hmmm... É que sabe o que eu penso quando falam em energia nuclear?
No Sol. E o sol realiza fusão nuclear do hidrogênio, e o sol está a 8 minutos-luz de distância, olha a quantidade de energia liberada pelo sol. Então, teoricamente, a energia de uma fusão nuclear nuclear pode ter uma temperatura muito alta. Será que o oceano seria suficiente para diminuir a temperatura? (Pense no Sol)
É aí que entram os físicos e seus cálculos, pra medir isso.
Na verdade, Fabi, como não temos a "pequenina" gravidade solar à disposição, qualquer reator a fusão prático teria que recorrer à temperaturas, no mínimo, 5 vezes maiores que a encontrada no núcleo do Sol para operar.
Ainda assim, por incrível que possa parecer ao 'conhecimento desarmado', qualquer acidente em reatores a fusão tenderia a ser muito menos grave que os ocorridos em reatores a fissão.
As razões são diversas, mas, no tocante ao ponto abordado, posso simplificadamente explicar que, fazendo analogias minimamente aceitáveis, um reator a fissão é como uma grande fornalha em que uma enorme quantidade de lenha ou carvão é posta a queimar de uma só vez, com sua queima limitada unicamente pela velocidade das reações (químicas, no caso do carvão). Qualquer descontrole na velocidade das reações encontraria uma grande quantidade de combustível para queimar. Já, um reator a fusão, seria como uma chama autosustentada necessitando de fornecimento constante de combustível. A qualquer instante, a temperatura da chama é altíssima (várias milhares de vezes maior que a temperatura no núcleo de um reator a fissão), mas a disponibilidade de combustível para um possível descontrole é ínfima. Em suma, podemos dizer que reatores a fusão são(seriam -- não existem ainda, infelizmente -- eu até já tive algumas "ideias"...) muito mais facilmente desligáveis que reatores a fissão, até também pela própria natureza dos fenômenos envolvidos, são automaticamente desligáveis: é dificílimo "acender" (digamos assim -- na verdade, ultrapassar o chamado 'ponto de ignição', que não é um "acendimento" propriamente mas um estágio operacional a partir do qual as reações termonucleares geram mais energia que a desperdiçada) e manter o processo de fusão (tão difícil que ainda não foi feito apesar de numerosas tentativas). Qualquer irregularidade tenderia à interrupção da fusão. Agora, a fissão, é uma "desgraça". Fácil de começar e mais fácil ainda de não parar.
Estendendo a analogia, temos que, de fato, os combustíveis físseis são sólidos e os de fusão (preconizados) são gasosos*. Por essa e muitíssimas outras razões, a fusão termonuclear controlada é um dos mais acalentados sonhos da humanidade "ativa".
* No caso das reações deutério-trítio, mais promissoras, usaría-se lítio (sólido -- na verdade, em operação, líquido) como combustível intermediário mas isso não muda, basicamente, o que explicitei. Os detalhes não vêm ao caso.
Não sou muito bom em explicações, ma acho que deve ter dado para entender o básico...
para fusão teria que dar m.. nesse reator (experimental)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tokamak
Uma bomba H é um reator sem confinamento. Esse é o potencial da m...
Pelo contrário, Gigaview, uma bomba H seria, grosso modo, um reator a fusão *com* mais confinamento ainda (e uma espoleta físsil). O desconfinamento seria, justamente, a explosão; o depois da explosão.
P.S. Só eu estou notando que o Barata não postou mais nada (acho eu)?