Autor Tópico: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio  (Lida 8198 vezes)

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Offline CyberLizard

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Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Online: 31 de Maio de 2010, 09:17:27 »
Citação de: [url=http://"http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,israel-ataca-barcos-que-tentavam-furar-bloqueio-a-gaza-ate-16-morrem,559310,0.htm

Israel ataca barcos que tentavam furar bloqueio a Gaza; 19 pessoas morrem

A Marinha de Israel atacou nesta segunda-feira, 31, uma frota de embarcações com ativistas pró-palestinos que tentavam furar o bloqueio à Faixa de Gaza e entregar suprimentos à região.

Segundo a TV israelense, 19 pessoas teriam morrido e 26 estariam feridas. Em entrevista à rádio do Exército, o ministro da Indústria e Comércio de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, disse lamentar as mortes.

A exata localização das embarcações é incerta. Israel teria advertido as embarcações para que não invadissem suas águas territoriais.

Mas, segundo os ativistas, os barcos estavam em águas internacionais, a mais de 60 quilômetros da costa.

Suprimentos

Os barcos, organizados pela ONG Free Gaza, levavam 750 ativistas e cerca de 10 mil toneladas de suprimentos para a Faixa de Gaza.

Imagens da TV turca feitas a bordo do barco turco que liderava a frota mostram soldados israelenses lutando para controlar os passageiros.

As imagens mostram algumas pessoas, aparentemente feridas, deitadas no chão. O som de tiros pode ser ouvido.

A TV árabe Al-Jazeera relatou, da mesma embarcação, que as forças da Marinha israelense haviam disparado e abordado o barco, ferindo o capitão.

A transmissão das imagens pela Al-Jazeera foi encerrada com uma voz gritando em hebraico: "Todo mundo cale a boca!".

'Provocação'

A frota de seis embarcações havia deixado as águas internacionais próximo à costa do Chipre no domingo e pretendia chegar a Gaza nesta segunda-feira.

Israel havia dito que bloquearia a passagem dos barcos e classificou a campanha de "uma provocação com o intuito de deslegitimar Israel".

Israel decretou um bloqueio quase total à entrada de mercadorias na Faixa de Gaza desde que o grupo islâmico Hamas tomou à força o controle da região, em junho de 2007.

O Hamas é acusado pelos disparos de milhares de mísseis contra o território israelense na última década.

Israel diz que permite a entrada de 15 mil toneladas de suprimentos de ajuda humanitária a Gaza a cada semana.

Mas a Organização das Nações Unidas diz que isso é menos de um quarto do necessário.

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,israel-ataca-barcos-que-tentavam-furar-bloqueio-a-gaza-ate-16-morrem,559310,0.htm

A chamada "Flotilha da Liberdade" buscava transmitir ao vivo pela Internet todos os eventos de sua jornada através do site:

http://gazafreedommarch.org/cms/en/home.aspx

Offline _tiago

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #1 Online: 31 de Maio de 2010, 09:53:55 »
É uma atrocidade o que Israel faz ali, mas bem estúpida essa idéia de querer furar o bloqueio. Seis barquinhos munidos de comida e boa vontade, a despeito dos avisos de Israel, se eu soubesse antes eu diria, vai dar merda.

Offline CyberLizard

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #2 Online: 31 de Maio de 2010, 12:04:47 »
Aqui tem uma carta que uma brasileira deixou antes de partir na flotilha:

http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/por-que-vou-a-gaza

Eles realmente sabiam que tentariam ser impedidos e que ações parecidas já tinham dado errado. Mas acho que subestimaram qual seria a reação dos militares ao ver os seus barquinhos.

O Opera Mundi postou uma reportagem mais completa sobre o incidente:

http://operamundi.uol.com.br/noticias_ver.php?idConteudo=4313&utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Offline Mr. Mustard

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #3 Online: 31 de Maio de 2010, 12:17:35 »
O que o Esteban estaria pensando neste momento? :hehe:

Offline Diegojaf

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #4 Online: 31 de Maio de 2010, 13:55:42 »
Pagaram pra ver...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #5 Online: 31 de Maio de 2010, 16:16:24 »
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Casa Branca examina circunstâncias de ataque a comboio em Gaza

Os Estados Unidos disseram nesta segunda-feira que lamentam profundamente as mortes e os feridos deixados pelo ataque de comandos israelenses contra um comboio de navios de ajuda humanitária que estava indo para Gaza. O incidente deixou 10 mortos.

"Os Estados Unidos lamentam profundamente a perda das vidas e as lesões causadas, e está atualmente trabalhando para compreender as circunstâncias da tragédia", disse o porta-voz da Casa Branca, William Burton.

