Autor Tópico: Hidrelétrica de Belo Monte  (Lida 11714 vezes)

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Hidrelétrica de Belo Monte
« Online: 02 de Fevereiro de 2010, 10:49:48 »
Ibama libera licença para Belo Monte com 40 condições

Conforme antecipou o iG, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciou nesta segunda-feira a liberação da licença ambiental prévia para o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. No documento, o órgão ambiental lista 40 condicionantes que terão que ser atendidas pelos futuros empreendedores para que a obra seja autorizada.

<a href="http://ultimosegundo.ig.com.br/infografico/usinabh/us_ifo_belomentov2.swf" target="_blank" class="new_win">http://ultimosegundo.ig.com.br/infografico/usinabh/us_ifo_belomentov2.swf</a>
 
Logo após a liberação da licença prévia pelo Ibama, o Ministério de Minas e Energia informou, conforme antecipou o iG nesta tarde, que pretende realizar o leilão do projeto nos primeiros dias de abril.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que, junto com o combate ao desmatamento na Amazônia, o licenciamento ambiental de Belo Monte era um dos grandes desafios de sua gestão. “Belo Monte tem simbolismo muito forte, é a maior obra do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], a mais polêmica, é a terceira hidrelétrica do mundo, gera polêmica há mais de 20 anos”, avaliou.

Segundo Minc, a licença prevê investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão em investimentos para diminuir os impactos ambientais e sociais da chegada do contingente que irá trabalhar na construção da usina. “São mitigações, contrapartidas e compensações ambientais.”

Maior empreendimento energético do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Belo Monte terá potência instalada de 11 mil megawatts, a segunda maior do Brasil, atrás apenas da Hidrelétrica de Itaipu, no Rio Paraná, que tem 14 mil megawatts.

Hoje, Minc lembrou o histórico polêmico do licenciamento da hidrelétrica, que chegou a ser suspenso pela Justiça e reconheceu que a área foi alvo de pressões do setor energético e de ambientalistas.

“Tem pressões e contra-pressões, faz parte da democracia. O Messias fica imprensado com flechas sorrateiras de todos os lados: ou para fazer de qualquer jeito que está ou para não fazer de jeito nenhum”, disse.

A pressão para autorizar as obras de Belo Monte desencadeou a saída do diretor de Licenciamento do Ibama, Sebastião Custódio Pires e do coordenador-geral de Infraestrutura de Energia do instituto, Leozildo Tabajara.

A construção da barragem, prevista desde a década de 1970, é alvo de críticas de comunidades tradicionais, lideranças indígenas e organizações ambientalistas.

A emissão da licença prévia autoriza o Ministério de Minas e Energia a marcar a data do leilão da usina, que será realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, chegou a dizer que estava “mendigando” a licença para a área ambiental.

A Empresa de Pesquisas Energética (EPE) estima o custo do empreendimento em pelo menos R$ 16 bilhões. O governo deverá ter participação em todos os consórcios que participem do leilão. Até agora, três das maiores empreiteiras do país demonstraram interesse em construir Belo Monte: Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez.

A licença prévia é a primeira das três licenças que fazem parte do processo de licenciamento ambiental. Se cumpridas as condicionantes, a próxima etapa é a licença de operação, que autoriza o início das obras. A última, a de operação, autoriza o funcionamento do empreendimento.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/02/01/ibama+libera+licenca+para+belo+monte+com+40+condicoes+9383953.html

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Offline Marcel

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #1 Online: 02 de Fevereiro de 2010, 19:41:00 »
Será que as pessoas afetadas vão ser "ressarcidas" pelos seus prejuízos?

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #2 Online: 18 de Março de 2010, 20:29:37 »
Aneel aprova edital de Belo Monte

Por unanimidade, os diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica aprovaram na tarde da quinta-feira o edital do leilão para as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, que será construída no rio Xingu (PA). A aprovação já era esperada, uma vez que o Ministério de Minas e Energia saiu na frente e publicou no Diário Oficial da União de hoje portaria marcando a licitação para 20 de abril. A construção da terceira maior hidrelétrica do mundo foi antecipada em janeiro pelo iG.

Pelo edital, os fornecedores e construtores poderão ter no máximo 40% de participação no consórcio que disputará o leilão e 20% na sociedade de propósito específico (SPE) dona do empreendimento. O edital não deixa claro como será a participação das empresas da Eletrobrás na concorrência. Segundo o diretor Romeu Rufino, porém, sócios estratégicos, como estatais, podem ingressar no consórcio vencedor, a partir de aprovação prévia da Aneel.

A principal sugestão acatada na reunião extraordinária, que durou cerca de uma hora, foi em relação ao valor da garantia de fiel cumprimento para a construção da usina. O índice estipulado na minuta do edital, de 7,5% do valor total do investimento declarado pelo consórcio vencedor, caiu para 5,5%. Outras sete sugestões foram aceitas integralmente e seis parcialmente.

A usina de Belo Monte já possui licença prévia emitida pelo IBAMA, como adiantou o iG, e conta com aprovação pelo Tribunal de Contas da União sobre os custos previstos de R$ 19,6 bilhões. O preço-teto para a concorrência será de R$ 83 megawatts/hora.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/03/18/aneel+aprova+edital+de+belo+monte+9432765.html

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #3 Online: 19 de Março de 2010, 09:32:53 »
Governo marca leilão de Belo Monte para 20 de abril

O Ministério de Minas e Energia marcou para o dia 20 de abril o leilão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Nesta quinta-feira, em Brasília, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o edital em sessão extraordinária. A construção da terceira maior hidrelétrica do mundo foi antecipada em janeiro pelo iG.

É a terceira vez que o governo marca uma data para o certame. Em dezembro, a primeira tentativa foi adiada porque o empreendimento não havia recebido a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Uma revisão dos custos da obra, feita pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), atrasou mais uma vez a licitação, que estava marcada para o dia 12 de abril.

