Autor Tópico: Uma opinião sobre a crise imobiliária  (Lida 11687 vezes)

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #50 Online: 26 de Outubro de 2010, 15:14:39 »
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Preço dos imóveis novos sobe 66% em três anos

Veja os bairros mais valorizados em oito capitais brasileiras, segundo levantamento do iG

A escassez de terrenos em regiões tradicionais tem levado imóveis a preços sem limites nas capitais brasileiras. Aos poucos, os bairros que concentram apartamentos e casas de alto padrão estão se transformando em novas Manhattan. Assim como acontece no centro nova-iorquino, quem escolhe morar nas áreas nobres é obrigado a pagar mais. Um levantamento realizado pelo iG mostra os bairros mais valorizados em oito capitais brasileiras. Em todos eles, os imóveis novos aumentaram de preço, na média, em 66%.

A valorização dos imóveis deve ser entendida como a elevação do preço de compra de apartamentos e casas. Numa comparação de preços médios nestas cidades, ficou 66% mais caro comprar um imóvel hoje do que há três anos. Isso não significa, contudo, que os imóveis comprados há três anos tenham se valorizado 66% e hoje possam ser revendidos muito mais caro. O levantamento não trata de revenda. A variação diz respeito unicamente ao preço cobrado pelas construtoras para seus lançamentos.

A capital carioca possui o metro quadrado médio mais caro do País nos seus dois bairros mais valorizados, de cerca de R$ 16 mil. Já os brasilienses viram o valor dos lançamentos de imóveis dobrar nos últimos três anos, a maior variação de preços entre as oito cidades (Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Salvador, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre).

A elevação dos preços dos imóveis é um efeito nacional, que ganhou fôlego nos últimos anos com a expansão do crédito para a habitação e a melhora da renda da população. Apenas em 2010, o volume de financiamento para aquisição de imóveis deve crescer 40%.

Nas áreas mais nobres das grandes cidades, a escassa oferta de terrenos fomenta ainda mais a escalada dos preços dos apartamentos novos. “Há um leilão entre as incorporadoras. Várias empresas e corretores procuram o mesmo proprietário dos poucos terrenos disponíveis, que eleva os preços e vende para quem paga mais”, afirma Luiz Paulo Pompeia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).

A estimativa dele é que as construtoras chegam a pagar pelos espaços à venda até 50% acima do valor de mercado como consequência desse leilão. A diferença acaba sendo repassada ao consumidor nos lançamentos.

No Rio de Janeiro, não há terrenos livres na orla de Ipanema e Leblon, e é preciso derrubar prédios para levantar imóveis novos e modernos de alto padrão. Em Brasília, o Plano Piloto é tombado, o que restringe a construção e garante a preservação da área verde.

Diferentemente do Rio de Janeiro e de Brasília, onde dois ou três bairros se destacam por seus preços bem mais elevados do que os demais, nas outras seis capitais avaliadas pelo iG diversas áreas dividem o topo do ranking imobiliário.

Em São Paulo, o metro quadrado mais caro está nos bairros Itaim Bibi, Vila Nova Conceição e Vila Olímpia, que varia entre R$ 9 mil e R$ 11,5 mil. “Os bairros mais valorizados englobam núcleos independentes, com imóveis residenciais e comerciais de alto padrão”, afirma Fernando Damysita, diretor-geral de vendas da imobiliária Coelho da Fonseca. No bairro Vila Nova Conceição, a vista para o parque Ibirapuera é o grande trunfo. Em 2011, a expectativa de Damysita é que os imóveis valorizem pelo menos 30% na capital paulista.

Em Belo Horizonte, é difícil definir os cinco bairros mais caros, dizem corretores. Savassi, Funcionários, Lourdes, Santo Agostinho, São Bento, Belvedere e Mangabeiras estão entre os redutos mais valorizados. Independentemete do local, a valorização média dos apartamentos de classe A chega a superar 80%.

Praias

Já em Salvador, a valorização imobiliária de alto padrão é polarizada. De um lado, faltam terrenos para construção nos bairros mais tradicionais. O metro quadrado de imóveis de alto padrão nas regiões mais nobres de Graça, Barra e Corredor da Vitória, por exemplo, supera os R$ 8 mil. Ao mesmo tempo, uma moderna face da cidade também ganha espaço no sonho de consumo dos moradores. São os novos bairros Itaigara, Caminho das Árvores e Horto Florestal.