O presidente Barack Obama estava em Chicago para o feriado de Memorial Day. Ele tem agendada uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu na Casa Branca na terça-feira, mas a reunião está agora incerta, pois Netanyahu talvez decida retornar ao seu país para lidar com a crise.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24423976
Citar
Conselho de Segurança da ONU irá se reunir hoje sobre Gaza

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas se reunirá na tarde desta segunda-feira em uma sessão de emergência para discutir o ataque de Israel contra um comboio de navios que levavam ajuda humanitária a Gaza, disseram diplomatas do Conselho de Segurança à Reuters.

Eles disseram que o horário da reunião ainda não foi agendado, e não deram maiores detalhes.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24423742

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #6 Online: 31 de Maio de 2010, 19:57:52 »
O que o Esteban estaria pensando neste momento? :hehe:

Uma parte das análises dele eram (são) corretas!
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Offline Felius

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #7 Online: 31 de Maio de 2010, 20:34:04 »
http://news.bbc.co.uk/2/hi/world/middle_east/10199480.stm

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Israeli PM Benjamin Netanyahu has expressed regret after at least nine people died when troops stormed ships trying to break the Gaza blockade.

But he said soldiers had been defending themselves after they were "clubbed, beaten and stabbed".

Pro-Palestinian campaigners say the soldiers opened fire unprovoked when they landed on the aid-carrying ships.

There has been international condemnation of the loss of life, and the UN is holding an emergency session.

Não vou fazer julgamento do ocorrido, que por um lado, israel não tem particularmente muita credibilidade, mas por outro, estar segurando uma arma não faz ninguém imune a paulada na cabeça. Se foi realmente como israel alega, não há, de maneira alguma, modo de condenar os soldados e o comando moralmente pelo ocorrido. Por outro, é bem possível que a versão oficial seja fabricada, e os manifestantes estejam corretos. Dito isso, estes manifestantes também não tem muita credibilidade, costumando ser sempre absurdamente tendenciosos contra as forças que são consideradas como representantes da "autoridade" ou ainda das forças "dominantes"...
"The patient refused an autopsy."

Offline Mr. Mustard

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #8 Online: 31 de Maio de 2010, 20:58:46 »
O que o Esteban estaria pensando neste momento? :hehe:

Uma parte das análises dele eram (são) corretas!

Por exemplo...

Offline Geotecton

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #9 Online: 31 de Maio de 2010, 21:04:47 »
O que o Esteban estaria pensando neste momento? :hehe:

Uma parte das análises dele eram (são) corretas!

Por exemplo...

A de que não temos pleno acesso às análises e opiniões dos opositores de Israel.

E, por favor, não estou falando do Hamas ou do Hezbolla, e sim dos palestinos moderados.
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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #10 Online: 31 de Maio de 2010, 21:06:59 »
O que o Esteban estaria pensando neste momento? :hehe:

Uma parte das análises dele eram (são) corretas!

Por exemplo...

A de que não temos pleno acesso às análises e opiniões dos opositores de Israel.

E, por favor, não estou falando do Hamas ou do Hezbolla, e sim dos palestinos moderados.

E ainda existe um contra-argumento válido quando todo mundo quer aquele território a qualquer custo?

Offline Geotecton

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #11 Online: 31 de Maio de 2010, 21:26:19 »
O que o Esteban estaria pensando neste momento? :hehe:

Uma parte das análises dele eram (são) corretas!

Por exemplo...

A de que não temos pleno acesso às análises e opiniões dos opositores de Israel.

E, por favor, não estou falando do Hamas ou do Hezbolla, e sim dos palestinos moderados.

E ainda existe um contra-argumento válido quando todo mundo quer aquele território a qualquer custo?

A situação já se deteriorou de tal modo que fica complicado, quase impossível, estabelecer a quem pertence a "razão inicial".
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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #12 Online: 31 de Maio de 2010, 21:31:16 »
A situação já se deteriorou de tal modo que fica complicado, quase impossível, estabelecer a quem pertence a "razão inicial".

Exatamente. Não dá para ser extremista nem para um lado nem para o outro.

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #13 Online: 01 de Junho de 2010, 09:39:57 »
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ONU pede investigação sobre ataque israelense à frota de ajuda a Gaza

Depois de deliberar até tarde da noite, o Conselho de Segurança da ONU emitiu uma declaração na madrugada de terça-feira, hora de Brasília, condenando o que chamou de atos que resultaram na perda de pelo menos dez vidas durante o ataque israelense a frota de navios que transportava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.

O Conselho de Segurança pede que o ataque seja investigado imediatamente, "de maneira imparcial, crível e transparente".

Segundo a correspondente da BBC na ONU, Barbara Plett, a linguagem da declaração é menos contundente do que a do rascunho original, que condenava as forças israelenses diretamente e pedia uma investigação internacional.

A declaração foi resultado de um compromisso entre os Estados Unidos e a Turquia depois de várias horas de intensas negociações, disse Plett.

A Turquia, que é membro não-permanente do Conselho de Segurança, vinha chamando a ação israelense de ato de agressão. Os Estados Unidos, aliados próximos de Israel, pressionaram para que a linguagem do documento final fosse bem mais branda.