Nesta quarta-feira, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou os valores revistos do total da obra e do preço-teto para a tarifa da energia da hidrelétrica. O empreendimento agora está orçado em R$ 19 bilhões e o preço máximo para a energia deverá ser de R$ 83 por megawatt/hora.

O governo ainda não definiu como a Eletrobrás participará do empreendimento. As subsidiárias da estatal poderão compor os consórcios que participarão da disputa ou a holding se associará ao grupo vencedor após o leilão.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/03/18/governo+marca+leilao+de+belo+monte+para+20+de+abril++9432327.html

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #4 Online: 25 de Março de 2010, 15:47:09 »
Eletrobras terá ganho satisfatório em Belo Monte, afirma ministro

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira que a Eletrobras terá um retorno satisfatório do investimento que fará na hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). "Todos (os investidores) terão retorno satisfatório", disse Lobão, ao chegar para audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Lobão reiterou que a participação das empresas do Grupo Eletrobras nos consórcios que disputarão o leilão da usina vai variar de 40% a 49%. "A participação nunca será menor de 40%, mas nunca maior de 49%", disse.

Em relação à conclusão das negociações para a formação de consórcio, Lobão afirmou que as empresas estão agora com mais pressa para chegar logo a uma definição. "As empresas estão conversando entre si de maneira mais apressada", disse.

Até o momento, só há dois consórcios desenhados para o leilão. Um deles liderado por Odebrecht e Camargo Corrêa e outro formado por Andrade Gutierrez, Neoenergia, Vale e Votorantim.

Celg

O ministro confirmou ainda que o governo analisa a ideia de editar uma Medida Provisória (MP) para mudar as regras da Reserva Global de Reversão (RGR) para que parte do dinheiro desse fundo possa ser usado pela Eletrobras na compra de 41% das ações da distribuidora goiana Celg. "É uma possibilidade", disse.

A RGR é um fundo financiado com recursos pagos pelos consumidores nas tarifas de luz. Pela legislação do setor, o dinheiro da RGR, que é gerido pela Eletrobras, tem aplicações determinadas, como programas de universalização de acesso da energia elétrica e incentivo a fontes de geração limpas.

Porém, o governo estuda editar uma MP para flexibilizar as regras da RGR e permitir que parte do dinheiro seja usado para comprar ações da endividada Celg.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2010/03/25/lobao+eletrobras+tera+ganho+satisfatorio+em+belo+monte+9439205.html

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #5 Online: 27 de Março de 2010, 18:15:54 »
Será que as pessoas afetadas vão ser "ressarcidas" pelos seus prejuízos?

Depende.

Se os proprietários da área atingida pelo reservatório forem políticos ou grandes capitalistas eles receberão uma polpuda indenização.

Se forem pequenos fazendeiros talvez recebam o justo.

Mas se forem índios não-organizados, posseiros ou grileiros... :(
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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #6 Online: 03 de Abril de 2010, 01:33:42 »
Entidades fazem denúncia na ONU contra construção da Hidrelétrica de Belo Monte

Cem entidades civis que representam 40 comunidades de 11 municípios do Pará apresentaram um documento de 20 páginas a sete relatores da Organização das Nações Unidas (ONU). Eles denunciam supostas violações de direitos humanos causadas pela possível construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingú.


O leilão para a construção da hidrelétrica está previsto para o dia 20 de abril. A usina será a segunda maior do país e a terceira do mundo e terá capacidade instalada de geração de mais de 11 mil megawatts (MW). A hidrelétrica formará dois reservatórios de 516 quilômetros quadrados (km²). Segundo as entidades, os lagos da represa inundarão área onde se localizam 30 terras indígenas legais e afetará um terço do município de Altamira (PA), onde vivem 20 mil pessoas.

Para Andressa Caldas, diretora da organização não governamental Justiça Global, o licenciamento ambiental da hidrelétrica “sofreu pressão política” e fere a Convenção nº 169, sobre Povos Indígenas e Tribais em Países Independentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril de 2004.

De acordo com o Artigo 15 da convenção, “os governos deverão estabelecer ou manter procedimentos com vistas a consultar os povos interessados, a fim de se determinar se os interesses desses povos seriam prejudicados, e em que medida, antes de se empreender ou autorizar qualquer programa de prospecção ou exploração dos recursos existentes em suas terras.”

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou quatro audiências públicas com a participação de indígenas no ano passado e o presidente do instituto, Roberto Messias, se reuniu em Brasília com lideranças dos povos. Para os movimentos sociais, o número de audiências foi insuficiente e por isso reivindicam a realização de mais 13 encontros.

No começo do mês de março, o juiz federal de Altamira, Antônio Campelo, reconheceu a validade das audiências realizadas pelo Ibama e apontou no despacho que não vislumbrava “necessidade de realização de audiências em todas as comunidades atingidas”.

A denúncia na ONU ocorre após as entidades civis não terem conseguido na Justiça suspender a licença prévia concedida pelo Ibama em 1º fevereiro deste ano. À época, o bispo de Altamira, dom Erwin Krautler, disse em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia que a licença não era oportuna, pois “o projeto arrasa com toda a região”. Segundo ele, “esse projeto não vai ser o único, vai ser seguido por outros projetos”. A organização não governamental Internacional Rivers aponta que há mais de cem grandes barragens planejadas para os rios da Amazônia.

O Ibama informou à Agência Brasil que a licença prévia só saiu após o instituto receber parecer favorável da Fundação Nacional do Índio (Funai). A licença, que não autoriza o início da obra mas apenas o leilão, tem 40 condicionantes entre elas uma que exige a criação de novas unidades de conservação na região.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/02/entidades+fazem+denuncia+na+onu+contra+construcao+da+hidreletrica+de+belo+monte+9447113.html

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #7 Online: 08 de Abril de 2010, 20:59:41 »
MPF e PGR entram com ação contra Usina Hidrelétrica de Belo Monte

Além disso, construção da Usina foi denunciada à ONU por ignorar falhas no processo de licenciamento devido à pressão política

O Ministério Público Federal e a Procuradoria Geral da República de Altamira (PA) entram nesta quinta-feira (8) com uma ação civil pública contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu.

