Autor Tópico: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.  (Lida 11040 vezes)

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Offline A Mosca

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #25 Online: 18 de Outubro de 2010, 18:47:50 »
Lidar com o conservadorismo é muito delicado, principalmente dentro do ambiente familiar. Suponho que muitos dos que aqui se encontram, devem lidar quotidianamente com familiares religiosos fanáticos, conservadoristas ferrenhos: " http://www.4shared.com/file/235806950/9d3ab2a9/desnecessrio.html " (baixem o arquivo de áudio pertinente à discussão).

Então que as lágrimas signifiquem resistência e sacrifício pelo direito à subjetividade, para que se aprenda com seus próprios erros.
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Espanta-me, por muitas vezes, presenciar pessoas confundindo fundamento com sensibilidade. Um sujeito tosco, mal polido, pode e certamente haverá de adquirir algum fundamento, naturalmente. Porém, não, necessariamente, queira isso dizer que seja sensível o suficiente para compreender o funcionamento do processo de construção do conhecimento e erguer e re-erguer conceitos, no que diz respeito aos fundamentos que preexistem e fundamentos como uma série de acontecimentos que se sucedem em função da razão social...
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Sei que o ser humano exige respeito por sua individualidade, e isso é funcional, indissociável das funções vitais. Não se trata de uma máquina, como muitos behavioristas parecem considerar... Agora, por uma questão de lógica, quanto mais nos polimos, também avançamos em nosso potencial de discernimento e de agirmos em sã consciência.
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Oras, por causa de uma calça rasgada, até já fui açoitado com um cabo de aço dos de bicicleta. Mas não guardo rancor do meu pai, não. Sei que existem fundamentos que o levam a agir de modo irracional. Na realidade, eu sou privilegiado comparado ao que meu pai passou. Ver o pai espancar a mãe, diariamente, chegando ao ponto de tentar matá-la e de levá-la à loucura e, ainda criança, ter de correr o mundo e ganhar a vida nos campos de agave e arrancando tocos (quem sabe o que é arrancar toco, vai me entender), ele é o MELHOR dos pais.
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O pai em questão, ele não é ruim de plena consciência. Ele realmente acredita saber o que é melhor e deseja endossá-lo ao seu filho, porque isto advém do trauma de séculos de alienação.
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Olha, o diálogo com pessoas que devemos mais que respeito é complicado. Às vezes é necessário recuar um passo, para que depois possamos avançar dois passos, juntos. A duras custas, conquistei o respeito da minha família. Sem ferir a autoridade paterna, mostrei ao meu pai que o compreendia, que tinha consciência de sua intenção ser a melhor. Que eu até gostaria de comungar de sua crença, já que representaria tanto pra ele. Mas acontece que eu simplesmente não consigo, assim como outras pessoas, não.
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Um ponto é certo. Se sua própria família não lhe passa confiança, então você não deve confiar em mais ninguém. Senão em si próprio. Quem pretende revolucionar, precisa ter calma, sempre. Este pai não é dos piores e, com o filho que tem e o passar do tempo, ele certamente haverá de rever sua posição.
« Última modificação: 18 de Outubro de 2010, 18:55:04 por A Mosca »
Se alumia, então é lanterna...

Offline uiliníli

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #26 Online: 18 de Outubro de 2010, 19:12:30 »
Eu entendo o Luiz F. e outras pessoas que, devido ao ambiente em que vivem, não podem sair do armário. Realmente não vale a pena se assumir como ateu para a sociedade, se essa sociedade ameaça destruir a sua vida como consequência. O triste é que isso acaba gerando um ciclo vicioso... quanto mais os ateus se escondem, mais se propaga a ignorância, mais faz sentido na cabeça das pessoas a imagem desse bicho mitológico que eles criaram e rotularam como "ateu."

Quem diz essas coisas absurdas, como o Datena, são gente que provavelmente nunca viu um ateu na vida, tudo o que eles conhecem é o mito. O Datena não é mau, ele só é ignorante. Quando o Luiz F. se abriu com sua esposa ele levou algum tempo, mas conseguiu desconstruir esse mito. É um tempo que ele não teria com seu chefe, por exemplo, por isso tem toda a razão em ficar no armário. Mas nós que vivemos em ambentes mais cosmopolitas, universidades, grandes cidades, nós podemos fazer a nossa parte. Temos que colocar em nossas cabeças que quando vestimos uma camiseta "100 % ateu," não é por nós que é importante fazer isso, é por gente como o Luiz F., gente que pode ter sua vida destruída por ser ateu como nós.

