A ineficiência do SUS é de sua administração e não do sistema em si.
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É da administração que é corrupta e inepta
ok
e do sistema, que permite que administrações corruptas e ineptas se perpetuem.
E aqui acho que você confunde os sistemas. O SUS não possui um comando único e nem um sistema de controle único. O Ministro da Saúde é tão gestor do SUS quanto o Secretário de Saúde de Bole Bole, apenas os níveis são diferentes. E existem, claro, níveis de controle diferentes. Existem os Conselhos de Saúde (municipal, estadual e nacional), o CGU, o TCU e o DENASUS (para os recursos federais do SUS), o TCE (para os recursos estaduais) e o Ministério Público. Além disso, existem outros mecanismos de controle: ouvidoria e imprensa. Agora, claro, existem problemas. O CGU e o TCU atuam através de sorteios (
http://www.cgu.gov.br/auditoriaeFiscalizacao/ExecucaoProgramasGoverno/Sorteios/Municipios/Sorteados/index.asp) e demoram muito tempo. Por exemplo, hoje está sendo vistoriado os municípios auditados no 34 e 35 sorteios (que ocorreram em 2011). O DENASUS também atua por sorteio e por denúncia (e também demora uma resposta de uma auditoria, uns 2 a 3 anos). Nesses casos, qual o poder de pressão que temos? Somente o corte de recursos: os recursos ficam bloqueados até que as irregularidades sejam sanadas. A ouvidoria é mais rápida, assim como o MP (que possui mais poder) e a imprensa. Ainda assim, o poder ainda que temos é bloqueio de recursos. Hoje, com o COAP, o secretário pode (ou poderá) ser responsabilizado pelo desempenho do município, estado (e união). Mas como começou apenas este ano, ainda não sei como se dará esse processo de responsabilização civil. Por fim, o controle mais perto da origem é o do Conselho Municipal de Saúde, que nem sempre funciona no município, já que pode acabar sendo dominado por partidários do prefeito. Mas é uma sugestão: participe do Conselho de Saúde do seu município.