A ação pede a suspensão da licença prévia concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em fevereiro, e o cancelamento do leilão da usina, marcado para o próximo dia 20.

Os procuradores afirmam que o projeto desrespeita a Constituição Federal e a legislação ambiental. Segundo eles, houve falhas na elaboração dos estudos de viabilidade ambiental da obra, principalmente no que diz respeito aos impactos sobre a qualidade da água e a manutenção da biodiversidade. Além do impacto sobre as populações ribeirinhas que vivem na chamada Volta Grande do Xingu, um trecho de 100 quilômetros do rio que será desviado para geração de energia. A região da bacia do rio Xingu, que será impactada pela construção da hidrelétrica, abriga 30 Terras Indígenas legalmente constituídas, quatro reservas extrativistas e oito unidades de conservação ambiental.

Na ação, os procuradores questionam a viabilidade econômica da obra. O MPF argumenta – com base em um estudo que observou a vazão do Xingu entre 1971 e 2006 – que a quantidade de água do rio não será suficiente para produzir a energia prevista pela Eletrobras.

O MPF também defende que o leilão da usina não pode ser realizado, porque foi desobedecida uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que determina que o leilão só pode ser realizado após a concessão da licença de instalação. Belo Monte tem apenas a licença prévia.

Parceiros

Além da ação apresentada à Justiça, o MPF informou que notificará oito pessoas jurídicas potencialmente interessadas na obra e que poderão ser consideradas corresponsáveis pelos danos provocados pelo empreendimento. Entre elas, estão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as construtoras Norberto Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez e a Vale.

Camargo Corrêa e Odebrecht, por sua vez, desistiram de participar do leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte. As empreiteiras, que já eram consideradas certas na disputa, não efetivaram o cadastramento na chamada pública realizada pela Eletronorte em nome da holding Eletrobras. O prazo expirou na quarta-feira (7).

De acordo com nota do consórcio, formado pelas duas empreiteiras, a desistência de participar do leilão foi devido à faltal de “condições econômico-financeiras que permitissem sua participação na disputa". O grupo considera o preço-teto de 83 reais o megawatt-hora para o leilão insuficiente.

O único grupo confirmado para o leilão é o formado pela construtora Andrade Gutierrez, a Vale, a Votorantim e a Neoenergia (associação entre a Iberdrola, a Previ e o Banco do Brasil) . O anuncio das demais empresas interessadas na parceria com a Eletrobras, que deterá 49% do projeto, está previsto para esta quinta-feira (8).

Denúncia

No início deste mês, movimentos e organizações sociais e de direitos humanos encaminharam à Organização das Nações Unidas (ONU) um documento sobre as ilegalidades e arbitrariedades no processo de licenciamento da usina hidrelétrica de Belo Monte.

As entidades, que representam mais de 40 comunidades em 11 municípios, denunciam que irregularidades, como a falta de consulta prévia às comunidades atingidas e as fragilidades dos Estudos de Impacto Ambiental da obra, foram ignoradas pela diretoria do Ibama para ser concedida a licença prévia, no dia 1º de fevereiro.

De acordo com o documento, houve pressão política para a autorização da obra, idependente das irregularidades no projeto. A alegação é feita baseada no fato de o Ibama ter emitido uma nota dois dias antes da concessão da licença prévia na qual afirmava que não havia elementos suficientes para atestar a viabilidade ambiental do projeto.

Além disso, as entidades afirmam que “dois dias depois da licença, a Advocacia Geral da União (AGU) ameaçou processar procuradores federais do Pará que questionassem a licença na Justiça, em uma atitude considerada arbitrária e intimidadora pela cúpula do Ministério Público Federal”.

As organizações que assinam a denúncia pedem que a ONU solicite informações ao governo brasileiro sobre o empreendimento, que os Relatores realizem uma visita ao Pará e que o Brasil reconsidere a construção da usina. Caso a obra seja iniciada, o Brasil pode ser responsabilizado internacionalmente pelos crimes ambientais e pelas violações de direitos humanos causadas pela hidrelétrica.

Relatório

A Relatoria Nacional do Direito Humano ao Meio Ambiente, da Plataforma Dhesca Brasil, lançou nesta quarta-feira (7) um relatório sobre o Complexo Hidrelétrico do Belo Monte, “MISSÃO XINGU - Violações de Direitos Humanos no Licenciamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte”. O trabalho é resultado de um estudo realizado pelos relatores Guilherme Zagallo e Marijane Lisboa na região de Volta Grande do Rio Xingu no final de 2009.

O trabalho serviu para investigar as denúncias de violações de direitos humanos verificadas durante o processo de licenciamento da usina. No documento também é pedida a anulação da licença prévia da usina e o cancelamento do leilão. Além do amplo acesso da população de todos os municípios da Bacia do Xingu a informações sobre quaisquer futuros projetos de barragens nesta bacia e o direito de decidir a respeito destes empreendimentos. A íntegra do documento está disponibilizada aqui: http://www.dhescbrasil.org.br/_plataforma/pagina.php?id=2614

http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/mpf-e-pgr-entram-com-acao-contra-usina-hidreletrica-de-belo-monte




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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #8 Online: 10 de Abril de 2010, 20:08:39 »
Desistência das maiores empreiteiras engrossa rol de malogros e polêmicas de Belo Monte

Com tarifa máxima de R$ 83 por MWh, custo tem risco de se elevar ao dobro do previsto, passando de R$ 30 bi

O rol de malogros e polêmicas do projeto da hidrelétrica de Belo Monte, cogitado desde a década de 1980 com potência prevista para ser a segunda maior do país depois da usina de Itaipu, cresce sem parar, como a correnteza do Rio Xingu, onde será instalada.