Às vezes a gente que vive num ambiente mais livre esquece como é ser temido e odiado. Eu passei por isso no colégio, passei por isso na minha família, mas superei isso há muito tempo, hoje digo abertamente que sou ateu na faculdade, tenho amigos ateus, meu irmão e minha mãe se tornaram ateus. É natural para mim ter uma sensação de segurança, uma sensação de que o mundo é justo e me trata igual aos outros, mas essa segurança é instável e ilusória. Amanhã eu posso estar morando numa cidadezinha do interior onde vou experimentar ódio e até violência talvez.

Nesses lugares isolados as mudanças nos costumes demoram mais a chegar, mas chegam. Acredito que não há mais muitos lugares no Brasil onde escravidão negra é considerada uma coisa normal. Mas para essas novidades chegarem na cidade do Luiz F., elas têm que começar a mudar nos grandes centros. Os ateus têm que dar a cara a bater, sair do armário e mostrar que existem, são pessoas normais e exigem respeito e consideração. Temos que vestir a camisa, literalmente.

Offline Luiz F.

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #27 Online: 18 de Outubro de 2010, 20:33:35 »
Pra vocês terem uma idéia, aqui o divórcio ainda é visto com preconceito e os divorciados sofrem todo tipo de discriminação tipo os amigos se afastarem, falarem mal pelas costas, etc.
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Nina

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #28 Online: 18 de Outubro de 2010, 22:26:15 »
Isso é específico do Japão ou é a regra geral em casos de naturalização?
Acho que cada país tem suas regras. Conheço descendentes de italianos que mantem a dupla nacionalidade.

No caso da Suíça não tem problema, lá é possível ter duas nacionalidades. O que acontece é que no Brasil não dá para manter as duas, então você escolhe a brasileira. Mas mantém a outra na Suiça... aí se você vai para a Suiça, sobe no avião com o passaporte azul, mas desce com o vermelho...
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Geotecton

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #29 Online: 19 de Outubro de 2010, 00:28:03 »
Eu entendo o Luiz F. e outras pessoas que, devido ao ambiente em que vivem, não podem sair do armário. Realmente não vale a pena se assumir como ateu para a sociedade, se essa sociedade ameaça destruir a sua vida como consequência. O triste é que isso acaba gerando um ciclo vicioso... quanto mais os ateus se escondem, mais se propaga a ignorância, mais faz sentido na cabeça das pessoas a imagem desse bicho mitológico que eles criaram e rotularam como "ateu."

Quem diz essas coisas absurdas, como o Datena, são gente que provavelmente nunca viu um ateu na vida, tudo o que eles conhecem é o mito. O Datena não é mau, ele só é ignorante. Quando o Luiz F. se abriu com sua esposa ele levou algum tempo, mas conseguiu desconstruir esse mito. É um tempo que ele não teria com seu chefe, por exemplo, por isso tem toda a razão em ficar no armário. Mas nós que vivemos em ambentes mais cosmopolitas, universidades, grandes cidades, nós podemos fazer a nossa parte. Temos que colocar em nossas cabeças que quando vestimos uma camiseta "100 % ateu," não é por nós que é importante fazer isso, é por gente como o Luiz F., gente que pode ter sua vida destruída por ser ateu como nós.

Às vezes a gente que vive num ambiente mais livre esquece como é ser temido e odiado. Eu passei por isso no colégio, passei por isso na minha família, mas superei isso há muito tempo, hoje digo abertamente que sou ateu na faculdade, tenho amigos ateus, meu irmão e minha mãe se tornaram ateus. É natural para mim ter uma sensação de segurança, uma sensação de que o mundo é justo e me trata igual aos outros, mas essa segurança é instável e ilusória. Amanhã eu posso estar morando numa cidadezinha do interior onde vou experimentar ódio e até violência talvez.

Nesses lugares isolados as mudanças nos costumes demoram mais a chegar, mas chegam. Acredito que não há mais muitos lugares no Brasil onde escravidão negra é considerada uma coisa normal. Mas para essas novidades chegarem na cidade do Luiz F., elas têm que começar a mudar nos grandes centros. Os ateus têm que dar a cara a bater, sair do armário e mostrar que existem, são pessoas normais e exigem respeito e consideração. Temos que vestir a camisa, literalmente.

