Um ponto verdadeiro no que a Nina está falando é que nenhuma decisão é pessoal se você vive em comunidade, nenhuma mesmo.
As decisões são pessoais, talvez as consequências, não.
Mas não acho que seja esta a questão. O que me assusta um pouco é que para algumas pessoas (não estou falando de ninguém que está participando do tópico, é mais no sentido de quem faz as leis), não basta não ser incomodado, o problema é o que a outra pessoa faz. Não basta que ninguém jogue fumaça na minha cara, o que eu quero é que ninguém fume.
Por exemplo, concordo que fumar em locais públicos deve ser proibido, afinal quem não quer ser incomodado cheirando aquela fumaceira catinguda tem o direito de não ter a mesma soprada na sua cara.
Agora, já não concordo com o argumento de proibir o cigarro porque faz mal à saúde. Caramba, a saúde é do fumante, e ele tem todo o direito de acabar com ela, se quiser. Se o cara quer trocar alguns anos de vida pelo prazer de fumar, problema dele. Eu acho uma tremenda burrice, mas o indivíduo tem direito de ser burro se quiser.
Seu ato vai ter consequências, lógico, mas quem tem que se preocupar com isso é o próprio fumante e a família dele, e não eu, o governo ou os legisladores.
Se seguirmos por este caminho, qual é o próximo passo? Proibir a carne vermelha? Sal? Refrigerante? Doces?