Coincidentemente eu estava pensando em procurar um artigo que tinha visto uma vez, para colar em algum tópico onde está se falando sobre questões relacionadas a parto. Argumentava que muitas das dificuldades do parto são mesmo problemas por uma certa inércia da burrice da medicina européia (lembrei do artigo originalmente pela colocação do Sergiomgbr sobre índias). Tinha apenas lido cursorialmente, mas parecia ter alguns pontos válidos, apesar de também ter um certo viés feminista (questionava por exemplo, que outros autores tivessem colocado que na evolução da pélvis feminina teve que haver algum "comprometimento" da adaptação locomotora para a adaptação ao parto, em vez de dizer que "adaptou-se às duas funções").
Por acaso também me lembrei agora que por muito tempo, na Europa, as mulheres terem o parto assistido por médicos aumentava estrondosamente as chances de óbito da mãe (antes da teoria dos germes), em comparação a algo feito com "parteiras". Essa correlação havia sido percebida antes do desenvolvimento da teoria dos germes propriamente dita, e acho que até se inferido uma causa (acho que falavam de "partículas de cadáveres"), mas mesmo assim a adoção de práticas mais higiênicas pelos médicos custou muito a ser adotada. Até atualmente, alguns estudos indicam que os médicos são os que menos lavam as mãos na equipe de hospitais. Para aumentar as chances disso tiveram que inventar coisas como pias móveis e ter protocolos onde os assistentes fossem meio petulantes em lembrar aos médicos de lavarem as mãos.
Esse post no entanto lembra umas teorias pseudohistóricas feministas que acho meio engraçadas, ao menos em algumas descrições. Parecem imaginar um período da pré-história quando era tudo igualitário, ou as mulheres até estando no topo da hierarquia social, e tudo corria melhor do que hoje. Mas eventualmente os homens "tomaram o poder", como uma espécie de golpe, fazem parecer.