No Recife, a praia de Boa Viagem é o reduto mais disputado da cidade, com metro quadrado médio de R$ 8,5 mil. Nos apartamentos de frente para o mar, é possível alcançar R$ 10 mil o metro quadrado. “A beleza natural da região justifica o preço”, afirma Elisio Cruz Júnior, vice-presidente do Secovi-PE. Atrás da Boa Viagem, os endereços mais cobiçados da capital pernambucana estão nos bairros Casa Forte e Jaqueira.

Junto com a expansão do crédito, que favorece a valorização imobiliária em todo o País, em Pernambuco, o aquecimento da economia dá mais fôlego aos consumidores. Os investimentos no porto de Suape, na indústria naval e a construção da Refinaria Abreu já refletem no setor imobiliário. “Os novos empregos fomentam a demanda por imóveis”, diz Cruz.

Confira infográfico no site: http://economia.ig.com.br/imovel+da+mais+dinheiro+que+investir+na+bolsa/n1237811678347.html

E ainda dizem que essa valorização não é bolha.

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
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Offline Partiti

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #51 Online: 26 de Outubro de 2010, 23:58:28 »
Eu acho que talvez tenha algo de bolha. Posso falar em São Paulo e a coisa está um absurdo, um imóvel que você compraria por X a três anos atrás hoje vende por 2X, especialmente se for central (perto das empresas da Paulista, Itaim ou Berrini), num bom bairro e com acesso ao transporte público. É gritante a diferença quando compara-se imóveis mais afastados ou em vias mais fora de mão com os centrais.

Isso tem muito a ver com o trânsito caótico em São Paulo, que faz com que a procura por imóveis "perto" do trabalho exploda, obrigando cada vez mais gente a morar longe pelo preço e piorando cada vez mais o trânsito, num círculo vicioso.
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Temma

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #52 Online: 27 de Outubro de 2010, 14:33:15 »
off topic total mas...


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Offline Partiti

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #53 Online: 27 de Outubro de 2010, 20:28:10 »
Sim, desde os vlehos tempos de STR...
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Offline _tiago

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #54 Online: 30 de Novembro de 2010, 22:19:33 »
Recebi por mail, diz que a fonte é o Estado de São Paulo,

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A bolha vai estourar?
 
Heitor Mello Peixoto
O Estado de S.Paulo - 30/11/10
 
O Brasil vive um boom imobiliário. Milhões de famílias adquirem o primeiro imóvel, mudam para um maior ou investem num ativo real que tende a se valorizar com o tempo. É uma euforia geral. Nunca antes neste país o preço dos imóveis subiu tanto em tão pouco tempo.
 
Um amigo, por exemplo, vendeu há três anos um imóvel de dois dormitórios nos Jardins, em São Paulo, por R$ 160 mil. Hoje esse imóvel custa R$ 450 mil - valorização de 30% ao ano por quatro anos consecutivos. Um retorno invejável se comparado a outras aplicações. Pesquisa da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) revela que o preço do metro quadrado de imóveis de dois dormitórios em São Paulo subiu 42,86% no primeiro quadrimestre de 2010, na comparação com igual período de 2009.
 
Segundo cálculos do administrador de investimentos Fabio Colombo, o capital investido no período em CDIs valorizou-se 9,19% e na caderneta de poupança, 6,68%. Em ouro, teve desvalorização de 6,84% e, em dólar, retração de 23,83%. Outro estudo da Embraesp mostra que o preço médio do metro quadrado do apartamento de um dormitório subiu 75% entre 2008 e 2010.
A questão é: esse crescimento é sustentável? Vivemos uma bolha imobiliária?
 
Para o grande grupo que afirma que não (banqueiros, investidores e construtores), esse crescimento é sustentável e a tendência é de mais alta nos preços. Essa maioria argumenta que o crédito imobiliário no País é baixo em relação ao PIB, algo em torno de 2%, insignificante se comparado aos 68% nos EUA, 75% na Inglaterra ou 20% no Chile. Também aponta o grande déficit habitacional do País, a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 como impulsores do crescimento do setor.
 
Não nos vamos iludir. Vivemos uma bolha imobiliária e ela pode estourar em breve. Alguns "sinais periféricos", no jargão dos futuristas, nos levam a pensar assim.
 
Regras básicas do negócio de imóveis: um pronto vale mais do que na planta, o aluguel gira em torno de 0,5% a 1% do seu valor, o preço do metro quadrado de dois semelhantes varia consideravelmente se tiverem "idades" muito diferentes. Para uma boa compra, muita pesquisa e paciência. Tais regras não valem atualmente.
 