Pelo menos dez ativistas pró-palestinos, entre eles vários turcos, foram mortos quando soldados israelenses atacaram os navios em águas internacionais, na manhã de segunda-feira, hora local. Cerca de 700 ativistas viajavam nos seis navios.

Troca de acusações

Antes da reunião, o ministro do Exterior turco, Ahmet Davutoglu, disse que se tratava de "assassinato conduzido por um Estado" "Em termos simples, isso se assemelha a bandidagem e pirataria", afirmou Davutoglu antes da reunião.

Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém Jeremy Bowen, a Turquia foi aliada próxima de Israel - e a influência de Ancara no Oriente Médio e seu apoio eram importantes para Tel Aviv.

O governo de Israel disse que as tropas israelenses agiram em defesa própria, depois de serem atacadas, acusações negadas pelos ativistas.

"Esta frota era qualquer coisa, menos uma missão humanitária", disse o vice-embaixador de Israel na ONU Daniel Carmon.

Segundo ele, os ativistas usaram "facas, barras de metal e outras armas" para atacar os soldados que abordaram o barco que liderava a missão, o Mavi Marmara.

Os ativistas insistem que os soldados abriram fogo sem qualquer provocação.

Mais de 30 ativistas feridos no ataque foram levados para hospitais israelenses. Os seis navios da frota, interceptados pelas tropas israelenses, foram levados ao porto israelense de Ashdod.

Cerca de 600 outros ativistas foram detidos em uma prisão no sul de Israel e cerca de 50 deles, inclusive um ex-diplomata americano, já concordaram em ser deportados.

Ainda não se sabe qual será o destino das cerca de 10 mil toneladas de ajuda humanitária - que incluíam cimento, cadeiras de roda, papel e sistemas de purificação de água - transportada pelos navios, que tentavam furar o bloqueio imposto à Gaza por Israel há três anos.

Israel afirmou que vai entregar o material a Gaza, por terra, depois de confiscar os itens proibidos.

Acredita-se que a maioria dos ativistas a bordo dos navios - que partiram do Chipre no domingo à noite e esperavam chegar a Gaza na segunda-feira - era turca.

Protestos

Em várias cidades do mundo, houve protestos contra a ação israelense e diversos governos - inclusive o do Brasil - convocaram seus embaixadores israelenses pedindo explicações e expressando indignação.

Além de turcos, havia, nos barcos, americanos, australianos, britânicos, gregos, canadenses, belgas, irlandeses, dois parlamentares alemães e a cineasta brasileira Iara Lee.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou o que chamou de "massacre" israelense e declarou três dias de luto na Cisjordânia.

A Liga Árabe convocou uma reunião de emergência para esta terça-feira e a Jordânia e o Egito - os dois países árabes que mantêm acordos de paz com Israel - condenaram duramente a violência.

Segundo Jeremy Bowen, da BBC em Jerusalém, não se tratou apenas de um incidente no mar, por mais sério que ele tivesse sido, mas sim, de um padrão de violência e comportamento desproporcionais, com Israel seguindo suas próprias regras e não a legislação internacional, afirma Bowen.

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse à BBC que Israel não quer prejudicar civis inocentes, mas que tem que combater o grupo militante Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Israel impôs o bloqueio à Gaza em 2007, depois que o Hamas assumiu o poder na região.

Reação israelense

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, cancelou um encontro com o presidente americano Barack Obama e encurtou uma viagem à América do Norte, retornando a Israel nesta terça-feira.

O premiê afirmou que lamenta a perda de vidas, mas defendeu a ação das tropas israelenses, afirmando que elas foram provocadas pelos ativistas, que buscavam confronto.

A morte dos ativistas, no entanto, foi descrita como uma operação mal-sucedida pela imprensa israelense.

Israel havia advertido a frota de navios carregando ajuda humanitária de que ela não seria autorizada a aportar Gaza. As informações são de que os soldados abordaram os navios cerca de 64 km dentro do mar.

Em Tel Aviv, o comandante da Marinha Israelense disse que suas tropas abordaram cinco dos navios sem problemas, e que a violência ocorreu apenas no Mavi Marmara. Israel afirma que 10 de seus soldados ficaram feridos no incidente, um deles gravemente.

Segundo Israel, cerca de 15 mil toneladas de ajuda humanitária chegam a Gaza toda a semana, mas segundo a ONU, isso é menos de um quarto da ajuda necessária.

http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=24432257
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Premiê de Israel lamenta mortes, mas defende ataque a frota

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, lamentou nesta segunda-feira a morte de pelo menos nove ativistas pró-palestinos no ataque de forças de Israel a navios que levavam ajuda humanitária à Faixa de Gaza, mas disse que soldados do país agiram em legítima defesa no incidente.

"Nossos soldados tiveram que se defender, defender suas vidas", disse Netanyahu no Canadá, antes de embarcar de volta a Israel. Antes, Netanyahu - que cancelou uma viagem que faria a Washington - havia expressado "apoio total" aos militares do país.

