Nightmare [não vou citar porque é muita coisa]:
1. Chuva ácida ocorre quando sobram óxidos de enxofre e nitrogênio na emissão gasosa. Um sistema de catalisadores e filtros resolve - os óxidos de nitrogênio viram nitrogênio e oxigênio (leia-se, ar comum atmosférico) e o dióxido de enxofre é retido, podendo ser reaproveitado pra N coisas (inclusive, fazer ácido sulfúrico).
2. Monóxido de carbono e ozônio sob a presença de catalisadores viram oxigênio e dióxido de carbono.
3. Dioxinas e furanos são éteres aromáticos, queimam que é uma beleza. Você pode transformá-los em gás carbônico e água sem muito problema. Idem para quaisquer hidrocarbonetos possíveis e imagináveis, sejam parafinas, benzeno, metano ou etc.
4. Organoclorados e organofluorados, quando são incinerados, geram água, gás carbônico e seus respectivos sais - fluoretos, cloretos, entre outras coisas. Tais sais podem ser reaproveitados pela indústria.
5. Fosfatos? Fertilizante.
O que sobra disso tudo? Dióxido de carbono.
Sim, eu concordo com você, há o problema do efeito estufa. Mas com ou sem a incineração do lixo, o carbono presente no lixo iria virar dióxido de carbono de qualquer jeito: seja por putrefação num aterro, decomposição química ou etc. Lavosier, não é mesmo?
E, se esse problema existe com ou sem a termoelétrica, não é resultado da termoelétrica em si, oras.
Se lembrar de mais algum poluente, por favor, avise-me, ok?
A tecnologia em si é ótima, o problema é o uso corrente, muito abaixo do estado-da-arte.
"Estado-da-arte" significa os conhecimentos mais avançados em determinada área que já se tem. Ou seja: uma termelétrica que
use a tecnologia que já conhecemos não gera problemas. O problema - e aí concordo contigo - é que essa tecnologia para limpar as termoelétricas não está sendo usada.
É claro que a termoelétrica não é solução para todo e qualquer tipo de lixo. Os três re- (reduzir, reutilizar, reciclar) devem ser a
primeira coisa a ser cogitada.
Entretanto, ainda assim, é melhor do que a alternativa que você parece propor, a manutenção das bombas-relógio chamadas "aterros sanitários" - o impacto ambiental dos aterros é muitíssimo maior, pois produzem metano (um mol de metano produz vinte vezes mais efeito estufa que um mol de dióxido de carbono), xurume (que contamina lençóis freáticos), sem contar que é criadouro de baratas e ratos. Aterro é equivalente a jogar a sujeira debaixo do tapete e fingir que ela não existe mais.
Isso tudo que escrevi acima lida com a parte do lixo. Agora, vamos lidar com a outra parte - a da energia.
Não, termoelétricas não servem como a fonte principal de energia - para isso, existe energia eólica, solar, hidráulica e tantas outras.
Mas, podendo obter-se energia do tratamento de lixo, torna-se
um adicional interessante.
Agora, o problema chamado dióxido de carbono. Com termoelétrica ou sem termoelétrica, precisa-se dar um jeito nele, mas o assunto sai bastante do tópico e eu já escrevi demais

.