Pode parecer sedutor um apartamento na planta no litoral sul de São Paulo vendido pelo mesmo preço de outro já pronto no mesmo empreendimento, em outra torre, com melhor localização. Mas o valor é parcelado, terá incidência de juros após a entrega das chaves. Tão estranho quanto isso é o fato de esses imóveis serem vendidos pelo mesmo preço de uma cobertura vizinha, pronta há três anos, mas com o dobro da área útil.
 
E por que pagar 50% a mais pelo metro quadrado por uma diferença de apenas três anos entre os imóveis, já que as demais condições (localização, infraestrutura, etc.) são as mesmas? A justificativa do corretor é a grande alta no preço dos terrenos nos últimos três anos. Ah, bom, então está explicado! Imóveis têm sido vendidos no prazo de uma semana - o prazo normal era de meses e até anos em épocas anteriores. Quebras de lógica assim já ocorreram no boom dos negócios da internet, no final dos anos 1990, e no boom dos flats em São Paulo, no início dos anos 2000. Ambas viraram bolhas que estouraram.
 
Recente reportagem na TV mostrou um casal que foi passear num shopping, entrou no estande de uma construtora e saiu com apartamento novo. Compra de apartamento por impulso? Essa é nova. Os aluguéis reforçam a suspeita. Em tese, a locação de um imóvel que duplicou de preço deveria também dobrar. Mas a renda do inquilino não duplicou no mesmo período. Se esses aumentos generalizados forem absorvidos pelo mercado, causarão pressão inflacionária generalizada pelo País. Imóveis residenciais para todas as faixas de renda e comerciais de todos os tamanhos sofrem alta. Pesquisa da Cushman & Wakefield aponta, por exemplo, que o preço em reais de locação do metro quadrado comercial de alto padrão, no Rio de Janeiro, subiu 60% entre o terceiro trimestre de 2009 e o terceiro trimestre de 2010.
 
Essa pressão inflacionária, se somada a outras possíveis, como o aumento da taxa de câmbio, pode desencadear inflação, já que um quinto dos bens consumidos hoje no Brasil provém do exterior. Mais inflação significa aumento da correção e do valor das parcelas de financiamentos superior ao que muita gente pode pagar. Começaria uma onda de inadimplência. Resultado: algo semelhante à crise do subprime americano. E lá a taxa de juros do crédito imobiliário é de 5%, ante os 12% daqui.
 
Se os aumentos de aluguel não forem absorvidos pelo mercado, o investimento em imóveis deixaria de ser interessante, pois o valor da locação cairia muito em termos porcentuais em relação ao valor do imóvel. Investidores teriam de vender "estoques" e buscar algo mais rentável, desencadeando uma onda de vendas, contribuindo para estourar a bolha.
 
O brasileiro, em geral, calcula se a parcela cabe no salário, esquece taxas de juros, manutenção, impostos e fator de correção monetária escolhido.
 
Também nunca teve tanta disponibilidade de crédito, e aproveita - para imóvel, carro, eletrodomésticos, computador, etc. Recente Relatório de Inflação do Banco Central informa que as dívidas "comem" 23,8% da renda dos brasileiros, ante 17,02% dos americanos. E se a inflação subir? E se a China parar de crescer tanto? E se todo esse dinheiro estrangeiro que inunda o Brasil deixar o País em busca de outras praias, como será o dia seguinte?
 
Em tempo: há uns dois anos não víamos tantos anúncios de imóveis novos em jornais com comparativos de preços por metro quadrado. Será um sinal de mudança no rumo dos ventos?
Agora é acompanhar a escolha de toda a equipe de Dilma, a inflação, a entrada de recursos no País, o desemprego e o mercado imobiliário em si. Sinceramente, espero estar errado. Mas não vou investir no mercado imobiliário até 2012.
 