Fiquei emocionado com esta declaração. :chorando:

 :biglol:

P.S.

É por aí o caminho! :ok:
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Offline André Luiz

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #30 Online: 19 de Outubro de 2010, 13:39:16 »
Ela foi corajosa, para a mulher é ate mais dificil, tem toda aquela questao da maternidade, mimimi,  coisa de deus

Offline Lion

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #31 Online: 19 de Outubro de 2010, 22:39:01 »
Lidar com o conservadorismo é muito delicado, principalmente dentro do ambiente familiar. Suponho que muitos dos que aqui se encontram, devem lidar quotidianamente com familiares religiosos fanáticos................
Felizmente com os meus pais nunca tive problemas, depois que eles ficaram sabendo que sou ateu acharam a coisa exótica, mas deixaram pra lá... Nunca tentaram me convencer de nada. No entanto,tenho familiares carolas que não iriam vão aceitar com muita facilidade.  :|

Offline Barata Tenno

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #32 Online: 19 de Outubro de 2010, 22:52:43 »
Lidar com o conservadorismo é muito delicado, principalmente dentro do ambiente familiar. Suponho que muitos dos que aqui se encontram, devem lidar quotidianamente com familiares religiosos fanáticos................
Felizmente com os meus pais nunca tive problemas, depois que eles ficaram sabendo que sou ateu acharam a coisa exótica, mas deixaram pra lá... Nunca tentaram me convencer de nada. No entanto,tenho familiares carolas que não iriam vão aceitar com muita facilidade.  :|

E como eles lidam com o seu homossexualismo? ::)
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Lion

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #33 Online: 19 de Outubro de 2010, 22:55:39 »
Lidar com o conservadorismo é muito delicado, principalmente dentro do ambiente familiar. Suponho que muitos dos que aqui se encontram, devem lidar quotidianamente com familiares religiosos fanáticos................
Felizmente com os meus pais nunca tive problemas, depois que eles ficaram sabendo que sou ateu acharam a coisa exótica, mas deixaram pra lá... Nunca tentaram me convencer de nada. No entanto,tenho familiares carolas que não iriam vão aceitar com muita facilidade.  :|

E como eles lidam com o seu homossexualismo? ::)
|(

Offline Geotecton

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #34 Online: 19 de Outubro de 2010, 23:31:09 »
Hehehehehehehe.
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Offline Lion

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #36 Online: 20 de Outubro de 2010, 21:06:22 »
Dica: quando for postar um tópico cujo enunciado seja uma citação, especialmente de uma pessoa do sexo oposto, colocar entre aspas.
:ok:

Offline Pandora

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #37 Online: 21 de Outubro de 2010, 21:03:16 »
Os programas da Márcia "Goldiximiti" tem mais nível que as campanhas presidenciais dessas eleições!!! Também penso em anular meu voto, mas anular voto é ajudar indiretamente o canditado em primeiro lugar.

No meu caso, sair do armário foi bem tranquilo... eu simplesmente liguei o "f*d*-se" e assumi mesmo. Claro que ouvi várias gracinhas e sempre que algo de ruim acontece comigo (o que não é constante, ainda bem) culpam a minha falta de crença. Não esquento muito com essas coisas e argumento até onde minha paciência permite, mas por sorte, a maior parte das pessoas que conheço e sabem que sou atéia respeitam, inclusive aquelas que são evangélicas.

O mais difícil mesmo foi assumir a bissexualidade, aliás eu só assumi mesmo para a família (pai mãe e irmã apenas) e amigos muito mas muito próximos mesmo! Então não é algo que ue tenha assumido publicamente, apenas contei para quem julgava importante saber, mas se me perguntar eu conto!

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #38 Online: 21 de Outubro de 2010, 21:16:29 »
Anular o voto é "ajudar" o candidato em primeiro lugar apenas no sentido que um voto no outro candidato diminuiria as chances dele vencer, mas não é diferente de simplesmente não votar, se isso fosse legalmente possível.

Offline Osler

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #39 Online: 22 de Outubro de 2010, 19:20:54 »
Anular o voto é "ajudar" o candidato em primeiro lugar apenas no sentido que um voto no outro candidato diminuiria as chances dele vencer, mas não é diferente de simplesmente não votar, se isso fosse legalmente possível.

