Mr. Mustard - escreveu:
Ateísmo não é uma religião, mas que os ateus desejam é apenas que tantas sandices religiosas deixem de fazer parte do nosso meio.
Não é? - Então o que me diz da religião e da igreja da Humanidade, fundada por Auguste Comte - um filósofo francês, requintadamente ateu - com diversas sucursais ou capelas, no Brasil?
artur.
Se para você isto é o suficiente para classificar o ateísmo como religião, julgo seu
Não... Não é só por isso, que eu considero o ateismo uma religião...
Eu considero o ateismo uma religião, quando um razoável número de ateus, sociabilizam regularmente, em nome das suas opiniões e ideais; como é o caso presente deste interessante Fórum e clube "céptico".
Mesmo estando encobertos pelo véu do anonimato.
Eu não tenho notícias de dogmas, orações, bíblia ou o que quer que seja no ateísmo.
A única coisa que me faz ser ateu mesmo é minha descrença em deuses.
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Se estiver a dizer a verdade, apresento-lhe para o seu conhecimento, o seguinte artigo:
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Igreja Positivista do Brasil. Templo positivista em Porto Alegre. (Falta a fotografia)
A Igreja Positivista do Brasil foi fundada no dia 11 de maio de 1881 por Miguel de Lemos na atual rua Benjamin Constant, n. 74, no bairro da Glória, na zona sul da cidade do Rio de janeiro. Sua sede é o Templo da Humanidade, onde ocorre a celebração da Religião da Humanidade, ou Positivismo, doutrina criada pelo filósofo francês Augusto Comte (1798 - 1857).
Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes tinham 26 anos quando realizaram o primeiro culto da Igreja Positivista do Brasil, entidade que se tornou um centro de reunião de republicanos e abolicionistas. As ideias de Augusto Comte para uma interpretação científica da realidade eram atraentes para a juventude brasileira que se opunha à cultura verborrágica da elite dominante, representada pelos bacharéis das faculdades de Direito.
No seu auge, nos primeiros anos após a proclamação da República brasileira, os cultos positivistas costumavam lotar o Templo da Humanidade, que comporta mais de 200 pessoas. Os integrantes eram também homens influentes do novo regime.
Na Igreja Positivista presta-se culto de adoração à "Trindade Positivista", que é composta por:
"Humanidade" ou "Grande Ser" (entidade coletiva, real e abstrata, formada pelo conjunto de seres humanos convergentes do passado que contribuíram para o progresso da civilização, do futuro e do presente),
"Grande Fetiche" (o planeta Terra com todos os elementos que o compõe: vegetais, animais, água, terra etc.)
"Grande Meio" (o espaço, os astros, o Universo).
Esses três grandes seres são objetos de culto juntamente com as "leis naturais" que os regem e regulam, compondo assim a "Ordem Universal" que se constitui do conjunto formado pela "ordem natural" e pela "ordem humana".
O culto positivista muito tem em comum com o culto fetichista, com a diferença de que os positivistas sabem que os fetiches não possuem "inteligência", sendo percebidos como dotados apenas de "vontade" e "sentimento" que estão por sua vez regulados e subordinados às leis naturais (isto é, científicas).
O positivistas religiosos acreditam na imortalidade subjetiva da alma, cultuando a memória dos mortos pelo legado que deixaram para a cultura humana: "Os vivos são sempre e cada vez mais governados necessariamente pelos mortos" é a máxima de Auguste Comte que se refere a "ordem humana" formulada por Auguste Comte, o criador do Positivismo. Quem vai ao templo pode lê-la logo no pórtico da Igreja e também em seu interior.
Nas laterais da grande nave, há bustos dos 13 grandes tipos humanos glorificando os nomes mais importantes da religião, literatura, filosofia, ciência e política:
Moisés (Teocracia Inicial), Homero (Poesia Antiga), Aristóteles (Filosofia Antiga), Arquimedes (Ciência Antiga), César (Civilização Militar), São Paulo (O Catolicismo), Carlos Magno (Civilização Católico-Feudal), Dante (Poesia Moderna), Gutenberg (Indústria Moderna), Shakespeare (Drama Moderno), Descartes (Filosofia Moderna), Frederico II (Política Moderna) e Bichat (Ciência Moderna), mais Heloísa (representante das "Santas Mulheres" ou "A glorificação feminina").
