Autor Tópico: L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia  (Lida 13069 vezes)

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Offline Dr. Manhattan

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #75 Online: 26 de Outubro de 2011, 12:20:21 »
São 3:

1. Não debata com o Adriano.

2. Não... debata... com... o Adriano

3. Se ele pedir, seja educado e mencione as regras 1 e 2.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline Adriano

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #76 Online: 26 de Outubro de 2011, 13:21:26 »
Mais importante que debater com o Adriano, é debater sobre o Adriano, sobre o Adrianismo  :P

Obrigado pela grande importância referida, dedicando esta postagem exclusiva a este assunto  :ok:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #77 Online: 26 de Outubro de 2011, 13:40:05 »
E nem precisa mesmo de referenciar a mim formalmente, basta a referencia informal, que é a participação neste tópico, como ocorreu, com a discussão sobre pedagogia, iniciada por mim, e que me agradou bastante. Espero que os demais participantes e leitores também  :ok:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Feynman

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #78 Online: 26 de Outubro de 2011, 13:57:51 »
Em outras palavras, quem aprende e escolhe aprender é o aluno. Ao professor, cabe o papel de proporcionar a maior quantidade possível de possibilidades de maravilhamento em suas aulas. Em algum momento, algo tocará o aluno e ele decidirá que aquilo é importantíssimo para a vida dele.
Acho isso algo bastante utópico. Cada vez mais chego a conclusão que a função principal do professor é verificar o progresso do aluno e não maravilhá-lo com nada (ou seja, mais avaliações com conteúdo diluído, menos seminários)....

E o mundo agradece por não seres professor!   :lol:
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Cumpadi

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #79 Online: 26 de Outubro de 2011, 16:17:44 »
E o mundo agradece por não seres professor!   :lol:
Elabore...
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Zeichner

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #80 Online: 26 de Outubro de 2011, 18:38:16 »

Viu só, Zeichner? Não estamos distantes. Apenas relegas o sócio-interacionismo a algo ululante, quando não um engodo, enquanto dou um pouquinho de valor para o fato de que a aprendizagem pessoal do aluno passa por momentos de socialização, que exercem pressões várias no processo de aprendizagem. Por exemplo, sabem-se que existem obstáculos epistemológicos, e também ideias facilitadoras, que são produzidos por perfis conceituais que se propagam como memes entre seus colegas, e mesmo entre o professor e estes. Por isso, o neo-construtivismo acaba bebendo um pouco nestas coisas. Nada de mais. Mas já ficou claro, para ambos, que os ideologismos são algo e se vilipendiar.

Sobre a importantíssima função do professor de maravilhar o aluno, C. Freinet costumava dizer: "temos que fazer brilhar o Sol". Por certo, o resto serão mais "tentativas de se ensinar a andar por meio das leis do equilíbrio", como disse o próprio Vygotsky!

Realmente não acreditava estarmos tão distantes, até mesmo porque não nego o componente social da educação. Somos seres gregários e a vida em sociedade é parte de tudo aquilo que fazemos e buscamos, principalmente nos estudos. A ascenção social que a educação proporciona é inegável.

Minhas críticas é a transformação de tudo em luta de classes. E neste papel o sócio-interacionismo assume o papel de uma pedagogia marxista, visando a construção do novo-homem-socialista, o qual discordo veementemente.

Na minha visão, a educação não pode ser serva de nada nem de ninguém. Deixa de ser educação quando se busca lavagem cerebral, empurrando unicamente conceitos de uma ideologia.

E educação é sim maravilhar. Sem boiolices e nem fica achando que isto ocorre para todos o tempo todo. Mas temos que dar estas condições, fazer o aluno ter a chance de se encantar com o conhecimento. Bons professores fazem isso, quando são apaixonados pelo que ensinam, passando isso para os alunos.


Offline Zeichner

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #81 Online: 26 de Outubro de 2011, 18:42:34 »
São 3:

1. Não debata com o Adriano.

2. Não... debata... com... o Adriano

3. Se ele pedir, seja educado e mencione as regras 1 e 2.
:biglol:

Offline Cumpadi

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #82 Online: 26 de Outubro de 2011, 19:53:02 »
Zeichner, você é professor de que conteúdo?
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Offline Zeichner

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #83 Online: 26 de Outubro de 2011, 20:18:02 »
Sou professor de Artes Visuais. Ministrei aula em cursos de Design e Artes. Atualmente sou professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia.

Offline Feynman

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #84 Online: 26 de Outubro de 2011, 20:18:28 »

Viu só, Zeichner? Não estamos distantes. Apenas relegas o sócio-interacionismo a algo ululante, quando não um engodo, enquanto dou um pouquinho de valor para o fato de que a aprendizagem pessoal do aluno passa por momentos de socialização, que exercem pressões várias no processo de aprendizagem. Por exemplo, sabem-se que existem obstáculos epistemológicos, e também ideias facilitadoras, que são produzidos por perfis conceituais que se propagam como memes entre seus colegas, e mesmo entre o professor e estes. Por isso, o neo-construtivismo acaba bebendo um pouco nestas coisas. Nada de mais. Mas já ficou claro, para ambos, que os ideologismos são algo e se vilipendiar.

