O que eu perguntei foi sobre a relação entre infância e fantasias culturais. Porque que toda criança tem que acreditar em Papai Noel ou Coelhinho da Páscoa? Qual seria o benefício disso, na realidade? Se apegar em mercadorias? Manter o ciclo do capitalismo?
Enio,
Nenhum criança é obrigada a acreditar em Papai Noel ou Coelhindo da Páscoa. São comemorações que fazem parte da cultura das pessoas.
Os pais transmitem esta experiência naturalmente ao seus filhos. Se vivessemos em outra cultura, seriam outras comemorações.
Outra coisa e isto é absolutamente pessoal: sou pai de 3 filhos e faço questão que eles se apegem a mercadorias. Faço questão que eles entendem a necessidade de um item de higiene, alimentação, diversão, entreterimento e cultura, para citar só alguns exemplos.
Jamais vou educar meus filhos para deixarem de se apegar a bens e mercadorias. Crio os meus filhos para que tenham condições de se sustentarem e para isto, ele precisam saber o que é e o que não é realmente necessário. Todo e qualquer brinquedo educativo, quando posso, compro para eles. E as datas comemorativas, apesar do meu ateísmo, me favorecem de uma forma ou de outra, já que vivo em um meio onde isto é relevante. Seja por comércio seja por religião. Não levanto bandeira nenhuma aos meus vizinhos e aos coleguinhas dos meus filhos.
Na minha casa, não se fala em religião, mas se fala no ícone Papai Noel (que traz presentes) e no ícone Coelhinho da Páscoa (que traz ovos). E é só. O dia que eles quizerem saber a origem disto tudo, vou tentar explicar, preferencialmente sem aterrorizá-los.
Agora, independente disto, o que você propõe para evitar o ciclo do capitalismo?