Problemas técnicos e ambientais a cercam como maldição. Boa parte é ficção alimentada por receios de ambientalistas exacerbados. Aos muitos desafios se adicionam agora o de viabilidade econômica, com a desistência das empreiteiras Odebrecht e Camargo Corrêa, as duas maiores do país, de participar do leilão, marcado para o dia 20.

Até a próxima quarta-feira, conforme os termos da licitação, elas poderão voltar. Dificilmente o farão, se as regras de remuneração do investimento forem mantidas. Ambas conhecem a fundo o projeto, já que integravam o consórcio formado pela Eletrobras para avaliar as necessidades ambientais, de engenharia, logística e financeira.

Foi outro revés para o governo, ainda que o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, escalado pelo Ministério das Minas e Energia e pela Casa Civil para minimizar o incidente, argumente que nada vai mudar. Certo mesmo, hoje, há só o consórcio liderado pela empreiteira Andrade Gutierrez, outra das contratadas para modelar o pré-projeto de Belo Monte.

Dos inscritos para a licitação aberta pela estatal Eletronorte, a subsidiária da Eletrobras responsável pela contratação, há outras possibilidades. O grupo Bertin, capitalizado depois que vendeu sua atividade de frigoríficos ao JBS Friboi, seria sensível ao pleito do governo para que liderasse consórcio com outras empreiteiras de menor porte. Tolmasquim descarta a mão do governo na iniciativa.

Em entrevista, disse que ninguém forma grupos por pressão. Pode ser. Mas pressão era o que se fazia sobre a Odebrecht e a Camargo Corrêa para que não desistissem. Em troca, elas ouviram falar de compensações sob a forma de condições financeiras mais atraentes.

A oferta foi considerada vaga, sobretudo porque, ainda sob gestão da então ministra Dilma Rousseff, o governo se recusou a rever os termos do edital de licitação, garantia superior a promessas.

Com tarifa máxima de R$ 83 por megawatt-hora, o custo da obra, já incluídas compensações ambientais impostas pelo IBAMA para expedir a licença de construção - e outras que a Justiça provavelmente vai demandar a pedido do Ministério Público -, tem risco potencial de se elevar ao dobro do previsto, passando de R$ 30 bilhões.

De quem é o problema

A questão de Belo Monte é complexa, assim como de todas as demais hidrelétricas do programa de investimentos do PAC, caso o governo não reconheça que o problema ambiental é da esfera regulatória, ou seja, de sua estrita responsabilidade, ouvido o Congresso. Não das empresas privadas e estatais que conquistam o direito de construí-las e operá-las pelo regime de concessão.

Dois anos atrás o então diretor-geral da Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, Jerson Kelman, propusera ao governo apartar da lista de projetos de infraestrutura os realmente prioritários e os incluísse em lei votada pelo Congresso para ficarem livres dos riscos de embargos.

Kelman não foi ouvido. Ao contrário: ele foi até intimado pelo Ministério Público Federal de Belém a se explicar.

Opção polui bem mais

A omissão do governo o leva a começar a perder outra batalha por Belo Monte: a da comunicação. Se não recuperá-la, os governos que vierem depois de Lula encontrarão um clima de conflagração maior.

Em defesa do projeto, Tolmasquim afirmou que o custo do megawatt-hora de Belo Monte é quase metade da energia de termoelétricas, de R$ 145.

Deveria ter dito que as termos, além de muito mais caras, sendo o ônus repassado à conta do consumidor, são o que há de mais poluente. E que, embora chova a rodo, elas têm sido acionadas para compensar a menor carga despachada de Itaipu desde o apagão do ano passado, devido ao receio de sobrecarga nas linhas de transmissão.

Omissão é eleitoral

O governo parece não saber o que fazer com Belo Monte.

Deu à obra selo de prioridade, mas, ansioso em diferenciar Dilma Rousseff do tucano José Serra, quer mostrar que faz melhor que o governo FHC, ao exigir menor taxa de retorno do capital investido.

E, ligado à plataforma ecológica da candidata Marina Silva, ignora o conflito aberto com os ambientalistas, associados aos grupos que defendem a causa indígena e social na região.

Se Lula, que é tão popular, não compra essa briga, só muito dinheiro convencerá as empreiteiras.

Qual o papel das ONGs

Belo Monte parece enfeixar enigmas que transcendem os da floresta amazônica que a circunda. Um deles é técnico. Para reduzir a área inundada, a potência instalada de 11 mil megawatt/hora só geraria carga efetiva média de 4 mil, ou nada em período de seca do Xingu, segundo relatório da rede Dhesca Brasil, formada por entidades de defesa dos direitos humanos, sociais e ambientais.

É estranho que uma coalizão de ONGs manifeste preocupação com o retorno do dinheiro a ser investido por empresas. Mas a denúncia existe e o Ministério Público a reconhece, razão pela qual pede outra avaliação do Tribunal de Contas da União.

Ou se está diante de um equívoco de proporção amazônica ou de lobbies cujas intenções é que precisam ser apuradas. Em qualquer caso a responsabilidade é do governo.

http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/52001_53000/52087-1.html

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #9 Online: 13 de Abril de 2010, 09:58:50 »
Citar
Novas interessadas em Belo Monte podem formar consórcio

Com a confirmação de novas companhias de que há interesse em participar do leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA), um segundo consórcio pode estar se formando para concorrer com o grupo encabeçado pela Andrade Gutierrez. Nenhuma delas, entretanto, admite entrar na disputa dentro de um consórcio.

Após a decisão de Camargo Corrêa e Odebrecht de sair da disputa para a construção e operação da terceira maior usina hidrelétrica do mundo, surgiram rumores de novas interessadas em entrar no leilão, previsto para o próximo dia 20 de abril.

A construtora OAS, que já atua no setor, foi uma delas. Além de construir termelétricas e atuar também em transmissão de energia, a OAS está construindo a usina hidrelétrica de Estreito, entre o Maranhão e o Tocantins. A OAS não faz parte do consórcio que venceu o leilão: os vencedores contrataram um novo consórcio para as chamadas "obras civis" da usina, este sim, encabeçado pela construtora.