Sobre a importantíssima função do professor de maravilhar o aluno, C. Freinet costumava dizer: "temos que fazer brilhar o Sol". Por certo, o resto serão mais "tentativas de se ensinar a andar por meio das leis do equilíbrio", como disse o próprio Vygotsky!

Realmente não acreditava estarmos tão distantes, até mesmo porque não nego o componente social da educação. Somos seres gregários e a vida em sociedade é parte de tudo aquilo que fazemos e buscamos, principalmente nos estudos. A ascenção social que a educação proporciona é inegável.

Minhas críticas é a transformação de tudo em luta de classes. E neste papel o sócio-interacionismo assume o papel de uma pedagogia marxista, visando a construção do novo-homem-socialista, o qual discordo veementemente.

Na minha visão, a educação não pode ser serva de nada nem de ninguém. Deixa de ser educação quando se busca lavagem cerebral, empurrando unicamente conceitos de uma ideologia.

E educação é sim maravilhar. Sem boiolices e nem fica achando que isto ocorre para todos o tempo todo. Mas temos que dar estas condições, fazer o aluno ter a chance de se encantar com o conhecimento. Bons professores fazem isso, quando são apaixonados pelo que ensinam, passando isso para os alunos.

So far, so good.   :ok:
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Offline Feynman

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #85 Online: 26 de Outubro de 2011, 20:24:01 »
E o mundo agradece por não seres professor!   :lol:
Elabore...

Cada vez mais chego a conclusão que a função principal do professor é verificar o progresso do aluno e não maravilhá-lo com nada...

Precisa?
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Offline Cumpadi

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #86 Online: 27 de Outubro de 2011, 00:18:46 »
Seria bom, esse maravilhar não passa de um conceito abstrato mágico (mas não "inútil"), se a coisa fosse simples assim, ninguém precisaria fazer faculdade para ser bom em sua área, bastaria um telecurso qualquer para formar legiões de profissionais, que aliás, teria muito mais recursos para maravilhar alguém dependendo do conteúdo. Talvez por você ser da física tenha uma visão mais "maravilhosa" sobre o ensino.

Eu não tenho preconceitos na hora de aprender, se a coisa me leva à algum conhecimento novo e há alguma possibilidade de ser relevante, não importa o que seja, para mim vale a pena. Claro que eu posso achar algo impressionante, mas em geral o que vai me fazer aprender é algum tipo de recompensa (nota? diploma?), e, não menos importante, a forma com que tenho contato com a matéria: material disponível, tempo e como este é administrado.
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Offline Feynman

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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #87 Online: 27 de Outubro de 2011, 14:22:23 »
parcus, não estás com o mesmo contexto de argumentação que eu. Talvez por minha culpa mesmo. Você não acha, realmente, que um Freinet da vida, quando diz que "temos que fazer brilhar o Sol", só está querendo dizer que é tudo o que o professor deve fazer, né? Entrementes, não achas sinceramente que uma atividade didática voltada à obtenção de um sentimento de significância, uma aprendizagem significativa, seja globalmente voltada a uma simples aula motivadora, não é mesmo? Não achas que inúmeras pesquisas em ensino, particularmente de ciência, sejam inocentemente conduzidas basilarmente em aspectos motivadores, não é mesmo?

Imprescindibilidade não é o mesmo que exclusividade!

Dê uma checada no porquê de Richard Feynman ter sido um grande professor. E de assuntos tão impalatáveis e abstratos, como Métodos de Física-Matemática.
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Re:L.S. Vygotsky: Psicologia e Pedagogia
« Resposta #88 Online: 27 de Outubro de 2011, 22:07:33 »
Eu não tenho preconceitos na hora de aprender, se a coisa me leva à algum conhecimento novo e há alguma possibilidade de ser relevante, não importa o que seja, para mim vale a pena. Claro que eu posso achar algo impressionante, mas em geral o que vai me fazer aprender é algum tipo de recompensa (nota? diploma?), e, não menos importante, a forma com que tenho contato com a matéria: material disponível, tempo e como este é administrado.

Lembre-se que existe uma grande diferença entre memorizar um conjunto de fatos e realmente aprender algo. Eu bem que gostaria de realmente aprender algum assunto simplesmente lendo e aceitando as informações dos livros, mas infelizmente a mente humana não funciona dessa forma - ela precisa de algum apoio na nossa experiência concreta. Quando estava no ensino médio tive um péssimo professor de História, cujo método de ensino consistia em fazer ditados com listas de nomes de pessoas e lugares. Tive que memorizar os nomes de todos os reis e imperadores de Roma (havia a motivação da nota), mas toda essa informação não me fez chegar perto de entender o significado do Império Romano para a história ocidental, nem as motivações dos romanos, nem sua economia ou sua relação política com os povos vizinhos. Eu só sabia uma série de nomes e datas, sem qualquer ligação com pessoas que nasceram, amaram e respiraram.

Esse exemplo vale para qualquer outra disciplina. Ou seja, é possível adquirir informação sem que esta se converta em conhecimento significativo e o que vejo frequentemente é uma atitude mental inconsciente na qual o conhecimento formal, mesmo de Física ou Biologia parece, na mente do aluno, com algo que só existe em um mundo alternativo, uma fantasia dissociada da realidade do dia-a-dia.
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