O presidente americano, Barack Obama, lamentou o ataque israelense e disse que os dois líderes concordaram em reagendar o encontro que teriam na capital americana para outra data.

A Casa Branca disse que os Estados Unidos "lamentam profundamente" a perda de vidas e indicou que espera saber mais detalhes sobre as circunstâncias do ocorrido, mas não condenou o ataque de Israel.

O porta-voz do departamento de Estado americano P.J. Crowley disse que o governo americano "apoia aumentar a quantidade de mercadorias para Gaza. Mas isto deve ser feito sob um espírito de cooperação, não de confronto".

ONU

O Conselho de Segurança da ONU fez uma sessão de emergência nesta segunda-feira para discutir o ataque israelense.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a realização de uma ampla investigação sobre o caso, afirmando que "Israel deve explicações".

A Liga Árabe também marcou uma reunião de emergência, que deve ocorrer na terça-feira.

A frota de seis navios, levando cerca de 700 pessoas e dez mil toneladas de ajuda à Faixa de Gaza, partiu do Chipre na noite de domingo e esperava chegar no território palestino, sob embargo de Israel, na manhã de segunda-feira quando foram atacados em águas internacionais.

Os detalhes do incidente não estão claros. Militares israelenses dizem que seus soldados invadiram o navio principal e foram recebidos com violência, alegação rejeitada pelos ativistas.

Os organizadores dizem que pelo menos 30 pessoas ficaram feridas. Israel diz que dez de seus soldados se feriram.

Os navios do comboio foram conduzidos ao porto israelense de Ashdod, onde os ativistas devem ser deportados.

Entre os ativistas, estava a britânica Mairead Corrigan Maguire, vencedora do Nobel da Paz de 1976, e a cineasta brasileira Iara Lee.

Manifestações contra ação israelense ocorreram em vários países.

Lado israelense

Por meio de uma nota, divulgada pelo governo israelense, o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, defendeu o ataque, dizendo que as pessoas a bordo do navio invadido não estavam em missão de paz e são terroristas.

O chanceler ressaltou que todas as tentativas de Israel de dialogar com os organizadores da flotilha foram rejeitadas.

O governo israelense também voltou a defender o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, dizendo que ele é legal e justificado.

Militares israelenses estão em estado de alerta nas fronteiras com Gaza, a Síria e o Líbano, além de ao redor de Jerusalém, Cisjordânia e áreas árabes no norte de Israel, devido ao temor de instabilidade em reação ao ataque.

Reações

O comentarista político da BBC Jonathan Marcus disse que as mortes ameaçam tornar "o que seria inevitavelmente um desastre de relações públicas para Israel em uma calamidade total".

O Itamaraty emitiu uma nota, manifestando indignação com o ocorrido e informando que o embaixador israelense em Brasília foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o caso.

A Turquia, aliado israelense no Oriente Médio, convocou seu embaixador em Tel Aviv e o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, chamou o ocorrido de "terrorismo de Estado".

Acredita-se que a maior parte dos ativistas a bordo dos navios era turca.

Uma manifestação em frente ao consulado israelense em Istambul reuniu cerca de 10 mil pessoas.

Protestos ocorreram também em capitais do Oriente Médio, Londres, cidades na Grécia e no Paquistão.

A ministra das Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, pediu às autoridades israelenses a abertura de um "inquérito pleno" sobre a ação e disse que o bloco reitera seu pedido para que as fronteiras de Gaza sejam abertas à entrada de ajuda humanitária, bens e pessoas.

Muitos dos ativistas a bordo dos barcos eram cidadãos europeus.

O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, lamentou as mortes e pediu pelo fim do bloqueio a Gaza.

A Grécia suspendeu exercícios militares conjuntos que faria com Israel. O país, Suécia, Espanha, Dinamarca e Egito convocaram os embaixadores israelenses para explicações.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, descreveu a ação como "um massacre" e declarou três dias de luto na Cisjordânia. Ismail Haniya, líder do governo liderado pelo Hamas em Gaza, classificou o ataque como "brutal" e pediu à ONU que intervenha.

O bloqueio israelense foi imposto a Gaza desde que o grupo Hamas assumiu o controle do território em 2007.

http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=24428359

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #14 Online: 01 de Junho de 2010, 09:47:23 »
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Imprensa israelense critica governo após ataque a frota humanitária

Editoriais desta terça-feira chegaram a pedir a renúncia do ministro da Defesa

JERUSALÉM - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi alvo de uma incomum onda de críticas por parte da imprensa de seu país, que chegou a pedir a renúncia do ministro da Defesa, Ehud Barak, pelas trágicas consequências do ataque a uma frota de ajuda humanitária na segunda-feira.

Pelo menos nove pessoas morreram e quase 40 ficaram feridas no ataque aos seis navios que formavam a "Frota da Liberdade", que levava ajuda humanitária a Gaza e foi abordada pelo Exército israelense em águas internacionais.