De qualquer maneira as sanções impostas ao não votar são pequenas, a multa é muito baixa e é só ir depois pagar (a parte chata é ir pagar) que fica tudo certo
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline EduardoCFF

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #40 Online: 23 de Outubro de 2010, 20:51:39 »
Anular o voto é "ajudar" o candidato em primeiro lugar apenas no sentido que um voto no outro candidato diminuiria as chances dele vencer, mas não é diferente de simplesmente não votar, se isso fosse legalmente possível.

De qualquer maneira as sanções impostas ao não votar são pequenas, a multa é muito baixa e é só ir depois pagar (a parte chata é ir pagar) que fica tudo certo

se não me engano o valor da multa é só R$3,50
“Se a historia da ciência nos ensina alguma coisa, é que não vamos a lugar nenhum chamando nossa ignorância de deus”

Offline N3RD

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #41 Online: 24 de Outubro de 2010, 15:05:31 »
É melhor ter o trabalho de ir votar do que ir pagar.

Se o pagamento da multa pudesse ser realizado pela internet, eu não iria :)


Eu falo para qualquer um, que me pergunte se acredito em deus, mas só se me perguntarem. Não acho que minha crença ou falta dela seja importante para as pessoas.

O legal é se todos fossem assim. ;)
Não deseje.

Offline Adriano

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #42 Online: 24 de Outubro de 2010, 17:40:06 »
Eu tenho uma profunda religiosidade ateísta e percebo que são mais os religiosos teístas que me compreedem quanto a isto, já que temos uma busca em comum, a ética e a moral num nível simbólico.

E assim como o ateísmo é a minha religião o fCC é a minha igreja, já que não saio daqui, pelo menos como leitor, interagindo apenas quando acho conveniente. Considerando que uma das minhas paixões é a cibercultura, a união de uma boa experiência internética com princípios éticos importantes como os da democracia na ciência (Sagan faz muito bem essa excelente associação) fazem desse espaço.

E já que estou utilizando metáforas eclesiásticas, desejos a todos meus irmãos que fiquem na paz de Darwin, amém!  :anjo:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline uiliníli

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #43 Online: 24 de Outubro de 2010, 17:48:07 »
O ateísmo é minha religião e careca é a minha cor de cabelo.

Offline Adriano

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #44 Online: 24 de Outubro de 2010, 17:55:08 »
Como todo fanatismo, causa-se espanto. Eu vejo que o ateísmo é um item de luxo para personalidades já consolidadas na dinâmica social como o Dawkins e , outro bom exemplo neste tópico,  a neurocientista Suzana Herculano-Houzel.

No mais o ateísmo pagão é esse mesmo, o individual, uma condição defensiva do teísmo perverso. Não tenho nada contra. É a crença na descrença, parodiando o conceito de crença na crença de Dennett  :lol:
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Offline uiliníli

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #45 Online: 24 de Outubro de 2010, 18:21:23 »
Hein?

Offline Adriano

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #46 Online: 24 de Outubro de 2010, 18:55:00 »
Hein?
Quis dar um colorido a careca, mostrando que este tema já seria uma fonte inesgotável de possibilidades, como o fato de grande parte da calvice não ser algo 100% e ainda sim ser possível definir a cor do cabelo do indivíduo mesmo que o cabelo esteja ausente.

Veja o exemplo deste careca grisalho:



Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline A Mosca

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #47 Online: 24 de Outubro de 2010, 19:49:47 »
Deixa vê se eu entendi. Você quis dizer que um religioso (membro de Instituição Religiosa) é um ateísta, ao tempo que rejeita as demais formas de deidades, que não seja a aceita por ele?  :?
« Última modificação: 24 de Outubro de 2010, 19:55:01 por A Mosca »
Se alumia, então é lanterna...

Offline Adriano

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #48 Online: 24 de Outubro de 2010, 20:08:27 »
Nada disso, eu quis dizer que o ateísmo é uma forma de religiosidade, onde quem pode pregar é quem tem o poder social da ciência como os cientistas citados. A religião convencional como doença é uma teoria compartilhada por muitos ateístas muito antes de Dawkins  :wink:
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Offline uiliníli

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Re: Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei.
« Resposta #49 Online: 24 de Outubro de 2010, 20:14:09 »
Sou só eu que não entendo nada do que o Adriano escreve?  :|

 

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