A Serveng confirmou que aderiu à chamada pública da Eletrobras para interessados em parcerias no leilão. A construtora participou da construção da hidrelétrica de Corumbá IV, por meio de um consórcio formado também por CEB (distribuidora de Brasília), Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal), Terracap (Companhia Imobiliária de Brasília), fundo de pensão do Banco de Brasília (BRB) e a construtora C&M.

O grupo Queiroz Galvão também confirmou que compareceu à chamada da Eletrobras para o leilão, mas disse que não está integrando nenhum consórcio e nem há decisão sobre eventuais ofertas. A companhia atua no setor hidrelétrico como produtor independente, mas também construiu as usinas hidrelétricas de Queimado (MG/GO) e Eliezer Batista (MG), além das obras civis da usina hidrelétrica Miranda (MG) e da construção das usinas hidrelétricas Capim Branco I e II.

Já o Grupo Bertin, que afirmou na semana passada que definiu as áreas de energia e de infraestrutura como prioridades para os próximos anos, e "tem estudado diversas opções de investimento", segundo o site da empresa, controla a Gaia Energia e Participações, que desenvolve projetos no setor de energia do grupo.

A Gaia venceu no início do mês leilão para venda de energia para a distribuidora do Pará, Celpa, que hoje faz parte do sistema isolado do Norte do país, mas que será interligada em 2011. O portfólio da empresa possui mais de 40 projetos entre usinas termelétricas, hidrelétricas, eólicas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).

Existem ainda rumores de que a Alupar estaria interessada em participar do leilão de Belo Monte. Procurada pela Reuters, a companhia não confirmou se tem interesse em participar, ou ao menos ter participado da chamada pública da Eletrobras. Em 2005, a Alupar venceu leilões para a construção e operação das usinas São José e Foz do Rio Claro.

Além disso, fundos de pensão devem participar da licitação para a construção de Belo Monte.

O fundo de pensão Petros, principalmente formado por empregados da Petrobras, confirmou à Reuters interesse em participar do leilão, mas divulgou que ainda não tem uma decisão sobre o assunto e que só vai entrar se houver certeza do retorno do investimento.

Enquanto isso a Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal, também mostrou interesse em participar, mas "ainda não existe posicionamento". Já o Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, disse que deve participar do consórcio encabeçado pela Andrade Gutierrez por meio de empresas nas quais têm participação, Vale e Neoenergia.

ANDRADE GUTIERREZ É FAVORITA

Mesmo que estas empresas se unam a fundos de investimentos para participar do leilão de Belo Monte, o consórcio formado por Andrade Gutierrez, Neoenergia, Votorantim e Vale ainda é o favorito para vencer a disputa, afirma o professor do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde Castro.

"Este novo grupo não teria como oferecer garantias junto ao BNDES para receber financiamentos. Além disso, a Andrade Gutierrez não tem grandes dívidas, é um grupo sólido", diz Castro, que afirma ainda que a Eletronorte, subsidiária da Eletrobras com grande conhecimento no projeto de Belo Monte, deverá ser o braço estatal neste grupo.

"Este enventual consórcio não tem condições de fazer uma análise em tempo hábil para propor um deságio seguro. A Andrade Gutierrez era a franca favorita antes mesmo da saída de Camargo Corrêa e Odebrecht. Agora é ainda mais", completa o especialista.

Os investimentos previstos para a construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu, são da ordem de 19 bilhões de reais, e o preço-teto por megawatt-hora é de 83 reais. Vence a empresa ou consórcio que oferecer a menor tarifa.

http://dinheiro.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=23856605
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Previ irá ao leilão de Belo Monte por meio da Vale

O diretor de Participações da Previ, Joilson Ferreira, confirmou hoje que o fundo de pensão não deve entrar diretamente no leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Segundo ele, a presença será por intermédio da Vale e Neoenergia, companhias nas quais a fundação faz parte do bloco de controle e que participam do único consórcio que permanece oficialmente na disputa para a construção da usina.

Ferreira ressaltou ainda que os investimentos em energia da Previ já ultrapassam o limite patrimonial permitido pela regulamentação brasileira. Além disso, destacou o diretor de Participações, não seria produtivo para a fundação entrar sozinha no projeto quando pode ingressar via empresas que já detêm experiência no ramo de energia elétrica, como é o caso da Vale e da Neoenergia, que participam da construção de hidrelétricas.

O diretor da Previ descartou também a possibilidade de a Vale a da Neoenergia se separarem em dois consórcios. Ele lembrou que as duas companhias compartilharam estudos sobre o investimento e não seria coerente na reta final elas se separarem em consórcios diferentes. Ferreira participa de um seminário promovido pela Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP), no Rio de Janeiro.

http://dinheiro.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=23856563
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Cameron participa de ato contra Belo Monte em Brasília

A mobilização de organizações populares e indígenas contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, ganhou um apoio de peso internacional. James Cameron, o diretor canadense de Avatar, a maior bilheteria do cinema mundial, esteve em Brasília nesta segunda-feira participando de um ato pelo cancelamento do leilão da usina, marcado para 20 de abril.

"Vocês podem perguntar o que estou fazendo aqui, mas se assistirem meu filme vocês saberão qual é meu sentimento sobre isso", tentou resumir o diretor, que estava acompanhado dos atores Sigourney Weaver e Joel David Moore, que participaram de Avatar, e de sua esposa, a também atriz Suzy Amis Cameron.

Os movimentos populares contrários à construção de Belo Monte argumentam que a obra não trará o desenvolvimento regional prometido e terá impactos severos sobre as populações e o meio ambiente do Rio Xingu, que foram desconsiderados durante a análise técnica do projeto. O discurso de Cameron seguiu a mesma trilha.

Para o diretor, os efeitos da obra na chamada volta grande do Rio Xingu serão um verdadeiro "desastre ecológico" e a construção da usina pode ser o primeiro passo para a liberação de outras barragens ao longo do Xingu. "Acabei entendendo que a questão dessa barragem é importante porque ela é talvez um dominó que quando cair derrubará outros dominós", disse Cameron.