"Onde estavam com a cabeça?", "Punho de força", "Os desaforos como método de ação", "Completa estupidez", "Liderança de tolos", "O preço de uma política deficiente" e "Fiasco em alto-mar", são alguns dos títulos de artigos de opinião e editoriais dos principais jornais de Israel nesta terça.

É a primeira vez que Netanyahu, que chegou ao poder em março de 2009 após a formação de uma coalizão de direita, enfrenta uma onda de críticas desta magnitude da opinião pública de seu país, após uma de menor intensidade em março após a pior crise diplomática com os EUA em décadas.

"Quase tudo o que fazemos nos últimos anos é afetado por alguma deficiência, por falta de inteligência... para incorrer na negligência", escreve a colunista Sima Kadmon em seu artigo diário no "Yedioth Ahronoth", o jornal de maior tiragem.

Por sua parte, com algum cinismo, seu colega de redação Amnon Abramovich lembra que "cada vez que há algo relacionado com o Exército e a segurança, o primeiro-ministro tem azar, sofre mal olhado ou é vítima de algum mau agouro".

O jornalista Eitan Haver, ex-chefe de gabinete do assassinado primeiro-ministro Yitzhak Rabin, assegura que o problema que representava a frota para Israel "podia ser resolvido de forma pacífica", mas novamente o Exército se deixou levar pela crença de que "na força está a solução".

Ben Dror Yamini, do jornal "Maariv", cita em seu artigo "Uma liderança de tolos". Para ele, é normal que líderes cometam erros, mas "é preciso saber diferenciar erros cometidos ingenuamente e erros cometidos quando o resultado é previsível de antemão".

"Se esta é a liderança israelense nos dias atuais, não acho que nenhum israelense pode dormir tranquilo frente à ameaça maior que enfrentamos (em alusão ao programa nuclear Irã)", afirma.

O escritor David Grossman argumenta no jornal "Ha'aretz" que "nenhuma explicação pode justificar o crime que foi cometido, nem há desculpa para a estupidez com que o Governo e o Exército atuaram".

Grande parte da responsabilidade, para os comentaristas, recai sobre o ministro da Defesa, o trabalhista Ehud Barak, a quem outro influente colunista, Sver Ploztker, do jornal "Yedioth", exige sua renúncia.

"Não importa como foi tomada a decisão de cair na armadilha, na provocação do Hamas, e não importa que outras alternativas havia. A única coisa que importa é que Barak fracassou e deve renunciar", escreveu.

No mesmo sentido, Nahum Barnea, outro dos pilares da imprensa israelense, lembra que o titular da Defesa costuma dizer aos quatro ventos que seu lema de vida é "o resultado é a única prova da eficácia" e que "se este é o resultado, o ataque à frota... Abre muitas dúvidas".

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,imprensa-israelense-critica-governo-apos-ataque-a-frota-humanitaria,559854,0.htm
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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #15 Online: 01 de Junho de 2010, 10:36:08 »
Egito ordena abertura de fronteira com Gaza

Abertura da passagem fronteiriça vai permitir entrada de ajuda humanitária na região bloqueada por Israel

O presidente egípcio, Hosni Mubarak, ordenou nesta segunda-feira a abertura da passagem fronteiriça de Rafah, que une o Egito com a Faixa de Gaza, para permitir a entrada de ajuda humanitária, um dia depois do ataque israelense à frota internacional que pretendia romper o bloqueio à faixa palestina. A fronteira de Rafah é a a única passagem do exterior para o território palestino que não é controlada por Israel.


Barco que foi invadido na madrugada desta segunda-feira é escoltado até porto israelense

Segundo a televisão estatal egípcia, a abertura tem o objetivo de permitir a passagem de ajuda humanitária e médica aos palestinos em Gaza, assim como a entrada no Egito de palestinos doentes.

O chefe da assessoria de imprensa do lado egípcio de Rafah, Musad Badawi, disse que as autoridades da passagem fronteiriça receberam ordens para abri-la hoje e que não se sabe ainda até quando permanecerá aberta.

Badawi afirmou que a abertura da passagem estava prevista para amanhã, mas foi adiantada devido ao ataque israelense de ontem à frota de seis navios que pretendia levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza e que provocou morte de nove civis que faziam parte da frota.

O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores egípcio, Hossam Zaki, disse ontem que seu país manteria esforços destinados a aliviar o sofrimento dos cidadãos palestinos em Gaza pelo envio de remédios e de qualquer tipo de ajuda procedente de países árabes e ocidentais.

O Egito, que da mesma forma que Israel mantém fechadas as passagens fronteiriças com Gaza, abre excepcionalmente a fronteira para permitir o envio de ajuda humanitária.

Desde que o grupo islâmico palestino Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza, primeiro nas eleições legislativas de janeiro de 2006 e depois com a expulsão de seus rivais do Fatah em junho de 2007, Israel mantém um bloqueio econômico sobre Gaza.


