[Arnold Gehlen define mais tarde a personalidade como uma instituição social e Vygotsky acentua na sua Psicologia da Arte o sentido social da arte: «A arte é o social em nós, e, embora o seu efeito se processe num indivíduo isolado, isso não significa, de modo algum, que as suas raízes e a sua essência sejam individuais. É muito ingénuo interpretar o social apenas como colectivo, como existência de uma multiplicidade de pessoas. O social existe até onde há apenas um homem e as suas emoções pessoais».]
É sobre esta fala? Sim, na minha área, estudos importantíssimos sobre a psicologia mudaram completamente a arte do século XX, ao pesquisarem de que maneira as pessoas percebem a arte, e como ver é diferente de perceber. Porém, nenhum destes estudos chegam nem perto do Vyyygotsky. São estudos feitos muito mais pela escola da Bauhaus, Rudolf Arnheim, Gombrich, entre outros. Esta muito mais relacionado na relação da arte como ilusão, o que levou a três vertentes artísticas principais:
1 - Cubismo e abstracionismo geométrico - que buscou desconstruir a ilusão da arte acadêmica e mostrar que as pinturas são realizadas por alguns poucos elementos da linguagem visual, como o ponto, linha, formas, cores e texturas. Assim, como tinha este caráter de "libertação das ilusões burguesas", foi amplamente adotada pelos artistas cooptados pelo pensamento socialista, em especial o Construtivismo, ao Abstracionismo e ao Suprematismo. A parte boa é que os comunistas deram um bico na bunda de todos estes e adotaram depois aquela arte chamada realismo de estado, ou estética totalitária, que causa ereção em muito comunistinha até hoje.
2 - Expressionismo - Que a arte deveria ser principalmente uma válvula de escape para o inconsciente e para as emoções e sensações do ser humano. Também tenta suplantar as ilusões da arte acadêmica e entender as questões sobre como percebemos as coisas. Assim, não importa como vemos determinado objeto na natureza, o que importa é a nossa relação emotiva com ele. Expressionismo abstrato, fovismo e expressionismo vão nesta linha, sendo considerado arte decadente por todos os movimentos totalitários e aplaudido pelos capitalistas, que compram montes delas por ser "libertador".
3 - Usar a ilusão para brincar com a ilusão - Se a compreensão que a arte acadêmica era ilusão, porque não levar isso a níveis do absurdo, tentando corromper a realidade a ainda assim mostrar que aquilo não é real? Buscaram fazer arte brincando com a forma e sonoridade de palavras, como os Dadaístas, ou então nas brincadeiras de figura e fundo como os Surrealistas, estudos de perspectica fantástica como Escher e Magrite.
Como Vyyyyyygotsky nasce depois dos primeiros estudos da Gestalt, está claro que ele usa a arte, que está nestas buscas da compreensão destas novas descobertas psicológicas, para usar como exemplo na sua teoria. Ou seja, enquanto ele estava babando nos ovos do Lênin, usava a arte para justificar seu fanatismo ideológico.
Ele não influencia a arte, é influenciada por ela.
E como os suprematistas, é chutado bonito por Stálin.
E, respondendo, a psicologia da arte do bielo-russo não se salva, por estar contaminado pela ideologia. E, quando a arte passa a servir a alguma coisa, deixa de ser arte e passa a ser propaganda ou Design.
SE bem que o bosta estava mais afeito a ficar criticando a literatura, que propriamente as artes visuais. Mas, no que ele era original não era bom, e no que era bom não tinha nada de original.
Está na hora de avançar na educação e parar de estudar livros de educação feitos por fanáticos ideológicos com mais de 100 anos. Se funcionassem as ideias do bosta, a educação brasileira seria de primeiro mundo, e como não é o que vemos, está na hora de ensinar os professores a dar aula de verdade.