Manifestantes fizeram um protesto em Brasília e protocolaram no Ministério de Minas e Energia e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um documento explicitando a posição contrária à usina e pedindo o cancelamento da licença ambiental concedida pelo Ibama e do leilão que o governo pretende realizar na próxima semana.

Cameron não irá se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas desafiou o presidente a suspender a construção da usina e tornar-se "um herói do século 21", colocando o País como líder na elaboração de projetos mais eficientes e sustentáveis de energia. "Não sou um cientista, mas acredito que existem outras formas para países como Estados Unidos, Canadá e Brasil produzir energia", disse o diretor, citando como exemplo a produção de energia solar e eólica. "É um dever vir aqui porque eu venho do que será o seu futuro", disse o diretor, em menção à situação dos povos indígenas nos Estados Unidos, onde mora, que segundo ele foram praticamente "destruídos".

http://dinheiro.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=23857071

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #10 Online: 13 de Abril de 2010, 10:23:30 »
Que imbróglio! Captulamos mais uma vez aos alienados interesses políticos.

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #11 Online: 15 de Abril de 2010, 09:52:50 »
 |(

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Liminar da Justiça do Pará suspende leilão de Belo Monte

O leilão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, previsto para 20 de abril, foi suspenso nesta quarta-feira após liminar concedida pelo juiz federal Antonio Carlos Almeida Campelo, da Subseção de Altamira, no Pará.

Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) do Pará abriu simultaneamente duas ações civis públicas contra o licenciamento ambiental que liberou a construção da usina hidrelétrica. A decisão ainda é passível de recurso perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.

Em comunicado, a Justiça Federal do Estado do Pará afirma que a liminar foi concedida pela apreciação civil de uma das duas ações ajuizadas na semana passada. O juiz ainda deverá julgar a segunda ação nos próximos dias, também com pedido de liminar.

"Nessa ação, o MPF argumenta, especificamente, que a construção do empreendimento violaria vários dispositivos da legislação ambiental, inclusive a falta de dados científicos conclusivos", diz o comunicado.

Além disso, há outra ação interposta pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pedindo a suspensão do leilão pelo mesmo motivo da decisão desta quarta-feira.

A liminar também determina que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emita nova licença prévia, antes que seja regulamentado o artigo 176 da Constituição, que dispõe, no seu parágrafo 1º, sobre a pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais (inclusive os hidráulicos) em todo o Brasil.

"Em caso de desobediência, a multa estipulada ao Ibama é de 1 milhão de reais, a ser aplicada separadamente ao próprio órgão e ao servidor que descumprir a decisão.

Além disso, em relação à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o juiz ordenou a proibição de realizar qualquer ato administrativo que enseje a realização do leilão de concessão do projeto de Belo Monte, sem que antes seja regulamentado o artigo 176. A multa é idêntica à estipulada para o Ibama.

O magistrado advertiu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Construtora Norberto Odebrecht, Construções e Comércio Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Vale, J. Malucelli Seguradora, Fator Seguradora e UBF Seguros poderão responder por crime ambiental, se desatenderem os termos da decisão até o julgamento do mérito.

Campelo argumenta que a falta de regulamentação do artigo 176, parágrafo 1o da Constituição Federal, torna inválidos o edital de leilão, o contrato administrativo de concessão de serviço público e a licença ambiental, "devendo, pois, aguardar-se a expedição de lei regulamentadora do dispositivo constitucional". Procurado pela Reuters, o Ministério das Minas e Energia afirmou que ainda não foi notificado sobre a decisão.

A usina hidrelétrica de Belo Monte, que deverá ser a terceira maior do mundo, atrás da binacional Itaipu e da chinesa Três Gargantas, tem investimentos previstos de 19 bilhões de reais e o preço-teto por megawatt-hora é de 83 reais. Vence o leilão quem oferecer o maior deságio.

O empreendimento tem entrada de operação prevista para 2015 (1a fase) e 2019 (2a fase), e terá capacidade instalada de 11 mil megawatts, com garantia física de 4.571 megawatts médios.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/14/liminar+da+justica+do+para+suspende+leilao+de+belo+monte+9458607.html

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #12 Online: 15 de Abril de 2010, 09:58:24 »
Teve uma reportagem da tv NHK sobre a construcao da usina...... Trataram como se a construcao fosse o inicio do apocalipse.... Mais hipocrita impossivel....
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Offline Zeichner

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #13 Online: 15 de Abril de 2010, 11:25:09 »
Hipocrisia de ambas as partes.

Do governo que quer licitar um negócio deste porte no final do mandato, só pra jogar pro próximo governo o pepino ( ui )

e dos ambientalistas, que são bons apenas em criticar, mas jamais em apresentar propostas viáveis de como o país vai crescer.

Offline Diegojaf

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #14 Online: 15 de Abril de 2010, 12:52:36 »
Política ambiental no dos outros é refresco.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #15 Online: 15 de Abril de 2010, 21:39:57 »
A questão aí nem é tanto a ambiental, mas de regulação. Como a maioria dos deputados só sabe propor boas idéias na teoria, mas se esquecem que elas precisam ter aplicação prática, o que mais se tem visto ultimamente são questões que esbarram no problema de falta de regulação (nesses útimos anos cansei de ler notícias que falavam em problemas parecidos em tudo quanto é área, e não apenas a ambiental). O Ibama já liberou a construção da obra (impondo certas condições, o que é o esperado) mas por questões regulatórias sempre fica uma brecha na legislação a ser explorada para embargar a obra de Belo Monte.

Belo Monte aliás tem o problema de esbarrar em um monte de questões e interesses, sendo eles ambientais, índigenas, estratégicos, políticos e etc. Não é à toa que está há 30 anos em banho-maria. E como investir em geração não dava muito voto até que houve o risco de apagão, ninguém ligava muito para o projeto. Então, na época tiraram o projeto da gaveta e resolveram rediscuti-lo. Pelo menos isso está sendo feito.

