A alucinação é o comando "Estou aqui. Dizer que estou aqui", que foi ouvido inicialmente pela mente do Dbohr e verbalizado em seguida por ele em obediência ao próprio comando alucinado. Não é o caso, por favor longe disso, mas a mesma coisa acontece com esquisofrênicos que recebem ordens de vozes para realizar tarefas e em muitos casos ocorre até conflitos internos de obediência.
Ainda não li o link que você passou, mas não havia médium. Era uma sessão de leitura do "Evangelho Segundo o Espiritismo" com a minha mulher (só nós dois), seguida de debate e finalizada com uma oração. Foi nesse ponto que o fenômeno aconteceu.
A outra pessoa, um bocado assustada, perguntou se a entidade queria se pronunciar. Eu (ou sei lá o quê) murmurei: "Estou aqui. Dizer que estou aqui".
Para a outra pessoa, você começou a atuar como um médium e a pergunta disparou um comportamento daquilo que seria o comportamento esperado de um médium.
estado normal->Clima espiritóide
alteração da consciência
pergunta se alguém quer se manifestar
assume personagem com comportamento esperado do que seria um médium ->alucinação auditiva
resposta que poderia ser atribuída a um suposto espírito
recuperação da consciência alterada
estado normal
Perguntinha: Você já teve experiências de sonambulismo?
PS. Em hipnose, comum que um hipnotizado assuma um comportamento para agradar o hipnotizador e isso acontece sem mesmo que o hipnotizado se dê conta. Nesse caso não existem as figuras de hipnotizador e hipnotizado, mas o detalhe que a outra pessoa é a sua esposa pode fazer de certa forma o mesmo papel. Talvez, você apenas estava se comportando para (inconscientemente) agradá-la. Apesar disso pode parecer meio bôbo e até infantil, mas é uma hipótese que deve ser levada em conta. Freud abandonou a hipnose porque notou que as pacientes estavam se apaixonando e encobrindo o que ele considerava de causas verdadeiras dos problemas psicológicos.