O Egito abre a passagem de Rafah algumas vezes ao ano para a passagem pessoas e ajuda humanitária (foto de 2008)

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/egito+ordena+abertura+de+fronteira+com+gaza/n1237649539222.html

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #16 Online: 01 de Junho de 2010, 14:33:26 »
Viram o vídeo com os soldados israelenses tomando barras de metal na cabeça enquanto caídos no chão, além de serem atirados pra fora do barco??

Os "pacifistas" pediram pra tomar tiro, normalmente...

http://noticias.uol.com.br/bbc/2010/06/01/israel-divulga-imagens-e-diz-que-agiu-em-legitima-defesa.jhtm
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #17 Online: 01 de Junho de 2010, 16:44:38 »
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Israel diz que condenação da ONU a ataque é "hipócrita"

Israel tachou de "hipócrita" a condenação do Conselho de Segurança da ONU aos atos violentos que deixaram pelo menos nove mortes e causaram ferimentos em dezenas de pessoas no ataque israelense à frota internacional que levava ajuda humanitária a Gaza.

A condenação da ONU é "precipitada, sequer houve um tempo de reflexão para considerar todos os fatos", disse à agência Efe Yigal Palmor, porta-voz do Ministério de Exteriores israelense.

"Esta condenação constitui um gesto automático baseado unicamente em determinadas imagens televisivas e não em um conhecimento dos fatos, além de uma dose impressionante de hipocrisia", acrescentou Palmor.

O porta-voz israelense explicou que cerca de 50 passageiros dos navios se identificaram e estão no aeroporto de Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, à espera de um voo para seus países de origem, enquanto os que se negam a dar informações foram levados à prisão de Bersheva.

Em respeito às queixas pela falta de informação sobre a identidade das nove pessoas mortas durante o ataque, que aconteceu na madrugada de segunda-feira em águas internacionais, Palmor afirma que o maior problema é a intransigência da maioria dos detidos, que se nega a identificá-los.

"Como vamos saber a nacionalidade dos mortos se não temos alguma pessoa para os identificar? É muito difícil identificar alguém morto, que não pode responder, quando seus amigos se negam a dar qualquer informação", declarou.

Palmor acrescentou que os cônsules dos países dos ativistas que se identificaram foram informados e tiveram acesso a eles.

O porta-voz lamentou o efeito que o incidente de ontem terá na imagem exterior de Israel.

"Explicar de forma detalhada tudo o que aconteceu é muito difícil, a imprensa eas pessoas só veem o resultado e não conhecem as circunstâncias e isto afeta a imagem (do país)", lamentou.

O Conselho de Segurança da ONU pediu a realização de uma investigação imparcial e credível dos fatos e condenou os "atos de força" que provocaram mortes e deixaram feridos, mas evitou condenar Israel de forma aberta.

Os membros do Conselho de Segurança negociaram durante quase 13 horas a fórmula para expressar sua preocupação perante a gravidade da operação militar israelense, que foi criticada com dureza pela comunidade internacional, e foi aprovada aprovaram uma declaração presidencial, que tem uma categoria inferior à resolução de condenação solicitada por turcos, palestinos e países árabes.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24433734
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Chefe da ONU pede que Israel suspenda bloqueio a Gaza

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu na terça-feira que Israel suspenda seu bloqueio a Gaza, dizendo que, se Israel tivesse atendido aos chamados internacionais para isso, o ataque a uma flotilha de barcos com ajuda humanitária não teria acontecido.

"Se o governo israelense tivesse atendido aos chamados internacionais e ao meu forte, urgente e insistente pedido para suspender o bloqueio a Gaza, isso não teria acontecido," disse Ban à Reuters numa entrevista em Campala, capital de Uganda, na terça-feira.

Israel deteve ou deportou na terça-feira centenas de ativistas que estavam no comboio com ajuda humanitária, que tinha o apoio da Turquia, e que foi interceptado na segunda-feira. O Conselho de Segurança da ONU pediu uma investigação imediata e digna de crédito sobre a operação, que deixou ao menos nove mortos.

Ban afirmou que outra questão "mais deprimente" é a de que Israel precisava liberar os detidos e enviar a ajuda humanitária para Gaza, ressaltando que ele estava participando das negociações sobre o assunto com o Estado judeu e a equipe da ONU no local.

Israel impôs o bloqueio a fim de enfraquecer o movimento islâmico palestino Hamas, que tomou o controle da faixa territorial na costa do Mediterrâneo em 2007.

Participando de uma conferência em Campala sobre o Tribunal Penal Internacional, o primeiro tribunal permanente do mundo para crimes de guerra, Ban também elogiou o trabalho do organismo que tem sede em Haia.

O secretário-geral da ONU ainda rejeitou as críticas sobre a violência contínua na África, como na República Democrática do Congo, e afirmou que operações de paz "robustas e efetivas" foram empregadas.