Não tenho nada contra a política e a legislação ambiental (até onde a conheço). Para mim, o grande problema é a falta de pessoal para fazer a avaliação dos impactos ambientais de projetos. Aliás, falta de gente é problema de longa data no Ibama, e não é só na parte de avaliação de projetos. Por isso, o governo sempre apresenta um projeto fazendo um enorme estardalhaço e depois fica resmungando que o Ibama não libera. Será que eles não se tocam que com a quantidade de gente disponível não há como ir mais rápido?

Aliás, um dos problemas que atrasam a liberação do Ibama também tem outra questão envolvida: o Brasil nunca investiu o que seria necessário em estudos biológicos, ecológicos, hidrológicos, geológicos e etc para ter um bom conhecimento do território e do seu potencial. Não nego que já existem muitos estudos em todas essas áreas, mas ainda são insuficientes para que haja um conhecimento razoável que permita uma melhor elaboração de políticas e projetos. Como consequência, toda a vez que aparece um projeto para o Ibama (ou outro órgão) autorizar, acaba sendo necessário bancar um estudo sobre essas áreas o que atrasa ainda mais a liberação.*

Lembro que na época em que comecei a acompanhar notícias sobre o projeto de Belo Monte, me ocorreu que havia um jeito mais prático de contornar os problemas Belo Monte, garantindo uma geração barata e que não precisaria ficar longe dos contros de consumo: construir mais usinas nucleares. Só que essas também esbarram na questão de regulação (em uma condição ainda pior que Belo Monte), e aí voltamos a estaca zero, porque falar em energia nuclear no Brasil é outro vespeiro. Sem contar que volta e meia aparece um candidato dizendo que o outro é a favor da bomba atômica já que defende que o país faça investimentos na área nuclear. Aí já viu né?

*Falando em falta de estudos, lembrei de um caso interessante que aconteceu na construção de Tucuruí nos anos 70. Em hidrologia há um conceito chamado de "vazão milenar", que seria a vazão máxima que um rio atinge dentro de um período de mil anos, ou seja, a vazão teria que ser sempre medida durante todo esse período para saber qual a vazão máxima de um rio, porque é óbvio que a vazão dos rios não é algo constante. O problema é que só a Europa possui uma medição tão longa assim. No Brasil, os primeiros foram feitos no estado de São Paulo, nas décadas de 20 e 30 do século passado. Na região de Tucuruí então, até a época em que começaram a construir a usina, nunca havia sido feita uma medição. Então, foi feita uma medição por uns poucos meses e estimaram (pelo método de Le Chuté) qual seria a vazão milenar do Rio Tocantins na região e começaram a tocar a obra. Resultado: em menos de dois meses o rio atingiu uma vazão 15 vezes maior que a estimada, arrasando com todo o canteiro de obras.

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #16 Online: 16 de Abril de 2010, 17:57:55 »
Aneel retoma prazos para leilão de Belo Monte

Agência regulatória do setor de energia mantém processo para dia 20 após AGU derrubar liminar em impedia o leilão

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve os prazos e datas para o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, marcado para o próximo dia 20. Segundo a assessoria de imprensa da Aneel, a Comissão Especial de Licitação, responsável pelo leilão, retomou o processo, suspenso na manhã de hoje pela própria Aneel em cumprimento à liminar expedida na quarta-feira pela Justiça Federal do Pará, que determinou a suspensão de todas as etapas do leilão, inclusive o prazo para inscrição e depósito de garantias, que acabaria hoje, às 18 horas.

A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu derrubar, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), a decisão liminar da Vara Federal Única de Altamira (PA) que impedia o leilão da Aneel, segundo informações da própria AGU. A liminar também cassava a Licença Prévia do Instituto Brasileiro de meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), que agora está mantida.

O posicionamento foi concedido nesta sexta-feira (16/04), após a Presidência do TRF1 analisar o pedido de Suspensão da Execução de Liminar, proposto contra a decisão de primeiro grau.

http://economia.ig.com.br/empresas/infraestrutura/aneel+retoma+prazos+para+leilao+de+belo+monte/n1237582886190.html

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Temma

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #17 Online: 19 de Abril de 2010, 18:01:06 »
tá uma novela isso aí

Offline Pregador

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #18 Online: 19 de Abril de 2010, 20:02:50 »
Se realmente os estudos indicam que o potencial será de somente 4000 megawatts, não sei se é viável inundar uma área tão grande. Usinas solares no sertão nordestino poderiam ser mais viáveis ou então usinas nucleares.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Geotecton

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #19 Online: 19 de Abril de 2010, 22:36:09 »
Se realmente os estudos indicam que o potencial será de somente 4000 megawatts, não sei se é viável inundar uma área tão grande. Usinas solares no sertão nordestino poderiam ser mais viáveis ou então usinas nucleares.

Em relação às usinas solares também concordo.

Mas, o cartel das geradoras hidroelétricas, com o apoio das grandes empreiteiras, deixaria isto acontecer?
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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #20 Online: 20 de Abril de 2010, 10:19:47 »
Após liminar, Aneel suspende leilão de Belo Monte

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu nesta segunda-feira a realização do leilão de concessão da usina hidrelétrica de Belo Monte, cumprindo medida liminar expedida pela Justiça do Pará.

O leilão estava previsto para ocorrer na terça-feira, às 12 horas, em Brasília.

A liminar que suspendeu pela segunda vez o leilão da usina de Belo Monte, no Xingu, foi concedida pelo juiz federal Antonio Carlos Almeida Campelo, da Subseção de Altamira, Seção Judiciária do Pará da Justiça Federal, que havia expedido, na última quarta-feira, a primeira liminar suspendendo o processo.

Além de suspender o leilão, a liminar determina que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anule a licença prévia da usina.

Nesta segunda ação, Campelo concordou com as alegações do Ministério Público de que houve infrações à legislação ambiental, inclusive a não consideração das contribuições colhidas nas audiências públicas durante a fase em que os estudos de impacto ambiental decorrentes da construção da hidrelétrica estavam sendo analisados.