Esses filósofos, cientistas e artistas foram apontados por Comte como as grandes expressões do pensamento humano.
No altar, há a imagem de uma mulher, representada como tendo 30 anos e tendo ao colo um bebê. É a personificação da Humanidade, ou o "Grande Ser" na qual encontram-se incorporados todos os seres convergentes do passado, do presente e do futuro que contribuíram, contribuem e contribuirão com o aperfeiçoamento humano. Aos seus pés há um busto do seu idealizador Auguste Comte. Abaixo destes, fica o púlpito.
O Templo da Humanidade é uma espécie de museu não-oficial da memória nacional. Nele, em 1903, foi celebrada a confirmação do casamento do então major Cândido Rondon (1865 a 1958), futuro Marechal do Exército brasileiro, célebre pelos seus trabalhos para a integração das regiões remotas do país e em defesa dos índios.
Visivelmente deteriorado, o templo vem sendo lentamente restaurado graças a iniciativas que captam recursos da capela da Humanidade em Paris junto ao Museu Casa de Augusto Comte e e da Casa de Clotilde de Vaux. O templo ostenta sinais de sua antiga grandiosidade. Para difundir a doutrina e conseguir novas adesões, a Igreja Positivista criou um portal eletrônico.
Em salas anexas à nave principal, estão guardados objetos de importância histórica, entre eles uma cama que pertenceu Tiradentes e o primeiro exemplar da atual bandeira nacional republicana, porém, este tesouro da história nacional foi roubado, roubo este descoberto em agosto de 2010[1]. Também há uma biblioteca de livros antigos e raros, além de utensílios pessoais de Miguel Lemos e Teixeira Mendes, os dois fundadores da Igreja.
A Igreja Positivista do Brasil foi tombada pelo IPHAN em 9 de dezembro de 2010 : (
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=15768&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia)
A religião da Humanidade.Religião da Humanidade é o sistema religioso criado pelo francês Augusto Comte em 1854 como coroamento da carreira filosófica, em que procurou estabelecer as bases de uma completa espiritualidade humana, sem elementos extra-humanos ou sobrenaturais. A Religião da Humanidade também é conhecida como "Positivismo religioso".
Índice
1 Positivismos "religioso" e "filosófico"
2 Culto
3 Dogma
4 A Moral Positiva
5 Regime
6 Sacramentos
7 O Lema Positivista
8 Conclusão
9 Templos da Humanidade
10 Bibliografia
11 Ver também
12 Ligações externas
Positivismos "religioso" e "filosófico"À semelhança das demais religiões, a Religião da Humanidade tem dogma, culto e regime, templos e capelas; sacramentos, sacerdotes e assim por diante.
Todavia, uma particularidade distingue-a radicalmente: ela é uma religião "positiva" ou "científica". Assim sendo pode-se classificar a Religião da Humanidade como monista e naturalista. Nela não há espaço para o sobrenatural , pois todos os fenômenos tem origem e causa na natureza.
A Religião da Humanidade foi criada por Comte a partir de sua busca por uma espiritualidade plenamente humana, adaptada a uma época em que o ser humano pode viver esclarecido pela ciência, com uma atividade prática totalmente pacífica e baseada no altruísmo.
Entre 1830 e 1842 Comte publicou seu Sistema de Filosofia Positiva, em que repassou os principais resultados científicos de sua época, sistematizando-os e elaborando uma Filosofia da História e uma Filosofia da Ciência, assim, como, principalmente, criou a Sociologia.
Após esse esforço, publicou entre 1851 e 1854 o Sistema de Política Positiva, em que se baseou nos principais resultados do Sistema de Filosofia mas deu um passo além, ao lançar as bases da nova espiritualidade a que nos referimos acima.
Devido ao linguajar empregado nessa nova obra - bem menos impessoal - e devido às referências a Clotilde de Vaux (sua esposa subjetiva e inspiradora), muitos pensadores afastaram-se do Positivismo, aceitando apenas sua obra "filosófica" ou "científica".
