-defende-que-zelaya-se-entregue/

Detalhe os dois jornais pertencem agora ao mesmo dono Rupert Murdoch,e a merda continua jorrando.

Offline Moro

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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #71 Online: 29 de Setembro de 2009, 23:00:48 »
Chavez o demônio-caudilho atual das direitas das américas é também o demônio da igreja? É uma guerra santa ideológica? Qualquer coisa é valida contra a ameaça chavista? Golpe, estado de exceção, interesses religiosos, etc... vale tudo? E continuam a jogar merda no ventilador. Uma ditadura de fato justifica uma guerra contra o "neosocialismo petrolífero latinoamericano venezuelano? hmmmm, ta me parecendo 64... direita - esquerda + capitalismo + EUA(republicanos bilionários conservadores) - Fidel(agora Chavez) = Ditadura. Só tem uma diferença importante, não tem mais URSS.

Não é um demônio caudilho. É um irresponsável que tem uma agenda não democrática, autoritária e com certeza vai falir seu país. Não tem guerra santa nenhuma. Você propos uma pergunta meio misteriosa tipo "uau, porque será que a igreja é contra chaves, zelaya". Eu respondi que eles tinham diferenças de visão, e que a visão de Zelaya era semelhante a de chavez.

A coisa é bem simples, Zelaya atentou contra a constituição e a democracia de seu país, foi deposto por um processo estabanado, aí veio o Brasil e arrumou um pepino em suas mãos ao escolher um lado nessa contenda. E escolheu o lado que começou o problema.
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #72 Online: 30 de Setembro de 2009, 00:14:00 »
Chavez o demônio-caudilho atual das direitas das américas é também o demônio da igreja? É uma guerra santa ideológica? Qualquer coisa é valida contra a ameaça chavista? Golpe, estado de exceção, interesses religiosos, etc... vale tudo? E continuam a jogar merda no ventilador. Uma ditadura de fato justifica uma guerra contra o "neosocialismo petrolífero latinoamericano venezuelano? hmmmm, ta me parecendo 64... direita - esquerda + capitalismo + EUA(republicanos bilionários conservadores) - Fidel(agora Chavez) = Ditadura. Só tem uma diferença importante, não tem mais URSS.

Não é um demônio caudilho. É um irresponsável que tem uma agenda não democrática, autoritária e com certeza vai falir seu país. Não tem guerra santa nenhuma. Você propos uma pergunta meio misteriosa tipo "uau, porque será que a igreja é contra chaves, zelaya". Eu respondi que eles tinham diferenças de visão, e que a visão de Zelaya era semelhante a de chavez.

A coisa é bem simples, Zelaya atentou contra a constituição e a democracia de seu país, foi deposto por um processo estabanado, aí veio o Brasil e arrumou um pepino em suas mãos ao escolher um lado nessa contenda. E escolheu o lado que começou o problema.

Hahaha, a gente já travou esse debate antes. Sei o que você acha do Chaveco e não discordo.Só não inverta os fatos e cuidado para não ser papagaio de pirata da grande mídia brasileira, em especial a "Veja". Procure se informar direito sobre o que Zelaya realmente fez em Honduras, e se esse fato justifica uma " deposição por processo estabanado", que pra mim chama-se golpe. Também não gosto do Zelaya, nem do Chaveco, mas defendo que o Brasil tenha um lado nessa história, contra o golpe e a favor da legalidade institucional. Um link que ajuda muito também:
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=557IMQ004
Aliás, recomendo muito a leitura do Observatório da Imprensa.

Offline Moro

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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #73 Online: 30 de Setembro de 2009, 15:52:35 »
Chavez o demônio-caudilho atual das direitas das américas é também o demônio da igreja? É uma guerra santa ideológica? Qualquer coisa é valida contra a ameaça chavista? Golpe, estado de exceção, interesses religiosos, etc... vale tudo? E continuam a jogar merda no ventilador. Uma ditadura de fato justifica uma guerra contra o "neosocialismo petrolífero latinoamericano venezuelano? hmmmm, ta me parecendo 64... direita - esquerda + capitalismo + EUA(republicanos bilionários conservadores) - Fidel(agora Chavez) = Ditadura. Só tem uma diferença importante, não tem mais URSS.

Não é um demônio caudilho. É um irresponsável que tem uma agenda não democrática, autoritária e com certeza vai falir seu país. Não tem guerra santa nenhuma. Você propos uma pergunta meio misteriosa tipo "uau, porque será que a igreja é contra chaves, zelaya". Eu respondi que eles tinham diferenças de visão, e que a visão de Zelaya era semelhante a de chavez.

A coisa é bem simples, Zelaya atentou contra a constituição e a democracia de seu país, foi deposto por um processo estabanado, aí veio o Brasil e arrumou um pepino em suas mãos ao escolher um lado nessa contenda. E escolheu o lado que começou o problema.

Hahaha, a gente já travou esse debate antes. Sei o que você acha do Chaveco e não discordo.Só não inverta os fatos e cuidado para não ser papagaio de pirata da grande mídia brasileira, em especial a "Veja". Procure se informar direito sobre o que Zelaya realmente fez em Honduras, e se esse fato justifica uma " deposição por processo estabanado", que pra mim chama-se golpe. Também não gosto do Zelaya, nem do Chaveco, mas defendo que o Brasil tenha um lado nessa história, contra o golpe e a favor da legalidade institucional. Um link que ajuda muito também:
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=557IMQ004
Aliás, recomendo muito a leitura do Observatório da Imprensa.

Vê só Juca.

1- Leio muito pouco a veja. Minha principal leitura de noticias é a folha;
2- obervatório é a veja ao contrário. Mais ou menos moderada, mas com um viés claro.
3- E ainda estou esperando você me explicar o que Zelaya realmente fez. O que li em vários lugares, coloquei aqui.
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Re: O mundo precisa abrir os olhos a respeito de Honduras.
« Resposta #74 Online: 30 de Setembro de 2009, 16:58:01 »
Alias, cada vez mais essa história esta saindo de um processo estabanado para estupidez generalizada do governo que depôs Zelaya. E nosso governo contribuiu para deixar o cenário mais perigoso.
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