Esse vagão separado não é uma forma de culpabilizar as vítimas?
Não, mulheres ainda podem usarem os outros vagões se quiserem, seria culpabilização da vítima se a mensagem fosse explicitamente de que as mulheres fossem as responsáveis pelos assédios que eventualmente sofrerem, e fossem elas, e não os homens, proibidos de usarem os vagões (ou um grupo especifico de vagões).
Essa segregação (que proibi homens de usarem vagões exclusivos para mulheres) é uma forma errada de tratar o problema do assédio (como se apenas homem assediassem, isso é a culpabilização do homem de forma generalizada, como se todos e apenas homens assediassem). Além do mais, ao invés do assédio sexual ser tratado na sua raiz, isto é, no comportamento em si, preferem segregar os gêneros, para evitar o comportamento (que agora poderá ser praticado em outros locais, por ambos gêneros, e ainda por mulheres, nos meios de transporte).
Abraços!
Faço a pergunta pq, a separação das mulheres num vagão reservado da margem praqueles comentários do tipo: "não me separem num vagão, digam aos homens pra não me bolinarem! #NãoMereçoSerBulinada"
Nem quis entrar no mérito segregacionista ou de redução de direitos de homens, e eu normalmente engrosso as fileiras dos anti-mimimi. Mas algo me chamou atenção nessa sua resposta: Em transportes públicos brasileiros quem mais assedia, além do homem?
Por favor, não distorça minha pergunta, você sabe que eu não estou sugerindo que todos os homens abusam e etc.
Provavelmente sejam os homens. Mas eu lhe devolvo outra pegunta, na sociedade brasileira, quem mais comete crimes, negros ou brancos?
Se o primeiro cenário pode ser usado para validarem argumentos e medidas para discriminarem homens de forma geral, acho que o segundo valida igualmente argumentos e medidas usadas para discriminarem negros de forma geral, como alguns atos já denunciados aqui, pelo Barata, se não me engano, no caso da orientação dada a policiais em relação as "batidas", onde um dos critérios definidos para tornarem uma pessoa suspeita era justamente a sua cor de pele, neste caso, negra. no caso dos vagões exclusivos a mesma lógica é utilizada para discriminarem os homens, como acreditasse que homens assediam mais do que as mulheres (provavelmente sejam isso mesmo), cria-se uma medida discriminatória onde homens de maneira geral são proibidos de frequentarem o mesmo espaço que as mulheres.
Abraços!
Mas os homens "em geral" já são proibidos de frequentar o mesmo espaço que as mulheres, desde o começo dos tempos, e isso se deve a um conjunto de vulnerabilidades físicas e psicológicas óbvias às mulheres em relação aos homens, isso é da biologia humana, e é uma ação discriminatória que sim, funciona! Um exemplo clássico são os banheiros.
Outra falsa analogia que já foi refutado aqui, mulheres também são proibidas de frequentarem banheiros masculinos,
Abraços!
Elas não são, inclusive uma mãe pode entrar com seu filhinho num banheiro masculino. E se o são, isso é que seria uma excrescência com base em suas vulnerabilidades físico-psicológicas.
Proibido é uma forma de falar, se um pai entrar com sua filha no banheiro feminino para trocar a frauda, por exemplo, ninguém irá prende-lo ou expulsa-lo dali por isso. Quando disse proibido foi no sentido de existir um banheiro para mulheres e outro para homens, e ser esperado da sociedade que homens e mulheres respeitem esta regra. Mas acho que você entendeu né, o significado de proibido que usei, já que foi exatamente igual ao usado por você apenas um comentário antes, sendo o uso que fiz da palavra em meu argumento como resposta ao seu.
Esse vagão separado não é uma forma de culpabilizar as vítimas?
Não, mulheres ainda podem usarem os outros vagões se quiserem, seria culpabilização da vítima se a mensagem fosse explicitamente de que as mulheres fossem as responsáveis pelos assédios que eventualmente sofrerem, e fossem elas, e não os homens, proibidos de usarem os vagões (ou um grupo especifico de vagões).
Essa segregação (que proibi homens de usarem vagões exclusivos para mulheres) é uma forma errada de tratar o problema do assédio (como se apenas homem assediassem, isso é a culpabilização do homem de forma generalizada, como se todos e apenas homens assediassem). Além do mais, ao invés do assédio sexual ser tratado na sua raiz, isto é, no comportamento em si, preferem segregar os gêneros, para evitar o comportamento (que agora poderá ser praticado em outros locais, por ambos gêneros, e ainda por mulheres, nos meios de transporte).
Abraços!
Faço a pergunta pq, a separação das mulheres num vagão reservado da margem praqueles comentários do tipo: "não me separem num vagão, digam aos homens pra não me bolinarem! #NãoMereçoSerBulinada"
Nem quis entrar no mérito segregacionista ou de redução de direitos de homens, e eu normalmente engrosso as fileiras dos anti-mimimi. Mas algo me chamou atenção nessa sua resposta: Em transportes públicos brasileiros quem mais assedia, além do homem?
Por favor, não distorça minha pergunta, você sabe que eu não estou sugerindo que todos os homens abusam e etc.
Provavelmente sejam os homens. Mas eu lhe devolvo outra pegunta, na sociedade brasileira, quem mais comete crimes, negros ou brancos?
[...]
Camarada, não precisa aprofundar, minha pergunta foi básica só mirada na sua afirmação de que:
Essa segregação (que proibi homens de usarem vagões exclusivos para mulheres) é uma forma errada de tratar o problema do assédio (como se apenas homem assediassem,[...]
Eu achei que você ia propôr que até essa sensação, de que os homens bolinam nesses trens lotados, era errada e que as mulheres também bolinam na mesma intensidade.
Perguntei só pra checar. Nada além disso.
Desculpe por não ter lhe compreendido, e/ou se pareci agressivo em minha resposta!
Feministas protestaram pelo vagão ser cor-de-rosa?
Acho que o protesto está em um dos pontos apontados por mim, a segregação não resolve o problema, assédios não pararão de acontecer só por que alguns vagões foram reservados apenas para mulheres. Mas parte deste protesto deve ser também em relação a cor do vagão ou a ideia deturpada, tirada não sei de onde, que esta ação de fato culpabilize a vítima, neste caso, a mulher.
Abraços!