Todavia, o próprio Comte sempre afirmou que os "verdadeiros positivistas são os religiosos", enquanto os outros são "positivistas incompletos". Seguem-se as próprias considerações de Auguste Comte a este respeito:
O nome religião não apresenta, pela sua etimologia, nenhuma solidariedade necessária com as opiniões quaisquer que possam ser empregadas para atingir o fim que ele designa.
Em si mesmo, este vocábulo indica o estado de completa unidade que distingue nossa existência, ao mesmo tempo pessoal e social, quando todas as suas partes, tanto morais como físicas, convergem habitualmente para um destino comum.
Assim, este termo seria equivalente à palavra síntese, se esta não estivesse, segundo um uso quase universal, limitado hoje ao domínio só do espírito, ao passo que a outra compreende o conjunto dos atributos humanos.
A religião consiste, pois, em regular cada natureza individual e em congregar todas as individualidades; o que constitui apenas dois casos distintos de um problema único. Visto que todo homem difere sucessivamente de si mesmo tanto quanto difere simultaneamente dos outros; de maneira que a fixidez e a comunidade seguem leis idênticas (“regular e congregar exigem necessariamente as mesmas condições fundamentais.
A diversidade dos indivíduos não ultrapassa a dos estados sucessivos de cada espírito, de conformidade com o conjunto de suas dependências, exteriores e interiores. Toda doutrina própria para regular plenamente um só entendimento torna-se capaz de congregar gradualmente os outros cérebros, cujo número só pode influenciar na rapidez desse concurso.
Este critério natural constituiu sempre a fonte secreta da confiança involuntária dos diversos renovadores filosóficos no ascendente social de todo sistema dignamente sancionado por essa prova pessoal. A fixidez de suas próprias convicções assegurava necessariamente a universalidade final dele”) (SPP, II, p. 10).
Não podendo semelhante harmonia, individual ou coletiva, realizar-se nunca plenamente em uma existência tão complicada como a nossa, esta definição da religião caracteriza, portanto, o tipo imutável para o qual tende cada vez mais o conjunto dos esforços humanos.
Nossa felicidade e nosso mérito consistem sobretudo em nos aproximarmos tanto quanto possível dessa unidade, cujo surto gradual constitui a melhor medida do verdadeiro aperfeiçoamento, pessoal ou social. Quanto mais se desenvolvem os diversos atributos humanos, tanto mais importância adquire o concurso habitual deles; este, porém, se tornaria também mais difícil se essa evolução não tendesse espontaneamente a tornar-nos mais disciplináveis”.
O apreço que sempre se ligou a esse estado sintético devia concentrar a atenção sobre o modo de o instituir. Foi-se assim levado, tomando o meio pelo fim, a transferir o nome de religião ao sistema qualquer das opiniões correspondentes.
Por mais inconciliáveis, porém, que pareçam à primeira vista, essas numerosas crenças, o positivismo as combina essencialmente, referindo cada uma ao seu destino temporário e local.
Não existe, no fundo, senão uma única religião, ao mesmo tempo universal e definitiva, para a qual tenderam cada vez mais as sínteses parciais e provisórias, tanto quanto o comportavam as respectivas situações.
A esses diversos esforços empíricos sucede agora o desenvolvimento sistemático da unidade humana, cuja constituição direta e completa tornou-se enfim possível graças ao conjunto de nossas preparações espontâneas.
É assim que o positivismo dissipa naturalmente o antagonismo mútuo das diferentes religiões anteriores, formando seu domínio próprio do fundo comum a que todas se reportaram de modo instintivo.
A sua doutrina não poderia tornar-se universal, se, apesar de seus princípios antiteológicos, o seu espírito relativo não lhe ministrasse necessariamente afinidades essenciais com cada crença capaz de dirigir passageiramente uma porção qualquer da Humanidade.
Índice:
1 Ver também
4 Bibliografia
Ver também Augusto Comte
Positivismo
Religião da Humanidade
Museu Casa de Augusto Comte
Clotilde de Vaux
Templo Positivista de Porto Alegre
Igreja Positivista do Brasil
Museu Casa de Augusto Comte
Auguste Comte et le Positivisme
Calendário positivista on-line
A General View of Positivism
Aspectos da Teoria Política de Augusto Comte
A igreja positivista da Rua Benjamin Constant