"Mas, considerando o tamanho do território e a complexidade do pano de fundo político em todos esses países, às vezes há um limite para cobrir toda a área do continente africano," disse ele, acrescentando que as operações de paz necessitam de apoio do Estado.

Na sexta-feira, o Conselho de Segurança autorizou a retirada de até 2 mil soldados da força de paz da ONU no Congo ao longo do próximo mês, mas não prometeu novos cortes, apesar da pressão de Kinshasa para a retirada das tropas.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24437059
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Conselho de Direitos Humanos da ONU acusa Israel de ignorar lei internacional

O Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas fez hoje uma reunião extraordinária sobre o ataque de Israel à frota de navios que levariam ajuda humanitária à Faixa de Gaza, que matou nove pessoas, e acusou o Estado judeu de ignorar e violar a lei humanitária internacional.

No final da reunião, será votada uma declaração promovida pela Organização da Conferência Islâmica (OCI) e pelo grupo de países árabes que condena o ataque e que solicita o estabelecimento de uma comissão de investigação independente.

A previsão é de que a sessão continue amanhã, dado o extenso número de oradores.

Houve consenso entre a maioria dos grupos regionais ao denunciar que Israel ignora a lei humanitária internacional e defender que "esse comportamento não é aceitável pela comunidade internacional", disse o embaixador do Egito no CDH, Maged Abdelaziz, que falou em nome do Movimento dos Países Não Alinhados.

"Os fatos de ontem demonstram mais uma vez que Israel acredita que está acima da lei. Isto não é aceitável e não ajuda na busca por novas negociações de paz", afirmou o embaixador palestino Ibrahim Jraishi, que pediu que Israel "se responsabilize" pelo ocorrido.

"É inaceitável que funcionários humanitários sejam tratados como combatentes", disse embaixador o turco Ahmet Uzumcu.

"Solicito a este conselho que condene a ação de Israel e que aprove a realização de uma investigação imparcial que demonstre que a comunidade internacional não aceita estes comportamentos", acrescentou Uzumcu.

A União Europeia (UE), Rússia, Brasil, Nicarágua, México, Indonésia, Nigéria, China, África do Sul, Bangladesh, Venezuela, entre outros, "condenaram" a ação de Israel, e destacaram que o ataque ocorreu em águas internacionais, o que representa uma violação da lei internacional.

"Israel deve liberar os navios e seus tripulantes e, imediatamente levantar o bloqueio a Gaza. A UE não aceita o bloqueio, que é (...) totalmente contraproducente", disse Javier Garrigues, embaixador da Espanha, país que ocupa a Presidência de turno da UE.

Já a alta comissária adjunta para Direitos Humanos da ONU, Kyung-wha Kang, que discursou em nome de sua superior, Navi Pillay, condenou e questionou o uso da força.

"O Exército israelense fez um desproporcional uso da força, mas o que temos que perguntar é por que a força foi usada para parar uma frota de ajuda humanitária", disse Kang.

A alta comissária adjunta reiterou que Pillay se une ao pedido feito pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para que seja realizada uma investigação "imparcial, crível e independente".

"Israel deve levantar imediatamente o bloqueio (a Gaza), que é exatamente a causa pela qual houve perdas de vida ontem. E deve demonstrar que está comprometido com a lei humanitária internacional", concluiu Kang.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24436388

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #18 Online: 01 de Junho de 2010, 16:47:19 »
Viram o vídeo com os soldados israelenses tomando barras de metal na cabeça enquanto caídos no chão, além de serem atirados pra fora do barco??
Imaginava que algo assim tivesse acontecido, pois uma das reportagens sobre a brasileira que está lá falava que ela andou blogando sobre a intenção que alguns tinham de empurrar os soldados para fora.

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Offline Diegojaf

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #19 Online: 01 de Junho de 2010, 17:03:03 »
Viram o vídeo com os soldados israelenses tomando barras de metal na cabeça enquanto caídos no chão, além de serem atirados pra fora do barco??
Imaginava que algo assim tivesse acontecido, pois uma das reportagens sobre a brasileira que está lá falava que ela andou blogando sobre a intenção que alguns tinham de empurrar os soldados para fora.

Agora vamos ao raciocínio. Você está em uma operação para intervir em uma embarcação invasora que já desprezou os avisos de parada. Você se encontra em uma zona de conflito/guerra constante. Seus companheiros desceram para realizar contato e foram recebidos a golpes de barras de ferro, cadeiradas e sendo atirados pra fora do navio. Você:

A) Atira
B) Não atira, pois são apenas pessoas amedrontadas e pacíficas.
C) Alguma outra opção?
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Offline Geotecton

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #20 Online: 01 de Junho de 2010, 21:17:39 »
Viram o vídeo com os soldados israelenses tomando barras de metal na cabeça enquanto caídos no chão, além de serem atirados pra fora do barco??
Imaginava que algo assim tivesse acontecido, pois uma das reportagens sobre a brasileira que está lá falava que ela andou blogando sobre a intenção que alguns tinham de empurrar os soldados para fora.