A Advocacia Geral da União (AGU) está recorrendo da decisão, e o Advogado Geral da União, Luís Adams, afirmou que poderá haver uma "guerrilha processual" em relação ao leilão.

"Nós já tivemos caso de disputas nos processos de privatizações que as liminares eram concedidas minutos antes do leilão, então não tem nenhuma novidade. Nós podemos estar enfrentando uma, digamos assim, de novo, uma guerrilha processual", disse Adams a jornalistas.

De acordo com ele, já era esperada uma nova liminar. "Como o presidente do tribunal já se posicionou num despacho... em que fundamenta a posição, eu espero e acredito que o presidente vai manter o entendimento dele", afirmou Adams.

Quando suspendeu a primeira liminar, o desembargador federal Jirair Meguerian afirmou que, em uma análise breve, não há perigo iminente para a comunidade indígena, uma vez que a emissão de licença prévia e a realização do leilão não implicam a construção imediata da usina, a qual demanda ainda inúmeras etapas.

"Por outro lado, conforme alertou o relator, a não-realização do leilão na data prevista traria graves prejuízos à economia pública, pois é conhecida a deficiência de energia elétrica no país", informou comunicado do TRF-1 divulgado na sexta-feira.

A respeito do impasse com a comunidade indígena em relação ao leilão, o advogado afirmou que "a própria comunidade indígena não está uniforme nisso".

"Tem vários representantes de várias comunidades que são favoráveis a usina. É evidente que a gente vai ter que conversar e dialogar muito para fazer o processo andar."

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/19/apos+liminar+aneel+suspende+leilao+de+belo+monte+9463281.html

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #21 Online: 20 de Abril de 2010, 10:37:48 »
Se realmente os estudos indicam que o potencial será de somente 4000 megawatts, não sei se é viável inundar uma área tão grande. Usinas solares no sertão nordestino poderiam ser mais viáveis ou então usinas nucleares.
O potencial seria 11.233 MW, o que a tornaria a segunda maior hidrelétrica do país. A razão de terem diminuído tanto o potencial é justamente o imbróglio envolvendo a questão ambiental e a índígena, que fez com que o projeto fosse alterado para que reservatório da usina fosse consideravelmente diminuído. No momento, a principal discussão é se a obra consegue ser feita dentro o orçamento de R$19 bilhões, o que ainda a torna viável. O mercado estima que o custo total ficaria em R$30 bilhões, o que faria com que sua construção não fosse vantajosa, já que a energia ficaria muito cara.
De qualquer maneira, se Belo Monte não for construída, já é necessário pensar logo em uma alternativa de geração em grande quantidade e baixo custo pois a tendência de consumo é crescer muito e as outras que já estão em fases mais adiantada de projeto ou construção não irão dar conta da demanda extra por muito tempo.

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #22 Online: 20 de Abril de 2010, 19:06:21 »
Desisti de tentar entender os tribunais, juízes, desembargadores e etc desse país
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Consórcio vencedor de Belo Monte terá que depositar R$ 1,4 bi em dez dias

O consórcio Norte Energia, vencedor do leilão da usina de Belo Monte, terá que depositar R$ 1,4 bilhão em garantias no prazo de dez dias após o anúncio do resultado oficial da concorrência.

Essa é uma determinação da Aneel e corresponde a 7% dos R$ 19,9 bilhões do investimento total da obra estimado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O mercado recebeu o resultado do leilão com muita surpresa por conta da diferença entre uma proposta e outra, considerada muito alta, principalmente levando-se em conta que a Eletrobrás exige 8,5% de retorno sobre o investimento total.

http://colunistas.ig.com.br/guilhermebarros/2010/04/20/consorcio-vencedor-de-belo-monte-tera-que-depositar-r-14-bi-em-dez-dias/

O interessante é ver como Belo Monte é totalmente um caso à parte na questão das usinas hidrelétricas em processo de discussão/licitação. Há outras 17 usinas a serem licitadas esse ano além de mais seis já adiantadas para serem licitadas ano que vem e ninguém nem toca no assunto.

As que devem ser licitadas esse ano:
Serra Quebrada (MA/TO)
UHE Cachoeira (PI/MA)
Castelhano (PI/MA)
Estreito do Parnaíba (PI/MA)
Ribeiro Gonçaves (PI)
Pedra Branca (BA)
Riacho Seco (BA)
Mirador (GO)
Davinópolis (MG)
Telêmaco Borba (PR)
Anita Garibaldi (SC)
São Roque (SC)
Itapiranga (SC)
Salto Grande (PR)
Água Limpa (MG)
Toricoejo (MG)
Teles Pires (TO)

As do ano que vem:
Tabajara (RO)
São Luiz do Tapajós (PA)
Colíder (MT)
Sinop (MT)
Foz do Apiacás (MT)
Marabá (PA)

Fonte

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #23 Online: 20 de Abril de 2010, 20:52:43 »
Caramba! Mal fizeram o leilão e já está circulando a notícia de que a Queiroz Galvão pulou fora do consórcio vencedor, ou seja, tudo pode ter sido inútil. Vejamos no que dá isso.  |(

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Offline CyberLizard

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Re: Hidrelétrica de Belo Monte
« Resposta #24 Online: 21 de Abril de 2010, 13:51:34 »
Citar
O potencial seria 11.233 MW

Er... Segundo o que vi no jornal, este é o potencial nos momentos de vasão máxima do rio. Mas o potencial médio de geração de energia seria de 4500 MW/h.

O leilão desta usina foi uma das maiores tratoragens que já vi neste governo. Tudo para acelerar as obras do tal PAC e poder usar isso em campanhas eleitorais...

Mas acho que a novela não terminou. MPF cogita anular o leilão da Usina de Belo Monte:  http://agenciabrasil.ebc.com.br/web/ebc-agencia-brasil/enviorss/-/journal_content/56/19523/204001

 

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