SÓCIO-FUNDADOR DA EYESONFUTURE (WWW.EYESONFUTURE.COM.BR), CONSULTORIA ESPECIALIZADA EM CENÁRIOS EMPRESARIAIS, FOI SÓCIO-FUNDADOR DA BUSINESS SCHOOL SÃO PAULO (BSP)

Offline Geotecton

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #55 Online: 01 de Dezembro de 2010, 00:13:06 »
A "bolha imobiliária" que está se formando é óbvia.
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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #56 Online: 01 de Dezembro de 2010, 00:25:26 »
Ah, ainda não sei, acho que não é algo tão óbvio. O cara rejeita as estatísticas de dívida por PIB, coloca o que ele "vê" no mercado como fato principal e usa como fato. Além disso juros altos não provocam ondas de inadimplência incontroláveis, justamente o contrário. Lucrando mais com menos empréstimos, os bancos podem se dar ao luxo de serem ineficientes, já que tem mais "gordura" para queimar. Foi justamente por isso que o sistema bancário brasileiro passou bem pelos subprime, enquanto o americano não.

É fato que nas grandes cidades há uma grande valorização, mas o maior perigo na minha opinião é superaquecimento, valorização do real e pressões inflacionárias, não inadimplência. Nós ainda exportamos um monte de commodities para a China para bancar isso. O problema é quando os chineses pararem com o crescimento deles, mas aí o problema não é só nosso...
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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #57 Online: 01 de Dezembro de 2010, 00:34:57 »
Ah, ainda não sei, acho que não é algo tão óbvio.
[...]
É fato que nas grandes cidades há uma grande valorização, mas o maior perigo na minha opinião é superaquecimento, valorização do real e pressões inflacionárias, não inadimplência. Nós ainda exportamos um monte de commodities para a China para bancar isso. O problema é quando os chineses pararem com o crescimento deles, mas aí o problema não é só nosso...

Para mim é óbvio, pois o problema não está na taxa de juros, em um primeiro momento, e sim nos aumentos de preços desconexos com a realidade de mercado e que geram uma inflação de demanda, em boa parte por pura especulação. Como aliás voce mesmo observou.
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Offline _tiago

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #58 Online: 03 de Dezembro de 2010, 09:04:26 »

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #59 Online: 04 de Dezembro de 2010, 00:22:33 »
Sim. É o jeito certo de chegar ao crédito ao consumo mesmo. O spread é tão absurdo que taxa básica só faz cosquinha.
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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #60 Online: 09 de Dezembro de 2010, 09:05:43 »
Advogada fala sobre uma possível bolha imobiliária no Brasil
A advogada diz que não haverá bolha, que esse crescimento é sustentável devido a defasagem de imóveis no país.

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #62 Online: 12 de Janeiro de 2011, 19:31:12 »
Advogada fala sobre uma possível bolha imobiliária no Brasil
A advogada diz que não haverá bolha, que esse crescimento é sustentável devido a defasagem de imóveis no país.


Se não me engano, falavam a mesma coisa dos gringos antes de feder tudo.

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #63 Online: 12 de Janeiro de 2011, 19:38:11 »
Em Curitiba continua desenfreada a especulação imobiliária.

Eu comprei dois terrenos em um bairro no setor oeste da cidade há cerca de 3 anos e paguei o valor de X reais. No final do ano de 2010 me ofertaram por eles o valor de 5X reais.

É um absurdo.
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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #64 Online: 14 de Janeiro de 2011, 08:37:39 »
Já é a terceira vez que recebo isso aqui, resolvi repassar,

The American Dream...

(Parte 1)

(Parte 2)

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #65 Online: 14 de Janeiro de 2011, 09:57:16 »
Já é a terceira vez que recebo isso aqui, resolvi repassar,

The American Dream...

(Parte 1)

(Parte 2)

Eu já havia lido que o Federal Reserve era um banco privado e o responsável pela orgia de impressão de dólares.
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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #66 Online: 14 de Janeiro de 2011, 10:05:41 »
Sério!? Eu vejo essas coisas e até encontro alguma verossimilhança, mas não sei se é devido acreditá-las ou ainda confiá-las. Parecem muito "Teorias da Conspiração..."

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #67 Online: 14 de Janeiro de 2011, 23:54:23 »
O vídeo tem uma série de erros, e várias teorias conspiratórias sim.

Eles imprimiram dinheiro sim, mas só agora há pouco para tentar criar um pouco de inflação e estimular a economia. A origem dos dólares extras na economia americana pré-crise veio dos títulos e notas que o governo emite, não do dinheiro normal. E os compradores desses titulos foram em sua maioria investidores, especialmente os chineses, que necessitavam investir o dinheiro extra que conseguiam vendendo produtos para os americanos.