Agora vamos ao raciocínio. Você está em uma operação para intervir em uma embarcação invasora que já desprezou os avisos de parada. Você se encontra em uma zona de conflito/guerra constante. Seus companheiros desceram para realizar contato e foram recebidos a golpes de barras de ferro, cadeiradas e sendo atirados pra fora do navio. Você:

A) Atira
B) Não atira, pois são apenas pessoas amedrontadas e pacíficas.
C) Alguma outra opção?

O seu raciocínio é válido se a embarcação realmente estava em águas territoriais israelenses.

Mas, até o momento, todas as reportagens televisivas que assisti afirmaram que eles estavam à 60 Km da costa de Israel, portanto, em águas internacionais.

E isto tornaria a ação de Israel, um ato de pirataria.
Foto USGS

Offline _tiago

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #21 Online: 01 de Junho de 2010, 21:33:57 »
Viram o vídeo com os soldados israelenses tomando barras de metal na cabeça enquanto caídos no chão, além de serem atirados pra fora do barco??
Imaginava que algo assim tivesse acontecido, pois uma das reportagens sobre a brasileira que está lá falava que ela andou blogando sobre a intenção que alguns tinham de empurrar os soldados para fora.

Agora vamos ao raciocínio. Você está em uma operação para intervir em uma embarcação invasora que já desprezou os avisos de parada. Você se encontra em uma zona de conflito/guerra constante. Seus companheiros desceram para realizar contato e foram recebidos a golpes de barras de ferro, cadeiradas e sendo atirados pra fora do navio. Você:

A) Atira
B) Não atira, pois são apenas pessoas amedrontadas e pacíficas.
C) Alguma outra opção?

O seu raciocínio é válido se a embarcação realmente estava em águas territoriais israelenses.

Mas, até o momento, todas as reportagens televisivas que assisti afirmaram que eles estavam à 60 Km da costa de Israel, portanto, em águas internacionais.

E isto tornaria a ação de Israel, um ato de pirataria.

De maneira alguma... Se eles já estão indo na direção proibida, que diferença faz?

Offline Geotecton

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #22 Online: 01 de Junho de 2010, 21:36:06 »
Viram o vídeo com os soldados israelenses tomando barras de metal na cabeça enquanto caídos no chão, além de serem atirados pra fora do barco??
Imaginava que algo assim tivesse acontecido, pois uma das reportagens sobre a brasileira que está lá falava que ela andou blogando sobre a intenção que alguns tinham de empurrar os soldados para fora.

Agora vamos ao raciocínio. Você está em uma operação para intervir em uma embarcação invasora que já desprezou os avisos de parada. Você se encontra em uma zona de conflito/guerra constante. Seus companheiros desceram para realizar contato e foram recebidos a golpes de barras de ferro, cadeiradas e sendo atirados pra fora do navio. Você:

A) Atira
B) Não atira, pois são apenas pessoas amedrontadas e pacíficas.
C) Alguma outra opção?

O seu raciocínio é válido se a embarcação realmente estava em águas territoriais israelenses.

Mas, até o momento, todas as reportagens televisivas que assisti afirmaram que eles estavam à 60 Km da costa de Israel, portanto, em águas internacionais.

E isto tornaria a ação de Israel, um ato de pirataria.

De maneira alguma... Se eles já estão indo na direção proibida, que diferença faz?

Faz toda a diferença, pois um torna o ato legal e o outro não.
Foto USGS

Offline CyberLizard

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #23 Online: 01 de Junho de 2010, 22:44:51 »
Citação de: [url=http://br.noticias.yahoo.com/s/01062010/25/mundo-amorim-espera-libertacao-imediata-da.html]Yahoo! Notícias[/url]
Amorim espera libertação imediata da cineasta brasileira

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje que aguarda a libertação imediata da cineasta brasileira Iara Lee, que estava em uma das embarcações da frota humanitária que foi atacada por Israel. "Não só porque ela é uma cidadã brasileira, pacífica e pacifista, mas também porque agora é uma exigência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, porque faz parte da própria declaração do presidente do Conselho que todos aqueles que foram presos devem ser liberados imediatamente", afirmou. "A nossa expectativa é que ela seja solta e liberada, pronta e incondicionalmente", disse após audiência pública no Senado.

Amorim disse que, segundo depoimento de Iara Lee, ela não quis assinar um documento em que dizia ter entrado de forma ilegal em território israelense. "É um absurdo, porque ela foi presa em águas internacionais", comentou o chanceler. De acordo com Amorim, o enviado da Embaixada para prestar assistência à brasileira acabou tendo o celular confiscado - o aparelho foi utilizado para que Iara falasse com uma emissora de televisão.

Offline _tiago

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Re: Israel, Faixa de Gaza e Conflito no Oriente Médio
« Resposta #24 Online: 01 de Junho de 2010, 22:51:22 »
Não se você precisa entrar em águas estrangeiras pra se defender, o que torna o ato legal.

 

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