Além do que o que faríamos com quem fez "cagada"? Deixar morrer sem assistência alguma?
Não, mas que pague. Ele teria toda a máquina pública de saúde (que é um fusquinha com o motor fundindo, mas ainda assim uma máquina), mas pagaria algum valor para se diferenciar dos demais, que levaram uma vida normal e correta dentro da legalidade.
Além do que, estes inflacionam o preço dos planos de saúde com seu comportamento de risco.
Porém aí entraríamos em uma outra grande, delicada e espinhosa discussão. E os de baixa renda? E outras delicadas discussões do tipo: Quanto é "baixa renda"? Os grupos étnicos que obtém vantagens em outras políticas públicas (cotas, bolsas, etc) teriam nessa também? Como ficaria perante a sociedade? Etc, etc.
E ainda a discussão mais espinhosa vem abaixo:
Exatamente, é aí que mora o perigo... no extremo, um enorme número de doenças pode ser atribuída a "maus hábitos", seria impossível determinar quem "é digno" de tratamento ou não.
Exatamente, criaria-se uma comissão para examinar e determinar o que é mau hábito e o que não é. Comissões com tais poderes me arrepiam tanto pelo seu poder como por suas características de corruptibilidade.
E mais, como você disse, o que é "digno"?
O que for "legal"?
Mas sabemos que o alcool e o cigarro são tão nocivos quanto às drogas.
E os gordinhos? (me incluo nesse grupo, apenas tire o inho e acrescente "ão"). Consomem gordura indiscriminadamente a despeito das pesquisas mostrando o quanto isso é letal.
E os que não praticam atividade física? Seriam culpados? Pois todos sabem que atividade física é essencial.
Pois é isso meu amigo, acho que a coisa se resumiria assim:
*Responsabilizar as pessoas pelos seus atos é justo.
*Definir o quanto a pessoa é responsável e qual caso é "digno" parece impossível.
Dane-se, a vida não é justa mesmo
