Esses dias mesmo eu li que o índice de inadimplencia esta diminuindo a cada mês.
Se o po o esta pagando as dívidas então não existe problema de crédito.
Pois é...
http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=15,67229Nos meses de maio e junho, houve alta de 28% na taxa dos que ganham acima de 4 salários mínimos Nos meses de maio e junho, houve alta de 28% na taxa dos que ganham acima de 4 salários mínimos
Os primeiros problemas decorrentes da onda de incentivos fiscais para a compra de carros e eletrodomésticos, da alta dos juros e da desaceleração da atividade econômica já começam a aparecer.
Segundo pesquisa da TeleCheque, a inadimplência cresceu mais entre as pessoas que ganham acima de quatro salários mínimos (R$ 2.041) em maio e junho deste ano. O aumento foi de 28% em comparação com igual bimestre de 2009. Com isso, esse grupo concentrou 63,96% da inadimplência nos meses de maio e junho.
Na contramão, o calote recuou 11% entre os que ganham abaixo de quatro mínimos no mesmo período.
Desemprego
Outro destaque da pesquisa foi a alta do desemprego como motivo da inadimplência: crescimento de 199,45% em relação ao mesmo bimestre do ano anterior, totalizando 5,54% do total de devedores (contra 1,85% em maio e junho de 2009).
A maioria dos inadimplentes tem entre 31 e 50 anos (55,23%). Na comparação com o mesmo período de 2009, houve crescimento de 9,10% na inadimplência entre essa faixa etária.
"A maioria desses consumidores está inserida no mercado de trabalho e muitas vezes não espera que seja demitida, prejudicando o orçamento pessoal", explicou José Antônio Neto, vice-presidente da TeleCheque.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100622/not_imp570097,0.phpMedo de inadimplência nos cartões de crédito tem base
Os bancos brasileiros começam a se preocupar com o uso de cartões de crédito pela nova classe média, considerando que um afrouxamento do crescimento pode desencadear uma onda de inadimplência. A preocupação é largamente justificada, porém as instituições financeiras deveriam reconhecer que, em grande parte, são responsáveis por essa eventualidade.
Durante muito tempo os bancos procuraram difundir o uso de cartões de crédito levando em conta que os ganhos que auferiam das empresas comerciais que aceitavam o pagamento com cartão permitiam assumir o risco da inadimplência dos portadores de cartão. A oferta foi realizada sem levar em conta a capacidade financeira dos clientes, e nem todos tinham conta no banco emissor do cartão. Felizmente, houve um acordo entre os bancos para que emitissem cartão só quando fossem realmente pedidos.
No entanto, com o alargamento das classes C e D, os bancos foram solicitados a emitir novos cartões sem verificar a capacidade financeira dos seus titulares. E mais: utilizaram não apenas o atrativo do "pagamento mínimo", como inventaram o crédito rotativo para estimular os titulares dos cartões a recorrer a empréstimos vinculados aos cartões, chegando, em caso de atrasos, a cobrar juros de 238,30%, taxa muito maior do que a do cheque especial (181,30%), que já era muito elevada diante do crédito pessoal, com taxa de 42,9%.
E não esqueçamos de que esse aumento da emissão de cartões de crédito ocorreu quando o crédito consignado se ampliava e que a política de casa própria baixada pelo governo se traduz por um endividamento de prazo muito longo, em que o mutuário fará tudo para não perder o imóvel adquirido, que é a garantia para a instituição financeira.
Além disso, os bancos aceitaram que as lojas oferecessem pagamentos a prazo longo, muitas vezes com a garantia dos cartões de crédito.
Neste contexto, pode-se entender a preocupação dos bancos com a possibilidade futura de uma explosão de inadimplência, quando se considera que só no mês de abril se registraram 224,4 milhões de operações com cartões de crédito.
Caberia aos bancos mostrarem-se mais cautelosos na distribuição de cartões, fixando um limite de financiamento para eles. Seria bom, também, que estudassem a possibilidade de eliminar o "pagamento mínimo", que é um convite ao endividamento, e recusassem operações com prazos de pagamentos de mais de três meses.