Como os EUA tem a moeda mais estável e confiável do mundo, os investidores que querem investir o mais seguro possível compram títulos do governo americano. Logo a oferta extra de títulos que alimentou e de certa forma ainda alimenta a economia americana é mais que compensada pela demanda por investimentos seguros dos investidores do mundo, especialmente chineses. Portanto não há um aumento na taxa de juros que os EUA pagam, como aconteceu na Grécia, Irlanda e outros países.

Isto tudo só acontece pelo histórico dos EUA, que nunca deram calote na dívida, tem uma economia enorme, tem um poder militar acachapante e um povo que consome muito. Se eles quebrarem levam o mundo junto, e essa crise vai ser uma marolinha mesmo perto disso, se realmente acontecer. A queda do "Império Americano" será gradual, como foi a do Britânico, e isso vai ser o melhor para todo mundo.
« Última modificação: 15 de Janeiro de 2011, 00:00:29 por Partiti »
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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #68 Online: 14 de Janeiro de 2011, 23:58:31 »
Mas a questão principal dos vídeos, no meu entender, é sobre quem detem o real controle do FED.
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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #69 Online: 15 de Janeiro de 2011, 00:11:36 »
O congresso americano, indiretamente. Lá, ao contrário daqui, o Banco Central não sofre influência política. Por isso os vídeos, os congressistas republicanos recém-eleitos são ideologicamente contrários às políticas do FED, e querem retomar o controle. Daí toda a baboseira sobre liberdade e founding fathers, além da demonização usual de bancos presente na sociedade ocidental.
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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #70 Online: 15 de Janeiro de 2011, 00:28:27 »
O congresso americano, indiretamente. Lá, ao contrário daqui, o Banco Central não sofre influência política. Por isso os vídeos, os congressistas republicanos recém-eleitos são ideologicamente contrários às políticas do FED, e querem retomar o controle. Daí toda a baboseira sobre liberdade e founding fathers, além da demonização usual de bancos presente na sociedade ocidental.

Mas isto não encerra uma contradição Partiti?

Os ideólogos republicanos (de direita) são amplamente favoráveis ao sistema bancário privado e são contra o FED, que pertence ao EUA.

Mas ao mesmo tempo o vídeo demoniza os bancos, o que não é um modus operandi usual da direita republicana.
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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #71 Online: 15 de Janeiro de 2011, 00:44:21 »
Sim, é uma contradição. Uma coisa é o que o partido vem fazendo e propagando ao longo do anos. Outra coisa é o que os populistas Tea-Parties recém-chegados querem fazer, muitas vezes em total desacordo com o que as alas mais centrais do partido fazem. Oras, eles fazem a distinção entre Republicanos de verdade e os demais, até renegando o governo Bush filho como insuficientemente republicano.

Quanto ao FED, eles de fato não querem estatizar o FED, mas são contra qualquer pressão inflacionária, e acham que o problema americano é fiscal, e que cortando os gastos e diminuindo impostos eles conseguem estimular a economia (eles só não falam em cortar duas coisas: previdência e defesa, de longe os maiores gastos do governo). Quando o FED faz algo que eles não gostam, eles chiam, dizendo que como o congresso é majoritariamente republicano o FED deveria tomar medidas republicanas. Isto apesar do Ben Bernanke ser republicano de carterinha (Se é um de verdade, isto eu não sei)

E demonizar bancos, todos os políticos fazem isso. Todo mundo odeia bancos. Industrias, empreendedores, comericantes não tem problemas, mas bancos é demais. Ainda mais quando estamos numa crise imobiliária onde várias pessoas estão perdendo suas casas, demonizar bancos para ganhar votos é a norma.
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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #72 Online: 16 de Junho de 2011, 16:13:11 »
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Aluguel quase triplica na cidade de São Paulo, dependendo da região

O valor do aluguel na cidade de São Paulo, dependendo da região, pode ficar até 155,4% mais caro, segundo levantamento divulgado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) nesta quinta-feira (16), com dados referentes a maio.

Este é o caso, por exemplo, dos imóveis de um dormitório. Para este tipo de moradia, a região Leste zona B, que contempla bairros como Brás, Cangaíba e Ermelino Matarazzo, por exemplo, possui os menores valores de aluguel de imóveis em bom estado, de R$ 12,04 o metro quadrado.

Na região Sul zona A, que contempla bairros como Aclimação, Higienópolis, Itaim e Jardins, por outro lado, foram encontrados os maiores valores de locação para estes imóveis, de R$ 30,75 o metro quadrado.

