Interessante é que
teve recentemente uma líder feminista no Jô, Helena Ramirez, que falou "homem que busca sexo anal em relação hetero está fazendo estágio pra virar 'viado', esposa que alimenta este fetiche está na verdade ajudando ainda mais a reduzir a oferta que já não é das melhores". A lógica dela é parecida com a do DDV: mulher já tem um 'compartimento' especializado para o sexo heterossexual, no sexo anal você está buscando um 'diferencial competitivo' que é típico de relações homossexuais entre homens, logo você é gay.
Ela disse no mesmo programa que as mulheres deveriam se recusar a transar de quatro com homens, porque essa posição é submissa - e para as feministas, submissão é um pecado mortal. Mas é interessante que por trás (ui!

) dessa polêmica em torno do
pegging está essa mesma crença numa relação de dominância e submissão envolvida no sexo e que ao homem cabe o papel de dominador. Mesmo no contexto de relações homossexuais há uma crença de que aquele que penetra é mais "macho" do que o que é penetrado, na verdade eu tinha um colega no colegial que dizia abertamente que "comia" outros homens, que até preferia transar com homens, mas que ele não se via como gay!

Pelo contrário, ele se achava o machão porque era sempre o ativo. Para ele faz sentido, porque para ele sexualidade está relacionada com dominação, e não com atração. A mentalidade de quem torce o nariz para o pegging é similar, pois não considera masculino que o homem adote um papel submisso.