Diferenças

Para se ter uma ideia, em maio, quem quisesse alugar uma unidade de um dormitório, com 55 metros quadrados, por exemplo, desembolsaria cerca de R$ 662,20 na região Leste zona B e R$ 1.691,25 na região Sul zona A.

No caso dos imóveis de dois dormitórios (com 70 m2), a diferença nos preços atinge 139,1%. O menor valor verificado em maio foi encontrado novamente na região Leste zona B, onde o valor do aluguel chegou a R$ 879,9. Já o maior valor, de R$ 2.103,5, também foi verificado na região Sul zona A.

No caso de um imóvel com três dormitórios (com 90 m2), também em bom estado e considerando os preços máximos, pode-se verificar uma diferença de 129,3% no valor do aluguel, sendo o menor de R$ 1.117,8 (zona Leste B) e o maior, de R$ 2.563,20 (zona Sul A).

Valor por região

Na tabela a seguir é possível verificar o preço máximo do aluguel de imóveis em bom estado de um, dois, três e quatro dormitórios na cidade de São Paulo. Os preços estão divididos por zonas e consideram tamanhos específicos de propriedades:

Preço do aluguel residencial na cidade de São Paulo (maio 2011)
RegiãoUm Dormitório  (55 m²)  Dois Dormitórios (70 m²)  Três Dormitórios (90 m²)  Quatro Dormitórios (130 m²)
CentroR$ 1.225,95R$ 1.615,60R$ 1.834,20-
Leste - Zona AR$ 882,75R$ 1.227,80R$ 1.670,40-
Leste - Zona BR$ 662,20R$ 879,90R$ 1.117,80-
NorteR$ 920,15R$ 1.156,40R$ 1.493,10-
Oeste - Zona A  R$ 1.356,85R$ 1.659,70R$ 2.160,00-
Oeste - Zona BR$ 894,85R$ 1.1557,70R$ 1.385,10-
Sul - Zona AR$ 1.691,25R$ 2.103,50R$ 2.563,20R$ 4.850,30
Sul - Zona BR$ 1.136,85R$ 1.168,30R$ 1.421,10-
Fonte: Secovi-SP

Centro:  Barra Funda, Bom Retiro, Cambuci, Centro, Liberdade, Pari, Santa Cecília
Zona Leste A: Alto da Mooca, Belém, Mooca, Tatuapé
Zona Leste B: Artur Alvim, Brás, Cangaíba, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, Itaquera, Jardim Aricanduva, Penha, São Mateus, São Miguel Paulista, Sapopemba, Vila Carrão, Vila Formosa, Vila Matilde, Vila Prudente
Zona Norte: Brasilândia, Casa Verde, Freguesia do Ó, Limão, Mandaqui, Pq Edu Chaves, Santana, Tremembé, Tucuruvi, Vila Guilherme, Vila Mazzei, Vila Nova Cachoeirinha
Zona Oeste A: Alto da Lapa, Alto de Pinheiros, Lapa, Perdizes, Pinheiros, Pompéia, Sumaré, Vila Leopoldina, Vila Madalena
Zona Oeste B: Butantã, Jaguaré, Perus, Pirituba
Zona Sul A: Aclimação, Bosque da Saúde, Chácara Santo Antônio, Higienópolis, Itaim, Jardim da Saúde, Jardins, Moema, Morumbi, Paraíso, Real Parque, Saúde, Vila Mariana, Vila Olímpia
Zona Sul B: Campo Limpo, Cidade Ademar, Interlagos, Ipiranga, Moinho Velho, Pedreira, Sacomã, São João Clímaco, Vila das Mercês, Vila Gumercindo

http://www.infomoney.com.br/aluguel-de-imovel/noticia/2135659-aluguel+quase+triplica+cidade+sao+paulo+dependendo+regiao

Eu gostaria de saber qual é a oferta de imóveis nas regiões e quais as taxas de ocupação, porque eu sempre acho que os preços estão muito irreais.

"That's what you like to do
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And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
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Offline Gaúcho

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #73 Online: 07 de Agosto de 2011, 14:25:37 »
Um vídeo sobre a crise

<a href="http://www.youtube.com/v/O5jeXrKvJXU" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/O5jeXrKvJXU</a>
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Adriano

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Re: Uma opinião sobre a crise imobiliária
« Resposta #74 Online: 07 de Agosto de 2011, 14:57:29 »
Fantástico! Um debate muito divertido  :lol:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

 

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